NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



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Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

terça-feira, 30 de junho de 2009

CONVICÇÃO ESPÍRITA

Creio no Espiritismo, sob seu tríplice aspecto Filosófico, Científico e Religioso, que há de ser entendido e vivenciado por seguidores de todos os credos religiosos e doutrinas filosóficas, porquanto reflete uma inexorável realidade de nossa existência e sua compreensão depende apenas do nosso despertar para a dimensão espiritual, quando nos tornamos capazes de entender o que ainda é considerado mistério, nos libertando das contradições, dos preconceitos, das ilusões, do materialismo, de tudo enfim que nos tornam egoístas e frágeis, como preconizou Jesus - nosso modelo e guia espiritual.

Estudando as religiões tradicionais mais professadas no mundo ocidental – Catolicismo e Protestantismo de modo geral, sem outro intuito senão o de entendimento e harmonia, e com todo respeito pelo que representam e sua valiosa utilidade, percebe-se que embora tenham contribuído para a melhoria e disciplina do homem, no decorrer dos séculos, determinando comportamentos éticos e buscando refrear os instintos, as paixões; permitiram que os homens delas se distanciassem ao confrontar de forma ortodoxa outras formas de pensamentos, criando a dicotomia antagônica - religião x ciência, por seus dogmatismos que insistem, pelo temor e submissão, na pregação da fé irrestrita, “cega”, instituindo simbologias, sacramentos e rituais, e por afirmativas desprovidas de comprovação e razão, ao considerar mistérios divinos o que ignoram, e apregoarem uma única existência terrestre para o homem (espírito eterno) - que, após a morte, selaria definitivamente seu destino – céu , inferno e, posteriormente instituído, purgatório; condicionando a “salvação da alma” ao poder das igrejas e seus representantes. Para os que assim crêem, urge as indagações:

Como conciliar a bondade e a justiça divinas ante toda essa heterogeneidade, com as diferenças sociais reinantes, a opulência e a indigência, que geram gozos e sofrimentos?

E os diferentes graus de inteligência, qualidades, níveis de consciência moral, etc, dos homens, como espíritos criados por Deus?

E as diferentes oportunidades dadas a cada homem (como espírito), considerando o seu tempo de vida curto ou longo na terra ?

Por que a existência de gênios como de idiotas; além das infinitas variações de aptidões e qualidades da imensa massa humana?

Haveria, então, privilégios na criação das almas (Espíritos)?

Basta analisar, na visão religiosa tradicionalmente apregoada, princípios como:

“Adão e Eva”- determinante do início e desenvolvimento de toda raça humana;

assim como o “pecado original” - que responsabiliza e pune toda posteridade por erro de outrem, por hereditariedade;

como também, entre outros, os conceitos de “céu e inferno” e “salvação da alma” supramencionados, para concluir que representam um desafio à razão e ao bom senso.

Afastando-se da pureza dos ensinamentos exemplificados por Jesus, fizeram dos ideais cristãos uma lei de temor e servidão, enquanto o verdadeiro Cristianismo proclama o amor e a liberdade.

Por isso, com o progresso natural da ciência, liberta dos grilhões eclesiásticos do passado na busca incessante da verdade, o conseqüente desdém cético e o ateísmo contundente dos intelectuais orgulhosos, ao longo do progresso humano cada vez mais concorde com a razão e a lógica, com os conhecimentos humanos e os avanços científicos. (Ver: Ciência e Espírito )

O óbvio é que, com a evolução individual e coletiva da humanidade, como efeito natural, todas as religiões e formas de crença em Deus hão de convergir para esta realidade: a vida espiritual não como algo irreal ou sobrenatural, mas, como algo real, atuante, interagindo com o homem e o Universo, sob as leis naturais de causa e efeito, ação e reação, com a pluralidade das existências para a incessante evolução humana, como apregoa o Espiritismo, evidenciando o Cristianismo como lei de amor e liberdade.

Por outro lado, o ateísmo como o materialismo não resiste a uma reflexão mais profunda e consciente diante do perfeito equilíbrio do Universo, sob as leis imutáveis da natureza, enquanto a própria ciência afirma que não há efeito sem causa e, portanto, toda essa perfeição, como efeito inteligente, de tudo que não seja criação do homem, revela uma inteligência suprema, Divina. Basta a reflexão sem idéias preconcebidas para desconsiderar o acaso preconizado por setores do materialismo científico.

O ser humano não é constituído apenas de matéria perecível. Existe algo interligado ao organismo, a que chamamos de alma, espírito, ainda desconhecido da ciência oficial; de natureza etérea, fluídica, quintessenciada e imperecível, que sobrevive ao organismo físico e que obedece às leis divinas de causa e efeito, ação e reação, para consecução da perfectibilidade que lhe cabe, através da eternidade, pela gradativa ascensão moral e espiritual, em perfeita interação com as leis da natureza.

Há de se considerar que a idéia de uma existência única e puramente material, sem possibilidade de sobrevivência e continuidade pós-extinção física, creio que nos levaria ao anarquismo absoluto, à desordem geral e à barbárie, porquanto não haveria lógica em assistirmos inertes às diferenças sociais reinantes que limitam ou impedem gozos e causam sofrimento à maioria; em obedecermos às regras éticas e sociais, independente das influências culturais; porque o impulso lógico seria “gozar a vida” (sob a ótica exclusivamente material) a qualquer custo e da melhor forma possível, mesmo em detrimento de outrem... Entretanto, a nossa consciência nos impele sempre à reflexão, à busca de algo que nos proporcione paz interior e que está acima dos aspectos puramente materiais.

Eis porque os gozos materiais não satisfazem, em sua plenitude, o homem, por ser, em sua essência, um indivíduo espiritual, e por isso a insatisfação, a incessante busca da verdade que concilie e harmonize a mente, para seu equilíbrio e ascensão.

A ciência, através dos pesquisadores e estudiosos de todos os seus setores, há de caminhar e avançar ainda mais célere com a compreensão plena dos postulados Espíritas, concorde com a razão, ampliando sobremaneira o conhecimento humano em seu próprio benefício, como princípio inequívoco da nossa evolução a caminho da perfectibilidade eterna, ainda que relativa, a que estamos destinados.

Assim, com estudo sério e objetivo, destituído de teorias ortodoxas e materialistas preconcebidas, de preconceitos, mistificações e superstições; alicerçado no bom senso e na reflexão; creio que há de se compreender que a vida espiritual, pujante e atuante, em plena interação com o homem e o Universo, constitui-se uma realidade, como apregoa o Espiritismo, com base nos ensinamentos de Jesus e na própria vivência. Sobretudo com os recursos da vasta obra espírita de que dispomos, como 3ª Revelação, e na comprovação dos fatos e da fenomenologia espiritual, observada e amplamente difundida. O que nos aproxima da verdade e nos liberta da obscuridade e das contradições, em harmonia com a ciência e a razão, para nos propiciar, pela edificação da consciência, a real e verdadeira felicidade: a paz de espírito, oriunda do conhecimento intrínseco e do próprio equilíbrio, para construção da fraternidade universal.

Enfim, uma frase de Allan Kardec, codificador do Espiritismo, sintetiza o pensamento racional que norteia o ideal Espírita e encoraja o estudo desta maravilhosa Doutrina: “Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade”. (da sua obra “O Evangelho segundo o Espiritismo”).



É com esta convicção que creio no Espiritismo.

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RAZÕES PARA CRERMOS EM DEUS

Razões para Crermos em Deus

Por: A. CRESSY MORRISON,

Ex-presidente da Academia de Ciências de Nova York

(Leiam o que este cientista diz sobre Deus e a Ciência)



"NÓS AINDA ESTAMOS NO AMANHECER da era científica, e todo o aumento da luz revela mais e mais a obra de um Criador inteligente.

Nós fizemos descobertas estupendas; com um espírito de humildade científica e de fé_fundamentada_no_conhecimento estamos nos aproximando de uma consciência de Deus.

Eis algumas razões para minha fé: Através da lei matemática podemos provar sem erro que nosso universo foi projetado e foi executado por uma grande inteligência de engenharia.

Suponha que você coloque dez moedas de um centavo, marcadas de um a dez, em seu bolso e lhes dê uma boa agitada. Agora tente pegá-las na ordem de um a dez, pegando uma moeda a cada vez que você agita o bolso. Matematicamente sabemos que:

a chance de pegar a número um é de um em dez;

de pegar a um e a dois em seqüência é de um em 100;

de pegar a um, dois e três em seqüência é de um em 1000 e assim por diante;

sua chance de pegar todas as moedas, em seqüência, seria de um em dez bilhões.

Pelo mesmo raciocínio, são necessárias as mesmas condições para a vida na Terra ter acontecido por acaso:

A Terra gira em seu eixo 1000 milhas por hora no Equador; se ela girasse 100 milhas por hora, nossos dias e noites seriam dez vezes mais longos e o Sol provavelmente queimaria nossa vegetação de dia enquanto a noite longa gelaria qualquer broto que sobrevivesse.

Novamente o Sol, fonte de nossa vida, tem uma temperatura de superfície de 10.000 graus Fahrenheit, e nossa Terra está distante bastante para que esta "vida eterna" nos esquente só o suficiente! Se o Sol desse somente metade de sua radiação atual, nós congelaríamos, e se desse muito mais, nos assaria.

A inclinação da Terra a um ângulo de 23 graus, nos dá nossas estações; se a Terra não tivesse sido inclinada assim,vapores do oceano moveriam-se norte e sul, tranformando-nos em continentes de gelo.

Se nossa lua fosse, digamos, só 50.000 milhas mais longe do que hoje, nossas marés poderiam ser tão enormes que duas vezes por dia os continentes seriam submergidos; até mesmo as mais altas montanhas se encobririam.

Se a crosta da Terra fosse só dez pés mais espessa, não haveria oxigênio para a vida.

Se o oceano fosse só dez pés mais fundo o gás carbônico e o oxigênio seriam absorvidos e a vida vegetal não poderia existir.

É perante estes e outros exemplos que NÃO HÁ UMA CHANCE em um bilhão que a vida em nosso planeta seja um acidente.

É cientificamente comprovado, o que o salmista disse: "Os céus declaram a Glória de Deus e o firmamento as obras de Suas mãos."

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HÉTERO-OBSESSÃO

É um quadro que se caracteriza pela influência de espíritos encarnados ou desencarnados junto a outros seres que também podem estar em condições iguais. Este processo pode ser ativo ou passivo, com ação direta no corpo físico ou mental e sua intensidade pode variar de leve, moderada a grave, dependendo o merecimento do Ser envolvido. Podemos classificá-la em quatro situações: Obsessão entre os encarnados – muito comum, principalmente nos relacionamentos entre os membros da família, considerando que o lar é o ambiente propício a reajustes e resgates. Teremos então esposas dominadoras, mães neuróticas, maridos desajustados e incompreensíveis, filhos rebeldes, etc., criando assim um meio de ódios, raivas, violências, ciúmes, invejas, com grandes desequilíbrios em que os seres se bombardeiam mutuamente pelos pensamentos.
Obsessão de encarnados para com os desencarnados – é um processo muito mais frequente que se possa imaginar. Os espíritos desencarnados partem para a Pátria Espiritual e deixam aqui seus entes queridos, os amigos com os quais estavam envolvidos por vícios ou paixões e outras afinidades. Neste novo plano desejam fazer mudanças de comportamento e de condutas, traçando novos rumos; todavia, por vezes, sentem-se “chamados”, atraídos por pensamentos, palavras e atos dos encarnados e muitas das vezes ficam imantados ao seu campo eletromagnético. (Ver: Espíritos vampirizados)
Obsessão de desencarnados para com os encarnados – é a interferência de espíritos desencarnados junto aos encarnados, em função de ligações afetivas, paixões, ódios, vinganças, etc., trazendo-lhes grandes desarmonias, tanto a nível do corpo físico como mental, promovendo junto ao Ser, uma série de sinais e sintomas, com doenças específicas.
Obsessão de desencarnados para com os desencarnados – este tipo de obsessão ocorre em condições idênticas aos outros. No mundo espiritual os seres se ligam em função das afinidades, desejos e paixões, e a partir daí temos um grande número de espíritos que são dominados e escravizados por outros espíritos.

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PERSEGUIÇÕES DO INVISÍVEL

Muita gente procura o Espiritismo, queixando-se de perseguições_do_Invisível. Os que reclamam contra essas perturbações não estão abandonados de seus guias espirituais. A proteção da Providência Divina estende-se a todas as criaturas.

A perseguição de entidades sofredoras e perturbadas justifica-se no quadro das provações redentoras, mas, os que reclamam contra o assédio das forças inferiores dos planos adstritos ao orbe terrestre, devem consultar o próprio coração antes de formularem as suas queixas, de modo a observar se o Espírito perturbador não está neles mesmos.

Há obsessores terríveis do homem, denominados:

“orgulho”,

“vaidade”,

“preguiça”,

“avareza”,

“ignorância”

ou “ma-vontade”, e convém examinar se não se é vitima dessas energias perversoras que, muitas vezes, habitam o coração da criatura, enceguecendo-a para a compreensão da luz de Deus. Contra esses elementos destruidores faz-se preciso um novo gênero de preces, que se constitui de:

trabalho,

fé,

esforço

e boa-vontade.

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AUTO OBSESSÃO

Neste caso o Ser é responsável por todos os sinais e sintomas que apresenta, considerando ser ele o mentor intelectual de todos os seus equívocos, passados e presentes. Assim sendo, em dado momento da vida, começa a tomar consciência dos fatos e a partir daí exercita-se em culpas, que geram cobranças. Então teremos os conflitos interiores, com os pensamentos_fixado em alguma coisa, tanto em vigília como em desdobramento. Após a instalação do quadro, caminha com desinteresse total pela vida, isola-se e apresenta baixas vibrações em seu campo eletromagnético, permitindo a partir deste momento a afinização com irmãos em grandes desequilíbrios, grandes cobradores, evoluindo assim com graves quadros específicos que se enquadram nas doenças nervosas e mentais.

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TIPOS DE OBSESSÃO

A obsessão apresenta três graus principais bem caracterizados:

Obsessão_simples - O médium tem perfeita consciência de que não obtém nada de bom e não se ilude sobre a natureza do Espírito que se obstina em se manifestar por ele e do qual tem o desejo de se desembaraçar. Esse caso não oferece nenhuma gravidade: não é senão um simples desgosto, e o médium a ele cede por deixar momentaneamente de escrever. O Espírito, cansando-se de não ser escutado, acaba por se retirar.

Fascinação - É muito mais grave, no sentido de que o médium se ilude completamente. O Espírito que o domina ganha sua confiança ao ponto de paralisar seu próprio julgamento na análise das comunicações e lhe faz achar sublimes as coisas mais absurdas. O caráter distintivo desse gênero de obsessão é:

de provocar nos médiuns uma excessiva suscetibilidade;

de levá-lo a não achar bom, justo e verdadeiro senão o que ele escreve, a repelir e mesmo tomar pelo lado mau todo conselho e toda observação crítica;

a romper com seus amigos antes de convir que está enganado;

a ter inveja de outros médiuns, cujas comunicações são julgadas melhores que as suas;

a querer se impor nas reuniões espíritas, das quais se afasta quando não pode aí dominar.

Chega, enfim, a sofrer uma tal dominação, que o Espírito pode compeli-lo aos meios mais ridículos e os mais comprometedores.


Subjugação Designada outrora sob o nome de possessão, é um constrangimento físico sempre exercido por Espíritos da pior espécie e que pode ir até à neutralização do livre_arbítrio. Ela se limita, freqüentemente, a simples impressões desagradáveis, mas provoca, algumas vezes, movimentos desordenados, atos insensatos, crises, palavras incoerentes ou injuriosas, as quais aquele que dela é objeto compreende por vezes todo o ridículo, mas da qual não pode se defender. Esse estado difere essencialmente da loucura_patológica, com a qual se confunde erradamente, porque não há nenhuma lesão orgânica; a causa sendo diferente, os meios curativos devem ser outros. Aplicando-lhe o procedimento ordinário das duchas e dos tratamentos corporais, chega-se, muitas vezes, a determinar uma verdadeira loucura, aí onde não havia senão uma causa moral.

Na loucura propriamente dita, a causa do mal é interior; é preciso procurar restabelecer o organismo ao estado normal.

Na subjugação, a causa do mal é exterior e é preciso desembaraçar o doente de um inimigo invisível opondo-lhe, não remédios, mas uma força moral superior à sua.


A experiência prova que, em semelhante caso, os exorcismos não produziram jamais nenhum resultado satisfatório, e que antes agravaram do que melhoraram a situação. Só o Espiritismo, indicando a verdadeira causa do mal, pode dar os meios de combatê-lo. É preciso, de certa forma, educar moralmente o Espírito_obsessor; por conselhos sabiamente dirigidos, chega-se a torná-lo melhor e a fazê-lo renunciar voluntariamente ao tormento do doente, e então este está livre (O Livro dos Médiuns, nº 279 - Revista Espírita, fevereiro, março e junho de 1864. A jovem obsedada de Marmande).
A subjugação obsessiva, o mais ordinariamente, é individual; mas, quando uma falange de Espíritos maus se abate sobre uma população, ela pode ter um caráter epidêmico. Foi um fenômeno desse gênero que ocorreu ao tempo do Cristo; só uma poderosa superioridade moral podia domar esses seres malfazejos, designados então sob o nome de demônios, e devolver a calma às suas vítimas. (1)
(1) Uma epidemia semelhante castigou por vários anos uma aldeia da Haute-Savoie. (Ver: a Revista Espírita, abril e dezembro de 1862; janeiro, fevereiro, abril e maio de 1863: Os possessos de Morzines.)

Um fato importante a considerar é que a obsessão, qualquer que seja sua natureza, é independente da mediunidade, e é encontrada em todos os graus, principalmente a última, em uma multidão de indivíduos que jamais ouviram falar de Espiritismo. Com efeito, os Espíritos tendo existido de todos os tempos, deveram, de todos os tempos, exercer a mesma influência; a mediunidade não é uma causa, mas apenas um modo de manifestação dessa influência; de onde se pode dizer, com certeza, que todo médium obsedado deve suportar de uma maneira qualquer, e, freqüentemente, nos mais vulgares atos da vida, os efeitos dessa influência; que sem a mediunidade ela se traduziria por outros efeitos, atribuídos muitas vezes a essas moléstias misteriosas que escapam a todas as investigações da medicina.

Pela mediunidade, o ser malfazejo traiu sua presença;

sem a mediunidade era um inimigo oculto do qual não se desconfiava.

Allan Kardec

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CAUSAS DE OBSESSÃO

As causas da obsessão variam, de acordo com o caráter do Espírito.

Ás vezes, uma vingança que este toma de um indivíduo de quem guarda queixas da sua vida presente ou do tempo de outra existência.

Muitas vezes, também, não há mais do que o desejo de fazer mal: o Espírito, como sofre, entende de fazer que os outros sofram;

encontra uma espécie de gozo em os atormentar, em os vexar, e a impaciência que por isso a vítima demonstra mais o exacerba, porque esse é o objetivo que colima, ao passo que a paciência o leva a cansar-se. Com o irritar-se e mostrar-se despeitado, o perseguido faz exatamente o que quer o seu perseguidor.

Esses Espíritos agem, não raro por ódio e inveja do bem;

daí o lançarem suas vistas malfazejas sobre as pessoas mais honestas. Um deles se apegou como "tinha" a uma honrada família do nosso conhecimento, à qual, aliás, não teve a satisfação de enganar. Interrogado acerca do motivo por que se agarrara a pessoas distintas, em vez de o fazer a homens maus como ele, respondeu: estes não me causam inveja.



Outros são guiados por um sentimento de covardia, que os induz a se aproveitarem da fraqueza moral de certos indivíduos, que eles sabem incapazes de lhes resistirem. Um destes últimos, que subjulgava um rapaz de inteligência muito apoucada, interrogado sobre os motivos dessa escolha, respondeu: Tenho grandíssima necessidade de atormentar alguém;

uma pessoa criteriosa me repeliria;

ligo-me a um idiota, que nenhuma força me opõe.

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PROCESSO DE OBSESSÃO

Os sintomas relacionados abaixo podem ser indicadores de processos obsessivos já desenvolvidos ou em fase de desenvolvimento. Se permanecerem constantes em uma pessoa, pode-se suspeitar com grande margem de acerto que esteja sob o império da obsessão. São eles:

Depressão, angústia e tristeza.

Pesadelos constantes.

Tendência ao vício.

Práticas mundanas.

Agressividade além do normal.

Abandono da vida social ou familiar.

Ruídos estranhos à própria volta.

Visão freqüente ou esporádica de vultos.

Impressão de ouvir vozes.

Manias e tiques nervosos

Uma pessoa, vez por outra, pode ter um pesadelo, entrar num estado de tristeza ou sentir qualquer dos sintomas citados acima, sem que esteja sendo vítima da obsessão. O que caracterizará a fenomenologia obsessiva é a insistência desses estados mórbidos em incomodar a pessoa desajustada.

Ainda no campo dos sintomas, pode-se afirmar que nas simples influenciações espirituais, as entidades envolvidas normalmente são Espíritos sofredores ou ignorantes, que podem ser afastados facilmente do campo psíquico do paciente através de passes e evangelização. Nas obsessões provocadas por Espíritos maus é diferente. Os sintomas apresentam-se com tendências agravantes e doentias.

Observa-se uma insistência da entidade em agredir o obsediado ou interferir na sua mente, afetando a normalidade.

Com o tempo, o responsável pelo atendimento na casa espírita adquirirá a experiência suficiente para detectar a obsessão e providenciar seu tratamento com relativa segurança.

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/gebm/tecnicas-de-desobsessao.html

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MAGNETISMO E ESPIRITISMO 1

Allan Kardec definiu o Magnetismo e o Espiritismo como ciências irmãs, como podemos confirmar no texto publicado na Revista Espírita:



“O espiritismo liga-se ao magnetismo por laços íntimos, considerando-se que essas duas ciências são solidárias entre si. Os espíritos sempre preconizaram o magnetismo, quer como meio de cura, quer como causa primeira de uma porção de coisas; defendem a sua causa e vêm prestar-lhe apoio contra os seus inimigos. Os fenômenos espíritas têm aberto os olhos de muitas pessoas, que, ao mesmo tempo aderem ao magnetismo. Tudo prova, no rápido desenvolvimento do Espiritismo, que logo ele terá direito de cidadania. Enquanto espera, aplaude com todas as suas forças a posição que acaba de conquistar o Magnetismo, como um sinal incontestável do progresso das idéias.” (Revista Espírita – Ano 1, 1858, pág. 421)




Ainda segundo Kardec, o Magnetismo preparou o caminho para o Espiritismo:




“O Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo, e o rápido progresso desta última doutrina se deve, incontestavelmente, à vulgarização das idéias sobre a primeira. Dos fenômenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas não há mais que um passo; tal é a sua conexão que, por assim dizer, torna-se impossível falar de um sem falar do outro. Se tivéssemos que ficar fora da ciência magnética, nosso quadro seria incompleto e poderíamos ser comparados a um professor de física que se abstivesse de falar da luz. Todavia, como entre nós o magnetismo já possui órgãos especiais justamente acreditados, seria supérfluo insistirmos sobre um assunto que é tratado com tanta superioridade de talento e de experiência; a ele, pois, não nos referiremos senão acessoriamente, mas de maneira suficiente para mostrar as relações íntimas entre essas duas ciências que, a bem da verdade, não passam de uma.” (Revista Espírita – Ano 1, 1858, pág. 149)

MAGNETISMO E ESPIRITISMO 2

Na época em que Mesmer realizava seus estudos relativos ao magnetismo animal, segundo ele mesmo afirmava, “as aparições maravilhosas, os êxtases, as visões inexplicáveis”, eram fontes de erros e opiniões absurdas. Segundo suas palavras, “a obscuridade que envolve tais fenômenos, acrescida da ignorância popular, favoreceu o estabelecimento de preconceitos religiosos e políticos em todos os povos.”



Ocorre que, para que a totalidade das aparições, êxtases e visões pudessem ser completamente esclarecidas, afastando as idéias supersticiosas, faltava, além do magnetismo, outra ciência: o espiritismo, que, ao acrescentar a intervenção dos espíritos, esclareceu os casos relativos à atuação desses seres.



A ciência do Espiritismo une-se ao Magnetismo Animal ao recuperar conhecimentos anteriormente classificados como superstição, milagre ou sobrenatural, trazendo-os ao campo da Ciência.



Em 1857, no Livro dos Espíritos, questão 555, Allan Kardec afirmou: “O espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu um sem-número de fábulas, em que os fatos se apresentam exagerados pela imaginação. O conhecimento lúcido dessas duas ciências que, a bem dizer, formam uma única, mostrando a realidade das coisas e suas verdadeiras causas, constitui o melhor preservativo contra as idéias supersticiosas, porque revela o que é possível e o que é impossível, o que está nas leis da natureza e o que não passa de ridícula crendice.”

MAGNETISMO E ESPIRITISMO 3

Por muitos séculos, os alucinados, sonâmbulos, médiuns e obsediados foram considerados loucos e abandonados pela medicina. Ainda hoje isso ocorre. Muitos desses casos podem ser explicados pelo magnetismo animal. Outros, como os casos de obsessão, são explicados e tratados pelo espiritismo.




Em 1862, Allan Kardec afirmou: “Somos sabedores de que se tem pretendido curar, como atacados de alucinações, alguns indivíduos, submetendo-os ao tratamento a que se sujeitam os alienados, o que os torna realmente loucos. A medicina não pode compreender essas coisas, por não admitir, entre as causas que as determinam, senão o elemento material, donde, erros freqüentemente funestos. A história descreverá um dia certos tratamentos em uso no século 19, como se narram hoje certos processos de cura da Idade Média.”




Em relação ao poder de curar pelo simples contato, questão esta levantada por Allan Kardec, no Livro dos Espíritos (questão 556), nos esclarece a espiritualidade (e faz ainda um alerta):




“A força magnética pode chegar até aí, quando secundada pela pureza doa sentimentos e por um ardente desejo de fazer o bem, porque os bons espíritos lhe vêm em auxílio. Cumpre, porém, desconfiar da maneira pela qual contam as coisas pessoas muito crédulas e muito entusiastas, sempre dispostas a considerar maravilhoso o que há de mais simples e mais natural. Importa desconfiar também das narrativas interesseiras, que costumam fazer os que exploram, em seu proveito, a credulidade alheia.”



Para saber mais:



Mesmer, a ciência negada e os textos escondidos – Paulo Henrique de Figueiredo – Ed. Lachâtre
Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos (Ano I – 1858) – Allan Kardec – Ed. FEB
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Ed. FEB

MAGNETISMO

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O ASPECTO RELIGIOSO DO ESPIRITISMO

O povo hebreu foi o escolhido para a realização sagrada de constituir uma religião francamente monoteísta, mais avançada e verdadeira, que representaria o fulcro luminoso do conhecimento espiritual do futuro, com base na promessa divina feita ao patriarca Abraão, na cidade de Uré, na Mesopotâmia.
Cativo por 400 anos dos egípcios, nas terras de Goshen, em trabalhos forçados, surgiu para esse povo um missionário poderoso e iluminado - Moisés - que dali o libertou, conduzindo-o a uma terra de promissão, as margens do rio Jordão, em Canaã.
Foi-lhe outorgado um código avançado de conduta moral - o Decálogo - e um deus único - Jeová - protetor e defensor, que se manifestava de forma tão evidente e objetiva, em todas as ocasiões graves, que se radicou para sempre no coração desse povo. Suas leis religiosas eram rigorosas, inflexíveis e tão fortes, que puderam mantê-lo unido e fiel através dos tempos e das mais terríveis vicissitudes.
Não eram leis de redenção, mas de aglutinação em torno a uma realidade única, a um poder cósmico soberano e uno, a um código que levasse à realizações redentoras, futuramente.
Essa foi a missão de Moisés, o missionário hebreu: preparar um povo para a primeira religião monoteísta; limpar os caminhos para o advento de um novo enviado divino; arrotear o solo para uma semeadura de maior expressão evolutiva. As comunicações mediúnicas, já naquela época, eram abundantes. Mas tamanhos eram os abusos em evocar indiscriminadamente os espíritos, que Moisés proibiu estas atividades.
Veio então Jesus, mais tarde, na Palestina; o excelso Enviado, que pregou e praticou a redenção pelo amor, a unidade em Deus, como Pai.
O substrato de seu código moral, denominado Evangelho ou Boa Nova, está contido no Sermão do Monte, cujas regras são, ao mesmo tempo, uma libertação pelo conhecimento e uma realização redentora.
O cultuado no mundo por centenas de milhões de adeptos, mas jamais foi cumprido no seu verdadeiro sentido cósmico e, por isso, a humanidade não pôde ser ainda encaminhada a seus superiores destinos espirituais.
O missionário nazareno, uma verdadeira manifestação do Cristo Planetário, foi imolado na cruz pelo povo escolhido, aquele mesmo povo preparado para recebê-lo e amá-lo; e os seus ensinamentos, pouco mais tarde, foram utilizados para dominação religiosa, visando interesses meramente humanos.
Mas encerrou-se o ciclo ? Não. Na sua consciência das coisas futuras, sabendo que seus ensinamentos e seu testemunho de amor, na morte física, não bastariam para esclarecer as consciências, o Cristo prometeu, como pastor e guia da humanidade, não esmorecer nos esforços de redenção, não como naqueles dias, descendo na Terra ele mesmo, mas enviando novos missionários para completar a obra, antes que as sombras do encerramento do ciclo se estendessem sobre o mundo; essa mesma obra que os discípulos e apóstolos, logo após seu regresso aos Planos Espirituais, tentaram realizar na Terra com a difusão do Evangelho, em várias partes do mundo de então, oferecendo-se como testemunhos vivos de sua autenticidade e do seu poder redentor.
O sacrifício desses servidores fiéis não foi inútil porque os ensinamentos se perpetuaram no Tempo, difundiram-se pelo mundo, e serviram de base na criação do Cristianismo Primitivo, que exigia a vivência, segundo a essência do ensinamento.
Conquanto tenha sido substituído mais tarde, como já o dissemos, por organizações religiosas dogmáticas, mais que tudo radicadas a interesses humanos, a doutrina verdadeira não desapareceu - "minhas palavras", disse o Cristo, "não passarão" - porque viriam mais tarde a ser revividas em espírito e verdade - "Deus é espírito e em espírito e verdade deve ser adorado" - por uma religião não de homens, mas de próprios discípulos e mensageiros.
E veio, em nossos dias, como Doutrina dos Espíritos, cuja tarefa é reviver esse cristianismo primitivo. Essa Doutrina hoje se expande irresistivelmente pelo mundo, sem fronteiras e, como antes, nos tempos apostólicos, sua finalidade _: 1º - esclarecer as mentes sobre as verdades espirituais; 2º - operar nos homens as transformações morais indispensáveis na sua redenção na sua integração nos mundos espirituais superiores.
Reviver, pois, o cristianismo primitivo, na essência dos seus ensinamentos e nos termos expressos pelo Divino Mestre, é a sua gloriosa tarefa, em pleno curso em nossos dias.
O Espiritismo, portanto, não é simplesmente um conhecimento teórico ou especulativo: é iniciação em verdades maiores e ação plena e efetiva em bem da coletividade; não _ somente um esforço intelectual, uma pesquisa de caráter filosófico, ou demonstrações de fenômenos "estranhos", com abrangência, mais ou menos profunda, nas leis naturais; mas devotamento ao próximo, auxílio sem nenhuma discriminação, confraternização, demonstrações legítimas de amor universal, para que assim os homens se redimam do passado culposo e se aproximem de Deus.
A realização espiritual, individual e coletiva, no sentido elevado e verdadeiro; doutrina essencialmente redentora, porque tem a força do convencimento pelos fatos.
Os escritos dos chamados Pais da Igreja estão repletos de ensinos e práticas espíritas. Os primeiros cristãos viviam em íntimo e familiar contato com os invisíveis. Sabiam como fato absoluto que a morte não significa mais que a passagem para uma vida mais ampla.
Hoje, algumas religiões afirmam que somos descendentes de Adão e Eva.
A Antropologia, uma ciência oficial, tem provas concretas de que o homem vem evoluindo através das espécies há milhões de anos.
Estas mesmas religiões negam a existência dos espíritos, e assim como a estêria de Adão e Eva, pouco de substancial oferece aos seus sectários.
Precisamos pisar em "terra firme", ou seja, em idéias e fatos que sejam suscetíveis de comprovações. Mas quantas pessoas acreditam em Adão e Eva? e que espírito _ coisa do "demo" ?. S_o aqueles que crêem sem questionar. Ou a fé cega, que rende a ilusão do crente... e o bolso cheio de dízimos para os seus líderes.
Questionar é preciso. E buscar provas, mais ainda. O mais cômodo ficar repetindo o que os outros disseram, mas isto contrapõe com o uso racional da inteligência. Se alguém discorda de alguma coisa em sua religião, tem o direito e o dever de se manifestar e fazer uso público de seu raciocínio lógico.
A liberdade de pensamento e ação é a tônica que deve orientar a vida do cristão.

LUZ ESPÍRITA

Luz Espírita">

A LENDA DAS TRES ÁRVORES

Numa reunião de Espíritos, pediram ao velho Simão Abileno que falasse sobre a resposta de Deus às nossas preces.
Ele então, que era mestre na arte de contar histórias, repetiu uma antiga lenda, que faz parte dos contos populares de muitos países, e que diz assim...
Num grande bosque da Ásia Menor, três árvores ainda jovens pediram a Deus que lhes desse destinos importantes e diferentes.
A primeira queria que sua madeira fosse empregada o trono do mais alto soberano da terra.
Depois de ouvi-la, a segunda pediu para ser usada na construção do carro que transportaria os tesouros desse poderoso rei.
E a terceira desejou ser transformada numa torre, nos domínios do mesmo rei, para mostrar o caminho do Céu.
Quando terminaram de dizer suas preces, Deus enviou à mata um mensageiro seu, para que elas soubessem que seus pedidos seriam atendidos.
Passado muito tempo, quando elas já estavam crescidas, vieram alguns lenhadores e derrubaram as três árvores, deixando muito tristes as árvores vizinhas.
Elas foram arrastadas para fora do bosque.
Perderam seus galhos, folhas e raízes, mas não perderam a fé nas promessas do Criador.
E se deixaram conduzir, com paciência e humildade...
Mas elas jamais podiam imaginar o que veio a acontecer, depois de muitas viagens!
A primeira árvore caiu nas mãos de um criador de animais, que mandou transformá-la num grande cocho, para seus carneiros.
A segunda foi comprada por um construtor de barcos.
A terceira foi recolhida à cela de uma prisão, para ser aproveitada futuramente.
As três árvores, mesmo separadas e em grande sofrimento, continuaram acreditando nas palavras do mensageiro celeste.
No bosque, porém, as outras plantas haviam perdido a fé no valor das preces.
E elas ficaram surpresas em saber que, muitos anos mais tarde, as três árvores foram atendidas em seus desejos...
A primeira foi forrada com panos singelos e serviu de berço para Jesus recém-nascido.
A segunda, na forma de uma barca de pescadores, foi usada por Jesus para transmitir, sobre as águas, belos ensinamentos.
A terceira árvore, transformada apressadamente numa cruz, seguiu junto com o Mestre para o Gólgota.
Ali, erguida no alto do monte, ela guardou valentemente o corpo de Jesus e recebeu seu coração cheio de amor pela humanidade E assim, indicava o verdadeiro caminho do Reino de Deus.
Terminada a narrativa, Simão silenciou, comovido.
E depois de uma pausa,com lágrimas nos olhos, ele concluiu:
- Em verdade, meus amigos, todos nós podemos dirigir a Deus as preces mais diversas.
No entanto, todos precisamos saber esperar e compreender as respostas de Deus.
Psicografia Chico Xavier

MÁGOA

Joanna de Ângelis

Síndrome alarmante, de desequilibro, a presença da mágoa faculta a fixação de graves enfermidades físicas e psíquicas no organismo de quem a agasalha.
A mágoa pode ser comparada à ferrugem perniciosa que destrói o metal em que se origina.
Normalmente se instala nos redutos do amor-próprio ferido e paulatinamente se desdobra em seguro processo enfermiço, que termina por vitimar o hospedeiro.
De fácil combate, no início, pode ser expulsa mediante a oração singela e nobre, possuindo, todavia, o recurso de, em habitando os tecidos delicados do sentimento, desdobrar-se em modalidades várias, para sorrateiramente apossar-se de todos os departamentos da emotividade, engedrando cânceres morais irreversíveis. Ao seu lado, instala-se, quase sempre, a aversão, que estimulam o ódio, etapa grave do processo destrutivo.
A mágoa, não obstante desgovernar aquele que a vitaliza, emite verdadeiros dardos morbíficos que atingem outras vítimas incautas, aquelas que se fizeram as causadoras conscientes ou não do seu nascimento.
Borra sórdia, entorpece os canais por onde transita a esperança, impedindo-lhe o ministério consolador.
Hábil, disfarça-se, utilizando-se de argumentos bem urdidos para negar-se ao perdão ou fugir ao dever do esquecimento. Muitas distonias orgânicas são o resultado do veneno da mágoa, que, gerando altas cargas tóxicas sobre a maquinaria mental, produz desequilíbrio no mecanismo psíquico com lamentáveis consequências nos aparelhos circulatório, digestivo, nervoso...
O homem é, sem dúvida, o que vitaliza pelo pensamento. Sua idéias, suas aspirações constituem o campo vibratório no qual transita e em cujas fontes se nutre.
Estiolando os ideais e espalhando infundadas suspeitas, a mágoa consegue isolar o ressentido, impossibilitando a cooperação dos socorros externos, procedentes de outras pessoas.
Caça implacavelmente esses agentes inferiores, que conspiram contra a tua paz. O teu ofensor merece tua compaixão, nunca o teu revide.
Aquele que te persegue sofre desequilibros que ignoras e não é justo que te afundes, com ele, no fosso da sua animosidade.
Seja qual for a dificuldade que te impulsione à mágoa, reage, mediante a renovação de propósitos, não valorizando ofensas nem considerando ofensores.
Através do cultivo de pensamentos salutares, pairarás acima das viciações mentais que agasalham esses miasmas mortíferos que, infelizmente, se alastram pela Terra de hoje, pestilenciais, danosos, aniquiladores.
Incontáveis problemas que culminam em tragédias quotidianas são decorrência da mágoa, que virulenta se firmou, gerando o nefando comércio do sofrimento desnecessário.
Se já registras a modulação da fé raciocinada nos programas da renovação interior, apura aspirações e não te aflijas. Instado às paisagens inferiores, ascende na direção do bem. Malsinado pela incompreensão, desculpa. Ferido nos melhores brios, perdoa.
Se meditares na transitoriedade do mal e na perenidade do bem, não terás outra opção, além daquela: amar e amar sempre, impedindo que a mágoa estabeleça nas fronteiras da tua vida as balizas da sua província infeliz.
"Quando estiveres orando, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que vosso Pai que está nos Céus, vos perdoe as vossas ofensas". - Marcos: 11-25.
"Não sou feliz! A felicidade não foi feita para mim! exclama geralmente o homem em todas as posições sociais. Isto, meus caros filhos, prova melhor do que todos os raciocínios possíveis, a verdade desta máxima do Eclesiastes: "A felicidade não é deste mundo". - ESE Cap.V - Item 20.


Psicografia de Divaldo P. Franco - Florações Evangélicas

EM LEMBRANÇA AO SÉTIMO ANO DE DESENCARNAÇÃO DE FRANCISCO CANDIDO XAVIER

Nosso querido conterrâneo Adelino da Silveira, em seu livro Momentos com Chico Xavier, num esforço de recolher apontamentos e passagens da vida do grande médium, brinda o leitor com palavras que são verdadeiro alimento espiritual. Vejamos algumas dessas máximas de sabedoria e amor.
Disse o Chico:
Não se sente caído
"Tudo o que Jesus falou no Sermão da Montanha foi ao coração, ao sentimento. Não disse nada ao raciocínio, porque é pela inteligência que caímos. Ele não disse: Bem-aventurados os inteligentes. Chegou mesmo, certa vez, a dar graças ao Pai por ter ocultado os segredos do céu aos sábios e inteligentes. Quem cai pelo amor, o próprio motivo da queda faz que se reerga, mas quem cai pela inteligência não se sente caído."

Justiça e misericórdia
"Toda vez que a Justiça Divina nos procura para acerto de contas, se nos encontra trabalhando em benefício dos outros, manda a Misericórdia Divina que a cobrança seja suspensa por tempo indeterminado."

Resposta divina
"O Velho Testamento, que é a palavra dos profetas, é o homem desesperado com os problemas da vida criados por ele mesmo, batendo à porta de Deus."
O Novo Testamento, contendo os ensinamentos de Jesus, é a resposta de Deus ao homem de todos os tempos. "

O Evangelho e o acaso
"Toda vez que as circunstâncias te induzam a ouvir as verdades do Evangelho, não penses que o acaso esteja presidindo a semelhantes eventos. Forças divinas estarão agindo a fim de que te informes quanto ao teu próprio caminho."

O Reino de Deus
"O Reino de Deus estará constituído quando pudermos entender Deus como Jesus O entende. É o mesmo que construir uma estação receptora dentro de nós a ponto de receber uma mensagem diretamente da Divindade."

