NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



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Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

segunda-feira, 12 de abril de 2010

DEPRESSÃO E FAMÍLIA

Entendendo a depressão...e o seu impacto nos relacionamentos

A depressão atinge toda a família...Todo indivíduo experimenta sentimentos tristes ou melancólicos pelo menos uma única vez – o que é normal em algum momento da vida. A tristeza ou os sentimentos negativos, que tornam o dia-o-dia mais difícil, podem representar uma doença chamada depressão.

A depressão pode causar sofrimento real tanto para o indivíduo afetado quanto para todos os membros de sua família e outros entes queridos. Quando alguém está deprimido pode achar difícil ir para o trabalho, realizar as tarefas diárias e até mesmo sair da cama. Algumas vezes, o indivíduo deprimido também acha difícil dar o primeiro passo em busca de ajuda. Freqüentemente, as pessoas que amam o indivíduo que sofre de depressão são “vítimas ocultas”, pois o impacto da doença em suas vidas é esquecido ou subestimado. As pessoas deprimidas podem apresentar sentimentos de frustração, culpa e raiva em relação às pessoas amadas, que podem magoar-se com os problemas do indivíduo deprimido ou Ter dificuldades em entender sua causa. Estes sentimentos são normais, mas existem formas saudáveis de lidar com eles. Felizmente a depressão é uma condição médica tratável e conhecer bem esta desordem e seu tratamento irá ajudá-lo.

Este texto apresenta verdades sobre a doença, assim como sugestões práticas que poderão ajudar toda a família a lidar com as suas conseqüências.



QUAL A IMPORTÂNCIA DO RELACIONAMENTO FAMILIAR NA DEPRESSÃO?
O apoio dos familiares (incluindo cônjuges) é vital para o controle diário desta doença.



RECONHECENDO A DEPRESSÃO...OS SINTOMAS PODEM SER, ALGUMAS VEZES, SURPREENDENTES

A depressão afeta o humor do indivíduo, a sua forma de ver o mundo e até mesmo algumas funções do corpo, como o sono e a alimentação ou o vigor. A pessoa deprimida quase sempre está triste ou preocupada e geralmente está ansiosa ou irritada. Muitas pessoas com depressão também apresentam a auto-estima diminuída e pensamentos negativos (em outras palavras, geralmente pensam “Não posso fazer isto” ou “isto não vai dar certo”).

A depressão apresenta muitos sintomas diferentes – alguns são fáceis de reconhecer e outros, mais difíceis. O primeiro sinal de depressão geralmente é uma mudança no comportamento habitual – por exemplo, a pessoa pode tornar-se irritada e começar a apresentar problemas com o sono ou apetite. Os sintomas comuns de depressão incluem:

- sentimentos tristes e melancólicos

- perda do interesse por atividades consideradas agradáveis anteriormente (como sexo ou outras atividades)

- perda do apetite e peso (ou, algumas vezes, ganho de peso)

- dificuldade para dormir ou excesso de sono

- agitação ou retardo psicomotor

- sentimento de cansaço ou indisposição

- sentimentos de inferioridade ou culpa

- dificuldade de concentração, organização do pensamento, memória ou para tomar decisões

- pensamento de morte ou suicídio



QUEM É AFETADO PELA DEPRESSÃO?
A depressão afeta todos os tipos de pessoas. Certos grupos de pessoas podem ser mais predispostos à depressão do que outros. Por exemplo, as mulheres são mais predispostas do que os homens aos sintomas da depressão. As crianças e os adolescentes também podem sofrer desta doença. Os sintomas da depressão em adolescentes são semelhantes àqueles dos adultos, mas também podem incluir comportamentos inadequados ou fracasso no desempenho escolar. Aproximadamente 18 milhões de pessoas por ano sofrem de alguma forma de depressão e muitas sentem os efeitos da depressão na família. Felizmente, para a maioria da depressão na família. Felizmente, para a maioria das pessoas, o tratamento pode diminuir a gravidade e a extensão dos episódios depressivos.



