- Postado por Edson Rocha em 14 dezembro 2011 às 18:33
- (Revista Espírita, agosto de 1860)
-
A carta seguinte foi dirigida à Sociedade de Estudos Espíritas pelo Dr. de Grand-Boulogne, antigo vice-cônsul da França.
Sr. Presidente,
Desejando vivamente fazer parte d a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, mas forçado a deixar a França brevemente, venho solicitar a honra de ser aceito como membro correspondente. Tenho a vantagem de vos conhecer pessoalmente e não necessito dizer-vos com que interesse e simpatia acompanho os trabalhos da Sociedade. Li vossas obras, bem como a do Barão de Guldenstubbe e, consequentemente, conheço os pontos fundamentais do Espiritismo, cujos princípios adoto sinceramente, tais quais vos são ensinados. Como protesto aqui a minha firme vontade de viver e morrer cristão, esta declaração me leva a vos fazer minha profissão de fé, e talvez vejais com que interesse minha fé religiosa acolhe muito naturalmente os princípios do Espiritismo. Eis como, em minha opinião, as duas coisas se aliam:
1. Deus: criador de todas as coisas.
2. Objetivo e fim de todos os seres criados: concorrer para a harmonia universal.
3. No Universo criado, três reinos principais: o material ou inerte; o orgânico ou vital; o intelectual e moral.
4. Todo ser criado está submetido a leis.
5. Os seres compreendidos nos dois primeiros reinos obedecem submissamente, e por eles a harmonia jamais é perturbada.
6. Como os dois primeiros, o terceiro reino está submetido a leis, mas goza do singular privilégio de poder subtrair-se a elas e possui a terrível faculdade de desobedecer a Deus: é o que constitui o livre-arbítrio.
O homem pertence simultaneamente aos três reinos: é um Espírito encarnado.
7. As leis que regem o mundo moral estão formuladas no Decálogo, mas se resumem neste admirável preceito de Jesus: Amai a Deus sobre todas as coisas e ao vosso próximo como a vós mesmos.
8. Toda derrogação da lei constitui uma perturbação na harmonia universal. Ora, Deus não permite que tal perturbação persista e a ordem deve ser inevitavelmente re stabelecida.
9. Existe uma lei destinada à reparação da desordem no mundo moral, e essa lei está inteira nesta palavra: expiação.
10. A expiação efetua-se: 1.º pelo arrependimento e os atos de virtude; 2.º pelo arrependimento e as provas; 3.º pela prece e as provas do justo, unidas ao arrependimento do culpado.
11. A prece e as provas do justo, e mbora concorram da maneira mais eficaz para a harmonia universal, são insuficientes para a expiação absoluta da falta. Deus exige o arrependimento do pecador, mas com esse arrependimento, a prece do justo e sua penitência em favor do culpado bastam à eterna justiça, e o crime é perdoado.
12. A vida e a morte de Jesus põem em evidência esta adorável verdade.
13. Sem livre-arbítrio não há pecado, mas também não há virtude.
14. Que é a virtude? A coragem no bem.
15. O que há de mais belo no mundo não é, como disse um filósofo, o espetáculo de uma grande alma lutando com a adversidade; é o esforço perpétuo de uma alma progredindo no bem e elevando-se de virtude em virtude até o Criador.
16. Qual a mais bela de todas as virtudes? A Caridade.
17. Que é a caridade? É o atributo especial da alma que, em suas ardentes aspirações para o bem, se esquece de si mesma e se consome em esforços pela felicidade do próximo.
18. O saber está muito abaixo da caridade; ele nos eleva na hierarquia espírita, mas não contribui para o restabelecimento da ordem perturbada pelo mau. O saber nada expia, nada resgata, em nada influi sobre a justiça de Deus. A caridade, ao contrário, expia e apazigua. O saber é uma qualidade; a caridade, uma virtude.
19. Ao encarnar os Espíritos, qual foi o desígnio de Deus? Criar, para uma parte do mundo espiritual, uma situação sem a qual não existiria nenhuma das grandes virtudes que nos enchem de respeito e de admiração. Com efeito, sem o sofrimento não há caridade; sem o perigo não há coragem; sem a desgraça não há devotamento; sem a perseguição não há estoicismo; sem a cólera não há paciência, etc. Ora, sem a corporeidade, com o desaparecimento desses males, desapareceriam essas virtudes.
Para o homem um pouco desprendido dos laços da matéria, neste conjunto de bem e de mal há uma harmonia, uma grandeza de ordem mais elevada que a harmonia e a grandeza do mundo exclusivamente material.
Isto responde em poucas palavras às objeções baseadas na incompatibilidade do mal com a bondade e a justiça de Deus.
