Ana Maria Spränger Luiz
- Em 1971, Divaldo foi convidado para proferir conferências em Angola, na sua capital, Luanda, bem como também em Lourenço Marques, capital de Mocambique. à época havia somente um vôo que partia da Africa do Sul para os citados lugares. Logo ao sair do Brasil, na grande aventura que era falar na África Portuguesa, no tempo da didatura salazarista, ainda teria que pernoitar em Joannesburg, onde ele não conhecia ninguém.Então, para aproveitar o tempo, o médium e tribuno baiano também pronunciaria uma palestra em Joannesburg, cidade próspera ;dos diamantes, do ouro, do urnio... Metrópole enorme com um aeroporto excelente, gigantesco...D.Maria Cleofé, anfitriã dos países portugueses mandou foto de Divaldo a um seu amigo, nascido em Cabo Verde, e pediu-lhe que o fosse buscar no aeroporto e o levasse ao hotel que já se encontrava reservado. Esse senhor também seria o intérprete da conferência do dia seguinte, já que na África do Sul são usados o inglês e o africanês como línguas oficiais.
Divaldo desce no aeroporto. Procura a enorme esteira onde as malas ficam expostas para serem levadas pelos respectivos donos. No Rio de Janeiro, antes de partir para a viagem internacional, ele ganhara de presente uma linda mala preta de marca famosa , do querido e saudoso Sr.Aristides Silva - mas...surpresa! A maioria das malas era da referida marca, todas parecidíssimas. Divaldo pega a que lhe pareceu ser a sua e sai para procurar o senhor que o levaria ao hotel.
Após as apresentações de praxe, a alegria daquele encontro, o senhor pede à Divaldo que fique em sua casa para poderem treinar mais, a fim de que no dia seguinte a tradução pudesse ser a melhor possível dada as diferenças de pronúncia.
O Português dos nascidos em Cabo Verde é muito fechado.O Português de Divaldo Franco é muito aberto já que ele é baiano. Divaldo aceita o convite.Partem no automóvel do anfitrião com a mala preta - que não era a dele. Chegam às 23,30 horas. Divaldo percebe o engano ao abri-la, aproximadamente às 24,30 horas, ao se preparar para descansar de tão exaustiva viagem. Ora. Pede ao Senhor da vinha e da vida amparo e proteção e... percebe o espírito MARCELO RIBEIRO ao seu lado:
"-Que se passa, baiano?"
"-Essa não é a minha mala! Você sabe onde a minha se encontra, Marcelo?"
"-Quando os passageiros extraviam seus pertencem, normalmente
, as bagagens são levadas para os respectivos depósitos...mas sua mala preta ainda está na rede, na esteira. Peça ao seu anfitrião que o leve lá, que bata na porta que se encontra fechada, mas o vigia autorizado será gentil, e tudo dará certo. Confie! Entregue a mala que não lhe pertence ao tal vigia, pois seu verdadeiro dono parte amanhã cedo para a África Portuguesa, e, como você também está em aflição."
O médium e tribuno fica constrangido...Como explicar tudo isso àquele homem que não era espírita, que não entendia - que os espíritos interferem em nossas vidas... - que tivera boa - vontade em ser seu intérprete mas não sabia da comunicabilidade dos desencarnados - que não acreditava na reencarnação? Assim mesmo , sai ao corredor e lhe pede que o leve ao aeroporto que distava 60 minutos de onde se encontravam. O homem fala:
"- Amanhã iremos lá."
"-Por favor, hoje. Ou, então pensando melhor, chame-me um táxi. Do aeroporto, depois de pegar minha mala, que está na esteira, irei para o hotel.Não quero mais incomodá-lo..."
"-Homem, como o irmão Divaldo, afirma com tanta certeza que a mala se encontra na esteira e não no depósito?"
"- O senhor leu meu curriculum. Eu sou médium. Vejo os espíritos, converso com eles.Um amigo espiritual está aqui a me dizer."
"-Se tudo acontecer como o irmão Divaldo está a falar eu me torno espírita! Mas, se a mala lá não estiver o irmão me promete que larga tudo isso?"
"-Prometo!...Mas ninguém "vira"espírita da noite para o dia."
Foram.Tudo ocorreu como MARCELO RIBEIRO previra.
No dia seguinte mais uma surpresa. O espírito VIANNA DE CARVALHO, pela psicofonia,durante a conferência, e para espanto do tradutor, falou aos brancos -os colonizadores- da platéia da Africa do Sul, em inglês. E não ficou somente nisso ...
Mais tarde para a platéia dos autóctones, dos negros colonizados - já que lá tudo era separado - também VIANNA pela mediunidade ímpar de Divaldo dirigiu-se a todos em inglês.
"-E o irmão Divaldo a me falar que não sabia inglês" , diz-lhe o tradutor.
"-E não sei! Foi o espírito..."
"-Não me venha com "espírito"; nunca vi espírito entrar pela boca de ninguém...!" O difícil foi ao final da conferência Divaldo Franco receber os cumprimentos, as afetuosas palavras dos que ali se encontravam, que pensando que ele compreendia o idioma, falavam...falavam... em inglês!!! E explicar que espírito não entra mas "sai " pela boca!
fonte: http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=5462112650153819346
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