NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



Livros Grátis - Ebooks Grátis Para Download www.LivrosGratis.net

Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

domingo, 29 de abril de 2012

Autonomia Nas Ações

"Cada dia é o dia do julgamento, e nós, com nossos atos e nossas palavras, com nosso silêncio e nossa voz, vamos escrevendo continuamente o livro da vida. A luz veio ao mundo e cada um de nós deve decidir se quer caminhar na luz do altruísmo construtivo ou nas trevas do egoísmo. Portanto, a mais urgente pergunta a ser feita nesta vida é: 'O que fiz hoje pelos outros?'"
Martin Luther King


  Conta um escritor que certo dia acompanhou um amigo até à banca de jornais onde este costumava comprar o seu exemplar diariamente.
 
    Ao se aproximarem do balcão, seu amigo cumprimentou amavelmente o jornaleiro e como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro.
 
    O amigo pegou o jornal, que foi jogado em sua direção, sorriu, agradeceu e desejou um bom final de semana ao jornaleiro.
 
    Quando ambos caminhavam pela rua, o escritor perguntou ao seu amigo:
 
    - Ele sempre o trata assim, com tanta grosseria?
 
    - Sim, respondeu o rapaz. Infelizmente é sempre assim.
 
    - E você é sempre tão polido e amigável com ele? Perguntou novamente o escritor.
 
    - Sim, eu sou, respondeu prontamente seu amigo.
 
    - E por que você é educado, se ele é tão grosseiro e inamistoso com você?
 
    - Ora, respondeu o jovem, por que não quero que ele decida como eu devo ser.
 
... 
    E você, como costuma se comportar diante de pessoas rudes e deseducadas?
 
    Importante questão esta, que nos oferece oportunidade de refletir sobre a nossa maneira de ser, nas mais variadas situações do dia-a-dia.
 
    É comum as pessoas justificarem suas ações grosseiras com o comportamento dos outros, mas essa é uma atitude bastante imatura e incoerente.
 
    Primeiro, porque, se reprovamos nos outros a falta de educação, temos a obrigação de agir de forma diferente, ou então somos iguais e de nada temos que reclamar.
 
    E se já temos a autonomia para nos comportar educadamente, sem nos fazer espelho de pessoas mal-humoradas deveremos ter, igualmente, a grandeza de alma para desculpar e exemplificar a forma correta de tratar os outros.
 
    Se o nosso comportamento, a nossa educação, depende da forma com que somos tratados, então não temos autonomia, independência, liberdade intelectual nem moral para nos conduzir por nós mesmos.
 
    Quando agimos com cortesia e amabilidade diante de pessoas agressivas ou deseducadas, como fez o rapaz com o jornaleiro, estaremos fazendo a nossa parte para a construção de uma sociedade mais harmoniosa e mais feliz.
 
    O que geralmente acontece, é que costumamos refletir os atos das pessoas com as quais vivemos, sem nos dar conta de que acabamos fazendo exatamente o que tanto criticamos nos outros.
 
    Se as pessoas nos tratam com aspereza, com grosseria ou falta de educação, estão nos mostrando o que têm para oferecer. Mas nós não precisamos agir da mesma forma, se temos uma outra face da realidade para mostrar.
 
    Assim, lembremos sempre que, quando uma pessoa nos ofende ou maltrata, o problema é dela, mas quando nós é que ofendemos ou maltratamos, o problema é nosso.
 
    Por isso, é sempre recomendável uma ação coerente avalizada pelo bom senso, ao invés de uma reação impensada que poderá trazer consigo grande soma de dissabores.
 
    Pense nisso!
 
    Se lhe oferecem grosseria, faça diferente: seja cortês.
 
    Se lhe tratam com aspereza, responda com amabilidade.
 
    Se lhe dão indiferença, doe atenção.
 
    Se lhe ofertam mau humor, retribua com gentileza.
 
    Se lhe tratam com rancor, responda com ternura.
 
    Se lhe presenteiam com o ódio, anule-o com o amor.
 
    Agindo assim você será realmente grande, pois quanto mais alguém se aproxima da perfeição, menos a exige dos outros.


fonte:  www.adde.com.br
 

O ESPANTALHO

O astuto comandante de entidades das trevas reuniu a pequena expedição de companheiros que voltavam da esfera física, onde haviam ido a combate dos espíritos, e lhes tomava contas.

- Eu, - dizia um dos perseguidores, sarcásticos, - torturei a cabeça de fervoroso pregador de Kardec, impedindo-lhe o acesso à tribuna por mais de dois meses.

- Ótimo! – falou o chefe – entretanto, isso terá trazido muitos benfeitores ao socorro preciso.

- Eu - chacoteou um deles – consegui provocar a queda de uma criança anulando o concurso de operosa médium passista por duas semanas.

- Excelente! – concordou o diretor das sombras – mas não resolve porque muita gente do plano superior terá vindo...

Outros relacionaram atividades inferiores diversas sem que o mentor cruel demonstrasse encantamento maior.

Um deles informou, porém:

- Eu encontrei um grupo de espíritas convictos e devotados, mas passei a freqüentar-lhes o pensamento, dizendo-lhes que eles eram imperfeitos, imperfeitos e imperfeitos, até que todos acreditaram não valer mesmo nada... Então ai todos cruzaram os braços e começaram a dormir em abatimento e desânimo.

O tenebroso dirigente deu enorme gargalhada e recomendou a turma sombria a levantar, com urgência, em cada sementeira do Espiritismo, o espantalho da imperfeição...



pelo Espírito Hilário Silva - Do livro: Ideal Espírita, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos.
fonte:     www.caminhosluz.com.br

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Abra Seu Coração

A sala estava repleta de convidados, todos curiosos para ver a obra de arte, ainda oculta sob o pano branco.
Falava-se que o quadro era lindo.
As autoridades do local estavam presentes, entre fotógrafos, jornalistas e outros convidados porque o pintor era, de fato, muito famoso.
Na hora marcada, o pano que cobria a pintura foi retirado e houve caloroso aplauso.
O quadro era realmente impressionante.
Tratava-se de uma figura exuberante de Jesus, batendo suavemente na porta de uma casa.
O Cristo parecia vivo. Com o ouvido junto à porta, Ele desejava ouvir se lá dentro alguém respondia.
Houve discursos e elogios.
Todos admiravam aquela obra de arte perfeita.
Contudo, um observador curioso achou uma falha grave no quadro: a porta não tinha fechadura.
Dirigiu-se ao artista e lhe falou com interesse: A porta que o senhor pintou não tem fechadura. Como é que o Visitante poderá abri-la?
É assim mesmo, respondeu o pintor calmamente.
A porta representa o coração humano, que só abre pelo lado de dentro.
* * *
Muitas vezes mal interpretado, outras tantas, desprezado, grandemente ignorado pelos homens, o Cristo vem tentando entrar em nossa casa íntima há mais de dois milênios.
Conhecedor do caminho que conduz à felicidade suprema, Jesus continua sendo a Visita que permanece do lado de fora dos corações, na tentativa de ouvir se lá dentro alguém responde ao Seu chamado.
Todavia, muitos O chamamos de Mestre mas não permitimos que Ele nos ensine as verdades da vida.
Grande quantidade de cristãos fala que Ele é o médico das almas, mas não segue as prescrições d'Ele.
Tantos dizem que Ele é o irmão maior, mas não permitem que coloque a mão nos seus ombros e os conduza por caminhos de luz...
Talvez seja por esse motivo que a Humanidade se debate em busca de caminhos que conduzem a lugar nenhum.
Enquanto o Cristo espera que abramos a porta do nosso coração, nós saímos pelas janelas da ilusão e desperdiçamos as melhores oportunidades de receber esse Visitante ilustre, que possui a chave que abre as portas da felicidade que tanto desejamos.
E se você não sabe como fazer para abrir a porta do seu coração, comece por fazer pequenos exercícios físicos, estendendo os braços na direção daqueles que necessitam da sua ajuda.
Depois, faça uma pequena limpeza em sua casa íntima, jogando fora os detritos da mágoa, da incompreensão, do orgulho, do ódio...
Em seguida, busque conhecer a proposta de renovação moral do Homem de Nazaré.
Assim, quando você menos esperar, Ele já estará dentro do seu coração como convidado de honra, para guiar seus passos na direção da luz, da felicidade sem mescla que você tanto deseja.
* * *
O olhar de Jesus dulcificava as multidões.
Seus ouvidos atentos descobriam o pranto oculto e identificavam a aflição onde se encontrasse.
Sua boca, plena de misericórdia, somente consolou, cantando a eterna sinfonia da Boa Nova em apelo insuperável junto aos ouvidos dos tempos, convocando o homem de todas as épocas à conquista da felicidade.

Redação do Momento Espírita
"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier - Emmanuel
  

Lições na Escola da Vida

"A maior represália contra um inimigo é perdoá-lo.
Se o perdoamos, ele morre como inimigo e renasce a nossa paz. O perdão nutre a tolerância e a sabedoria..."

Augusto Cury

“Vou contar uma triste história, mas muito importante para que possamos aprender algumas lições de vida: a história do holocausto judeu. Uma história em que os direitos humanos foram completamente destruídos”.

Comentou que durante a Segunda Guerra Mundial, na Alemanha e em muitos países da Europa, os judeus e outras minorias perderam todos os seus direitos. Os nazistas, que eram do partido de Hitler, queriam exterminar com todos os judeus, como se eles não fizessem parte da espécie humana. Foi uma coisa horrível.

Muitos judeus foram enviados para os campos de concentração, um depósito humano, pior do que um chiqueiro. Faltava comida, água e cama. Eles emagreceram tanto que ficaram pele e ossos. Muitos pais foram separados dos seus filhos. Lágrimas encharcaram aqueles solos.

Será que pelo menos os jovens e as crianças judias foram bem tratados? Não! Receberam um tratamento pior do que os nazistas davam aos animais. Eles foram retirados das suas casas com violência. Não podiam andar nas ruas, comprar, ter amigos e ir para a escola. Não podiam beijar seus pais, ter o carinho de suas mães. Perderam tudo. Nunca se viram crianças tão tristes...

Por fim, foram aprisionadas nos campos de concentração. Foi dramático. Elas choravam alto, mas ninguém as ouvia. Sentiam dores, mas ninguém as aliviava. Passavam frio, mas ninguém as aquecia. Gemiam de fome, mas ninguém as saciava. Um pedaço de pão era um paraíso. Muitos jovens de hoje têm fartura de alimentos, mas a desprezam.

Por fim, o resultado não poderia ser mais triste: mais de um milhão de crianças e adolescentes judias morreram. Imagine o desespero que viveu cada um desses pequenos e belos seres humanos. O mundo nunca mais foi o mesmo. O holocausto na Segunda Grande Guerra foi milhares de vezes pior do que o ataque terrorista em 11 de setembro de 2001. Nossa história foi manchada para sempre. A viabilidade de nossa espécie foi questionada.

Infelizmente, até hoje, os homens se matam por muito pouco. Eles não aprenderam lições na escola da vida. A primeira lição dessa escola é que a vida está acima das nossas diferenças. A segunda é que acima de sermos judeus, árabes, americanos, africanos, somos apenas uma única espécie.

Nunca as crianças e os adolescentes foram tão violentados na história como no holocausto. Roubaram-lhes o direito de viver. Porém, nem todos morreram vítimas do nazismo. Havia um jovem chamado Victor Frankl que estava num dos campos de concentração. Ele também foi abatido pela fome, pelo frio e pelo medo. Seus olhos fundos e sofridos viviam assustados. Mas Victor Frankl via algo além das trincheiras. Enxergava por detrás das cercas de arames, dos cães e dos guardas. Via as flores das primaveras num árido deserto. Via as estrelas no céu numa noite sombria. Alimentava sua alma de uma esperança divina. Sonhou com um mundo livre mesmo diante da morte. Por fim,
conseguiu sair vivo de lá. Saiu do cárcere para brilhar no mundo.

Ele se tornou um dos principais pensadores da psicologia da segunda metade do século XX. Seus pensamentos são saturados de esperança. Para ele, a busca do sentido de vida e de Deus devia ocupar a mente e o espírito humano. Ele aprendeu a dar um significado à sua vida quando a vida valia menos do que nada. Por isso podemos dizer que a vida humana é tão criativa que mesmo na terra do holocausto, a dor ainda conseguiu inspirar algumas belas poesias.