Seriam necessários volumes para desenvolver convenientemente essas diversas proposições. Mas o objetivo desta comunicação não é oferecer à Sociedade uma tese filosófica e religiosa. Eu quis apenas formular algumas verdades cristãs em harmonia com a Doutrina Espírita. Do meu ponto de vi sta, essas verdades são a base fundamental da religião e, longe de enfraquecer-se, elas se fortificam com as revelações espíritas. Também não hesito em formular uma censura; é que os ministros do culto, enceguecidos pela demonofobia, se recusem a esclarecer-se e condenem sem exame. Se os cristãos abrissem os ouvidos às revelações dos espíritos, tudo quanto, no ensino religioso, perturba os nossos corações ou revolta a nossa razão, desvanecer-se-ia de repente. Sem se modificar em sua essência, a religião alargaria o círculo de seus dogmas e os lampejos da verdade nova consolariam e iluminariam as almas. Se, como diz o Pe. Ventura, é certo que as doutrinas filosóficas ou religiosas acabam invencivelmente por se traduzirem nos atos ordinários da vida, é bem evidente que uma nação iniciada no Espiritismo tor nar-se-ia a mais admirável e a mais feliz das nações.
Dir-se-á que uma Sociedade realmente cristã seria perfeitamente feliz. Concordo. Mas o ensino religioso tanto se faz pelo terror quanto pelo amor, e os homens, dominados por suas paixões, querendo a todo preço libertar-se dos dogmas que os ameaçam, serão sempre tão numerosos que o grupo dos cristãos firmes constituirá sempre pequena minoria. Os cristãos são numerosos, mas os verdadeiros cristãos são raros.
Não acontece assim com o ensino espírita. Embora sua moral se confunda com a do Cristianismo e pronuncie, como esse, palavras cominatórias, ele tem ricos tesouros de consolação. Ele é, ao mesmo tempo, tão lógico e tão prático; lança uma luz tão viva sobre o nosso destino; afasta tão bem as obscuridades que perturbam a razão e as perplexidades que atormentam os corações, que na verdade parece impossível que um espírita sincero negligencie um só dia trabalhar o seu progresso e, assim, não concorra para restabelecer a harmonia perturbada pelo desbordamento das paixões egoísticas e cúpidas.
Pode-se pois afirmar que propagando as verdades que temos a felicidade de conhecer, tr abalhamos pela Humanidade e nossa obra será abençoada por Deus. Para que um povo seja feliz, é necessário que o número dos que querem o bem, que praticam a lei da caridade, supere o dos que querem o mal e só praticam o egoísmo. Creio em minha alma e tenho consciência de que o Espiritismo, apoiado no Cristianismo, é chamado a operar esta revolução.
Penetrado de tais sentimentos e querendo, na medida de minhas forças, contribuir para a felicidade de meus semelhantes, ao mesmo tempo que busco tornar-me melhor, peço, Sr. presidente, para fazer parte de vossa Sociedade.
Aceitai, etc.
De Grand-Boulogne, doutor em Medicina,Antigo vice-cônsul da França.
OBSERVAÇÃO: Esta carta dispensa comentários e cada um apreciará o alto alcance dos princípios nela formulados de maneira ao mesmo tempo tão profunda, tão simples e tão clara. São esses os princípios do verdadeiro Espiritismo; esses que certos homens ousam pôr em ridículo, pois pretendem o privilégio da razão e do bom-senso, por não saberem se têm alma e não fazerem diferença entre o seu futuro e o de uma máquina. Apenas uma observação acrescentaremos: é que o Espiritismo bem compreendido é a salvaguarda das ideias verdadeiramente religiosas que se extinguem; que contribuindo para o melhoramento dos indivíduos, ele trará, pela for&c cedil;a das coisas, o melhoramento das massas, e que não está longe o tempo de os homens compreenderem que nesta doutrina encontrarão o mais fecundo elemento da ordem, do bem-estar e da prosperidade dos povos. E isto por uma razão muito simples: é que ela mata o materialismo, que desenvolve e alimenta o egoísmo, fonte perpétua de lutas sociais, e lhe dá uma razão de ser. Uma Sociedade cujos membros fossem todos guiados pelo amor ao próximo; que inscrevesse a caridade no alto de todos os seus códigos, seria feliz, e em breve veria apagarem-se os ódios e as discórdias. O Espiritismo pode realizar este prodígio, e o fará, a despeito dos que ainda o agridem, porque os agressores passarão, mas o Espiritismo permanecerá.
fonte: http://kardeconline.ning.com/profiles/blog/show?id=4717287%3ABlogPost%3A360385&xgs=1&xg_source=msg_share_post
NOSSA HISTÓRIA
NOSSA HISTÓRIA
Grupo Espírita Mensageiros da Luz
CNPJ 13.117.936/0001-49
Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.
Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .
Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.
Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.
Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.
Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog: www.carlosaconselhamento.blogspot.com
Departamentos
DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial
QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ
QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.
Doutrina Espírita
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário