NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



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Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

quinta-feira, 29 de abril de 2010

ERRO COLETIVO


É comum ouvir alguém reclamar a respeito da presença de uma pessoa complicada em sua vida.

Pode ser algum parente, vizinho ou colega de trabalho.

Em geral, está presente o raciocínio de que a vida seria boa sem os problemas trazidos por aquela pessoa.

Por vezes, há até alguma indignação com quem tem dificuldades físicas ou psíquicas.

Quem é convocado ao auxílio e à compreensão não raro se sente indignado.

Entretanto, urge refletir que a Lei Divina é perfeita.

Ela estabelece a felicidade e o equilíbrio como naturais resultados da observação de seus preceitos.

Por outro lado, toda violação dos estatutos cósmicos enseja problemas.

Contudo, o erro raramente é individual.

O defraudamento dos deveres de honestidade, pureza e respeito ao semelhante costuma surgir de um contexto complexo.

Quando alguém comete desatinos, de ordinário tal se dá sob o influxo de vários envolvidos.

Esses podem ser os pais, que não cumpriram a contento seu dever de educação.

Deixaram-se levar por múltiplos afazeres e não deram ao filho a atenção e as orientações necessárias.

Ou então, foram amigos que incentivaram ao vício.

Quem sabe, irmãos ou outros parentes que deram maus exemplos.

Talvez, um namorado ou namorada que fez falsas promessas e gerou grande dor moral.

O certo é que poucas vezes alguém erra sozinho, sem a influência de terceiros.

Ocorre que é da lei que quem cai junto se reerga em conjunto.

Os partícipes do erro são naturalmente convocados a auxiliar no reajuste.

Conforme o grau de sua participação na derrocada moral, devem colaborar no soerguimento.

Assim, a presença de alguém complicado em sua vida não é uma injustiça e nem fruto do acaso.

Justamente por isso, não procure saídas fáceis ou desonrosas.

Libertar-se de uma situação constringente não é o mesmo que fugir dela.

A Lei Divina é perfeita e ninguém consegue ludibriá-la.

A atitude de fuga apenas denota rebeldia e complica a situação do devedor.

Para se libertar de semelhante conjuntura adversa, somente mediante o exercício da fraternidade.

Faça o seu melhor no auxílio aos que o rodeiam.

Ampare física e moralmente os que se apresentam frágeis e viciados, do corpo e da alma.

Saiba que a paz em sua vida será o resultado natural da consciência tranquila pelo dever bem cumprido.

E, principalmente, cuide para não induzir ninguém a trilhar caminhos indignos.

Preste atenção no que diz e faz, a fim de não ser partícipe de atos torpes.

Muitos testemunham seus atos e palavras e podem ser influenciados por eles.

Mesmo sem desejar, você pode assumir graves responsabilidades e complicar seu futuro.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.

Em 28.04.2010.

O POTENCIAL DE CADA UM


Conta-se que, certa vez, os animais de uma floresta que estava sendo devastada pelos homens se reuniram para discutir os seus problemas.

Decidiram, após amplos debates, que a coisa mais importante a fazer seria criar uma escola.

Organizaram um currículo que objetivava desenvolver as habilidades de voar, saltar, nadar, correr e escalar. Todas consideradas necessárias e importantes para quem vive em uma floresta.

No entanto, apesar de terem utilizado métodos muito avançados, o desempenho dos alunos não foi dos melhores e a maioria conseguiu apresentar rendimento satisfatório em apenas uma ou duas habilidades.

O pato foi excelente em natação mas apenas razoável em voos e péssimo em corridas.

Para melhorar em corrida treinou tanto que gastou suas patas e não conseguiu nadar como antes, baixando seu aproveitamento em natação.

O coelho, que vinha se destacando em corrida, desde o início do curso, acabou sofrendo um colapso de tanto se esforçar para melhorar em natação.

A capivara, que nadava e corria muito bem, acabou se esborrachando ao tentar voar. O susto foi tão grande que ela ficou traumatizada e não conseguiu mais nem correr, nem nadar.

Os pássaros, por sua vez, protestaram, desde a criação da escola, porque a habilidade de cantar não estava incluída no currículo.

Para eles, o canto era de importância fundamental para a qualidade de vida na floresta.

Quando o currículo todo foi dado, o único animal que concluiu o curso e fez o discurso de formatura foi a enguia.

Não que ela tivesse maiores habilidades. Em verdade, ela não se esmerara em nada e conseguira fazer um pouco de todas as matérias mais ou menos pela metade.

* * *

Com certeza, ao imaginarmos uma capivara tentando voar ou um coelho se dedicando à natação, rimos da história.

Mas, se olharmos ao nosso redor, vamos nos dar conta de que, por vezes, agimos exatamente como os animais da escola da floresta.

É quando tentamos considerar todas as pessoas iguais, destruindo o potencial da criatura de ser ela mesma.

Assim é quando, na posição de pais, insistimos com nosso filho para que siga determinada profissão.

Ele adora dançar mas nós lhe dizemos que isso não lhe conferirá uma carreira de sucesso e insistimos para que abrace a profissão que toda a família segue.

Até mesmo porque ele deve dar continuidade à tradição ou assumir o negócio da família, logo mais.

Por isso é que algumas empresas de tradição, em determinado momento, passando a ser administradas por quem não tem potencial nem vontade para o tipo de negócio, acabam por desaparecer.

Ou então, a pessoa desenvolve as habilidades que lhe são exigidas, mas nunca será um profissional de qualidade. Isso porque não ama o que faz.

E se transformará em uma criatura frustrada, infeliz, sempre reclamando de tudo e de todos.

Pensemos nisso e passemos a valorizar mais a habilidade e o potencial de cada um.

Lembremos que a natureza é tão exuberante exatamente pelas diferenças que apresenta nos reinos mineral, vegetal, animal onde cada um é especial e desempenha, na Terra, a missão que o Divino Criador lhe confiou.



Redação do Momento Espírita, com base na fábula Para gente de escola,

de George H. Reavis, traduzida por Terezinha Gomes Lankenau,

disponível no site www.metaforas.com.br e no artigo A escola animal,

disponível no site www.palavrasdeosho.com.

Em 29.04.2010.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

INCONVENIÊNCIAS

Decerto que Jesus não reclamou prodígios dos seguidores.

Todos os ensinos do Mestre jazem resumidos no mandamento profundo: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

Também a Doutrina Espírita, revivendo as lições do Senhor, não pede aos seus profitentes senão simplicidade e lealdade, serviço e amor na edificação do Reino de Deus

Compreensível, no entanto, enumerar algumas inconveniências que o espírita, é exortado a evitar, para contribuir com eficiência na Causa do Senhor:

- isolar-se do mundo, sob a desculpa de não se contaminar com os vícios do mundo, quando se sabe claramente chamado em socorro dos homens, com a possibilidade e a obrigação de viver corretamente entre eles;

- manejar os créditos morais que desfrute para auferir vantagens terrestres;

- disputar honrarias;

- não cooperar e criticar quem trabalha;

- descurar-se do domínio de si mesmo;

- jamais desentender-se com aqueles que não lhe esposam as opiniões;

- condenar os outros porque não lhe seguem os princípios, ao invés de ajudar-lhes o entendimento com bondade e discrição;

- acreditar-se indene de erros;

- trancar-se em si próprio, desconhecendo deliberadamente as provações dos semelhantes;

- afligir-se mais pelas próprias vantagens que pelos encargos de elevação e beneficência que as circunstâncias lhe atribuem;

- criar problemas e estimular a discórdia;

- lastimar-se por falatórios e irritar-se por bagatelas;

- desprezar os companheiros, ignorando-lhes os esforços;

- jamais reconsiderar atitudes, exclusivamente por questão de prestígio individual, sem respeitar os interesses de equipe.

A obra do bem exige se mostre tudo aquilo que devemos fazer, mas, igualmente, expõe tudo aquilo que não se deve fazer.






pelo Espírito Emmanuel - Do livro: No portal da Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier.

fonte:www.caminhosluz.com.br

UM LENHADOR E SEU TESOURO

Um lenhador percorre há anos a mesma floresta. Diariamente, ele observa com cuidado as árvores e cada detalhe da mata que fazem com que seu trabalho seja o mais produtivo possível. E, assim, ele vai ganhando seu sustento com determinação e paciência.
Certo dia, o lenhador encontra um sábio meditando na floresta, e os dois começam a conversar. O lenhador resolve contar o quão difícil é seu trabalho diário, sua cansativa rotina de cortar a lenha, carregá-la até a cidade e encontrar um comprador para conseguir algum dinheiro.
Durante a conversa, o sábio pergunta se ele conhece toda a floresta.
O rapaz lhe responde:
- Mais ou menos...
O sábio, então, lhe diz:
- Avance, meu filho, existem muitos tesouros esperando por você!
Durante anos, quando os dois se encontram, a saudação do mestre é sempre a mesma:
- Avance, ainda existem muitos tesouros esperando por você!
Certa vez, o lenhador, diferentemente dos dias anteriores, decide
Seguir os conselhos do sábio e entra na floresta, numa área ainda não explorada.
Ele olha ao redor e fica maravilhado. Tudo o que vê é diferente, os animais, as árvores e as flores. Para sua surpresa, ele encontra uma mina de prata. Apanha um pouco do metal e, com a venda, consegue dinheiro suficiente para sobreviver uma semana.
Todas as semanas ele vai até a floresta, feliz com a mina de prata.
Agora tudo de que precisava era trabalhar uma vez por semana. Porém, sempre
que encontrava o sábio, ele sorria e dizia:
- Avance, ainda existem muitos tesouros esperando por você!
Até que um dia resolveu aceitar a provocação do mestre e foi além da
mina de prata, passando por outras vegetações e, de repente, se deparou com
uma mina de ouro. Extraiu o quanto pôde do valoroso minério e depois vendeu
no mercado da cidade. Era a maravilha das maravilhas, pois tinha dinheiro
para um ano de vida.
Todos os anos, o ex-lenhador ia até a floresta, feliz com a mina de ouro. Agora só precisava trabalhar uma vez por ano. Porém, sempre que encontrava o sábio, este sorria e dizia:
- Avance, ainda existem muitos tesouros esperando por você!
O ex-lenhador mostrava-se muito tranqüilo, pensando que já tinha conseguido tudo o que poderia imaginar. Até que novamente resolveu aceitar a provocação do mestre e foi além da mina de ouro, chegando até um local de beleza surpreendente, onde encontrou uma mina de diamantes. Pegou a pedra mais linda que encontrou, levou-a até a cidade e conseguiu dinheiro para nunca mais ter de trabalhar.
Muitos anos mais tarde, contando para seu filho a história da sua riqueza, ouviu a seguinte pergunta:
- Pai, por que você continua indo à floresta todos os dias, mesmo sem
precisar mais de dinheiro?
O velho olhou-o com ternura e, sorrindo, disse:
- Eu gosto de pensar que sempre existe um novo tesouro para encontrar!


O empreendedor sempre tem o senso de procurar um tesouro no próximo movimento. Isso alimenta seu espírito e aquece seu coração.
Sucesso é conhecimento colocado em ação.
Lembre-se do que disse o mestre:
- Avance, ainda existem muitos tesouros esperando por você!

Autor Desconhecido


fonte:www.velhosabio.com.br

sexta-feira, 23 de abril de 2010

TORRADA QUEIMADA

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de
fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro
especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de
um dia de trabalho, muito duro.

Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e
torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter
esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu
pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar
como tinha sido o meu dia, na escola.

Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele
lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando
por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:

"- Amor, eu adoro torrada queimada..."

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu
pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada
queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:

"- Meu filho, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava
realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a
ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são
perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou
cozinheiro!"

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas
alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma
das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e
duradouros.

Essa é a minha oração para você, hoje. Que possa aprender a levar o
bem ou o mal colocando-as aos pés do Espírito Santo. Porque afinal,
ele é o único que poderá lhe dar uma relação na qual uma torrada
queimada não seja um evento destruidor."

De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de
relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas
e com amigos.

Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no
seu próprio. Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração dele; você
apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.

As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes
disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir.


"Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... Que o
amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a
vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a
pena!!!" (Autor desconhecido)

fonte: rede otimismo

10 passos para vencer o stress

Causas: Ocorre quando os acontecimentos da vida, de ordem física ou psíquica, superam a capacidade para enfrentá-los. O stress psíquico pode ser devido a uma causa positiva (como um novo emprego) ou adversa (como a perda de um trabalho). Em todos os casos de stress a repercussão sobre o organismo é muito similar.

Efeitos: Ainda que o stress possa afetar todas as funções do corpo, seus efeitos concentram-se sobre:

- O coração e sistema cardiovascular, que se vêem obrigados a trabalhar de forma forçada.

- O sistema imunológico que reduz sua efetividade em favor de outras funções orgânicas. Isso produz queda nas defesas contra as infecções e, provavelmente, contra o câncer e outras enfermidades.

10 passos para vencer o stress:

1- Adote um estilo de vida saudável

Os maus hábitos aumentam o stress Uma vida saudável protege e aumenta a resistência ao stress

• Dormir cedo

• Refeições regulares

• Alimentos saudáveis

Alimentos que você deve aumentar o consumo: Aveia, germen de trigo, girasol, castanha do Pará, nozes, alface, abacate, castanha de cajú, ervilha, maracujá, damasco.

Alimentos que você deve evitar: Bebidas estimulantes (café, chá preto, mate), bebidas alcólicas e açúcar branco.

• Atividade física ao ar livre- Luz solar

• Beber muita água

2- Reduza suas obrigações

Estabeleça suas prioridades

Delegue funções para não ficar sobrecarregado

Aprenda a dizer NÃO

3- Simplifique sua vida

Nunca esqueça: “Tranquilidade vale mais que um carro novo”

Aprenda a ser feliz e viver com o que você ganha.

4- Mude uma coisa de cada vez

5- Aprenda a relaxar

Tire férias

Respire profundamente “O Relaxamento é o antidoto do stress”

6- Mantenha-se fisicamente ativo A atividade física regular…

• Libera emoções reprimidas, distrai

• Relaxa os músculos

• Melhora o Sono

• Libera endorfinas

• Melhora a resistência ao stress

7- Trate-se bem Valorize-se, mude o que for possível e aceite o que não é.

8- Alimente sua vida emocional • As pessoas que tem Sistemas de apoio social tem menos stress

• Tome tempo para desenvolver bons relacionamentos

• Não se isole

9- Resolva os conflitos

• Escute ativamente

• Diga sua posição “Me sinto...” “Penso que...” “Preciso...”

• Explore alternativas mutuamente aceitáveis

10- Confie em Deus Jesus nos diz: “Vinde a mim cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei…”

fonte: rede otimismo

quinta-feira, 22 de abril de 2010

DIA DE FAXINA

Estava precisando fazer uma faxina em mim... Jogar alguns pensamentos indesejados para fora, lavar alguns tesouros que andavam meio enferrujados...

Tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais.

Joguei fora alguns sonhos, algumas ilusões... Papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei; Joguei fora a raiva e o rancor das flores murchas que estavam dentro de um livro que não li. Olhei para meus sorrisos futuros e minhas alegrias pretendidas... E as coloquei num cantinho, bem arrumadas.

Fiquei sem paciência!... Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão: Paixões escondidas, palavras horríveis que nunca queria ter dito, mágoas de um amigo, lembranças de um dia triste... Mas lá também havia outras coisas... e belas!

Um passarinho cantando na minha janela... aquela lua cor-de-prata, o pôr do sol!... Fui me encantando e me distraindo, olhando para cada uma daquelas lembranças. Sentei no chão, para poder fazer minhas escolhas.

Joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou. Peguei aspalavras de raiva e de dor que estavam na prateleira de cima, pois quase não as uso, e também joguei fora no mesmo instante!

Outras coisas que ainda me magoam, coloquei num canto para depois ver o que farei com elas, se as esqueço lá mesmo ou se mando para o lixão.

Aí, fui naquele cantinho, naquela gaveta que a gente guarda tudo o que é mais importante: o amor, a alegria, os sorrisos, um pouco de fé para os momentos que mais precisamos... como foi bom relembrar tudo aquilo!

Recolhi com carinho o amor encontrado, dobrei direitinho os desejos, coloquei perfume na esperança, passei um paninho na prateleira das minhas metas, deixei-as à mostra, para não perdê-las de vista.

Coloquei nas prateleiras de baixo algumas lembranças da infância, na gaveta de cima as da minha juventude e, pendurada bem à minha frente, coloquei a minha capacidade de amar... e de recomeçar...

Autor desconhecido

fonte: rede otimismo

MUDANÇA DE VIDA

A vida muda em um minuto apenas.
Em um minuto apenas DEUS providência o socorro.
Pode ser um coração atento, uma mão amiga, um pedaço de papel impresso caído na calçada.
Papel que o vento não o levou para longe.
Um minuto apenas e o amor volta e a esperança renasce.
Um minuto apenas e o sol rompe as nuvens clareando tudo.
Não se desespere, espere, o socorro chega.
Um minuto apenas...
O panorama se modifica. A vida refloresce.
Tenha paciência, não se entregue à desesperança. Aguarde.
Enquanto você sofre DEUS providência o auxílio.
Aguarde, um minuto apenas, sessenta segundos.
Uma vida. Um minuto a mais.
Em um minuto apenas, a misericórdia divina se derrama cheia de bênçãos em sua vida, tirando toda escuridão do
seu coração.

fonte: rede otimismo

terça-feira, 20 de abril de 2010

CHICO XAVIER / MAIS DE 400 LIVROS

OS SEGREDOS DE CHICO XAVIER

Reveja as grandes reportagens do Fantástico sobre Chico Xavier MORRE CHICO XAVIER

Reveja as grandes reportagens do Fantástico sobre Chico Xavier

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Livro dos Espíritos - 153 Anos


Com este livro surgiu no mundo o Espiritismo. Sua primeira edição foi lançada a 18 de abril de 1857, em Paris, pelo editor E. Dentu, estabelecido no Falais Royal, Galérie d’0rléans, 13. Três novidades, à maneira das tríades druídicas, apareciam com este livro: a Doutrina Espírita, a palavra Espiritismo, que a designava; e o nome Allan Kardec, que provinha do passado celta das Gálias.
A primeira novidade era apresentada como antiga, em virtude de representar a eterna realidade espiritual, servindo de fundamento a todas as religiões de todos os tempos: a Doutrina Espírita. Era, entretanto, a primeira vez que aparecia na sua inteireza, graças à revelação do Espírito de Verdade prometida pelo Cristo. A segunda, a palavra Espiritismo, era um neologismo criado por Kardec e desde aquele momento integrado na língua francesa e nos demais idiomas do mundo. A terceira representava a ressurreição do nome de um sacerdote druida desconhecido.


A maneira por que o livro fora escrito era também inteiramente nova. O Prof. Denizard Hippolyte Léon Rivail fizera as perguntas que eram respondidas pelos Espíritos, sob a direção do Espírito de Verdade, através das cestinhas-de-bico. Psicografia indireta. Os médiuns, duas meninas, Caroline Baudin, de 16 anos, e Julie Baudin, de 14, colocavam as mãos nas bordas da cesta e o lápis (o bico) escrevia numa lousa. Pelo mesmo processo, o livro foi revisado pelo Espírito de Verdade, através de outra menina, a Srtª Japhet. Outros médiuns foram posteriormente consultados e Kardec informa, em Obras Póstumas: “Foi dessa maneira que mais de dez médiuns prestaram concurso a esse trabalho”.

Este livro é, portanto, o resultado de um trabalho coletivo e conjugado entre o Céu e a Terra. O Prof. Denizard não o publicou com o seu nome ilustre de pedagogo e cientista, mas com o nome obscuro de Allan Kardec, que havia tido entre os druidas, na encarnação em que se preparava ativamente para a missão espírita. O nome obscuro suplantou o nome ilustre, pois representava, na Terra, a Falange do Consolador. Esta falange se constituía dos Espíritos Reveladores, sob a orientação do Espírito de Verdade e dos pioneiros encarnados, com Allan Kardec à frente.
A 16 de março de 1860, foi publicada a segunda edição deste livro, inteiramente revisto, reestruturado e aumentado por Kardec, sob orientação do Espírito de Verdade, que, desde a elaboração da primeira edição, já o avisara de que nem tudo podia ser feito naquela. Assim, a primeira edição foi o primeiro impacto da Doutrina Espírita no mundo, preparando ambiente para a segunda que a completaria. Toda a Doutrina está contida neste livro, de forma sintética, e foi posteriormente desenvolvida nos demais volumes da Codificação.
Escrito na forma dialogada da Filosofia Clássica, em linguagem clara e simples, para divulgação popular, este livro é um verdadeiro tratado filosófico que começa pela Metafísica, desenvolvendo com novas perspectivas a Ontologia, a Sociologia, a Psicologia, a Ética, e estabelecendo as ligações históricas de todas as fases da evolução humana em seus aspectos biológico, psíquico, social e espiritual. Um livro para ser estudado e meditado, com o auxílio dos demais volumes da Codificação.
José Herculano Pires
Tradutor – O Livro dos Espíritos – Ed. Lake

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O que ensinamos às crianças

Em nosso afã de bem educar os filhos, nem sempre os métodos de que nos utilizamos são os mais corretos. Em alguns casos, embora não seja a nossa intenção, geramos algumas ansiedades e medos nas crianças.
Recentemente, lemos as recordações de uma escritora chinesa. Ela e mais três irmãos, em plena época da China Comunista, ao comando de Mao Tsé-Tung, foram educados por sua avó.
Para essa avó, todas as flores e árvores, as nuvens e a chuva eram seres vivos, dotados de coração, lágrimas e sentido moral.
Muito ligada às velhas regras chinesas para crianças, em especial a de que os pequenos deviam ouvir as palavras, isto é, ser obedientes, ela contava muitas histórias.
Quando não as retirava dos livros, com os quais enchia as noites de fantasia, especialmente da escritora que tudo narra, ela as inventava.
Assim, frisava a avó que se os netos não fossem obedientes, tudo de mal lhes poderia acontecer.
Quando comiam laranjas, por exemplo, ela advertia os pequenos para não engolir as sementes.
Se não me escutarem, um dia não vão poder entrar em casa. Cada sementinha é um bebê laranjeira que quer crescer, igualzinho a vocês.
Ele vai crescer caladinho dentro da barriga, para cima. Aí, um dia, a árvore vai sair pelo topo da cabeça.
Vai criar folhas, dar laranjas e ficar mais alta do que a porta.
A ideia de uma laranjeira no topo da cabeça fascinou a menina. Certa feita, de forma deliberada, engoliu uma semente. Uma só.
Afinal, ela não queria um pomar na sua cabeça. Seria pesado demais.
Durante todo aquele dia, ela ficou apalpando ansiosa a cabeça, a cada minuto, para ver se a árvore começara a brotar.
Tinha vontade de perguntar para a avó se poderia comer as laranjas que frutificassem em sua cabeça. Conteve-se porque se perguntasse, a avó ficaria sabendo que ela fora desobediente.
Na sua cabecinha, começou até a elaborar um plano. Quando a árvore começasse a aparecer no topo da sua cabeça, ela fingiria que não fora intencional engolir a semente.
Nessa noite, a garotinha dormiu muito mal. Sentia uma coisa forçando o crânio, como desejando vir para fora. Que noite!
Naturalmente, com o tempo, e por si mesma, a menina descobriu que nenhuma árvore iria nascer, a partir da sementinha que tinha comido.
Contudo, demorou um pouco. Foram dias silenciosos e preocupantes. Dias solitários porque ela não podia falar da sua desobediência.
Dias de medo das consequências.
* * *
A criança entende muito bem de causa e consequência. Portanto, utilizemos a verdade.
Digamos porque deve ou não deve agir dessa ou daquela forma. Digamos porque tal atitude poderá lhe gerar dores ou alegrias.
Ensinemos com coerência. Utilizemos histórias, fatos, sem os exageros que possam incutir medo.
Essa prática, com o tempo, acaba por fazer que as crianças deixem de acreditar em seus pais ou educadores e passem a desprezar autoridades, o ensino dos mais maduros, a palavra da experiência.
Pensemos nisso e façamos o melhor pelos nossos filhos.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 11 do livro Cisnes selvagens – três filhas da China, de Jung Chang, ed. Cia. das letras.Em 16.04.2010.

O que nossos pensamentos determinam

Marco Aurélio, o grande filósofo que dirigiu o Império Romano, resumiu em nove palavras aquilo que define nosso destino na vida:
Nossa vida é o que os nossos pensamentos determinam.
Inspirado nesta afirmativa, o estudioso Dale Carnegie acrescenta que se tivermos pensamentos felizes, seremos felizes.
Se pensarmos em coisas que nos causam medo, seremos medrosos. Se pensarmos em doenças, provavelmente ficaremos doentes.
Se pensarmos no fracasso, fracassaremos, com toda certeza. Se nos entregarmos à autopiedade, todos irão querer nos evitar, afastar-se de nós.
Normam Vincent Peale afirmou: você não é o que você pensa que é. Mas o que você pensa, você é.
Tudo isso se resume na ideia de uma atitude positiva perante a vida. Devemos nos interessar por nossos problemas, mas não nos preocuparmos com eles.
Há uma grande diferença entre uma e outra postura.
Interessar-se significa procurar compreender como são as coisas e tomar calmamente as medidas necessárias para enfrentá-las.
Preocupar-se significa dar voltas em círculos inúteis e enlouquecedores. Significa sofrer antes e ser dominado pelo medo.
Tais posturas são determinadas pelo pensamento, simplesmente.
Desta forma, o pensamento poderá determinar se seremos felizes ou infelizes, independente de onde estejamos, independente das condições de vida que temos.
Napoleão Bonaparte e Helen Keller podem ser bons exemplos que atestam tais afirmações.
Napoleão dispunha de tudo que os homens habitualmente almejam - glória, poderio, riqueza -, e, não obstante, disse, em seu exílio, na ilha de Santa Helena: Não conheci jamais seis dias de felicidade em minha vida.
Helen Keller - cega, surda, muda - todavia, declarou: Considerei a vida tão bela!
Reflitamos sobre tal comparação.
Como viveram os dois personagens? Que postura mental apresentou cada um deles diante das adversidades?
O filósofo grego Epiceto advertiu-nos que devemos nos preocupar mais em afastar da mente os maus pensamentos do que remover tumores e abscessos do nosso corpo.
E a medicina moderna vem comprovando, dia após dia, que a grande fonte das enfermidades está na postura mental, na qualidade do nosso pensar.
Por isso a importância de perceber que nossa vida é o que nossos pensamentos determinam e que vigiando, cuidando do pensar, viveremos muito melhor.
* * *
Emerson, na parte final de seu ensaio sobre a confiança em nós mesmos, diz:
Uma vitória política; um aumento em suas rendas; a recuperação de uma enfermidade; o regresso de um amigo ausente; ou outro qualquer acontecimento exterior, anima-lhe o Espírito e você pensa que lhe estão reservados dias felizes.
Não o creia. Jamais pode ser assim. Nada, a não ser você mesmo, pode trazer-lhe paz.
Redação do Momento Espírita, com citação do cap. 12, pt. IV, do livro Como evitar preocupações e começar a viver, deDale Carnegie, ed. Companhia Editora Nacional.Em 19.04.2010.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A MORTE DE PIO XI

Humberto de Campos

Cercado de todas as honras pontificais, Pio XI agoniza...

De seus lábios exaustos, nada mais se ouve, além de algumas palavras ininteligíveis.

Seu coração está mergulhado na rede dolorosa das perturbações orgânicas, mas seu espírito está lúcido, como o de uma sentinela, a quem não se permite dormir.

Alvorece o dia...

Preparam-se os sinos de Roma para anunciar as matinas à antiga cidade dos Césares e o velho pontífice tenta, ainda uma vez, articular uma palavra que expresse a sua vontade derradeira.

Todavia, não obstante todas as dignidades sacerdotais e apesar de todos os títulos nobiliárquicos de um soberano terrestre, Sua Santidade se despede da vida material, sob os mesmos imperativos dos regulamentos humanos da Natureza.

A morte não lhe reconhece a soberania e a asma cardíaca lhe devora as últimas possibilidades de prosseguir na tarefa terrena, chamando-o a novos testemunhos.

Pio XI desejaria fazer algumas recomendações in extremis, mas sente-se invadido por uma corrente de frio inexplicável, que lhe paralisa todos os centros de força.

Os religiosos que o assistem compreendem que é chegado o fim de sua resistência e o Cardeal Lauri aproxima-se do moribundo, ministrando-lhe a extrema-unção, segundo as tradições e hábitos da igreja.

O papa agonizante experimenta, então, todas as angústias do homem, no instante derradeiro...

Aos olhos de sua imaginação, desenham-se os quadros nevados e deliciosos da Lombardia, na sua infância descuidada e risonha, os velhos pais, amorosos e compassivos, o pároco humilde que o animou para os estudos primeiros e, depois, as proveitosas experiências nas ondas largas e bravias do oceano do mundo, junto aos esplendores de Milão e de sua catedral majestosa...

Ele que orara, fervorosamente, tantas vezes, sentia agora uma dificuldade infinita para elevar o pensamento ao Deus de misericórdia e de sabedoria, que ele supunha no ambiente faustoso de seus templos frios e suntuosos...

Uma lágrima pesada lhe rolou dos olhos, cansados das penosas preocupações do mundo, enquanto o raciocínio se lhe perdia em amargas conjeturas.

Não era ele o Vigário Geral do Filho de Deus sobre a Terra? Sua personalidade não ostentava o título de Príncipe do Clero? Num derradeiro olhar, fixou, ainda nas próprias mãos, o reluzente anel, chamado do Pescador...

Desejou falar, ainda uma vez, aos companheiros, mergulhados em preces fervorosas, das meditações angustiadas da morte, mas percebeu que as suas cordas vocais estavam hirtas...

Foi quando, então, Pio XI começou a divisar, em derredor do seu leito de agonia, um compacto exército de sombras.

Algumas lhe sorriam com solicitude, enquanto outras o contemplavam com indefinível melancolia.

Ao seu lado, percebeu duas figuras veneráveis que o auscultavam, como se fossem médicos desconhecidos, vindos em socorro dos senhores Rochi e Bonanome, seus assistentes naquele dia.

Esses médicos do Invisível como que o submetiam a uma operação difícil e delicada...

Aos poucos, o velho pontífice romano sentiu que os olhos materiais se lhe apagavam amortecidos, mas, dentro de sua visão espiritual, continuava a perceber a presença de pessoas estranhas e que o rodeavam, dentre as quais se destacara um vulto simpático, que lhe estendia os braços, solícito e compassivo.

Pio XI não teve dificuldades em identificar a figura respeitável que o acolhia com benevolência e carinho.

--“Leão XIII!...“ --murmurou ele, no silêncio íntimo de seu coração, recordando os instantes gloriosos de seu passado eclesiástico.

Mas, a nobre entidade que se aproximava, abraçando-o, exclamou compassivamente:

--"Aquiles, cessam agora todos os preconceitos religiosos que formavam a indumentária precisa ao cumprimento de tua grande missão no seio da igreja!...

Chama-me Joaquim Pecci, porque, como hoje te recordas de Désio e da infância longínqua, desejoso de recomeçar a vida terrestre, que terminas neste instante, também eu me lembrei, no momento supremo, de minha risonha meninice em Carpineto, ansioso de regressar ao passado para encetar uma nova vida, porque a verdade é que todos nós, em assumindo os sublimes compromissos com a lição do Senhor, prometemos realizar uma tarefa para a qual nos sentimos frágeis e desalentados, em nossas imperfeições individuais..."

E como Aquiles Rátti revelasse estupefação, diante do fenômeno, continuou a entidade amiga:

--"Levanta-te! Para o bom trabalhador há poucas possibilidades de repouso!..." Nesse instante, como se fosse tocado por um poder maravilhoso, Pio XI notou que o seu corpo estava rígido, ao seu lado.

Numerosos companheiros se aproximavam comovidos de seus despojos, inclusive o Cardeal camerlengo, que se tomava de profunda emotividade em frente da nova tarefa.

Procedia-se aos primeiros rituais, a que se obedece, em tais circunstâncias, no Vaticano, quando a voz de Leão XIII se fez ouvir de novo: --

"Meu irmão -- disse ele, austeramente -- todos nós somos obrigados a comparecer ante o tribunal que nos julga por todos os atos levados a efeito na direção da igreja a que chamamos, impropriamente, barca de S. Pedro...



Antes, porém, que sejas conduzido, pela legião dos seres espirituais que te esperam, ao tribunal dessas sentenças supremas, visitemos a nossa Jerusalém de pompa e de pecado, para nos certificarmos de suas ruínas próximas, ante a vitória do Evangelho redentor!...”


Nesse momento, o Cardeal Pacelli retirava do cadáver o anel simbólico, enquanto as duas entidades, abraçadas uma à outra, se dirigiam à Capela Sistina e daí à famosa basílica de São Pedro, para as tradicionais e antigas orações.


Penetrando ambos sob as colunas grandiosas que suportam a larga varanda, dizia o autor da encíclica Rerum Novarum para o seu vacilante companheiro:

--"Outrora, neste local, erguiam-se o Templo de Apolo, o Templo da Boa Deusa, o Palácio de Nero e outras expressões de loucura e de crueldade que condenamos, até hoje, nas doutrinas do paganismo.

Os tesouros de Constantino e de Helena modificaram a fisionomia do santuário aqui erguido, quando o sangue e as lágrimas dos mártires semeavam as flores de Jesus-Cristo sobre a face escura da Terra!...

Em lugar da humildade cristã, levantaram-se no Vaticano as magnificências de ouro e de pedrarias...

” Atravessados os frontispícios suntuosos, as duas entidades ingressaram num ambiente parecido com os da história das "mil e uma noites", recamado de luxo fulgurante e indescritível.

Por ali, há o sinal dos artistas de todos os séculos.

Monumentos da pintura e da escultura de todos os tempos assombram os forasteiros espirituais que acompanham a cena grandiosa e melancólica.

As imagens, os altares, as colunatas, os anjos de pedra, os nichos suntuosos se multiplicam em deslumbramento maravilhoso.

Chegadas ao pé da magnífica estátua de São Pedro, talhada no antigo bronze da imagem de Júpiter Capitolino, que toda Roma venerava em épocas remotas, estátua essa idealizada sob as ordens de Leão Magno, quando das vitórias romanas sobre o gênio estratégico e belicoso de Átila, as duas entidades se detiveram, pensativas.

Obedecendo aos seus antigos hábitos, Pio XI ajoelhou-se e, ocultando o rosto entre as mãos, orava fervorosamente, quando uma voz sublimada e profunda lhe atinge em cheio a consciência, como se proviesse das ilimitadas profundezas do céu, chegando aos seus ouvidos por processo misterioso:

--"Meu filho --exclamava a voz espiritual, na sua grandeza terrível e melancólica --como pudeste perseverar no mesmo caminho dos teus orgulhosos antecessores?...

Diante dessa estátua soberba, talhada no bronze de Júpiter Capitolino, toda a igreja romana supõe homenagear a minha memória, quando nada mais fui que simples pescador, seduzido pela grandeza celeste das sublimes lições do Senhor, no cenáculos Cristãos aproveitaram muitos dos templos, com as alfaias pagãs, para transformá-los em igrejas suntuosas.

Constantino foi o César Romano que adotou, oficializando-a a religião cristã.

Sua mãe, Helena, mais tarde canonizada pela Igreja, dispondo de grandes riquezas, muito ajudou a expansão e progresso do Cristianismo.

Visitando Jerusalém (em 325), fez construir a chamada igreja do Santo Sepulcro.

A ela, Helena, se atribui o encontro da verdadeira cruz na qual foi Jesus crucificado.

Onde se ergue hoje a grande basílica de S. Pedro, em Roma, construída por aquiescência de Constantino, e enriquecida com muitos dos ricos despojos tomados dos infiéis, existia então um humílimo oratório subterrâneo.

Segundo a tradição, ali estava depositado o corpo de S. Pedro, que, em sítio próximo, sofrera o martírio pela fé.

Todo o local, atualmente Vaticano, era pouco habitado, por insalubre, atribuindo-se febres ao ar úmido lá respirado.

Por isso, embora vizinho do Circo e dos jardins de Nero, era quase deserto, permitindo que os cristãos ali se reunissem e ali guardassem os restos dos seus irmãos sacrificados nas perseguições ordenadas pelos sanguinários imperadores romanos.

Capitólio ou Monte Capitolino, que tinha então dois cumes, era uma das sete colinas de Roma, onde se viam vários templos, o Ateneu dos poetas, o Tabulário (onde se guardavam as leis) e obras de arte, inclusive o Arco de Cipião, o africano, e estátua equestre de Marco Aurélio, em um; no outro cume, a famosa cidadela, que Tácito declarava inexpugnável.

Quase tudo desapareceu.

Aí se erguia, em honra de Júpiter --o maior dos deuses --o considerado primeiro templo Romano.

Em seu lugar, foi mais tarde construída a Igreja chamada -- Ara Coeli, sob a invocação da Virgem Maria.

O que resta do Capitólio, em nossos dias, não dá idéia sequer do que foi, bastando salientar que o mesmo se acha constituído pela praça central, então denominada -- Entre-os-Montes, à qual se chega por uma escada magnífica, cujo desenho se deve a Miguel Ângelo, e onde figuram algumas das velhas e primorosas estátuas e colunas salvas das ruínas.

Elo de luz do Tiberíades!...

Convocado pelo Mestre Divino a edificar a minha fé, em favor do seu grande rebanho de ovelhas tresmalhadas do aprisco, não tive a força necessária para seguir-lhe o divino heroísmo, no instante supremo, chegando a negá-lo em minha indigência espiritual!...

Ainda assim, não obstante a minha fraqueza, foi a mim que a igreja escolheu para a homenagem dessas basílicas luxuosas, que, como esta imagem fulgurante, representam a continuidade das velhas crenças errôneas do império da impiedade, eliminadas pela suave luz das verdades consoladoras do Cristianismo!...

Somente agora, verificas a ilusão do teu anel do Pescador e da tua tiara de São Pedro!...

Eu não conheci outras jóias, nem outras riquezas, além daquelas que se constituíam de minhas mãos calejadas no esforço de cada dia!...

"Filho meu, amargurado está ainda o coração do nosso Salvador, em virtude do caminho escabroso adotado pela quase generalidade dos sacerdotes nas igrejas degeneradas, que militam na oficina terrestre!...

Todos os que se sentaram, como tu, nesses tronos de impiedade, prometeram ao céu a reforma integral dos velhos institutos romanos, em favor da essência do Evangelho, no pensamento universal; mas, como tu, os teus predecessores esbarraram, igualmente, no rochedo do orgulho, da vaidade e da impenitência, comprometendo o grande barco da fé em Jesus-Cristo, entre as marés bravias das iniqüidades humanas!...

"Falaste da paz: mas, realizaste pouco, ante o dragão político que te espreitava na sombra, naufragando nos conceitos novos que vestem as crueldades das guerras de conquista!...

"Reformaste o Vaticano, estabelecendo alianças políticas ou adotando as facilidades do progresso científico que enriquece a civilização desesperada do século XX; mas, esqueceste de levar aos teus míseros tutelados as fórmulas reais da verdade e do bem, da paz e da esperança, no amor e na humildade, que perfumam os ensinamentos do Redentor!...

"Grande sacerdote do mundo pelas tuas qualidades de cultura e pela generosidade de tuas intenções, serás agora julgado pelo tribunal que aprecia quantos se arvoram, na Terra, em discípulos do Senhor!...

Do mundo das convenções já recebeste todo o julgamento, com as homenagens políticas dos povos; agora, entrarás na luz do Reino de Deus, para aprenderes de novo a grande lição dos "muitos chamados e poucos escolhidos!...”

Pio XI sentiu que o seu coração se despedaçava, em soluços atrozes.

Olhou em derredor de si e não lobrigou mais ninguém, a seu lado.

Todos os sorrisos compassivos dos companheiros da morte haviam desaparecido, sob o influxo de uma força misteriosa.

Quis contemplar a cúpula magnífica de seu templo soberbo, mas sentiu-se cercado de pesadas sombras, em cujo seio um firo cortante lhe enregelava o coração.

Foi assim que, penetrando a grande noite do túmulo, o grande sacerdote terrestre perdeu a noção de si mesmo, para despertar, em seguida, em frente ao tribunal da justiça divina, onde pontificam os mais íntegros de todos os juízes, dentro das leis misericordiosas do amor, da piedade e da redenção.

(Recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em 13 de fevereiro de 1939).
Do livro "Novas Mensagens", de Humberto de Campos, psicografado por Francisco Cândido Xavier,


mensagem de um sacerdote


C. T.

Em nossa reunião da noite de 18 de novembro de 1954, os recursos psicofônicos do médium foram ocupados pelo nosso Irmão C. T., que fora, algum tempo antes, assistido em nossa agremiação.

Nosso amigo C. T., que não podemos designar senão pelas iniciais, por motivos facilmente compreensíveis, trouxe-nos Interessante relato de suas próprias experiências, do qual salientamos o trecho em que se reporta à emoção de que se viu possuido, quando, ao fitar, compungido, um velho crucifixo, escutou a voz de um Amigo Espiritual, acordando-lhe a consciência para a verdadeira compreensão de Jesus; consideramos de Indizível beleza semelhante tópico da presente mensagem por referir-se ao Cristo Vivo, fora dos santuários de pedra, servindo incessantemente em favor do mundo.

Irmãos.

A experiência dos mais velhos é auxílio para os mais jovens.

Quem atravessou o vale da morte pode ajudar aos que ainda transitam nos trilhos obscuros da existência carnal...

A gratidão, por isso, impele-me a trazer-vos algo de mim.

Quando de meu primeiro contacto convosco, saí vencido, não convencido...

Acreditei fôsseis magnetizadores socorrendo um enferino difícil.

E eu despertava de um pesadelo horrível... Acordava, identificando a mim próprio e, reconhecendo-me o sacerdote categorizado que eu era, ressurgia, revoltado e impenitente.

Debalde benfeitores espirituais estenderam-me os braços.

Em vão, consoladoras vozes se me fizeram ouvir. As ordenações e convencionalismos da Terra jaziam petrificados em minha cabeça-dura.

Fizera da autoridade a minha expressão de força. Usara a mitra com o orgulho do padre invigilante que se eleva nas funções hierárquicas, com o propósito de dominar o pensamento dos próprios irmãos.

E por mais que a piedade me dirigisse cativanteS exortações, recalcitrei, desesperado...

Não supunha fosse a morte aquele fenômeno de reavivamento.

Minhas impressões do corpo físico mostravam-se intactas e minhas faculdades, intangíveis...

Reclamei meus títulos e exigi minha casa e, naturalmente, para se não delongarem através de conversação inútil, companheiros espirituais tomaram-me as mãos.

Num átimo, vi-me à porta selada de meu domicílio, mas, agora, sem ninguém...

Decerto, meus caridosos condutores entregavam-me à própria consciência.

Aflito, gritei por meus servidores, contudo, minhas vozes morreram sem eco.

A noite avançara...

Desrespeitosa algazarra alcançou-me os ouvidos.

Desafetos gratuitos pronunciavam sarcasticamente o meu nome, em meio da sombra espessa:

— «Abram a porta ao senhor bispo ! »

— «Assistência para o dono da casa!..

— «Atendam ao visitante ilustre...»

— «Lugar para Sua Eminência!..

Isso tudo de permeio com irreverentes gargalhadas.

Receando o ridículo, busquei a igreja que me era familiar.

Sacerdotes amigos vigiavam em oração. Contudo, por mais que apelasse para a minha condição de chefe, ninguém me assinalou as súplicas aflitivas.

Ajoelhei-me diante das imagens a que rendia culto, no entanto, jamais como naquela hora havia reparado com tanta segurança a frieza dos ídolos que representavam objetos sagrados de minha fé.

Desejava fazer-me sentido, ouvido, tocado...

Então, como se um ímã me provocasse, retrocedi apressadamente...

Em passos ligeiros, desci à pequena câmara escura.

Fora atraído por meus próprios restos.

Ali descansava, na escuridão silenciosa, o corpo que me servira.

O bafio repelente do túmulo obrigava-me a recuar... Algo, porém, me constrangia a compulsória aproximação.

Toquei as vestes rotas e senti que minhalma se justapunha aos ossos desnudados...

Queria reassumir a posição vertical entre os homens.

Mas apenas vermes e mais vermes eram, ali, a única nota de vida.

Dominado de terrível pavor, tornei ao altar para as orações mais íntimas... Orações que brotassem de mim, diferentes daquelas que decorara para iludir o tempo.

Procurei um velho crucifixo.

Ali, estava a cruz do Senhor.

Não era um ídolo, era um símbolo.

Via-me sozinho, desanimado, e orei, compungidamente.

Rememorei os ensinamentos do Mestre Divino, que recolhia as almas desarvoradas e enfermas para restituir-lhes o alento...


E uma voz à retaguarda, cuja inflexão de energia e brandura não conseguiria traduzir, exclamou para meu espírito fatigado:


— Amigo, tua casa na Terra cerrou-se com teus olhos!...

Teus poderes eclesiásticos estão agora reduzidos a um punhado de cinzas...

E de todas as atividades sacerdotais que exerceste, permanece tão-só esta de agora — a de tua própria fé ressuscitada na humildade do coração!

Cristo não permanece crucificado nos altares de pedra, disputando a reverência daqueles que supôem prestigiar-lhe a memória, a preço de incenso e ouro...

Jesus está lá fora! Com as mães que se sentem desamparadas, com os discípulos que sustentam em si mesmos duro combate!...

O Senhor caminha ao longo da velha senda que o homem palmilha, há milênios, procurando aqueles que anelam amealhar fraternidade e luz, serviço e renovação...

Avança ao encontro das almas fiéis que repartem o tempo entre a lição que educa e o trabalho que santifica...

Busca as crianças sem ninho, asilando-as nos braços daqueles que lhe recordam a amorosa exortação...
Respira nas fábricas, onde o suor dos humildes pede socorro...

Ora nos círculos atormentados da luta redentora, onde corações restaurados no Evangelho intentam a construção de nova estrada para o futuro...

Cristo vive lá fora, reconfortando os caluniados e enxugando as lágrimas de quantos se sentem morrer na solidão dos vencidos...

O Senhor, ainda e sempre, é o Celeste Peregrino do mundo...

Nas noites frias, é o agasalho dos que não receberam a graça do lar...

Junto ao fogão sem lume, é o calor que regenera as energias dos que não puderam adquirir uma côdea de pão....

Enfermeiros nos hospitais, conchega de encontro ao peito os doentes em abandono...

Amigo infatigável dos cegos e dos leprosos, dos cansados e dos tristes, instila-lhes, generoso, a bênção da esperança...

O Mestre jamais envergou a túnica da ociosidade que lhe quadraria ao coração como um sudário de morte...

Vamos! Vamos em busca do Senhor Ressuscitado!

Procuremos o Cristo, além da cruz, tomando a cruz que nos é própria, a fim de encontrá-lo na grande ressurreição!...

Aflito, mas devolvido a mim mesmo, senti frio...

Minha igreja estava gelada, mas, ao calor da prece, roguei ao Céu permissão para esposar novo roteiro, sob a luz viva do Evangelho restaurado, na religião do esforço humanitário e social, com o templo guardando a fé por base e a caridade por teto...

E abraçando convosco a senda renovada, tento agora avançar para o futuro sublime ....

Que o Senhor nos ampare.

Do livro “Instruções Psicofônicas”. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco C. Xavier.


Obs. Nossa realidade no plano espiritual, quer acreditem ou não, está desvinculada de todos os títulos e diplomas que ostentemos nas paredes de nossas casas e escritórios, dos valores amoedados que tenhamos nos bancos e das posses êfemeras, das luzes do conhecimento e da inteligência que adquirimos, do poder dos cargos e posições que conquistamos na sociedade terrena; das amizades dos influentes, da beleza que passa...



Nossa real condição no retorno à patria espirtual estará condicionada a pequenas ações que tenhamos realizado na vida física tais como;

- Quantos corações consolamos;

- Quantas dores do próximo ajudamos a diminuir;

- Ao número de vezes que silenciamos quando agredidos e acusados indevidamente;

- A solidariedade aos infelizes da vida; aos esfameados, aos abandonados e solitários;

- Aos que jazem aos catres de hospitais e penitenciárias;

- Pela ações voluntárias, desprendidas àqueles que têm menos, etc..


À proposito, é de bom alvitre recordarmos uma brilhante passagem de Bezerra de Menezes. o apóstolo do espiritismo no Brasil em:


A Felicidade de Bezerra de Menezes
Bezerra de Menezes

Um dia, perguntei ao Dr. Bezerra de Menezes, qual foi a sua maior felicidade quando chegou ao plano espiritual. Ele respondeu-me:- A minha maior felicidade, meu filho, foi quando Celina, a mensageira de Maria Santíssima, se aproximou do leito em que eu ainda estava dormindo, e, tocando-me, falou, suavemente:- Bezerra, acorde, Bezerra!Abri os olhos e vi-a, bela e radiosa.- Minha filha, é você, Celina?!- Sim, sou eu, meu amigo. A Mãe de Jesus pediu-me que lhe dissesse que você já se encontra na Vida Maior, havendo atravessado a porta da imortalidade. Agora, Bezerra, desperte feliz.Chegaram os meus familiares, os companheiros queridos das hostes espíritas que me vinham saudar. Mas, eu ouvia um murmúrio, que me parecia vir de fora. Então, Celina, me disse:- Venha ver, Bezerra.Ajudando-me a erguer-me do leito, amparou-me até uma sacada, e eu vi, meu filho, uma multidão que me acenava, com ternura e lágrimas nos olhos.- Quem são, Celina? - perguntei-lhe - não conheço a ninguém. Quem são?- São aqueles a quem você consolou, sem nunca perguntar-lhes o nome. São aqueles Espíritos atormentados, que chegaram às sessões mediúnicas e a sua palavra caiu sobre eles como um bálsamo numa ferida em chaga viva; são os esquecidos da terra, os destroçados do mundo, a quem você estimulou e guiou. São eles, que o vêm saudar no pórtico da eternidade...E o Dr. Bezerra concluiu:- A felicidade sem lindes existe, meu filho, como decorrência do bem que fazemos, das lágrimas que enxugamos, das palavras que semeamos no caminho, para atapetar a senda que um dia percorreremos.
Do livro "O Semeador de Estrelas"
De: Suely Caldas Schubert

fonte: Carlos Eduardo Cennerelli

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Colheita abençoada


Joey era uma criança com desenvolvimento aparentemente adequado até que, aos 11 anos, foi acometido da Síndrome do pânico.
Mostrava um medo profundo de lugares abertos e públicos e ficou quase um ano confinado ao quarto.
Após 11 meses de tentativas de tratamento, finalmente, um psiquiatra lhe receitou o remédio que apresentou efeito terapêutico adequado.
A causa desse distúrbio psíquico, disseram os médicos, fora uma disfunção de aprendizado não percebida, que acabara por se refletir em sua área psicológica.
Com o controle da Síndrome do pânico os pais enfrentaram um novo desafio: encontrar uma escola especializada em disfunções de aprendizado.
No entanto, as escolas contactadas não o aceitavam, alegando que seus alunos possuíam apenas distúrbios educacionais e não emocionais e que não estavam preparadas para recebê-lo.
A mãe desejava matriculá-lo em uma escola que ficava perto de sua casa e que desfrutava de excelente reputação. Mas a matrícula foi várias vezes negada.
Certa noite, a mãe compareceu a uma festa de caridade. Sentou-se ao lado de uma mulher chamada Bárbara, que ela conhecia vagamente.
Repentinamente, sem saber como, a genitora do garoto se viu abrindo o coração àquela senhora, sobre as dificuldades em matricular seu filho.
Ao final da narrativa, Bárbara, emocionada, disse-lhe, para sua surpresa, que era vizinha do fundador e diretor da escola desejada, além de contribuir para a mesma. Prometeu-lhe ajuda.
Através de sua influência, Joey foi finalmente aceito para o ano seguinte e, durante o tempo que lá estudou teve excelente aproveitamento, figurando, pela primeira vez na vida, entre os melhores alunos.
Um ano após aquele encontro, o marido de Bárbara faleceu.
A mãe de Joey compareceu ao funeral e, ao ver uma mulher ao lado da viúva, indagou sua identidade a uma pessoa. Era a filha de Bárbara. Neste momento a emoção foi imensa. Sua memória voltou 25 anos no tempo.
Lembrou-se de sua viagem de formatura de segundo grau. Ela se oferecera para dividir o quarto com uma aluna que entrara em sua turma naquele ano. Chamada de retardada pelas colegas a caloura sofria forte preconceito.
Seus olhos se encheram de lágrimas: 25 anos antes ela ajudara voluntariamente a filha de Bárbara e, há um ano, sem nada saber, esta ajudara seu filho!
* * *
Talvez nossa mente ainda não tenha a capacidade de reter todas as lembranças vivas no que chamamos de memória, mas, felizmente, a memória Divina é infalível.
Quando fazemos o bem sem interesse oculto, o feito não passa despercebido.
A Lei de Causa e Efeito jamais falha, mesmo que muito tempo se passe, pois o tempo nada significa na imensa jornada que nosso Espírito empreende em busca de sua evolução.
Todo o bem que fazemos a outrem é como semente que plantamos e cujos frutos, cedo ou tarde, haveremos de colher.
Pensemos nisto!

Redação do Momento Espírita com base no artigo
intitulado A semeadura, de José Ferraz, publicado na
revista Presença Espírita de novembro/dezembro
de 2009, ed. Leal.
Em 14.04.2010.

Sessão Espírita (Parte 1 de 2)


– Como deveremos entender a sessão espírita?
Emmanuel - A sessão espírita deveria ser, em toda parte, uma cópia fiel do cenáculo fraterno, simples e humilde do Tiberíades, onde o Evangelho do Senhor fosse refletido em espírito e verdade, sem qualquer convenção do mundo, de modo que, entrelaçados todos os pensamentos na mesma finalidade amorosa e sincera, pudesse a assembleia constituir aquela reunião de dois ou mais corações em nome do Cristo, onde o esforço dos discípulos será sempre santificado pela presença do seu amor.
– Como deve ser conduzida uma sessão espírita, de sua abertura ao encerramento?
Emmanuel - Nesse sentido, há que considerar a excelência da codificação kardequiana; contudo, será sempre útil a lembrança de que as reuniões doutrinárias devem observar o máximo de simplicidade, como as assembleias humildes e sinceras do Cristianismo primitivo, abstendo-se de qualquer expressão que apele mais para os sentidos materiais que para a alma profunda, a grande esquecida de todos os tempos da Humanidade.
– Será aconselhável a determinação de dias da semana para a realização normal das sessões espíritas?
Emmanuel - Qualquer dia e hora podem ser consagrados ao bom trabalho da fraternidade e do bem, sempre que necessário; mas, nas reuniões dedicadas ao esforço doutrinário, faz-se imprescindível a metodização de todos os trabalhos em dias e horas prefixados.
– Nas sessões, os dirigentes e os médiuns têm uma tarefa definida e diferente entre si?
Emmanuel - Nas reuniões doutrinárias, o papel do orientador e do instrumento mediúnico devem estar sempre identificados na mesma expressão de fraternidade e de amor, acima de tudo; mas, existem características a assinalar, para que os serviços espirituais produzam os mais elevados efeitos, salientando-se que os dirigentes das sessões devem ser o raciocínio e a lógica, enquanto o médium deve representar a fonte de água pura do sentimento. É por isso que, nas reuniões onde os orientadores não cogitam da lógica e onde os médiuns não possuem fé e desprendimento, a boa tarefa é impossível, porque a confusão natural estabelecerá a esterilidade no campo dos corações.
– Os agrupamentos espiritistas podem ser organizados sem a contribuição dos médiuns?
Emmanuel - Nas reuniões doutrinárias, os médiuns são úteis, mas não indispensáveis, porque somos obrigados a ponderar que todos os homens são médiuns, ainda mesmo sem tarefas definidas, nesse particular, podendo cada qual sentir e interpretar, no plano intuitivo, a palavra amorosa e sábia de seus guias espirituais, no imo da consciência.
– Por que motivo a doutrinação e a evangelização nas reuniões espiritistas beneficiam igualmente os desencarnados, se a estes seria mais justo o aproveitamento das lições recebidas no plano espiritual?
Emmanuel - Grande número de almas desencarnadas nas ilusões da vida física, guardadas quase que integralmente no íntimo, conservam-se, por algum tempo, incapazes de apreender as vibrações do plano espiritual superior, sendo conduzidas por seus guias e amigos redimidos às reuniões fraternas do Espiritismo evangélico, onde, sob as vistas amoráveis desses mesmos mentores do plano invisível, se processam os dispositivos da lei de cooperação e benefícios mútuos, que rege os fenômenos da vida nos dois planos.
– Muita gente procura o Espiritismo, queixando-se de perseguições do Invisível. Os que reclamam contra essas perturbações estão, de algum modo, abandonados de seus guias espirituais?
Emmanuel - A proteção da Providência Divina estende-a a todas as criaturas. A perseguição de entidades sofredoras e perturbadas justifica-se no quadro das provações redentoras, mas, os que reclamam contra o assédio das forças inferiores dos planos adstritos ao orbe terrestre, devem consultar o próprio coração antes de formularem as suas queixas, de modo a observar se o Espírito perturbador não está neles mesmos.
Há obsessores terríveis do homem, denominados “orgulho”, “vaidade”, “preguiça”, “avareza”, “ignorância” ou “má-vontade”, e convém examinar se não se é vítima dessas energias perversoras que, muitas vezes, habitam o coração da criatura, enceguecendo-a para a compreensão da luz de Deus. Contra esses elementos destruidores faz-se preciso um novo gênero de preces, que se constitui de trabalho, fé, esforço e boa vontade.
Pelo Espírito 'Emmanuel'
Do livro "O Consolador" - Ed. FEB
Psicografia de Francisco Cândido Xavier



fonte: feedblitz@mail.feedblitz.com

Sessão Espírita (Parte 2 de 2)

– Como deverá agir o estudioso para identificar as entidades que se comunicam?
Emmanuel - Os Espíritos que se revelam, através das organizações mediúnicas, devem ser identificados por suas ideias e pela essência espiritual de suas palavras.
Determinados médiuns, com tarefa especializada, podem ser auxiliares preciosos à identificação pessoal, seja no fenômeno literário, nas equações da ciência, ou satisfazendo a certos requisitos da investigação; todavia, essa não é a regra geral, salientando-se que as entidades espirituais, muitas vezes, não encontram senão um material deficiente que as obriga tão-só ao indispensável, no que se refere à comunicação.
Devemos entender, contudo, que a linguagem do Espírito é universal, pelos fios invisíveis do pensamento, o que, aliás, não invalida a necessidade de um estudo atento acerca de todas as ideias lançadas nas mensagens, guardando-se muito cuidado no capítulo dos nomes ilustres que porventura as subscrevam.
Nas manifestações de toda natureza, porém, o crente ou o estudioso do problema da identificação, não pode dispensar aquele sentido espiritual de observação que lhe falará sempre no imo da consciência.
– É justo que o espiritista, depois de sofrer pela morte a separação de um ente amado, provoque a comunicação dele nas sessões medianímicas?
Emmanuel - O espiritista sincero deve buscar o conforto moral, em tais casos, na própria fé que lhe deve edificar intimamente o coração.
Não é justo provocar ou forçar a comunicação com esse ou aquele desencarnado. Além de não conhecerdes as possibilidades de sua nova condição na esfera espiritual, deveis atender ao problema dos vossos méritos.
O homem pode desejar isso ou aquilo, mas há uma Providência que dispõe no assunto, examinando o mérito de quem pede e a utilidade da concessão.
Qualquer comunicado com o Invisível deve ser espontâneo, e o espiritista cristão deve encontrar na sua fé o mais alto recurso de cessação do egoísmo humano, ponderando quanto à necessidade de repouso daqueles a quem amou, e esperando a sua palavra direta, quando e como julguem os mentores espirituais conveniente e oportuno.
– Há estudiosos da Doutrina que se afastam das reuniões, quando as mesmas não apresentam fenômenos. Como se deve proceder para com eles?
Emmanuel - Os que assim procedem testemunham, por si mesmo, plena inabilitação para o verdadeiro trabalho do Espiritismo sincero. Se preferem as emoções transitórias dos nervos ao serviço da auto-iluminação, é melhor que se afastem temporariamente dos estudos sérios da Doutrina, antes de assumirem qualquer compromisso. A compreensão do Espiritismo ainda não está bastante desenvolvida em seu mundo interior, e é justo que prossigam em experiências para alcançá-la.
O êxito dos esforços do plano espiritual, em favor do Cristianismo redivivo, não depende da quantidade de homens que o busquem, mas da qualidade dos trabalhadores que militam em suas fileiras.
– Devem ser intensificadas no Espiritismo as sessões de fenômenos mediúnicos?
Emmanuel - São muito poucos ainda, os núcleos espiritistas que se podem entregar à prática mediúnica com plena consciência do serviço que têm em mãos; motivo por que é aconselhável a intensificação das reuniões de leitura, meditação e comentário geral para as ilações morais imprescindíveis no aparelhamento doutrinário, a fim de que numerosos centros bem-intencionados não venham a cair no desânimo ou na incompreensão, por causa de um prematuro comércio com as energias do plano invisível.
– Considerando que numerosos agrupamentos espíritas se formam apenas para doutrinação das entidades perturbadas, do plano invisível, quais os mais necessitados de luz: os encarnados ou os desencarnados?
Emmanuel - Tal necessidade é comum a uns e outros. É justo que se preste auxílio fraterno aos seres perturbados e sofredores, das esferas mais próximas da Terra; entretanto, é preciso convir que os Espíritos encarnados carecem de maior porcentagem de iluminação evangélica que os invisíveis, mesmo porque, sem ela, que auxílio poderão prestar ao irmão ignorante e infeliz? A lição do Senhor não nos fala do absurdo de um cego a conduzir outros cegos?
Por essa razão é que toda reunião de estudos sinceros, dentro da Doutrina, é um elemento precioso para estabelecer o roteiro espiritual a quantos deseje o bom caminho.
A missão da luz é revelar com verdade serena. O coração iluminado não necessita de muitos recursos da palavra, porque na oficina da fraternidade bastará o seu sentimento esclarecido no Evangelho. A grande maravilha do amor é o seu profundo e divino contágio. Por esse motivo, o Espírito encarnado, para regenerar os seus irmãos da sombra, necessita iluminar-se primeiro.
Pelo Espírito 'Emmanuel'
Do livro "O Consolador" - Ed. FEB
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Um panorama espiritual da depressão

A depressão é uma doença da alma. Sendo assim, infelizmente, a ciência materialista pouco pode fazer a não ser minimizar os sintomas do doente para que este possa conviver socialmente. Com isso, o máximo que ela consegue é limitar-lhe a capacidade mental e volitiva, afetiva e de memória.

Estima-se que 20% da população do planeta sofre deste terrível mal. Dados levantados por pesquisadores indicam que a depressão é a segunda maior causa de ausência no trabalho e metade dos deprimidos param de trabalhar e ter uma vida social. Normalmente, é catalogada pela medicina como uma enfermidade cujo tratamento é para a vida inteira, com 50% de chances de recaída.

A pior conseqüência da doença é o suicídio, uma vez que 15% desses nossos irmãos cometem este ato extremo.

Os principais sintomas são: insônia, tristeza persistente, desânimo, alteração do apetite, falta de energia, baixa produtividade, perda de prazer. Persistindo esses sintomas por mais de duas semanas significa que o indivíduo encontra-se em estado de crise.

Influências espirituais:

O espiritismo, que define o Espírito como a essência do próprio ser, explica a depressão como uma doença espiritual, uma fase avançada do processo obsessivo, resultante do assédio persistente de espíritos inferiores sobre a mente do homem e dos que o circundam. Portanto, quem não acredita no Espírito, ou ainda, pouco conhecimento tem sobre sua natureza, não está em condições de conhecer-lhe a causa e muito menos de tratá-la.

A verdade é que todos os seres humanos possuem uma certa sensibilidade mediúnica, ou seja, uma determinada e variável predisposição orgânica em ser "suscetível" ao mundo espiritual que o circunda. Essa suscetibilidade ocorre em nível mental-emocional, de inteligência para inteligência, em que predomina a lei de sintonia. O teor do pensamento determina o tipo da sintonia que estabelecemos, consciente ou inconscientemente, com homens ou espíritos.

A maioria das depressões nascem de um processo obsessivo, normalmente decorrente de uma fraqueza moral que abre campo para espíritos malfazejos e mal intencionados que passam a impor sua vontade sobre a vontade do deprimido.

Os espíritos ainda arraigados à materialidade precisam de alimento energético. Como ninguém gosta de cogitar sobre isso, ainda mais fácil se lhes torna o assédio.

O aflorar da mediunidade:

Desde o tempo de Allan Kardec os bons espíritos afirmam que, independentemente de crer ou não crer, a humanidade está alcançando um patamar evolutivo em que a torna mais sensível ao contato com os campos espirituais circunvizinhos à Terra. Estamos esbarrando no mundo espiritual e ainda não percebemos isso.

Ora, como é a sintonia que determina o tipo de contato com as inteligências das dimensões espirituais, para que se supere a depressão é necessário que o doente mude a sintonia que vem sustentando.

Interferências espirituais nocivas:

Os efeitos da obsessão instalada são óbvios: o próprio doente sente-se confuso em identificar a própria personalidade. Seus pensamentos tornam-se confusos e contraditórios, o que lhe gera insegurança e medo. Num quadro mais agravado observa-se a fraqueza crescente, que é a perda de energia vital. Por isso, em muitos casos, o deprimido sente fortes dores no estômago (perda de energia pelo plexo solar).

Todas as pessoas viciadas, por exemplo, são médiuns conscientes ou inconscientes.

As interferências espirituais nocivas, causadas pela presença atuante de espíritos malfazejos, nada mais fazem do que dinamizar a inconsistência moral sustentada imprudentemente pelo deprimido.

A porta da alma se abre pelo lado de dentro:

Quem trabalha efetivamente na doutrina espírita e atua num centro bem orientado sabe que é perfeitamente possível libertar-se, em breve tempo, do terrível flagelo que é a depressão.