O deserto ainda produziu algumas belíssimas flores. Victor Frankl foi uma delas. Mas não foi a única. Vocês sabem quem ganhou o prêmio Nobel de literatura de 2002? Também foi um judeu, vítima das atrocidades do nazismo. Seu nome é Imre Kertész . A dor, o drama, a miséria do jovem Imre Kertész não o destruiu. Pelo contrário, o fez um mestre da literatura.

Quando Maria Lúcia terminou de contar essa história, os alunos estavam completamente em silêncio. Alguns até choraram. Mário estava emudecido. Então ela, delicadamente, voltou-se para ele e disse: “Você vive num mundo livre. Tem todos os direitos de um jovem. Tem onde dormir, o que comer, pode andar, sair, ter amigos. Mas será que sabe valorizar seus direitos?”

Mário não deu resposta. Sua voz estava embargada. Em seguida, a professora completou:
“Será que você ama a sua liberdade? Será que não está ferindo o direito dos outros quando reage com agressividade?” Em seguida, continuou sua aula.

Mário pensou. Nunca havia se questionado tanto. Ele foi embora da escola refletindo sobre tudo o que ouvira. Nunca tinha pensado nos muitos jovens que tinham morrido de maneira tão violenta, sem ter seus direitos minimamente respeitados. Jamais pensara
que a liberdade fosse tão importante. Ele entendeu, então, o que era a democracia.
Compreendeu que tinha grandes direitos, mas também importantes deveres. Não percebia que quando tumultuava a sala de aula estava perturbando os direitos dos outros. Quando ofendia a professora, ele estava ferindo os direitos dela.

Maria Lúcia era professora de Línguas. Estava preocupada não apenas com que os alunos
aprendessem a gramática e outras regras da língua, mas almejava que eles aprendessem a valorizar a liberdade e conhecessem as regras que fundamentam as relações sociais. Ela amava a escola da vida, por isso ensinava seus alunos a viver.

A professora ficou tão entusiasmada com o interesse dos alunos pelo holocausto que preparou para eles uma aula específica sobre direitos humanos. Queria que seus alunos, um dia, fossem capazes de contribuir para melhorar o mundo, aliviar as injustiças humanas.

Eis o resumo dessa aula:

A expressão “Direitos Humanos” ganhou mais significado após as revoluções francesa e americana. De forma simples, pode-se dizer que essa expressão se refere aos direitos de uma pessoa nas suas relações com as outras e com a natureza.

A questão da liberdade está diretamente ligada aos direitos humanos. Já no século V, Sófocles falou indiretamente sobre eles. Desde então, o desenvolvimento dessa idéia continua a se desenrolar. Os grandes momentos em que as chamas dos direitos humanos foram mais fortes estão na Declaração de Independência dos Estados Unidos, de 1776; na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, na França, de 1789; e na Declaração
Universal dos Direitos Humanos aprovada em 1948 pela ONU (Organização das Nações Unidas).

O dia 10 de dezembro é o Dia Universal dos Direitos Humanos. Guarde essa data.

A professora mandou um recado a cada um dos seus alunos: “Parabéns, você tem muitos direitos na grande escola da vida. Por isso pode cantar, brincar, andar, correr, comprar, estudar e expressar suas idéias livremente. Mas nunca se esqueça de que você só pode exercer os seus direitos se respeitar os direitos dos outros...”

E finalizou dizendo: “Os direitos humanos são tão importantes que eles representam o aplauso do artista, a água do sedento, a inspiração do poeta, o amor do romance. Os direitos humanos não podem estar apenas na lei, devem ser tecidos na alma e esculpidos no coração...”

*

(Augusto Cury)
(Texto do Livro: Escola da Vida)

fonte:  http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria/licoes-na-escola-da-vida/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29

Trabalhando

Quando estudamos a lição dos trabalhadores da última hora, nas páginas divinas do Evangelho, recordamos que, realmente, trabalhando, é possível alcançar todas as realizações que nos propomos atingir.
Trabalhando, o coração empolgado pelo desânimo, pode converter, de imediato, as trevas da amargura em claridades imperecíveis de alegria e esperança Trabalhando, a criatura frágil, se fortifica, pouco a pouco, dominando o campo em que respira, vive e cresce
Trabalhando, a mente atacada pelo veneno do ódio ou da desesperação, encontra recursos para compreender as próprias lutas, com mais clareza, aprendendo a transformar revolta e fel em paciência e perdão.
Trabalhando, a alma isolada pela discórdia, pode surpreender a abençoada luz da harmonia e da paz, depois de longas noites de conflito e agonia.

Trabalhando, o mau se faz bom, o adversário se transforma em amigo, o infeliz atinge a casa invisível e brilhante do eterno júbilo.
Guardemos a palavra de Jesus e trabalhemos sempre na extensão do bem.
O livro ou tribunal, a enxada ou a semente aguardam nossos braços, tanto quanto os sábios e os ignorantes esperaram por nossa cooperação cada dia.
Fujamos as sombras densas e guerras escuras do nosso próprio “eu”, devotando-nos ao serviço de Deus, na pessoa e nos círculos dos nossos semelhantes.
Plantando a felicidade dos outros, encontraremos a nossa própria felicidade.
Um anjo que se ponha a dormir num vale, tentado pelo perfume das flores efêmeras, pode repousar indefinidamente nas trevas, enquanto que o aleijado que se disponha a arrastar-se, sangrando o corpo e cobrindo-se de suor, na subida do monte, pode alcançar glória do cimo e banhar-se de sublimes clarões, antes dos que dormem, com graça divina da gloriosa alvorada…
Os últimos serão os primeiros – disse o Senhor!
Em verdade, será difícil a compreensão de semelhante ensino para nossa lógica habitual, entretanto, se vives servindo, compreenderás que o trabalho realmente pode operar o divino milagre.

* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Alma e Luz.
fonte:  http://blog.forumespirita.net/2012/04/27/trabalhando/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+blogforumespirita+%28Blog+F%C3%B3rum+Esp%C3%ADrita%29

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Sou o Oziel conheça minha história e divulguem por favor!

VOCE ACREDITA MESMO QUE TEM UMA VIDA RUÍM ?
TENTE ASSISTIR ESTE VÍDEO E FAÇA A SUA PARTE.


Nossos maiores adversários





 
Os dez maiores obstáculos que dificultam a jornada diária dos espíritas.

1- A Língua- Quando dela se utiliza para apontar faltas alheias.
2- Os olhos- Para medir os centímetros que a vaidade pode reparar nos semelhantes.
3- O Pensamento- No instante que vagueia solto sem o cabresto da disciplina.
4- O Desanânimo- Congelador natural das melhores intenções.
5- A Vingança- Arremessadora das farpas mentais de alcance e consequêcias imprevisíveis.
6- A Desconfiança- Na razão que desconhece o semelhante que procura trabalhar incessantemente
a favor dos outros.
7- O medo- Se nos isolarmos no remorso sem procurar avançar apesar dos obstáculos.
8- A “- Fofoca “- Na medida que acreditamos e julgamos saber mais da vida alheia que da nossa.
9- O Orgulho- Ao patrocinarmos a divisão entre as pessoas e colocarmos o personalismo
acima da fraternidade.
10- O- Egoísmo- Com a intenção de buscarmos o privilégio, acreditando que Deus nos elegeu
como criatura superior às demais.
Analisando nossas maiores dificuldades intimas, chegamos a conclusão que elas se encontram
dominadas pelas próprias imperfeições e escondidas diante de nossa consciência.
Qualquer exame mais apurado à luz do Cristianismo Redivivo nos convidará a exercer
a caridade do alto-aperfeiçoamento para a erradicação delas.
**Lucio **
fonte:  http://blog.forumespirita.net/2012/04/23/nossos-maiores-adversarios/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+blogforumespirita+%28Blog+F%C3%B3rum+Esp%C3%ADrita%29

terça-feira, 24 de abril de 2012

O que fazer com a culpa

Adalberto tivera um desentendimento com a esposa e, no diálogo, que se transformará em discussão árida e agressiva, dissera coisas que, depois, com a “cabeça mais fria” arrependera-se.

Estava com o peso da culpa remoendo seus pensamentos e sentimentos.

Ao início de nossa reunião de estudos de autoeducação expressara o seu estado emocional negativo.

O coordenador João disse-lhe:

- Veja que interessante: por coincidência ou não, trouxe este texto para ajudar-nos nessa reflexão sobre a culpa.

- Então o leia. Quem sabe ajudar-me-á neste estado emocional em que me encontro.

- Sim - respondeu João –, por certo, a todos nós. Leio, então: Como tratamos a culpa.

“Todos nós desejamos estar em estado emocional de harmonia; é uma meta para o bem-estar, porém nem sempre isso é possível.

Um estado que desestrutura o nosso emocional é a culpa.

Para sentirmos a culpa, precisamos ter um padrão de comportamento que nós respeitamos e que é aceito e mesmo exigido pelo grupo social a que pertencemos e pela cultura social que nos envolve.

Desta forma as infrações às normas morais, sociais e mesmo legais são variáveis no tempo, no espaço e entre as culturas.

Tais normas têm muita variação na cultura cristã, na islâmica e na dos nossos indígenas, por exemplo.

Embora essa diversidade, há, porém, conceitos gerais sobre a culpa quando, por exemplo, praticamos atos que atentam contra o direito do próximo. Fere a sua integridade física, psicológica ou espiritual.

No entanto, certos condicionamentos vêm desde a formação familiar e podem, sutilmente, despertar sentimento de culpa quando não atendemos a interesses e mesmo exigências de familiares e, por consequência, de outras pessoas além do reduto doméstico.

A pessoa que facilmente coloca o fardo da culpa sobre os próprios ombros tem baixa autoestima, portanto, não se valoriza.

Quando praticamos um ato, pronunciamos uma palavra que depois de realizados nos arrependemos deles e sentimos culpa, a nossa reação, em seguida, é de:

a) sentirmos que, como pessoa, não temos valor;

b) justificarmos, a qualquer custo, o nosso comportamento;

c) ser por demais doloroso e difícil examinarmos o comportamento tido como inadequado.

Quando praticamos atos deveremos sempre ter em mente se eles foram nocivos ou não, se foram prejudiciais ou não; se agimos deliberadamente desejando fazer o mal ou, em nossa ignorância e imperfeição, agimos de tal maneira sem a deliberação de lesar ou agredir o nosso próximo.

A culpa deve ser um estado emocional e mesmo sentimental que nos proporcione a avaliação daquilo que fizemos, de forma sincera e honesta.

Com essa clareza de visão deveremos, então, agir no sentido da reparação do que não foi bem feito e, aí, cada caso é um caso.

Assim pensando e agindo, concluiremos que:

a) todos nós temos valor, independentemente dos possíveis atos inadequados que praticamos, pois somos Espíritos em evolução;

b) deveremos aceitar o nosso comportamento e, mesmo se agimos por impulso, reconhecê-lo com sinceridade e honestidade;

c) por mais doloroso que seja, somente nos reequilibraremos emocional e sentimentalmente se admitirmos a prática daquele ato.

Consequentemente, deveremos estar preparados para a reparação que a culpa nos indica.”

O amigo João terminou a leitura e vagueou o olhar sobre os elementos do grupo de estudo.

Adalberto adiantou-se:

- Puxa! Que lição para mim!

Os outros comentaram, como se fosse um jogral:

- Para todos nós!


               Aylton Guido Coimbra Paiva

AS QUATROS ESTAÇÕES DA VIDA.


Você já notou a perfeição que existe na natureza? Uma prova incontestável da harmonia que rege a Criação. Como num poema cósmico, Deus rima a vida humana com o ritmo dos mundos.
 
Ao nascermos, é a primavera que eclode em seus perfumes e cores. Tudo é festa. A pele é viçosa. Cabelos e olhos brilham, o sorriso é fácil. Tudo traduz esperança e alegria.
 
Delicada primavera, como as crianças que encantam os nossos olhos com sua graça. Nessa época, tudo parece sorrir. Nenhuma preocupação perturba a alma.
 
A juventude corresponde ao auge do verão. Estação de calor e beleza, abençoada pelas chuvas ocasionais. O sol aquece as almas, renovam-se as promessas.
 
Os jovens acreditam que podem todas as coisas, que farão revoluções no mundo, que corrigirão todos os erros.
 
Trazem a alma aquecida pelo entusiasmo. São impetuosos, vibrantes. Seus impulsos fortes também podem ser passageiros... Como as tempestades de verão.
 
Mas a vida corre célere. E um dia - que surpresa - a força do verão já se foi.
 
Uma olhada ao espelho nos mostra rugas, os cabelos que começam a embranquecer, mas também aponta a mente trabalhada pela maturidade, a conquista de uma visão mais completa sobre a existência. É a chegada do outono.
  Nessa estação, a palavra é plenitude. Outono remete a uma época de reflexão e de profunda beleza. Suas paisagens inspiradoras - de folhas douradas e céus de cores incríveis - traduzem bem esse momento de nossa vida.
 
No outono da existência já não há a ingenuidade infantil ou o ímpeto incontido da juventude, mas há sabedoria acumulada, experiência e muita disposição para viver cada momento, aproveitando cada segundo.
 
Enfim, um dia chega o inverno. A mais inquietante das estações. Muitos temem o inverno, como temem a velhice. É que esquecem a beleza misteriosa das paisagens cobertas de neve.
 
Época de recolhimento? Em parte. O inverno é também a época do compartilhamento de experiências.
 
Quem disse que a velhice é triste? Ela pode ser calorosa e feliz, como uma noite de inverno diante da lareira, na companhia dos seres amados.
 
Velhice também pode ser chocolate quente, sorrisos gentis, leitura sossegada, generosidade com filhos e netos. Basta que não se deixe que o frio enregele a alma.
 
Felizes seremos nós se aproveitarmos a beleza de cada estação. Da primavera levarmos pela vida inteira a espontaneidade e a alegria.
 
Do verão, a leveza e a força de vontade. Do outono, a reflexão. Do inverno, a experiência que se compartilha com os seres amados.
 
A mensagem das estações em nossa vida vai além. Quando pensar com tristeza na velhice, afaste de imediato essa idéia.
 
Lembre-se que após o inverno surge novamente a primavera. E tudo recomeça.
 
Nós também recomeçaremos. Nossa trajetória não se resume ao fim do inverno. Há outras vidas, com novas estações. E todas iniciam pela primavera da idade.
 
Após a morte, ressurgiremos em outros planos da vida. E seremos plenos, seremos belos. Basta para isso amar. Amar muito.
 
Amar as pessoas, as flores, os bichos, os mundos que giram serenos. Amar, enfim, a Criação Divina. Amar tanto que a vida se transforme numa eterna primavera.


FORMATAÇÃO: MILTER - 22.04.2012
 fonte:
www.adde.com.br 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

ESPIRITISM0 - 155 ANOS (ALGUNS COMENTÁRIOS)

Meio século após a Revolução Francesa, também no palco da grande demanda popular, o professor Rivail, com o aporte dos luminares Benfeitores do além, publicava o livro que apontaria o alvorecer de distinta, porém ampla revolução aos franceses e ao mundo. Desta vez, uma insurreição intrínseca, sucessiva e silenciosa, por consubstanciar na intimidade de cada indivíduo.
Estava sendo oferecido à Humanidade O Livro dos Espíritos, numa clara manhã de primavera sob o pulsar da Estrela Maior, regente do sistema planetário, que alberga a humanidade. Era o dia 18 de abril de 1857, no majestoso Palais Royal, na Rua de Rivoli, Galeria d' Orleans, número 13, exatamente na Livraria E. Dentu, que é publicado o primeiro livro espírita, contendo os excelsos postulados da Terceira Revelação. Ante este espetáculo transcendente surgia a Doutrina Codificada pelo gênio de Lyon, Allan Kardec.

O Livro dos Espíritos é acatado pelos estudiosos como a insigne literatura da mais avançada Filosofia que se tem notícia na História terrestre, pois aborda temas que raiam todas as províncias do conhecimento. Com o notável livro inaugura-se a Era do Espírito e da Fé Racional.

Um dos pontos culminantes da extraordinária obra espírita é o preceito da lei das vidas sucessivas (reencarnação), recomendando abonar a realidade de que não encarnamos uma só vez, mas, tantas e quantas forem necessárias a fim de nos tornarmos seres perfeitos e portadores das mais nobres qualidades intelectuais, morais e espirituais.

Cento e cinquenta e cinco anos se esvaíram, e nesta quadra em que a badalação na mídia, em especial no cinema e na televisão, se destaca como fator de publicidade doutrinária, constituindo em novo campo de disputa no espaço público, o Espiritismo vem alargando sua inserção social entre as camadas de classe sociais de todos os segmentos.

Doutrina de educação moral e de liberdade, propõe a revisão de modelos comportamentais, assumindo-se valores verdadeiros e imorredouros, como humildade, honestidade, dignidade, amor ao próximo e outras virtudes como sendo a fórmula revolucionária de melhoria progressiva da Humanidade.

Nesses 155 anos, quando muitos confrades e instituições se movimentam para comemorações ao longo de 2012, cabível advertir que não bastam as manifestações exteriores alusivas ao Espiritismo e as reuniões de congraçamento de grande número de pessoas. Mais importante de tudo será o alcance em profundidade que essa mensagem de renovação e de esperança se dê em nós, para que movimente-nos a intimidade, impulsionando-nos no dia-a-dia para uma vivência em plena consonância com as proposições de Jesus.

Para esse mister torna-se imperioso mantermos o Espiritismo com a pureza essencial, aos moldes do Cristianismo nascente, sem permitir que sejam incorporadas práticas estranhas ao projeto dos Espíritos Superiores.

A unidade doutrinária foi a única e derradeira divisa de Allan Kardec, por ser a fortaleza intransponível do Espiritismo. Para tornarmos o Espiritismo inexpugnável, urge munir-nos contra a infiltração nas fileiras espíritas de ideologias discutíveis, ligadas a movimentos incompatíveis com os sãos princípios e com as finalidades essenciais da Doutrina. Por essa razão, e por não ser tarefa das mais fáceis, os chamados órgãos “unificadores” ainda encontram extremas dificuldades em realizar o ideal sonhado por Bezerra de Menezes na Pátria do Evangelho. Isto porque as trevas são extremamente poderosas e organizadas, e assestam suas armas para destruir o projeto doutrinário, incrementando, por exemplo, a publicação de livros “espíritas” que jamais deveriam existir nas hostes doutrinárias.

Recordemos que por força dos interesses aristocráticos, financeiros e de poder pessoal, a mensagem do Cristo sofreu no decorrer dos séculos um desgaste irreparável. A atual liderança do Movimento Espírita permanece claudicando, rejeitando e desviando o Projeto do Espiritismo, promovendo pomposos e ricos congressos não GRATUITOS, eventos em que “escritores” insignificantes (mascates de livros), expõem vergonhosamente seus livros via “noites de autógrafos”, mirando projetar seus “nomes” definitivamente na galeria da fama.

Infelizmente alguns líderes espíritas vão adequando a proposta doutrinária às suas ambições e prepotências, corrompendo os textos da codificação, escondendo o tirocínio histórico do mestre lionês e dos seus cooperadores, acarretando para as instituições espíritas comportamentos autoritários, contagiados caprichos e vaidades pessoais. São seres dominados por um dissimulado ranço clerical, ciumentos, intolerantes, e quais vinhos acres e frutos deteriorados, contaminam os mais caros celeiros doutrinários.

Porém, tão estáveis são os fundamentos espíritas que, apesar desses desmandos pessoais, a Doutrina Espírita permanecerá com o homem, sem o homem e apesar do homem. Anos se passaram de convite ao amor e à instrução à luz da Terceira Revelação. Atualmente são milhões, em todos os quadrantes do Globo, aqueles que aceitam a convocação, penetram o conhecimento da vida em sua máxima amplitude e grandeza, e estão trabalhando proficuamente para a grande reforma moral, numa revolução silenciosa, porém constante, rendendo preito de gratidão ao Espiritismo, por tudo o que ele já fez e continua fazendo a cada dia pela humanidade.

Jorge Hessen