CAUSAS DA DEPRESSÃO
Nenhum fator isolado causa a depressão. Certos acontecimentos da vida, como por exemplo, um divórcio ou a perda de um ente querido, podem desencadear os sintomas depressivos. Entretanto, algumas pessoas tornam-se deprimidas mesmo quando tudo em suas vidas está indo bem. A tendência a se tornar deprimido pode ocorrer em família e parece ser um fator genético (herdado) em muitos casos de depressão. Por exemplo, se um dos gêmeos idênticos apresentar transtorno depressivo maior, haverá, aproximadamente, 50% de chance de o outro apresentar sintomas de depressão ao longo de sua vida. Além disso, os filhos, pais e irmãos de um indivíduo com transtorno depressivo maior apresentam duas ou três vezes mais chance de desenvolver este tipo de depressão do que parentes de primeiro grau sem esta doença na família.

As causas orgânicas podem contribuir para o desenvolvimento da depressão e acredita-se que os sintomas também possam ser desencadeados por um desequilíbrio ou bloqueio de substâncias químicas importantes (chamadas neurotransmissores – estes incluem a serotonina e a noradrenalina) ou dos sinais que elas carregam até o cérebro. Atualmente, muitos dos medicamentos antidepressivos funcionam regulando o nível destes neurotransmissores. Outras doenças, o uso de certas drogas ou o abuso de bebidas alcoólicas podem contribuir para o desenvolvimento da depressão.

As causas da depressão são individuais. Portanto, é importante para toda a família entender que a depressão não é “culpa” do indivíduo e que simplesmente “tentar muito” não resolverá o problema. Qualquer que seja a causa, a maioria das pessoas tratadas de depressão começa a se sentir melhor em algumas semanas. A depressão não é causada por fraqueza da pessoa ou perda de controle – é uma doença que precisa ser tratada.



EXISTE MAIS DE UM TIPO DE DEPRESSÃO?
Sim. O transtorno depressivo maior envolve a perda do interesse pelas coisas que eram prazerosas anteriormente, ou sentimento pelas coisas que eram prazerosas anteriormente, ou sentimento de tristeza, melancolia, além de, pelo menos, um dos seguintes sintomas: perda ou ganho de peso; insônia ou excesso de sono; agitação ou retardo psicomotor; sensação de cansaço ou indisposição; sentimento de inferioridade; distúrbios de concentração; pensamentos suicidas.

Algumas pessoas apresentam um tipo diferente de transtorno do humor conhecido como transtorno bipolar ou psicose maníaco-depressiva. As pessoas com esta doença apresentam um ou mais episódios maníacos (humor anormal ou persistentemente elevado, expansivo ou irritado, além de outros sintomas), que podem ser acompanhados de um episódio depressivo maior.

Existem tratamentos eficazes para os transtornos do humor. Um profissional da área de saúde será a pessoa mais indicada para rever todas as opções disponíveis e decidir sobre o tratamento mais adequado. O programa de tratamento poderá incluir um médico se for considerada a possibilidade de uso de alguma medicação.



A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO
A boa notícia é que a depressão responde bem ao tratamento. Hoje em dia existem muitas opções de tratamento eficazes e a maioria das pessoas deprimidas pode esperar sentir-se bem melhor como resultado do tratamento. Geralmente, o objetivo da terapia medicamentosa é controlar os sintomas e tratar a doença , permitindo que o indivíduo se sinta melhor e volte a ter uma vida normal. A psicoterapia pode ser usada para que o indivíduo e a família aprendam novos comportamentos e estratégias para lidar com a depressão. Pode ajudar também a reduzir e a tratar os sintomas, discutindo-se os problemas e as emoções. O tratamento ideal varia de pessoa para pessoa; cada caso deverá ser avaliado individualmente.



QUANTO TEMPO LEVA A MELHORA DA DEPRESSÃO?
Muitas pessoas apresentam melhora dos sintomas em 3 a 4 semanas após o início. No entanto, é importante perceber que a recuperação da depressão nem sempre é um caminho suave – em outras palavras, a pessoa deprimida provavelmente terá dias “bons” e “ruins”, mesmo após a diminuição dos sintomas.

A depressão poderá ser, também, uma doença recorrente. Os estudos demonstraram, no entanto, que a manutenção do tratamento médico pode evitar o retorno dos sintomas (recidiva ou recorrência). O tratamento pode, também, melhorar as chances de uma pessoa sentir-se bem. Os tratamentos para a depressão incluem medicamento, psicoterapia ou combinação de ambos. Os medicamentos utilizados no tratamento da depressão são chamados de antidepressivos. Existem vários tipos de antidepressivos e cada qual funciona de forma diferente um do outro. É importante para os membros da família estarem cientes de que pode demorar algum tempo para se perceber que o medicamento está resolvendo – seja paciente e lembre que um tratamento eficaz pode trazer grandes benefícios.

Os medicamentos antidepressivos podem ajudar a normalizar os desequilíbrios químicos que estão, algumas vezes, associados à depressão. Como dito anteriormente, acredita-se que estas drogas funcionem regulando o nível de determinadas substâncias químicas (neurotransmissores), que liberam sinais no cérebro. Existem vários medicamentos antidepressivos. Os mais antigos incluem os antidepressivos tricíclicos e os inibidores da monoaminoxidade (IMAOs).

Durante os últimos anos, novos medicamentos foram introduzidos. Estes incluem os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e agentes mais modernos como os inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRN). Como são muito eficazes e bem tolerados, são comumente utilizados no tratamento da depressão. O médico poderá fornecer mais informações sobre medicamentos antidepressivos.



QUAIS SÃO OS EFEITOS ADVERSOS QUE PODEM OCORRER DURANTE O TRATAMENTO COM ANTIDEPRESSIVOS?

Os medicamentos antidepressivos IMAOs e tricíclicos podem causar sonolência, secura na boca, ganho de peso, visão turva, constipação e tonturas, assim como outros efeitos adversos. IMAOs também podem causar reação adversa grave como elevação da pressão arterial quando ingeridos com determinados alimentos. As pessoas que tomam IMAOs devem ser cuidadosamente acompanhadas pelo médico.

Em algumas pessoas, os antidepressivos mais modernos podem causar náusea, diarréia, tremores, insônia e outros efeitos adversos. Muitos destes efeitos desaparecem ou diminuem ao longo do tempo. De um modo geral, esses medicamentos são bem tolerados pela maioria das pessoas.

Quando os efeitos adversos ocorrem, é importante informar ao médico. Geralmente um simples ajuste na dose ou a administração com (ou sem) alimento pode eliminar o problema. Como membro da família, é importante apoiar o indivíduo deprimido que está apresentando efeitos adversos, encorajando-o a avisar ao médico.

Como mencionado anteriormente, a psicoterapia pode ajudar a reduzir os sintomas e tratar a depressão. Durante o aconselhamento, o terapeuta e o paciente podem discutir experiências, relacionamentos, situações, sentimentos e percepções que são importantes para o paciente. Isto pode ajudar a esclarecer o que está causando os problemas. Já que a depressão causa impacto também sobre os demais membros da família, algumas vezes é útil discutir esta opção com o médico.



QUANDO ESTOU DEPRIMIDO, COMO POSSO FALAR SOBRE MEUS PROBLEMAS?
O estigma associado aos sintomas de depressão impede que as pessoas procurem ajuda – mas, como demonstrado neste folheto, existem vários tratamentos eficazes. Por isso, é importante procurar um médico, psicólogo ou outro profissional da saúde com o qual se sinta à vontade. Você poderá necessitar discutir suas emoções, já que a depressão pode afetar todos os aspectos da vida sexual dos casais. Encontrar uma solução é importante! É a sua vida e a sua saúde! A educação e a conscientização ajudarão a lidar com a depressão.



COMO MEMBRO DA FAMÍLIA, COMO PODEREI AJUDAR?
Uma coisa importante que um membro da família pode fazer é fornecer apoio ao indivíduo deprimido. É natural esperar que os sintomas da depressão se resolvam imediatamente, mas é necessário reconhecer que o paciente irá progredir por conta própria. Tente não chamar a atenção do paciente deprimido para seus desapontamentos e evite pressionar o paciente a “encorajar-se”.

Lembre-se que o primeiro tratamento poderá não ser a melhor resposta para a depressão e que o processo de recuperação poderá levar algum tempo. Encoraje o paciente com depressão. Considere futuras consultas com o médico ou até mesmo ouça uma Segunda opinião se os sintomas não se modificarem ou piorarem. Algumas pessoas devem tentar mais de um tratamento com mais de um profissional antes de encontrar o profissional adequado e o tratamento ideal.

A falta de esperança é comum na depressão e pode fazer com que o indivíduo deprimido pense que não há benefício em procurar um médico ou em tomar um medicamento. Ajude a pessoa deprimida a seguir as orientações do médico.

Finalmente, tente ser sensível. Trate a pessoa deprimida normalmente, mas não esconda que algo está errado. Geralmente, ela prefere que seu quadro não seja negado.

Lembre-se: procurar ajuda é sinal de força – e é a primeira etapa para se sentir melhor. Reconheça que a melhora sintomática é uma etapa em direção a um objetivo maior – resolver os problemas relacionados ao episódio depressivo, melhorar relacionamentos e mudar os aspectos que conduziram ao quadro ou que são resultado da depressão. Este processo leva tempo, mas pode conduzir a uma vida saudável e feliz.



COMO A DEPRESSÃO AFETA O COMPORTAMENTO E OS RELACIONAMENTOS
Geralmente, a depressão está relacionada com uma mudança no comportamento. Os indivíduos deprimidos relatam que é mais difícil interagir com os demais. Estudos demonstraram que as pessoas deprimidas olham menos nos olhos, falam mais devagar e suavemente. Também falam com monotonia. Seu discurso pode ser dominado por pensamentos negativos, incluindo tristeza e falta de esperança.

A depressão também pode causar impacto nas relações familiares. Por exemplo, a doença geralmente é acompanhada por aumento das queixas conjugais. Esposos (as) com sues companheiros (as). De um modo geral, as interações entre pessoas deprimidas e seus cônjuges são caracterizadas por agressividade acima do normal.

Problemas conjugais parecem ter grande influência na evolução da depressão; no entanto, a boa nova é que o apoio conjugal pode proporcionar uma melhora mais rápida e duradoura dos sintomas depressivos. De maneira semelhante, o apoio e a participação dos membros da família podem fazer grande diferença na diminuição dos sintomas da depressão. O tratamento conjunto pode ajudar os membros da família a lidar com seus sentimentos e reforçar o relacionamento.

A depressão também pode afetar a interação entre pais e filhos. As pesquisas mostram que pais deprimidos interagem mais dificilmente com seus filhos e podem dedicar menos tempos para eles. O impacto da depressão pode Ter efeitos a longo prazo na psicologia e no bem-estar das crianças.



SAIBA RECONHECER COMO O HUMOR AFETA OS RELACIONAMENTOS
Os estudos mostram que o envolvimento e o apoio da família podem fazer diferença significante na evolução da doença. Quando apropriado, incentive toda a família a se envolver no processo de recuperação e, se possível, recorra ao apoio de amigos, caso os familiares não estejam disponíveis. Algumas famílias se beneficiam da participação em terapias de grupos familiares. O trabalho com a ajuda de um conselheiro pode também ajudar casais e famílias a estabelecerem uma estratégia de comunicação e maneiras mais adequadas de lidar com a depressão em casa. Um grupo de apoio para pessoas com depressão e suas famílias também pode fornecer informações e incentivo por parte de outros que tenham experiências semelhantes.



MOSTRANDO-SE SENSÍVEL AO RISCO DE SUÍCIDIO
As pessoas com depressão estão sob risco potencial de suicídio. Se um membro da família com depressão expressar pensamentos suicidas, chame seu psiquiatra imediatamente. Não entre em pânico nesta situação, não subestime ou espere a crise passar. Mantenha os canais de comunicação abertos, fazendo perguntas diretas e que expressem preocupação. Deixe a pessoa deprimida saber que a sua vida é muito importante e valiosa. Lembre-a de que estes pensamentos suicidas são sintomas de uma doença e que tratamentos eficazes estão disponíveis.

Quando não for possível evitar o pensamento suicida, remova armas, álcool e medicamentos desnecessários da casa. Tente não determinar culpados se o indivíduo tentar suicídio. Seus sentimentos são sintomas de uma doença. É uma boa idéia para todos os membros da família procurar ajuda em razão do trauma de se ter um membro da família com tendência suicida.



ESTABELECENDO ESTRATÉGIAS PARA TODA A FAMÍLIA


Quando uma pessoa querida está sofrendo de depressão, uma das melhores maneiras de lidar com a doença é preparar-se para ela. E isto significa entender a doença e seus efeitos, para ajudar a entender o que está acontecendo e desenvolver estratégias. A seguinte lista de “faça” e “não faça” oferece um ponto de partida. Lembre-se, nem toda sugestão pode ser adaptada para se enquadrar em necessidades singulares. Pode ser útil discutir estas sugestões com um profissional da área de saúde – médico da família, terapeuta – pois este pode oferecer sugestões mais específicas ou mostrar maneiras de começar usando idéias a partir de um comportamento familiar específico.



FAÇA
· Esteja atento aos hábitos do sono. Sono aumentado ou diminuído pode ser um sintoma de depressão; etapas simples podem promover bons hábitos de sono.

- Estabeleça um horário para ir para a cama e para se levantar pela manhã.

- Reduza ou elimine a ingestão de cafeína (café, refrigerantes a base de cola ou chá)

- Durma em ambiente arejado

- Evite exercícios cansativos antes de ir para a cama

- Use a cama apenas para dormir ou para suas atividades sexuais (nunca assistir à tv, ler ou trabalhar)

● Tente escolher um estilo de vida saudável, sempre que possível (isto ajuda o indivíduo com depressão e os membros da família a lidarem com a doença)

- Evite a ingestão de álcool

- Pratique exercícios regularmente (lembre-se de consultar um médico antes de iniciar qualquer programa de exercícios

- Fique atento à ingestão de alimentos. Muitas pessoas com depressão apresentam apetite diminuído nestes casos, nutrição adequada é fundamental. Outras pessoas apresentarão atração por chocolates ou doces em geral, mas isto só ajudará a aumentar o sentimento de culpa



● Saiba que a pessoa está doente e que o tratamento é uma prioridade



● Reconheça que os sintomas da depressão podem alterar o comportamento do indivíduo – e, devido ao fato de ser depressão uma doença, o indivíduo pode não ter controle sobre o seu comportamento quando o diagnóstico tiver sido feito. Sabemos que uma pessoa com a perna quebrada ainda sentirá dor e dificuldade para caminhar após as radiografias terem mostrado a causa; por isso, devemos nos lembrar que, mesmo feito o diagnóstico, a pessoa ainda poderá sentir-se mal.



● Fique atento, pois o deprimido tem uma visão negativa de tudo. A tendência de ver tudo de maneira ruim ou pessimista pode fazer parte do quadro depressivo. Os membros da família devem entender e tentar encontrar meios de lidar com a decepção que ocorrerá, pelo menos, uma vez.



● Reconheça que os membros da família podem necessitar ajustar-se às responsabilidades. Como a depressão reduz a capacidade de o indivíduo trabalhar em casa, os membros da família podem Ter dificuldade para se ajustar a isso. Às vezes, pode ser útil relaxar um pouco as tarefas domésticas ou mesmo preparar comidas mais simples. O (A) companheiro (a) ou os filhos podem ajudar a realizar algumas tarefas em casa.



● Reconheça que os familiares também estarão passando por um período estressante. Os membros da família não devem se surpreender quando se sentirem mais cansados ou impacientes, já que a depressão na família é acompanhada de um aumento no nível de stress. O mais importante é manter sua rotina normalmente e dedicar tempo para si próprios.