Medida saneadora
"O sexo é um santuário, tanto é um santuário que Deus permitiu que ele governasse a encarnação. Proteger e preservar o sexo é obrigação e medida saneadora de distúrbios mentais."

Não vem de Deus
"Toda vez que descuidamos do patrimônio do corpo, abusando e afrontando os perigos da vida e chegamos à morte, esta morte não vem de Deus.
Tudo o que vem de Deus, vem devagar."

Perante o sofrimento
"O espírita chora escondido. Depois, lava o rosto e vai atender a multidão sorrindo."

Evangelizar, consolar e esclarecer
"O Centro Espírita foi feito para evangelizar, consolar e esclarecer."

Além do cansaço
"Outro dia me perguntaram por que eu continuo trabalhando, apesar da enfermidade, das limitações. Respondi:
— Estou doente, mas ainda não cheguei à inutilidade. Ou fazemos ou fica por fazer. Ninguém pode fazer o que temos que fazer. A gente tem que agüentar.
A desistência do dever gera um complexo de culpa muito grande."
_________
Obra consultada:Momentos com Chico Xavier - Adelino da Silveira Publicação do Grupo Espírita da Paz de Mirassol - Mirassol Gráfica, Miragraf

EVANGELHO NO LAR

COMO FAZER
Marque um dia e um horário apropriado para fazer o Evangelho no Lar junto com seus familiares.
Realize o Evangelho sempre um dia por semana, no mesmo horário e comece desde já.
Não o prolongue muito, entre 15 a 20 minutos, é tempo suficiente.
Inicie com uma simples e espontânea prece, buscando paz interior, sintonizando-nos com o Plano Maior.
Abrindo o Evangelho Segundo o Espiritismo ao acaso, faça a leitura de um pequeno trecho do Evangelho, com voz normal, claramente, para que todos possam entender e comentar.
Logo após, inicie um breve comentário a respeito da leitura, solicitando que cada um exponha o que entendeu da leitura, com simplicidade, sem fugir do assunto e sem nenhuma obrigatoriedade.
O ponto culminante da reunião, é o momento de Irradiações e Vibração, onde passamos para a condição de doadores. Vibrando através do bom pensamento, uma palavra de carinho, um sentimento de bem que enviamos à outros, é caridade.
A importância dessa doação, está na vontade firme e sincera de querer ajudar, no amor aos semelhantes e no poder de fé e na confiança da ajuda do Alto.
Enquanto uma prece é pronunciada por um dos participantes, expressando a vontade e pedindo auxílio aos necessitados, os outros, em pensamento, vão envolvendo mentalmente, neste clima radiante, as pessoas que são mencionadas.
Ao final do Evangelho, faça uma prece simples e expontânea, agradecendo ao Plano Superior e aos Amigos Espirituais que deram sustentação ao Evangelho no Lar, num clima de paz, amor e harmonia.

SUICÍDIO NÃO

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segunda-feira, 29 de junho de 2009

GRUPO ESPIRITA MENSAGEIROS DA LUZ - RUA JOSÉ JACINTO FERREIRA 320 (próximo a fundação bradesco) PARQUE DOS ANJOS - GRAVATAÍ -RS

FLUIDOTERAPIA NO CENTRO ESPIRITA

fluidoterapia (do latim: fluidu + do grego: therapeía), como o próprio nome indica, é o tratamento feito com fluidos, ou seja, através dos passes e da água fluidificada.

Os Espíritos superiores explicam, através da codificação kardecista, que as mãos servem como instrumento para a transmissão do magnetismo humano que, com as energias distribuídas pelos Espíritos, constituem o passe espírita.


O Passe Magnético é uma das técnicas utilizadas pelo Espiritismo
O passe, pois, é um ato de amor na sua expressão mais sublimada. É uma doação ao paciente daquilo que o médium tem de melhor, enriquecido com os fluidos que o seu guia espiritual traz, e ambos — médium e Benfeitor espiritual — formando uma única vontade e expressando o mesmo sentimento de amor.

O passe, por isso, traz benefício imediato, o doente, sentindo-se aliviado, mesmo por alguns momentos, terá condições de lutar por sua vez na parte que lhe compete no tratamento.

A constância da aplicação da fluidoterapia, aos poucos, propiciará ao enfermo as energias de que carece e o alivio que tanto busca.

Para que se realize a conjugação dos fluidos do plano espiritual com os do médium, ressaltamos não ser necessário que este receba o Espírito que vem cooperar. A associação de energias se verifica sem que isto seja preciso, à simples aproximação de um Amigo do planoextrafísico, que atende assim ao apelo do médium passista feito através da prece e estando este receptivo e preparado para a doação fluídica.

O sucesso representa a soma de muitos fatores, inclusive (é bom não nos esquecermos) o mérito do enfermo, razão pela qual o médium jamais deve envaidecer-se com isto. Mesmo porque, caso haja vaidade, a produção e o rendimento do médiumpassista sofrem uma queda subitânea.

Procedimentos para a Realização da Fluidoterapia

Allan Kardec escreveu vários ensaios sobre as possibilidades reparadoras da terapêutica com fluidos, bem como de sua importância nos trabalhos espíritas. Enfatizou a Fluidoterapia como um dos importantesfatores na divulgação do Espiritismo, atraindo aqueles que vislumbrem suas reais possibilidades de ação frente aos problemas espirituais e orgânicos. Por isso, é importante que toda Casa Espírita , dentro de suas possibilidades, estruture-se para atender essa grande massa de sofredores de toda ordem.

Abaixo, apresentamos alguns pontos que devem ser observados ao se iniciar o trabalho de Fluidoterapia na Casa Espírita.

1.Normas: como em qualquer trabalho na Casa Espírita, devem ser observados os critérios de admissão dos componentes do grupo de Fluidoterapia. Sugerimos que sejam pessoas com conhecimento e vivência espírita. Todos os cuidados devem seradotados para que a atividade não se envolva em misticismo, fanatismo e nem se transforme numa panacéia que se proponha tudo resolver. Deste modo, a Fluidoterapia se configurará como mais uma fonte de benefícios para os freqüentadores, nada mais.
2.Escolha do dia do atendimento: preferencialmente, o trabalho de Fluidoterapia será realizado preferencialmente em dia específico para este fim, para que sejam garantidas as condições adequadas para sua consecução, levando-se em conta as manipulações de energias do ambiente que são realizadas pelos Espíritos.
3.Triagem: a seleção das pessoas que serão atendidas pela Fluidoterapia será realizada pelo serviço de Atendimento Fraterno. Na entrevista, serão identificados os casos que necessitam de Terapia com Fluidos. Em nossa Casa Espírita, somente são encaminhados à Fluidoterapia as pessoas que já tenham realizado o Tratamento Espiritual, procedimento em que o paciente participa durante 4 semanas das Reuniões Públicas e do Passe Convencional ou cujos nomes são incluídos nos trabalhos dedesobsessão . Geralmente as pessoas que procuram a Fluidoterapia são aquelas que já trilharam pelos caminhos da medicina terrena e não encontraram ali um resultado satisfatório. Reforçamos o cuidado que devemos ter nestas situações, nunca dando ao trabalho a conotação de "milagre" ou prometendo a cura. Sempre ressaltar a importância do tratamento médico concomitante.
4.Sala de Fluidoterapia: a sala, que deverá ser conservada limpa, poderá ter cadeiras e/ou macas, para os casos em que o paciente necessite deitar-se. Havendo leitos, os lençóis efronhas devem ser limpos e trocados a cada utilização. Se for necessário realizar anotações em fichas, sugere-se a instalação de uma pequena mesa na sala. O recolhimento é condição essencial para esta atividade. Neste sentido, a sonorização ambiente, preferencialmente com música instrumental, é sempre bem-vinda. Por todas estas observações, é fundamental que este espaço seja utilizado exclusivamente para os trabalhos de Fluidoterapia.
5.Preparação do Ambiente: antes dos trabalhos, a equipe deverá permanecer em recolhimento e prece sincera, evocando a presença dos Benfeitores Espirituais para secundá-los na tarefa, colocando-se sempre com muita humildade e conscientes da limitação de cada um.
6.Aplicação dos Passes: no início da magnetização, o passista deverá instruir a pessoa para postar-se em condições de receber o auxílio, fazendo prece sincera de apelo a Jesus. Só então iniciará o passefluídico. Em geral, o passe é ministrado por duas pessoas - uma que procederá a magnetização principal e outro no auxílio a este.
7.Resultados: comumente, o tratamento através dos fluidos tem duração de 4 semanas. Após este período, o paciente retornará ao Atendimento Fraterno para avaliação dos resultados. Se houver melhora considerável, será sugerido o tratamento na Sala de Passes convencional, após as Reuniões Públicas. Após novo retorno, o paciente deve ser liberado com a orientação de permanecer observando o reaparecimento ou não dos sintomas. Se não houve melhora ou se ela foi insignificante, todo o procedimento precisa ser repetido. Se após isto não houver remissão dos sintomas, considerar como resultado negativo.
É importante salientar que a Fluidoterapia dever ser acompanhada da participação nas Reuniões Públicas, especialmente aquelas com explanação do Evangelho. Além disso, todos os participantes devem ser instruídos para a necessidade de mudança de postura através do esforço íntimo de renovação.

Os pacientes devem ser orientados a evitar o vício durante o tratamento e se fizer uso no dia, não comparecer ao mesmo. A alimentação no dia do tratamento deverá ser leve e frugal, evitando‐se carnes. Deve ainda procurar manter uma boa conduta moral através de prece, meditação e leituras de páginas evangélicas e doutrinárias. Cada paciente poderá trazer água em recipiente individual, para que possa serfluidificada. Sugere-se vestimentas confortáveis, evitando‐se aquelas que possam causar constrangimentos aos demais pacientes e médiuns.

VOCE ACHA QUE SUA VIDA ESTÁ RUIM ?? ENTÃO CLIQUE EM CIMA DA FOTO.

ENTREVISTA COM DIVALDO FRANCO

Esta entrevista foi possível graças ao empenho de nossa amiga Rosani (abaixo identificada) colaboradora de nossa casa Espírita e atualmente residindo na Alemanha.


Gostaria de saber o que significa um livro psicografado?
Trata-se de uma obra escrita sob o comando de um Espírito desencarnado, em que o médium é o dócil instrumento.
Como acontece este processo?
Pode acontecer em três estados de consciência: em plena lucidez, por inspiração; em semiconsciente, quando o médium tem idéia do que está ocorrendo ou de forma sonambúlica, em estado inconsciente, quando o médium não tem a menor idéia da ocorrência.
O que caracteriza  o mentor ou entidade que manda suas mensagens?
A característica essencial de um Mentor, da Entidade que escreve um livro edificando, e o seu valor moral, também são as suas qualidades espirituais de Benfeitor dedicado ao bem de um indivíduo ou de um grupo.
Obs: sei que alguns(como comentastes na palestra) gostam que escrevas com lápis outros podem ser com canetas...número de horas que escreve com cada um? Existem pausas? Como sucedem? Existe alguma alimentação especial, ou desejo, solicitada por eles(as)?
A depender da preferência do Amigo espiritual, a escrita pode ser a lápis ou esferográfica sem que isso interfira na qualidade do labor. O número de horas de trabalho depende do compromisso espiritual: se se trata de um livro de mensagens podem ser escritas em breves períodos ao largo do tempo. No entanto, quando se refere a um trabalho mais expressivo, como um romance, uma obra científica, filosófica ou de forte conteúdo moral, o Espírito estabelece com o médium um período dentro das possibilidades desse último, sem violentar os compromissos humanos e sociais. Quando são muitas horas, existem pausas, para atendimento das necessidades fisiológicas do médium como é normal. A alimentação antes do trabalho deve ser frugal, a fim de evitar as toxinas da digestão.
Todas as pessoas têm mediunidade?
Sim, a mediunidade é uma faculdade da alma, que o corpo reveste de células para a decodificação do pensamento espiritual. Todos somos médiuns com maior ou menor potencial, assim como ocorre em relação à inteligência e à memória…
Existe a possibilidade de se desenvolver a mediunidade para o negativo, pensando estar no caminho do bem?
Quando a pessoa opta por uma vida desregrada, permitindo-se conduta vulgar, naturalmente aprimora as suas faculdades de maneira negativa, portanto, perniciosa.
Qual o parâmetro para saber se a pessoa está no caminho certo?
O parâmetro para medir-se a conduta correta é a ação do bem, o comportamento moral saudável.
O que significa o despertar?
Adquirir consciência da verdade, tomar consciência de si mesmo, trabalhar para ser melhor moralmente cada vez mais, buscar o reino dos Céus e amar…
O Evangelho Segundo O Espiritismo cita que quando nascemos as informações de nossas vidas passadas estão cobertas por um véu no sentido de preservar a influência de anteriores vidas. Existe a possibilidade de algumas pessoas  saberem o que viveram em anteriores vidas e isso ser benéfico para seu adiantamento? Que característica devem ter estas pessoas? Como conquistar esta libertação?
O esquecimento das existências passadas não é total, sempre ficamos com alguns flashs, lembranças vagas, temos sonhos evocativos, sensações e emoções que tipificam reminiscências… A lembrança lúcida seria mais prejudicial do que útil, em face dos erros que cometemos e que nos criariam culpa e embaraços ao enfrentar as vítimas ou os algozes que noshajam ferido.
Nada obstante, à medida que o Espírito se eleva moralmente mais fácil se lhe fazem as recordações, que devem ter sempre um fim providencial.
Para conseguir-se essa conquista é necessário crescimento espiritual e finalidades dignificantes, evitando a curiosidade e a vulgaridade.
Como enfrentar os maus pensamentos?
Eles fazem parte da nossa memória e deveremos enfrentá-los pensando em questões enobrecedoras e ricas de esperança e de paz.-
Como fortalecer os bons pensamentos?
Exercitando-se em leituras superiores, meditações, concentrações, orações…
Uma mensagem para a comunidade de Gravataí?
Abraçando os amigos da querida Gravataí, onde estive diversas vezes divulgando o Espiritismo, os votos de iluminação interior e de muita harmonia na conquista da felicidade que a todos está reservada.
Qual o objetivo desta viagem pela Europa e quais os países que vais visitar?
Durante quarenta dias estaremos Nilson e eu, visitando 28 cidades de 13 países: Alemanha, Ducado Luxemburgo, Bélgica, Holanda, Noruega, Polônia, Áustria, República checa, República eslava, Suíça, Itália, França e Inglaterra. 


Estou respondendo pela madrugada, a fim de desincumbir-me do compromisso, mas nem sempre poderei permitir-se esse esforço.
Abraços,

Divaldo
Amsterdã, 13 de Maio de 2009. 


Rosani Erhart Schlabitz
Schneewittchenstrasse 18
(89)60667584
München

A GENIALIDADE E A REENCARNAÇÃO

Conta-se que um jovem médico procurou o notável compositor Mozart e lhe perguntou como deveria proceder para escrever uma sinfonia.

O grande músico lhe respondeu que ele era muito jovem para pensar em escrever sinfonias e lhe sugeriu que tentasse antes escrever baladas.

Indignado com a observação, o rapaz retrucou: Como pode me dizer que sou jovem, se o senhor escreveu sinfonias com apenas dez anos!

Realmente, concluiu Mozart, eu as escrevi com aquela idade, mas não perguntei a ninguém como fazê-lo.

A resposta do alegre músico austríaco nos conduz a destacar o prodígio que são algumas crianças.

O famoso Rembrandt já era pintor antes de aprender a ler. Miquelângelo, a quem devemos a maravilha das pinturas da Capela Sistina, no Vaticano, foi considerado um artista completo, aos oitos anos, por seu mestre.

O célebre escritor francês Victor Hugo revelou-se literariamente aos treze anos.

Crianças outras demonstraram bem cedo sua genialidade, qual seja a de dominar várias línguas, como o alemão, francês, latim, grego e hebraico; compor, pintar; escrever poemas ou outras peças literárias.

Os Espíritos nos explicam com clareza que tais fenômenos de prodígio são devidos ao progresso anterior da alma, a uma lembrança do passado, entendendo-se como passado as vidas anteriores do Espírito.

Equivale pois a dizer que nada do que se aprenda é perdido, em tempo algum.

Plenamente concorde com a Lei do Progresso, tais fatos nos levam a reflexões em torno dos talentos de que somos portadores, convidando-nos a atentar para o que possamos ter trazido de vidas passadas.

Descortina-se a razão pois que renascemos não somente para resgatar débitos, acertar problemas do ontem mas também para amadurecer avanços iniciados em outras encarnações.

Aqueles que mais sabem, que trazem melhores mensagens de vida e maiores experiências, são convidados a trabalhar em prol da vida mais bela e elevada.

É desta forma que benfeitores da Humanidade retornam vez ou outra ao cenário da Terra, revestidos de uma roupagem carnal diferente, para atender seus irmãos.

Quem haja se evidenciado nas artes e tenha brindado o mundo com produções belíssimas, pode retornar para se dedicar ao bem do próximo, exercitando a sensibilidade de outra forma.

Quem tenha se esmerado na Ciência, pode retornar servindo à comunidade em outro campo, totalmente diverso, sem perder jamais, em momento algum, o que aprendeu, exercitou, lecionou.

Isto também explica a facilidade de algumas pessoas para determinadas áreas do saber, das artes, da indústria, do comércio, das relações humanas.

Parafraseando Lavoisier: Nada se perde... tudo se transforma. E diríamos: para melhor.


* * *

O fenômeno do Espírito retornar à carne, em outro corpo especialmente preparado para ele, se chama reencarnação.

A reencarnação constitui excelente oportunidade de aperfeiçoamento, concedida por Deus, para o Espírito.

Assim, vale a pena aproveitar cada minuto da presente existência, fazendo o melhor que estiver ao nosso alcance.



Redação do Momento Espírita, com base no artigo
Crianças-prodígio, publicado no informativo
SEI, nº 1576 de 13/06/1998.

NOS MOMENTOS GRAVES

Use calma. A vida pode ser um bom estado de luta, mas o estado de guerra nunca será uma vida boa.
Não delibere apressadamente. As circunstâncias, filhas dos Desígnios Superiores, modificam-nos a experiência, de minuto a minuto.
Evite lágrimas inoportunas. O pranto pode complicar os enigmas ao invés de resolvê-los.
Se você errou desastradamente, não se precipite no desespero. O reerguimento é a melhor medida para aquele que cai.
Tenha paciência. Se você não chega a dominar-se, debalde buscará o entendimento de quem não o compreende ainda.
Se a questão é excessivamente complexa, espere mais um dia ou mais uma semana, a fim de solucioná-la. O tempo não passa em vão.
A pretexto de defender alguém, não penetre o círculo barulhento. Há pessoas que fazem muito ruído por simples questão de gosto.
Seja comedido nas resoluções e atitudes. Nos instantes graves, nossa realidade espiritual é mais visível.
Em qualquer apreciação, alusiva a segundas e terceiras pessoas, tenha cuidado. Em outras ocasiões, outras pessoas serão chamadas a fim de se referirem a você.
Em hora alguma proclame seus méritos individuais, porque qualquer qualidade excelente é muito problemática no quadro de nossas aquisições. Lembre-se de que a virtude não é uma voz que fala, e, sim, um poder que irradia.

ANDRÉ LUIZ

APRENDENDO A VIVER

A experiência terrena consiste em um projeto um tanto arriscado.

Antes de renascer, o Espírito traça um programa que pretende cumprir.

Alguns pontos capitais são definidos, como o corpo, a família e o ambiente em que renascerá.

Ele também estabelece estratégias para vencer alguns problemas evolutivos.

São antigos desafetos com os quais pretende conviver.

Comparsas de persistentes erros que lhe devem surgir no caminho, em geral na forma de tentação.

Vítimas de leviandades cometidas e que seguem amarguradas o devem rodear, sequiosas de auxílio.

O Espírito estuda tudo com grande atenção, ora e se prepara mental e emocionalmente.

Como se percebe, renascer é um empreendimento de vulto.

A existência terrena é imprescindível à evolução, em especial em suas fases mais incipientes.

No corpo de carne, a força de vontade é testada e o ser imortal gradualmente abandona ilusões e paixões.

Demora um pouco, mas ele começa a perceber a transitoriedade de muito do que é valorizado na Terra.

Poder, aparências e conúbios sexuais apartados de um forte vínculo afetivo são apenas algumas dessas quimeras.

Embora firmemente decidido a transcender, não raro o Espírito sucumbe às tentações mundanas.

Ele programa trabalhar no bem, ser puro, honesto e generoso.

Decide transformar antigos parceiros de crimes em nobres companheiros de ideal superior.

Quer amparar aqueles a quem no pretérito lançou no despenhadeiro do vício.

Entretanto, cede à tentação do passado e revive indignidades.

A partir de determinado momento, nem mais é possível alegar ignorância.

Afinal, a mensagem cristã, a convidar claramente para a renovação, não é nova no mundo.

Essas experiências frustradas podem se repetir inúmeras vezes.

Há um inevitável amargor na hora do ajuste de contas com a própria consciência.

Confrontar o que se programou com o que se fez pode ser decepcionante.

Entretanto, as oportunidades se renovam.

Sempre chega o momento em que o Espírito cansa de falhar consigo mesmo.

Tantas são as decepções, que ele realmente se desgosta das ilusões mundanas.

Cheio de firmeza, resiste a todas as tentações e persevera em seu propósito de renovação.

Não se preocupa em ser rico, importante ou em fruir exóticas sensações.

Tem convicção de que tudo isso nada lhe acrescenta, em termos de paz e plenitude.

Ao contrário, identifica felicidade com deveres cumpridos e com dignidade.

* * *

Ciente disso, preste atenção no modo como você vive.

Seus pensamentos, atos e sentimentos são um prenúncio de paz?

Ou eles anunciam grandes decepções, quando você retornar para o verdadeiro lar?


Redação do Momento Espírita.

CONHEÇA UM POUCO DA DOUTRINA ESPIRITA

Trouxe um resumo da Doutrina Espírita para todos os que quiserem conhecer melhor essa Doutrina que traz tantos benefícios para todas as pessoas:

O que é o Espiritismo

É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec, que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.

É o Consolador prometido, que veio, no devido tempo, recordar e complementar o que Jesus ensinou, "restabelecendo todas as coisas no seu verdadeiro sentido", trazendo, assim, à Humanidade as bases reais para sua espiritualização.

O que revela

Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida.

Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da existência terrena e qual a razão da dor e do sofrimento.

Qual a sua abrangência

Trazendo conceitos novos sobre o homem e tudo o que o cerca, o Espiritismo toca em todas as áreas do conhecimento, das atividades e do comportamento humanos.

Pode e deve ser estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional, social.

Pontos fundamentais

Deus é a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.

O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais.

Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados (Homens), existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados.

No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.

Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.

O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo semimaterial que une o Espírito ao corpo material.

Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo.

Os Espíritos são criados simples e ignorantes, evoluem intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.

Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.

Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aprimoramento.

Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso, intelectual e moral, depende dos esforços que faça para chegar à perfeição.

Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição a que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores.

As relações dos Espíritos com os homens são constantes, e sempre existiram. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos impelem para o mal. Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.

A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela humanidade.

O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas conseqüências de suas ações.

A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.

A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural, e é o resultado de um sentimento inato do homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador.
A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assistí-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.

Prática Espírita

Toda a prática espírita é gratuita, dentro do princípio do Evangelho: "Dai de graça o que de graça recebestes".

A prática espírita é realizada sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.

O Espiritismo não tem corpo sacerdotal e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: paramentos, bebidas alcóolicas, incenso, fumo, altares, imagens, andores, velas, procissões, talismãs, amuletos, sacramentos, concessões de indugência, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais, búzios, rituais, ou quaisquer outras formas de culto exterior.

O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecé-lo a submeter os seus ensinos ao crivo da razão antes de aceitá-los.

A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é um dom que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da diretriz doutrinária de vida que adote.

Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã.

O Espiritismo respeita todas as religiões, valoriza todos os esforços para a prática do bem, trabalha pela confraternização entre todos os homens independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença ou nível cultural e social, e reconhece que "o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza".

"Nascer, morrer, renascer, ainda, e progredir sempre, tal é a lei."

"Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade".

"Fora da caridade não há salvação".

O estudo das obras de Allan Kardec é fundamental para o correto conhecimento da Doutrina Espírita.
Fonte(s):
Maiores informações sobre a Doutrina Espírita vc pode encontrar no site:
http://www.omensageiro.com.br/doutrina/

NO QUE ACREDITA UM KARDECISTA, E PORQUE

Acredita em todas as realidades filosóficas presentes no evangelho, comum a muitas religiões, acrescentando a existência dos espíritos, dos diversos mundos espirituais e da reencarnação, entre algumas outras coisas.

E aceita sim Jesus Cristo como mestre e salvador.
Não acredita na existência do diabo, porque se ele existisse teria sido criado por Deus, criador de todas as coisas.
Deus na sua infinita misericórdia não criaria uma criatura eternamente devotada ao mal.

Acredita sim na existência de espíritos malévolos por vontade própria, por ignorância ou desobediência das leis de Deus, que ainda não atingiram sua evolução, mas que um dia fatalmente atingirão através das reencarnações

A VERDADEIRA AMIZADE

Você já parou para pensar sobre o que é a verdadeira amizade?



A palavra amigo é usada de maneira muito ampla pela maioria de nós.



Apresentamos como amigos os colegas de escola ou de faculdade; os colegas de trabalho, os amigos que conosco praticam esporte, ou aqueles com quem nos relacionamos em várias atividades.



E é bom que assim seja, pois ao chamarmos de amigos, de alguma forma os aceitamos, e passamos a tentar conviver bem com eles.



Mas será que esses são os nossos verdadeiros amigos? Será que nós somos os verdadeiros amigos dessas pessoas?



Nossos verdadeiros amigos têm uma real conexão conosco. São aqueles que realmente gostam de nós e de quem nós gostamos verdadeiramente.



O verdadeiro amigo nos aceita como somos, mas não deixa de nos dar conselhos para que mudemos, sempre para melhor. E nós aceitamos esses conselhos porque sabemos que vêm de quem se importa conosco.



O verdadeiro amigo se alegra com nossas alegrias, com nossos sucessos, e torce pela realização de nossos sonhos.



O verdadeiro amigo preocupa-se quando estamos tristes e, frente a situações difíceis para nós, está sempre disposto a ajudar.



O verdadeiro amigo não precisa estar presente em nossas vidas todos os dias, mas sabemos que está ao nosso alcance quando sentirmos saudades, quando quisermos saber se ele está bem, ou quando precisarmos dele.



Distâncias não encerram amizades sólidas, em uma época onde a comunicação é tão fácil. Mas, mesmo sem um contato constante, o sentimento de afeto não se abala.



É do livro O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, a famosa frase: Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.



Se cativamos um amigo, então somos responsáveis por essa amizade. Devemos saber retribuir as atenções e o carinho recebidos, com a mesma dedicação.



Afinal, a real amizade é como uma estrada de duas mãos: nos dois sentidos os sentimentos são semelhantes.



Com o verdadeiro amigo temos a chance de praticar o real amor para com o próximo, ainda tão difícil de praticar com todos, como Jesus recomendou.



Temos a chance de praticar o perdão, pois nosso caro amigo tem o direito de errar como qualquer ser humano o tem. E, se errar conosco, que o perdoemos, pois amanhã talvez sejamos nós a pedir perdão.



Jesus e Seus apóstolos formaram um grupo de dedicados amigos. Muitos deles, sem se conhecerem previamente, desenvolveram, naqueles curtos três anos da pregação do Mestre, uma amizade que duraria até o fim de suas vidas.



Quando, após a morte de Jesus, se viram aparentemente sozinhos, ajudaram-se mutuamente, deram forças uns aos outros para a dura missão que teriam pela frente.



Amigos são verdadeiros presentes que Deus nos dá. Muitas vezes são antigos companheiros de jornada que reencontramos, para que continuemos juntos, nos apoiando nesta nova caminhada.



Não busquemos quantidade, mas, sim, a qualidade, certos de que a verdadeira amizade deve ser cultivada e cuidada como algo de real valor em nossa vida, algo que não nos pode ser tirado, e que levaremos conosco eternamente.



Redação do Momento Espírita.

NOSSA RELIGIOSIDADE DE CADA DIA

Você acredita em Deus? Seja esse Deus chamado de Alá, Jeová, Eloin, Força Superior, ou simplesmente Deus, você acredita?



Provavelmente você respondeu sim. Afinal, não há registros de povos onde a crença em Deus não fizesse parte de sua cultura.



Cremos em Deus e no Seu amor, bondade e sabedoria infinitas. Cremos na Sua justiça que vela por tudo e por todos. Cremos seja Ele Pai, a cuidar de cada um de nós, Seus filhos. Tudo isso é Deus para nós.



Agora, você já se perguntou o que espera Deus de nós nessa vida? O que o Pai deseja de Seus filhos, quando nos envia para a matrícula nesta escola chamada Terra? Quais as Suas expectativas?



Ao ser indagado qual o maior mandamento, qual a maior Lei de Deus a ser seguida, Jesus nos explica que é a lei de amor. Amar a Deus sobre todas as coisas, e amar-se para conseguir amar ao próximo como a si mesmo.



E para conseguir vivenciar as Leis de Deus, cada um de nós busca um caminho, um que considera especial para si, um roteiro que consiga explicar melhor Deus e Suas leis, a fim de viver de maneira mais feliz e tranquila.



Esse caminho que escolhemos é a nossa religião.



Como cada um de nós possui diferentes valores na alma, um nível de consciência próprio, uma maturidade emocional específica, é natural que cada um de nós escolha uma forma de ver Deus e entender Suas leis de uma maneira particular.



Por isso a diversidade de religiões, pois vemos a mesma coisa, as Leis de Deus, sob aspectos diferentes. Porém, mesmo diferentes em suas sínteses, toda doutrina que promova o bem, que leve o homem ao bem, é digna de respeito.



Afinal, a religião em si não é um fim, mas é um meio para chegarmos até Deus. O objetivo maior não é viver a religião, mas caminhar através dela para chegar a Deus.



E você já percebeu que nem todo mundo precisa da religião para chegar a Deus, para desenvolver sua religiosidade?



Existem inúmeras pessoas que não professam nenhuma religião e, no entanto, têm uma conduta e valores de alto conceito moral. Elas vivem Deus, sem precisar caminhar por uma religião.



Outros, no entanto, abraçando essa ou aquela religião, carregam na alma pouca religiosidade. Dizem-se partidários desse ou daquele segmento religioso, mas vivenciam quase nada do que sua religião propõe. Será isso que Deus espera de nós?



A religião, de forma alguma, serve para nos fazermos pessoas hipócritas. Muito menos para ser o ópio do povo, como asseverou certa vez um pensador.



A religião deve ser o religar de cada um de nós com Deus. Ela vai construindo, em nossa intimidade, a presença de Deus, nos apontando o melhor caminho para dias futuros mais felizes.



* * *



Não seremos melhores ou piores por professarmos essa ou aquela religião, mas sim pelo que fizermos do nosso caminhar, do nosso viver, do nosso pensar e agir.



Se a nossa religião nos oferece um bom direcionamento para sermos pessoas de bem, aproveitemos a chance.



No entanto, de forma alguma nos iludamos que a nossa religião é a melhor por si só. Ela será a melhor dependendo do que fizermos dela e com ela em nosso dia a dia.



Redação do Momento Espírita.

QUAL É SEU CAMINHO?

Um dia um bezerro precisou atravessar uma floresta virgem para voltar ao seu pasto.
Sendo um animal irracional, abriu uma tortuosa trilha, cheia de curvas, subindo e descendo colinas...
No dia seguinte, outro animal que passava por ali, usou a mesma trilha torta para atravessar a floresta.
Depois foi a vez do carneiro, líder de um rebanho, que fez seus companheiros seguirem pela trilha torta.
Mais tarde, os homens começaram a usar esse caminho: entravam e saiam, viravam à direita, à esquerda, reclamando (até com um pouco de razão...) mas não faziam nada para mudar a trilha.
Depois de tanto uso, a trilha acabou virando estradinha onde os pobres animais se cansavam sob cargas pesadas, sendo obrigados a percorrer em 3 horas a distância que poderia ser vencida em no máximo, uma hora...
Muitos anos se passaram e a estradinha tornou-se a rua principal de um vilarejo. Posteriormente, a avenida principal da cidade. Logo a avenida transformou-se no centro de uma grande metrópole e por ela passaram a transitar diariamente milhares de pessoas, seguindo a mesma trilha torta feita pelo bezerro.centenas de anos antes.
Os homens têm a tendência de seguir, como cegos, por trilhas feitas por outros, muitas vezes inexperientes, e se esforçam a repetir o que os outros já fizeram. E a velha floresta, do alto de sua sabedoria, ria daquelas pessoas que percorriam a trilha como se fosse um único caminho.... sem se atrever a mudá-lo.
A propósito, qual é o seu caminho?
www.velhosabio.com.br

domingo, 28 de junho de 2009

CONSTRUAMOS A PAZ

MENSAGENS DE CONFORTO

Ante os que partiram 16/01/2008
Religião dos Espíritos – Emmanuel

Nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio.

Ver a névoa da morte estampar-se, inexorável, na fisionomia dos que mais amamos, e cerrar-lhes os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a própria alma e prosseguir vivendo.

Digam aqueles que já estreitaram de encontro ao peito um filhinho transfigurado em anjo da agonia; um esposo que se despede, procurando debalde mover os lábios mudos; uma companheira cujas mãos consagradas à ternura pendem extintas; um amigo que tomba desfalecente para não mais se erguer, ou um semblante materno acostumado a abençoar, e que nada mais consegue exprimir senão a dor da extrema separação, através da última lágrima.

Falem aqueles que, um dia, se inclinaram, esmagados de solidão, à frente de um túmulo; os que se rojaram em prece nas cinzas que recobrem a derradeira recordação dos entes inesquecíveis; os que caíram, varados de saudade, carregando no seio o esquife dos próprios sonhos; os que tatearam, gemendo, a lousa imóvel, e os que soluçaram de angústia, no ádito dos próprios pensamentos, perguntando, em vão, pela presença dos que partiram.

Todavia, quando semelhante provação te bata à porta, reprime o desespero e dilui a corrente da mágoa na fonte viva da oração, porque os chamados mortos são apenas ausentes e as gotas de teu pranto lhes fustigam a alma como chuva de fel.

Também eles pensam e lutam, sentem a choram.

Atravessam a faixa do sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia, inquietam-se pelos que ficaram... Ouvem-lhes os gritos e as súplicas, na onda mental que rompe a barreira da grande sombra e tremem cada vez que os laços afetivos da retaguarda se rendem à inconformação ou se voltam para o suicídio.

Lamentam-se quanto aos erros praticados e trabalham, com afinco, na regeneração que lhes diz respeito.

Estimulam-te à prática do bem, partilhando-te as dores e as alegrias.

Rejubilam-se com as tuas vitórias no mundo interior e consolam-te nas horas amargas para que te não percas no frio do desencanto.

Tranqüiliza-te, desse modo, os companheiros que demandam o Além, suportando corajosamente a despedida temporária, e honra-lhes a memória, abraçando com nobreza os deveres que te legaram.

Recorda que, em futuro mais próximo que imaginas, respirarás entre eles, comungando-lhes as necessidades e os problemas, porquanto terminarás também a própria viagem no mar das provas redentoras.

E, vencendo para sempre o terror da morte, não nos será lícito esquecer que Jesus, o nosso Divino Mestre e Herói do Túmulo Vazio, nasceu em noite escura, viveu entre os infortúnios da Terra e expirou na cruz, em tarde pardacenta, sobre o monte empedrado, mas ressuscitou aos Cânticos da manhã, no fulgor de um jardim.
Eles vivem 16/01/2008
Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração.

Eles não morreram.

Estão vivos.
Compartilham-te as aflições, quando te lastimas sem consolo. Inquietam-se com sua rendição aos desafios da angústia quando te afastas da confiança em Deus.

Eles sabem igualmente quanto dói a separação.

Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiram responder as interpelações que articulaste no auge da amargura. Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor.

Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles e quase sempre se transformam em cirineus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrimas quando tateais a lousa ou lhes enfeitas a memória perguntando porque.

Pensa neles com a saudade convertida em oração.

As tua preces de amor representam acordes de esperança e devotamento, despertando-os para visões mais altas na vida. Quando puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir e tê-los-ás contigo por infatigáveis zeladores de teus dias.

Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros deles és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária.

Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no plano material...

Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas sim ao encontro de Novo Despertar.
Não há morte 16/01/2008
Joanna de Ângelis
Divaldo Pereira Franco

Depois que partiram do círculo carnal aqueles a quem amas, tens a impressão de que a vida perdeu a sua finalidade.

As horas ficaram vazias, enquanto uma angústia que te dilacera e uma surda desesperação que te mina as energias se fazem a constante dos teus momentos de demorada agonia.

Estiveram ao teu lado como bênção de Deus, clareando o teu mundo de venturas com o lume da sua presença e não pensaste, não te permitiste acreditar na possibilidade de que eles te pudessem preceder na viagem de retorno.

Cessados os primeiros instantes do impacto que a realidade te impôs, recapitulas as horas de júbilo enquanto o pranto verte incessante, sem confortaste, como se as lágrimas carregassem ácido que te requeima desde a fonte do sentimento à comporta dos olhos, não diminuindo a ardência da saudade...

Ante essa situação, o futuro se te desdobra sombrio, ameaçador, e interrogas como será possível prosseguir sem eles.
O teu coração pulsa destroçado e a tua dor moral se transforma em punhalada física, a revolver a lâmina que te macera em largo prazo.

Temes não suportar tão cruel sofrimento.

Conseguirás, porém, superá-lo.

Muito justas, sim, tuas saudades e sofrimentos.

Não, porém, a ponto de levar-te ao desequilíbrio, à morte da esperança, à revolta...

Os seres a quem amas e que morreram, não se consumiram na voragem do aniquilamento. Eles sobreviveram.

A vida seria um engodo, se se destruísse ante o sopro desagregador da morte que passa.

A vida se manifesta, se desenvolve em infinitos matizes e incontáveis expressões. A forma se modifica e se estrutura, se agrega e se decompõe passando de uma para outra expressão vibratória sem que a energia que a vitaliza dependa das circunstâncias transitórias em que se exterioriza.

Não estão, portanto, mortos, no sentido de destruídos, os que transitaram ao teu lado e se transferiram de domicílio.

Prosseguem vivendo aqueles a quem amas. Aguarda um pouco, enquanto, orando, a prece te luarize a alma e os envolvas no rumo por onde seguem.

Não te imponhas mentalmente com altas doses de mágoas, com interrogações pressionantes, arrojando na direção deles os petardos vigorosos da tua incontida aflição.

Esforça-te por encontrar a resignação.

O amor vence, quando verdadeiro, qualquer distância e é ponte entre abismos, encurtando caminhos.

Da mesma forma que anelas por volver a senti-los, a falar-lhes, a ouvir-lhes, eles também o desejam.

Necessitam, porém, evoluir, quanto tu próprio.

Se te prendes a eles demoradamente ou os encarceras no egoísmo, desejando continuar uma etapa que ora se encerrou, não os fruirás, porque estarão na retaguarda.

Libertando-os, eles prosseguirão contigo, preparar-te-ão o reencontro, aguardar-te-ão...

Faze-te, a teu turno, digno deles, da sua confiança, e unge-te de amor com que enriqueças outras vidas em memória deles, por afeição a eles.

Não penses mais em termos de "adeus" e, sim, em expressões de "até logo mais".

Todos os homens na Terra são chamados a esse testemunho, o da temporária despedida. Considera, portanto, a imperiosa necessidade de pensar nessa injunção e deixa que a reflexão sobre a morte faça parte do teu programa de assuntos mentais, com que te armarás, desde já, para o retorno, ou para enfrentar em paz a partida dos teus amores...

Quanto àqueles que viste partir, de quem sofres saudades infinitas e impreenchíveis vazios no sentimento, entrega-os a Deus, confiando-os e confiando-te ao Pai, na certeza de que, se souberes abrir a alma à esperança e à fé, conseguirás senti-los, ouvi-los, deles haurindo a confortadora energia com que te fortalecerás até ao instante da união sem dor, sem sombra, sem separação pelos caminhos do tempo sem fim, no amanhã ditoso.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Em que momento exato podemos identificar como vida: na concepção (união do óvulo ao espermatozóide) ou na implantação do já ovo no útero?

Os Espíritos, na questão 344 de "O Livro dos Espíritos", respondendo à pergunta de Kardec sobre o momento em que o espírito reencarnante se une ao corpo, esclareceram que esta união começa na concepção, não esclarecendo, em pormenores, se estavam se referindo ao momento da fecundação propriamente dita (em que a célula sexual masculina fertiliza a célula feminina) ou ao da nidação (em que o produto da fertilização é implantado no útero materno). Em todo caso, trata-se de uma ligação parcial, pois esta somente se conclui no nascimento.

No entanto, segundo André Luiz, no livro Missionários da Luz, capítulo XIII, intitulado "Reencarnação", descrevendo os detalhes do processo de reencarnação de um espírito, no momento de sua ligação à matéria, nos traz a seguinte narrativa:
"Os Espíritos Construtores começaram o trabalho de magnetização do corpo perispirítico [do reencarnante], no que eram amplamente secundados pelo esforço do abnegado orientador [Alexandre], que se mantinha dedicado e firme em todos os campos de serviço. (...) Compreendi que o interessado [Segismundo, o espírito reencarnante] precisava oferecer o maior coeficiente de cooperação individual para o êxito amplo. Surpreendido, reconheci que, ao influxo magnético de Alexandre e dos Construtores Espirituais, a forma perispiritual de Segismundo tornava-se reduzida. A operação não foi curta, nem simples. Identificava o esforço geral para que s efetuasse a redução necessária. Segismundo parecia cada vez menos consciente. Não nos fixava com a mesma lucidez e suas respostas às nossas perguntas afetuosas não se revelavam completas. Por fim, com grande assombro meu, verifiquei que a forma de nosso amigo assemelhava-se à de uma criança. (...) - Faremos agora o ato de ligação inicial, em sentido direto, de Segismundo com a matéria orgânica. (...) Foi então, ó divino mistério da Criação Infinita de Deus!, que a vi [Raquel, a futura mãe do reencarnante] apertar a "forma infantil" de Segismundo de encontro ao coração, mas tão fortemente, tão amorosamente, que me pareceu uma sacerdotisa do Poder da Divindade Suprema. Segismundo ligara-se a ela como a flor se une à haste. Então compreendi que, desde aquele momento, era alma de sua alma aquele que seria carne de sua carne. (...) Observando que a forma de Segismundo se ligara a ela, por divino processo de união magnética, recebi a determinação do meu orientador para seguir-lhe, de perto, o trabalho de auxílio na ligação definitiva de Segismundo à matéria. (...)
Auxiliado pelo concurso magnético do mentor, passei a observar as minúcias do fenômeno da fecundação. (...) O meu orientador, absolutamente entregue ao seu trabalho, tocou a pequenina forma [óvulo fecundado] com a destra, mantendo-se no serviço de divisão da cromatina, cujas particularidades são ainda inacessíveis à minha compreensão, conservando a atitude do cirurgião seguro de si, na técnica operatória. Em seguida Alexandre ajustou a forma reduzida de Segismundo, que se interpenetrava com o organismo perispirítico de Raquel, sobre aquele microscópico globo de luz, impregnado de vida, e observei que essa vida latente começou a movimentar-se. Havia decorrido precisamente um quarto de hora, a contar do instante em que o elemento ativo ganhara o núcleo do óvulo passivo. (...) Depois de prolongada aplicação magnética, que era secundada pelo esforço dos Espíritos Construtores, Alexandre aproximou-se de mim e falou: - Está terminada a operação inicial de ligação. Que Deus nos proteja. (...) Sentindo que Alexandre não se demoraria, acerquei-me, ainda uma vez, do quadro de formação fetal. O óvulo fecundado animava-se de profunda vida, evolutindo para a vesícula germinal."

Portanto, de acordo com a descrição de André Luiz, a ligação do espírito reencarnante ao óvulo fecundado se dá imediatamente após o ato de fertilização da célula sexual feminina pela masculina, mais exatamente após decorrido "um quarto de hora". Até este instante em que a ligação é efetuada, segundo o Autor espiritual, há uma vida latente, que somente vai se manifestar com a ligação do espírito.

Somente após esta ligação é que o óvulo fecundado, já se encontrando o espírito reencarnante a ele ligado, é abrigado pelo útero materno.




Gostaria de saber esclarecimentos da visão Espírita sobre Inseminação Artificial.

Nesta questão, estão inseridos vários conceitos que a Doutrina Espírita nos traz, a saber:
Deus é onipotente. Criador das Leis Divinas, que regem tudo o que existe, material e espiritual. Deus não derroga suas próprias Leis, porque são perfeitas, tudo o que acontece no Universo tem a manifestação divina por estar contida nas Leis.
Desta forma, todo avanço científico, fruto do trabalho do homem e da inspiração dos amigos espirituais, está previsto na Lei Divina.

A Ciência é neutra, quem dá o caráter bom ou mau é o homem imperfeito que dela se serve. Mas de qualquer forma, os avanços científicos existem para o auxílio do homem de bem.

O Espiritismo nos diz que somos Espíritos imortais habitando momentaneamente corpos físicos para progredirmos (reencarnação).

O Espiritismo contribui para o progresso do homem na destruição do materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses.

E se o interesse do homem é de, através das reencarnações conquistar progressos, quanto maior a possibilidade de ele cumprir sua programação reencarnatória, melhor.

E se a Ciência, através da inseminação artificial, auxilia no processo da construção do corpo físico, porque não utilizar este avanço científico?

A inseminação artificial pode ser vista como mais uma ferramenta que a ciência proporcionou ao homem de poder reencarnar e progredir.

Não nos esqueçamos que o corpo é instrumento de evolução do Espírito. Que o verdadeiro foco deve ser para o progresso do Espírito.

Para um maior entendimento, indicamos a leitura dos seguintes capítulo do Livro dos Espiritos

Parte primeira capitulo I
Parte segunda capítulo IV e VI
Parte terceira, capítulo VIII



O que a Doutrina Espírita diz sobre a homossexualidade?

Na questão 202 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta: "Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?" A resposta: "Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar".

Os Espíritos superiores querem dizer com isto que, escolhida a opção, deve-se enfrentar as provas referentes a tal opção. Se a escolha for o corpo masculino, deverá enfrentar as experiências reservadas ao homem; se a encarnação ocorrer no vaso feminino, as provas serão as reservadas às mulheres.

Segundo o pensamento espírita, o homossexual é um espírito que enfrenta momento de provação, e que deve estar vigilante para que saia vitorioso, em vez de agravar os seus débitos perante a lei divina. Mas o que é estar de acordo com a lei divina? A resposta foi dada por Jesus: Fazer aos outros todo o bem que gostaríamos que nos fizessem. Certamente que isso se manifesta também em nossos relacionamentos afetivos, através de gestos de respeito e carinho por aqueles seres com quem nos relacionamos. Então, o equilíbrio sexual (que se manifesta por um comportamento que não é promíscuo e nem desrespeitoso para com os sentimentos alheios) é caminho seguro tanto para homossexuais como para heterossexuais.

Todos nós somos seres em busca do equilíbrio espiritual. A maior parte de nós traz graves comprometimentos no que diz respeito no campo sexual. O Espírito Emmanuel, em sua obra "Vida e Sexo", psicografada por Chico Xavier, nos informa que, quase sempre, os que chegam no além-túmulo, sexualmente desequilibrados, depois de longas perturbações, renascem no mundo tolerando moléstias insidiosas, ou em condição homossexual, amargando pesadas provas como conseqüência dos excessos que cometeram no passado.

Depreende-se, portanto, que os homossexuais são Espíritos que podem ter cometido abusos sexuais em sexo diferente do atual, respondendo, tal comportamento no passado, pela atual atração que sente por pessoas do mesmo sexo, devendo resistir a esses apelos instintivos em prol do seu aperfeiçoamento moral.

Ainda o Espírito Emmanuel, em O Consolador, nos mostra que Deus não extermina as paixões dos homens, mas fá-las evoluir, convertendo-as pela dor em sagrados patrimônios da alma, competindo às criaturas dominar o coração, guiar os impulsos, orientar as tendências, na evolução sublime dos seus sentimentos. Informa Emmanuel que observamos almas numerosas aprendendo, entre as angústias sexuais do mundo, a renúncia e o sacrifício, em marcha para as mais puras aquisições do amor divino.

A recomendação do Espiritismo para o respeito e a compreensão para com os irmãos que transitam em condições sexuais inversivas (homossexualismo), ocorre em função do sentimento de fraternidade ou caridade que deve presidir o relacionamento humano, mas igualmente pelo fato de que nenhum de nós tem autoridade suficiente para condenar quem quer que seja, pois todos temos dificuldades morais e/ou materiais graves que precisam de educação. A esse respeito, Emmanuel finaliza o livro Vida e Sexo com a seguinte recomendação: "Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for, colocai-vos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".

O escritor e médico psiquiatra Jorge Andréa, no seu livro Forças Sexuais da Alma, considera que o homossexual, ao atender os sentidos em satisfação sexual, não estará em processo de realização plena. Na homossexualidade, como em qualquer outro processo provacional, sofremos as conseqüências de nossos atos anteriores. Então, se reencarnamos com uma distonia relacionada à área sexual, isso nos deve ser encarado como sinalizador de que cometemos deslizes graves nessa área e que necessitamos de ajustes, principalmente no setor moral. Segundo Jorge Andréa, a falta de sintonia entre o ser e o querer ser, ou entre o que se é e o que se pensa ser, transforma o homossexual, masculino ou feminino, num ser frustrado (ainda que a negativa seja comum, num mecanismo psicológico por demais conhecido), atormentado por ilusões e anseios de consumação às vezes impossível e que o debilitam moralmente, abrindo porta larga a graves obsessões (obsessão é a influenciação negativa de um espírito desencarnado sobre uma pessoa).

Para o homossexual, há necessidade intransferível de vivência equilibrada no campo sexual a fim de encontrar a harmonia para as futuras reencarnações. Tanto o homossexual como o heterossexual devem buscar a sua reforma interior, não cedendo aos arrastamentos provocados pelos impulsos instintivos e sensuais. Ensinam-nos os espíritos que a energia sexual é criação divina e que o sexo em bases de amor e carinho, respeito e atenção pelo sentimento alheio, é força maravilhosa.

O Espírito André Luiz, no seu livro Conduta Espírita, psicografado por Chico Xavier, recomenda "distinguir no sexo a sede de energias superiores que o Criador concede à criatura para equilibrar-lhe as atividades, sentindo-se no dever de resguardá-la contra os desvios suscetíveis de corrompê-la".

A Doutrina Espírita não condena o homossexual. Ao contrário, recomenda que tenhamos para com ele todo o respeito, a consideração e o carinho, uma vez que é um espírito que atravessa momento difícil (até mesmo tormentoso) em que necessita promover a sua edificação moral, através de uma conduta sexual equilibrada. O que não é lícito ao hetero, também não pode ser ao homossexual. Para ambos, os abusos, tais como as orgias, o sadomasoquismo, a necrofilia, a pedofilia e outros, são práticas que comprometem o equilíbrio no manuseio das forças genésicas e são contrárias às leis naturais, dando uso aos órgãos sexuais de maneira diversa do que recomenda a sua natureza.




O que o Espiritismo diz a respeito da Eutanásia?

O espiritismo tem opinião clara quanto à eutanásia. Vejamos o que nos esclarece o "Evangelho Segundo o Espiritismo":
28. Um homem está agonizante, presa de cruéis sofrimentos. Sabe-se que seu estado é desesperador. Será lícito pouparem-se-lhe alguns instantes de angústias, apressando-se-lhe o fim?

"Quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode ele conduzir o homem até à borda do fosso, para daí o retirar, a fim de fazê-lo voltar a si e alimentar idéias diversas das que tinha? Ainda que haja chegado ao último extremo um moribundo, ninguém pode afirmar com segurança que lhe haja soado a hora derradeira. A Ciência não se terá enganado nunca em suas previsões?

Sei bem haver casos que se podem, com razão, considerar desesperadores; mas, se não há nenhuma esperança fundada de um regresso definitivo à vida e à saúde, existe a possibilidade, atestada por inúmeros exemplos, de o doente, no momento mesmo de exalar o último suspiro, reanimar-se e recobrar por alguns instantes as faculdades! Pois bem: essa hora de graça, que lhe é concedida, pode ser-lhe de grande importância. Desconheceis as reflexões que seu Espírito poderá fazer nas convulsões da agonia e quantos tormentos lhe pode poupar um relâmpago de arrependimento.

O materialista, que apenas vê o corpo e em nenhuma conta tem a alma, é inapto a compreender essas coisas; o espírita, porém, que já sabe o que se passa no além-túmulo, conhece o valor de um último pensamento. Minorai os derradeiros sofrimentos, quanto o puderdes; mas, guardai-vos de abreviar a vida, ainda que de um minuto, porque esse minuto pode evitar muitas lágrimas no futuro." - S. Luís. (Paris, 1860.) Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo V

Como vimos, é extremamente importante respeitar a vontade divina; É importante termos consciência de que a ciência não tem domínio absoluto sobre as previsões de recuperação ou não do doente. Além disso, todo o processo ao qual passamos durante o desenlace é fundamental e, às vezes, o último minuto é o que precisamos para despertarmos nossa consciência, momento esse que não existiria, no caso do abreviamento do momento do desencarne, ficando privados da oportunidade de entrar em uma condição melhor no plano espiritual.

Vejamos a explicação dos espíritos a respeito da decisão de abreviarmos nossa própria existência em situações de sofrimento, dada pelo "Evangelho Segundo o espiritismo" e o "Livro dos Espíritos":

29. Aquele que se acha desgostoso da vida mas que não quer extingui-la por suas próprias mãos, será culpado se procurar a morte num campo de batalha, com o propósito de tornar útil sua morte?

"Que o homem se mate ele próprio, ou faça que outrem o mate, seu propósito é sempre cortar o fio da existência: há, por conseguinte, suicídio intencional, se não de fato. É ilusória a idéia de que sua morte servirá para alguma coisa; isso não passa de pretexto para colorir o ato e escusá-lo aos seus próprios olhos. Se ele desejasse seriamente servir ao seu país, cuidaria de viver para defendê-lo; não procuraria morrer, pois que, morto, de nada mais lhe serviria. O verdadeiro devotamento consiste em não temer a morte, quando se trate de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer, de antemão e sem pesar, o sacrifício da vida, se for necessário. Mas, buscar a morte com premeditada intenção, expondo-se a um perigo, ainda que para prestar serviço, anula o mérito da ação." - S. Luís. (Paris, 1860) Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo V
953. Quando uma pessoa vê diante de si um fim inevitável e horrível, será culpada se abreviar de alguns instantes os seus sofrimentos, apressando voluntariamente sua morte?

"É sempre culpado aquele que não aguarda o termo que Deus lhe marcou para a existência. E quem poderá estar certo de que, mau grado às aparências, esse termo tenha chegado; de que um socorro inesperado não venha no último momento?"

a) - Concebe-se que, nas circunstâncias ordinárias, o suicídio seja condenável; mas, estamos figurando o caso em que a morte é inevitável e em que a vida só é encurtada de alguns instantes.
"É sempre uma falta de resignação e de submissão à vontade do Criador."

b) - Quais, nesse caso, as conseqüências de tal ato?
"Uma expiação proporcionada, como sempre, à gravidade da falta, de acordo com as circunstâncias." Livro dos Espíritos, pergunta número 953

André Luiz, no livro "Obreiros da vida eterna" nos fornece um importante relato do que ocorre realmente com o corpo físico e espiritual em casos em que o momento da morte é abreviado propositadamente através de químicos:
"- Beneficiemos o moribundo, por sua vez, empregando medidas drásticas. O doutor pretende impor-lhe fatal analgésico. [instrutor Jerônimo]

Atendendo-lhe a ordem, segurei a fronte do agonizante, ao passo que ele lhe aplicava passes longitudinais, preparando o desenlace. Mas o teimoso amigo continuava reagindo.

- Não - exclamava, mentalmente -, não posso morrer! tenho medo! tenho medo!

O clínico, todavia, não se demorou muito, e como o enfermo lutava, desesperado, em oposição ao nosso auxílio, não nos foi possível aplicar-lhe golpe extremo. Sem qualquer conhecimento das dificuldades espirituais, o médico ministrou a chamada "injeção compassiva", ante o gesto de profunda desaprovação do meu orientador.

Em poucos instantes, o moribundo calou-se. Inteiriçaram-se-lhes os membros, vagarosamente. Imobilizou-se a máscara facial. Fizeram-se vítreos os olhos móveis.

Cavalcante [recém-desencarnado em questão], para o espectador comum, estava morto. Não para nós, entretanto. A personalidade desencarnante estava presa ao corpo inerte, em plena inconsciência e incapaz de qualquer reação.

Sem perder a serenidade otimista, o orientador explicou-me:

- A carga fulminante da medicação de descanso, por atuar diretamente em todo o sistema nervoso, interessa os centros do organismo perispiritual. Cavalcante permanece, agora, colado a trilhões de células neutralizadas, dormentes, invadido, ele mesmo, de estranho torpor que o impossibilita de dar qualquer resposta ao nosso esforço. Provavelmente, só poderemos libertá-lo depois de decorridas mais de doze horas.

E, conforme a primeira suposição de Jerônimo, somente nos foi possível a libertação do recém-desencarnado quando já haviam transcorrido vinte horas, após serviço muito laborioso para nós. Ainda assim, Cavalcante não se retirou em condições favoráveis e animadoras. Apático, sonolento, desmemoriado, foi por nós conduzido ao asilo de Fabiano, demonstrando necessitar maiores cuidados." Obreiros da vida eterna, André Luiz, capítulo Desprendimento difícil, páginas 360 a 362

Vemos relatado o momento difícil que Cavalcante passa, pela ignorância e desespero na hora da morte, não permitindo que os mentores espirituais atuassem em seu benefício fazendo o desenlace do corpo físico do corpo carnal e pela decisão do médico em "poupar-lhe do sofrimento", aplicando-lhe anestésico que não só não ajudou no momento derradeiro como dificultou ainda mais a condição de Cavalcante, fazendo com que ele, apesar do trabalho árduo dos espíritos protetores, chegasse em situação difícil à pátria espiritual.

Para o materialista a eutanásia ou o suicídio, consiste em diminuir o sofrimento do moribundo ou de si mesmo. No entanto, o espiritismo nos permite uma visão mais ampla da morte, fazendo-nos entender que a consciência não se encerra no momento da falência do corpo físico.

Vejamos um trecho das reflexões de Allan Kardec sobre o suicídio, na pergunta de número 957 do Livro dos Espíritos "Quais, em geral, com relação ao estado do Espírito, as conseqüências do suicídio?"

"A religião, a moral, todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às leis da Natureza. Todas nos dizem, em princípio, que ninguém tem o direito de abreviar voluntariamente a vida. Entretanto, por que não se tem esse direito? Por que não é livre o homem de por termo aos seus sofrimentos? Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é uma falta, somente por constituir infração de uma lei moral, consideração de pouco peso para certos indivíduos, mas também um ato estúpido, pois que nada ganha quem o pratica, antes o contrário é o que se dá, como no-lo ensinam, não a teoria, porém os fatos que ele nos põe sob as vistas."

O espiritismo nos descortina o plano espiritual, nos mostrando que devemos suportar com resignação e coragem os momentos difíceis que nós e nossa família e amigos passamos, nos lembrando sempre das palavras do Mestre: "Meu Pai, que seja feita a Vossa vontade, e não a minha."




O que o Espiritismo pensa sobre a laqueadura de trompas e a vasectomia? Estariam os pais impedindo a reencarnação de um espírito? E sobre anticoncepcionais (pílulas)?

Há métodos anticoncepcionais que não são abortivos, pois não permitem que ocorra a concepção. Em conseqüência, nestes casos não há que se falar em ligação entre um espírito e a matéria. O uso de anticoncepcionais é um meio de se fazer planejamento familiar, a fim de que a família seja programada, se constitua e se multiplique com equilíbrio. Não há nada de errado em preparar-se, física e psicologicamente, para a vinda de um filho, como um ato deliberado, para que a paternidade e a maternidade alcancem plena satisfação e realização. Os casais têm livre-arbítrio para decidir sobre quantos filhos terão e quando os terão. Muitas vezes, trazemos uma programação espiritual prévia dos filhos, mas o ser humano tem o livre-arbítrio de fazer escolhas. Escolhas egoístas podem ter conseqüências futuras, mas o simples planejamento equilibrado da família não é reprovável do ponto de vista espiritual.

A procriação, dando oportunidade reencarnatória a um espírito que necessita voltar à vida física para continuar sua evolução, é uma das tarefas que podemos trazer para a nova passagem pela carne. Porém, não a única. Não reencarnamos unicamente com esse objetivo. Sendo assim, temos o direito de fazer o nosso planejamento familiar, pois, do contrário, teríamos que procriar indefinidamente, durante toda a existência física, o que não seria uma atitude de bom senso. A questão do controle da natalidade deve ser examinada observando-se a intenção de quem o pratique. Se a intenção for de seguir um planejamento familiar que atenda às realidades do casal, inclusive de ordem econômica, nada há na Doutrina que o reprove. Se, porém, a intenção é meramente de preservar a estética do corpo, manter a sensualidade ou ter uma atividade sexual voltada unicamente para o prazer, por exemplo, entendemos que, nestas hipóteses, deverão advir conseqüências na vida espiritual.
Nestes casos, estará sendo contrariada a Lei Natural e a conseqüência será a necessidade de retificação numa existência física futura, de forma geralmente dolorosa.

Obviamente que o mau uso do livre-arbítrio, através do abuso do prazer sexual e da promiscuidade, gerará conseqüência desgostosas para o espírito que não souber utilizar adequadamente suas energias sexuais. Então, o uso de métodos anticoncepcionais não significa liberação sexual absoluta e desregrada, mas tão somente um modo de se planejar adequadamente a família.




O uso de DIU é abortivo?

Este é um questionamento que transcende ao objeto de estudo do Espiritismo. O que sabemos é que, mesmo no meio médico, existe divergências acerca do DIU. Muitos médicos o consideram realmente abortivo, através de, principalmente, duas ações: - o movimento dele dentro do útero pode impedir que um óvulo fecundado se aloje nas paredes do útero (já que a fecundação é possível, pois o DIU não é um método com 100% de eficácia); - através dos elementos químicos liberados (dependendo do tipo de DIU) dentro do útero, principalmente os associados com o cobre.

Segundo a literatura médica, o DIU pode inibir a capacitação dos espermatozóides e seu transporte através do útero para o local de fertilização na tuba uterina. Neste caso, ele constitui um dispositivo anticoncepcional. Mais provavelmente, porém, o DIU produz mudanças no endométrio (membrana de tecido do útero, onde o embrião se implanta), que passa a apresentar um ambiente hostil ao blastocisto (embrião com 4 dias depois da fertilização). Em conseqüência, o blastocisto não se implanta.

Neste caso, o DIU seria um dispositivo antiimplantação que resulta na morte e absorção do embrião, quando ele tem mais ou menos uma semana de idade, configurando-se, aí, um dispositivo abortivo e seu uso seria desaconselhável pelo Espiritismo.
Nossa sugestão, contudo, é que você procure se esclarecer com seu médico acerca do funcionamento do DIU e tire suas próprias conclusões.




Perdi uma pessoa muito próxima a mim. Todas as vezes que fico muito triste sonho com ela.. Sinto muita saudade, e eu gostaria de saber como ela está? Se quando ela chegou não sei aonde, encontrou algum parente que o recebeu. Também gostaria de saber

Compreendemos muito bem o que estás passando neste momento. Sempre que você ficar triste procure sublimar esse sentimento com a prática de uma prece, e nesta prece rogue para que Deus te esclareça, para que você possa nesta fase ser encorajada, alimentada de bom ânimo, esperança e paz!

Quanto à pessoa querida que desencarnou, confia em Deus, pois Ele jamais desampara os seus filhos. Mantendo essa confiança e fé em Deus, compreenderás que tudo na vida e na natureza trabalha a favor do nosso progresso, assim entenderás que este período é um momento para que você possa utilizar de maneira produtiva, aproveitando-o para crescer e evoluir espiritualmente.

Aquele que desencarna geralmente passa por um período de perturbação temporária, variando de pessoa a pessoa, dependendo de sua evolução moral, sobretudo o desprendimento das coisas materiais. Em qualquer caso, nunca faltará a assistência espiritual, proporcionada pelos bons espíritos, em nome de Deus. A morte não é o fim e sim a passagem para a verdadeira vida, vida em plenitude. E a separação não é absoluta. Apenas passamos de uma dimensão física, para a dimensão espiritual.
Estamos ligados pelo pensamento, de modo que ela capta as orações que lhe forem direcionadas e se sentirá bem com isto. Da mesma forma ficará aliviada sabendo que os familiares estão resignados e trabalhando para que a vida continue sem sobressaltos.

O(a) irmão (ã) poderá ter encontros com ela no plano espiritual, por ocasião do sono, quando os Espíritos permitem esses momentos para que haja uma renovação de ânimo de ambas as partes. O melhor que se pode fazer para quem desencarnou é fazer tudo o que ele gostaria de ter feito, especialmente no campo do bem, enviando-lhe apenas bons pensamentos, evitando qualquer lembrança menos digna e evocá-lo para nos ajudar naquilo que compete somente a nós fazer.

Do ponto de vista espiritual, nem sempre nos é possível obter notícias sobre os desencarnados, pois para tanto é necessário que eles tenham condições de virem até nós e tenham a permissão de Deus. Neste caso é preciso aceitar a ausência de notícias, confiando na sabedoria e amor de Deus, que sabe o melhor para todos nós.

Seguem algumas sugestões para que você possa ir aprendendo como administrar melhor o que estás sentindo agora:

Lembre-se sempre da oração diária, nos momentos de dificuldades, mas também agradeça por tudo, também pela dor, pois esta muito nos instrui.
Você, juntamente com os demais familiares, procure orar pelo desencarnado, com resignação e esperança no futuro espiritual.
Recomendamos a ocupação com os deveres e a prática de ações no bem, de auxílio ao próximo, em vez de ficar vivendo improdutivamente sua dor e saudade.
Aconselhamos que você procure freqüentar a casa espírita, passando assim assistir as reuniões públicas, essas reuniões são muito esclarecedoras e instruem bastante, o que te ajudará a encontrar respostas para seus questionamentos.
Sugerimos fazer a Reunião do Evangelho no Lar para que não somente você, mas todos da família, e auxiliares, possam receber os seus benefícios, que envolvem todo o ambiente doméstico.



Se já existe vida na concepção, o espírito já estaria ligado ao reencarnante fora do útero (fertilização in vitro, entre outras)?

Segundo a narrativa de André Luiz acima transcrita (colocar um link para a transcrição do livro), sim, o espírito reencarnante é ligado ao óvulo fecundado antes deste ser abrigado no útero. No entanto, cumpre observar que a descrição de
André Luiz serefere a um processo de concepção natural e não de fertilização in vitro.

Além disso, na resposta à questão 336 do Livro dos Espíritos, os Espíritos deixam clara a ressalva no sentido de que haverá sempre um espírito predestinado ao corpo em formação "quando a criança deve nascer para viver".

Somente nesta hipótese é que, necessariamente, haverá um espírito designado para ocupar o novo corpo, pois, conforme esclarecem mais adiante, na questão 356, há casos em que não há espírito destinado a encarnar no corpo em formação. Tais crianças, natimortas, somente vêm como prova para seus pais. Nascem, tão somente, em conseqüência do automatismo biológico, ou seja, em decorrência do processo biológico resultante da união das células sexuais dos pais. Esta informação dos Espíritos nos leva a concluir que a regra mencionada na questão 344 é restrita aos casos em que o processo conceptivo deve atingir o seu objetivo, com o nascimento com vida de um novo ser. Na hipótese da questão 356, não haverá espírito ligado após a concepção.

Assim, na hipótese mencionada na pergunta, o mais provável é que apenas haverá um espírito fluidicamente vinculado a esses embriões se for para a fecundação prosperar até o seu final, isto é, se for efetivamente para encarnar um espírito. Caso contrário, o mais provável é que não haja espírito algum ligado a esses embriões. Vianna de Carvalho, no livro "Atualidade do Pensamento Espírita", entende, em resposta a semelhante indagação (questão 41), que não necessariamente há, nestes casos, um espírito ligado para fins reencarnacionistas. "O desenvolvimento que ocorre em alguns experimentos é espontâneo, resultado do automatismo biológico", explica o Autor espiritual.