● Discuta o progresso e os efeitos do tratamento abertamente com o médico.



E AS CRIANÇAS?
As crianças são muito sensíveis ás maneiras pela quais os pais se relacionam entre si e geralmente percebem quando alguma coisa está errada. Além disso, a maioria das crianças tem imaginação ativa e imagina que a situação é pior do que realmente o é, ou pensa que a depressão é sua culpa. A pessoa deprimida deve considerar o fato de conversar diretamente com a criança sobre a doença, ou deixar isto por conta de um amigo ou familiar querido, se julgar mais adequado. A idade e maturidade da criança decedirão o quanto contar.



NÃO FAÇA
- NÃO exclua a pessoa deprimida dos problemas ou discussões familiares

- NÃO tente fazer tudo para a pessoa com depressão, mesmo que isto pareça ser a melhor forma de ajudar. O indivíduo com depressão pode se sentir incapaz de realizar as tarefas e aceitar algumas responsabilidades poderá aumentar a sua auto-estima. Evite dizer: “Não faça isto, deixe que eu faça”, especialmente quando o indivíduo deprimido já iniciou a tarefa. Tente, pelo menos, dar-lhe a chance de terminar a tarefa

- NÃO critique ou repreenda o indivíduo pelo seu comportamento deprimido

- NÃO espere que a pessoa simplesmente “saia da situação”

- NÃO tenha medo de fazer perguntas. Muitas pessoas deprimidas precisam aprender a procurar e a aceitar ajuda externa pela primeira vez em suas vidas. Um médico, hospital, grupos de apoio, são recursos adequados para ajuda aos pacientes deprimidos

- NÃO tome decisões importantes em sua vidas (casamento, divórcio, mudança de emprego ou de residência) durante uma crise depressiva; se for possível, evite-as.



MÉTODOS CONSTRUTIVOS PARA ENFRENTAR A DEPRESSÃO
- Aumente o tempo dedicado à pessoa querida realizando atividades agradáveis. Tente fazer uma lista de pequenas ações que poderão ser realizadas durante o dia para demonstrar sentimentos positivos de carinho. Por exemplo, diga “obrigado” quando uma atividade for concluída ou “isto realmente está muito bom” quando algo estiver bem feito.

- Faça um esforço para ouvir. Resuma o que a outra pessoa disse para certificar-se de que entendeu e faça perguntas claramente. Um médico ou terapeuta poderá ajudar as famílias a praticar e aperfeiçoar estas tarefas.

- Faça um esforço para tentar resolver os problemas em conjunto. Lembre-se que soluções vitoriosas em conjunto são melhores do que aquelas nas quais um membro da família “deixa escapar” algo que ele ou ela deseja. As etapas para resolver os problemas podem incluir sua definição, a exposição das soluções e a avaliação de sua adequação às necessidades.

- Tenha o hábito de expressar carinho e preocupação pelos membros da família; sinta-se à vontade para elogiar e observar o que os entes queridos têm de “bom”.



BUSCANDO AJUDA E APOIO
Lidar com a depressão na família pode ser um grande desafio...mas pode também representar uma oportunidade de aproximação para aqueles que se amam e maior entendimento de suas vitórias e fraquezas. Quando um casal ou família trabalham em conjunto para eliminar momentos difíceis, todos se beneficiam. No caminho para a recuperação, o apoio e a ajuda de outras pessoas (que não familiares) podem ser de grande valor.

Dr. Jeffrey E. Kelsey
Revisado por:

Ian H. Gotlib, Ph.D.
Professor do Departamento de Psicologia da Universidade de Stanford
Stanford, Califórnia

Jeffrey E. Kelsey, M.D., Ph.D.
Professor do Departamento de Psiquiatria e Ciência do Comportamento
Escola de Medicina da Universidade de Emory
Atlanta, Geórgia

Susan Panico
Diretora-Executiva, Associação Nacional de Depressão e Psicose Maníaco-Depressiva
Chicago, Ilinois

fonte:http://www.farmaceuticovirtual.com.br/html/depressao.htm

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