De acordo com os Evangelhos, Jesus, o divino Mestre, outra coisa não fazia senão redirecionar a sintonia de inúmeros doentes do corpo e da alma para as esferas superiores do sentimento, com isso, curou inúmeros "endemoninhados" e "lunáticos".

É dele a máxima preventiva: "Vigiai e orai!"

O que a vítima da depressão precisa compreender e assimilar é o fato de que ninguém pode abrir a porta de nossa alma, mesmo que force, porque a fechadura está do lado de dentro. Somente nós mesmos podemos abrir a porta para aquilo que nos convêm.

Educando a sensibilidade:

Uma das sustentações doutrinárias do espiritismo é fazer com que o ser humano se esforce para não entrar em sintonia com as faixas inferiores da vida. Ao contrário, sintonizar-se com as faixas superiores.

Para isso é fundamental aprender a discernir o próprio pensamento do pensamento invasor. Fatores que aborrecem devem ser vencidos. Trata-se de lutar ou se entregar, forçar resistência ao aparentemente irresistível componente depressivo. Reconhecer a própria força de vontade -normalmente, subjugada pela vontade do agente perturbador- e novamente fortalecê-la.

Pedir auxílio ao Criador é o segredo. Assumir, com humildade e confiança, a condição de necessitados espirituais que somos, reconhecendo o poder soberano da luz divina que nos abençoa constantemente e, para a qual estamos temporariamente impermeáveis, em função de nosso arbitrário acrisolamento na dor.

Não aceitar a tristeza em hipótese alguma. Nem a mágoa, nem a autopiedade, nem a busca de isolamento ou de fuga excessivas.

A depressão cessa com a mudança da sintonia espiritual:

Muitos médiuns que hoje militam com segurança nas casas espíritas, equilibrados e sem alarde na mediunidade com Jesus, chegaram sob os mais constrangedores sinais de depressão. Alguns, com passagens em clínicas ou sanatórios para doentes mentais. Ainda assim, através da ajuda que permitiram a si mesmos, aproveitaram a boa acolhida dos benfeitores da casa, esforçaram-se no estudo edificante, na prece, na meditação, absorveram confiantes as energias revitalizadoras do passe e puderam "sentir a paz" proveniente dos bons espíritos que os assistem em nome de Deus.

Assim, uma vez reequilibrados, integraram-se no serviço de auxílio aos semelhantes, encaixaram-se nos trabalhos assistenciais e espirituais da casa mudando, conseqüentemente, a sintonia mental-emocional antes adotada para uma outra elevada e moralizada.

Isto é um fato muito comum não apenas no meio espírita e passível de comprovação.

Portanto, para superar a depressão é necessário mudar a sintonia espiritual. Como os bons espíritos que nos assistem não fazem outra coisa a não ser o bem, é imprescindível que, de nossa parte, aprendamos também a fazê-lo, o que, certamente, assegurará sua proteção e a possibilidade do desabrochamento seguro de nossas potencialidades latentes como filhos de Deus.

Obras consultadas:

O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, tradução de J. Herculano Pires, EME Editora
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, tradução de Guillon Ribeiro, FEB
A Obsessão, de Allan Kardec, tradução de Wallace Leal Rodrigues, Editora O Clarim
Depressão, Cura-te a ti Mesmo, de Salvador Gentile, IDE

Website:Conciência Espírita

DEPRESSÃO E FAMÍLIA

Entendendo a depressão...e o seu impacto nos relacionamentos

A depressão atinge toda a família...Todo indivíduo experimenta sentimentos tristes ou melancólicos pelo menos uma única vez – o que é normal em algum momento da vida. A tristeza ou os sentimentos negativos, que tornam o dia-o-dia mais difícil, podem representar uma doença chamada depressão.

A depressão pode causar sofrimento real tanto para o indivíduo afetado quanto para todos os membros de sua família e outros entes queridos. Quando alguém está deprimido pode achar difícil ir para o trabalho, realizar as tarefas diárias e até mesmo sair da cama. Algumas vezes, o indivíduo deprimido também acha difícil dar o primeiro passo em busca de ajuda. Freqüentemente, as pessoas que amam o indivíduo que sofre de depressão são “vítimas ocultas”, pois o impacto da doença em suas vidas é esquecido ou subestimado. As pessoas deprimidas podem apresentar sentimentos de frustração, culpa e raiva em relação às pessoas amadas, que podem magoar-se com os problemas do indivíduo deprimido ou Ter dificuldades em entender sua causa. Estes sentimentos são normais, mas existem formas saudáveis de lidar com eles. Felizmente a depressão é uma condição médica tratável e conhecer bem esta desordem e seu tratamento irá ajudá-lo.

Este texto apresenta verdades sobre a doença, assim como sugestões práticas que poderão ajudar toda a família a lidar com as suas conseqüências.



QUAL A IMPORTÂNCIA DO RELACIONAMENTO FAMILIAR NA DEPRESSÃO?
O apoio dos familiares (incluindo cônjuges) é vital para o controle diário desta doença.



RECONHECENDO A DEPRESSÃO...OS SINTOMAS PODEM SER, ALGUMAS VEZES, SURPREENDENTES

A depressão afeta o humor do indivíduo, a sua forma de ver o mundo e até mesmo algumas funções do corpo, como o sono e a alimentação ou o vigor. A pessoa deprimida quase sempre está triste ou preocupada e geralmente está ansiosa ou irritada. Muitas pessoas com depressão também apresentam a auto-estima diminuída e pensamentos negativos (em outras palavras, geralmente pensam “Não posso fazer isto” ou “isto não vai dar certo”).

A depressão apresenta muitos sintomas diferentes – alguns são fáceis de reconhecer e outros, mais difíceis. O primeiro sinal de depressão geralmente é uma mudança no comportamento habitual – por exemplo, a pessoa pode tornar-se irritada e começar a apresentar problemas com o sono ou apetite. Os sintomas comuns de depressão incluem:

- sentimentos tristes e melancólicos

- perda do interesse por atividades consideradas agradáveis anteriormente (como sexo ou outras atividades)

- perda do apetite e peso (ou, algumas vezes, ganho de peso)

- dificuldade para dormir ou excesso de sono

- agitação ou retardo psicomotor

- sentimento de cansaço ou indisposição

- sentimentos de inferioridade ou culpa

- dificuldade de concentração, organização do pensamento, memória ou para tomar decisões

- pensamento de morte ou suicídio



QUEM É AFETADO PELA DEPRESSÃO?
A depressão afeta todos os tipos de pessoas. Certos grupos de pessoas podem ser mais predispostos à depressão do que outros. Por exemplo, as mulheres são mais predispostas do que os homens aos sintomas da depressão. As crianças e os adolescentes também podem sofrer desta doença. Os sintomas da depressão em adolescentes são semelhantes àqueles dos adultos, mas também podem incluir comportamentos inadequados ou fracasso no desempenho escolar. Aproximadamente 18 milhões de pessoas por ano sofrem de alguma forma de depressão e muitas sentem os efeitos da depressão na família. Felizmente, para a maioria da depressão na família. Felizmente, para a maioria das pessoas, o tratamento pode diminuir a gravidade e a extensão dos episódios depressivos.



CAUSAS DA DEPRESSÃO
Nenhum fator isolado causa a depressão. Certos acontecimentos da vida, como por exemplo, um divórcio ou a perda de um ente querido, podem desencadear os sintomas depressivos. Entretanto, algumas pessoas tornam-se deprimidas mesmo quando tudo em suas vidas está indo bem. A tendência a se tornar deprimido pode ocorrer em família e parece ser um fator genético (herdado) em muitos casos de depressão. Por exemplo, se um dos gêmeos idênticos apresentar transtorno depressivo maior, haverá, aproximadamente, 50% de chance de o outro apresentar sintomas de depressão ao longo de sua vida. Além disso, os filhos, pais e irmãos de um indivíduo com transtorno depressivo maior apresentam duas ou três vezes mais chance de desenvolver este tipo de depressão do que parentes de primeiro grau sem esta doença na família.

As causas orgânicas podem contribuir para o desenvolvimento da depressão e acredita-se que os sintomas também possam ser desencadeados por um desequilíbrio ou bloqueio de substâncias químicas importantes (chamadas neurotransmissores – estes incluem a serotonina e a noradrenalina) ou dos sinais que elas carregam até o cérebro. Atualmente, muitos dos medicamentos antidepressivos funcionam regulando o nível destes neurotransmissores. Outras doenças, o uso de certas drogas ou o abuso de bebidas alcoólicas podem contribuir para o desenvolvimento da depressão.

As causas da depressão são individuais. Portanto, é importante para toda a família entender que a depressão não é “culpa” do indivíduo e que simplesmente “tentar muito” não resolverá o problema. Qualquer que seja a causa, a maioria das pessoas tratadas de depressão começa a se sentir melhor em algumas semanas. A depressão não é causada por fraqueza da pessoa ou perda de controle – é uma doença que precisa ser tratada.



EXISTE MAIS DE UM TIPO DE DEPRESSÃO?
Sim. O transtorno depressivo maior envolve a perda do interesse pelas coisas que eram prazerosas anteriormente, ou sentimento pelas coisas que eram prazerosas anteriormente, ou sentimento de tristeza, melancolia, além de, pelo menos, um dos seguintes sintomas: perda ou ganho de peso; insônia ou excesso de sono; agitação ou retardo psicomotor; sensação de cansaço ou indisposição; sentimento de inferioridade; distúrbios de concentração; pensamentos suicidas.

Algumas pessoas apresentam um tipo diferente de transtorno do humor conhecido como transtorno bipolar ou psicose maníaco-depressiva. As pessoas com esta doença apresentam um ou mais episódios maníacos (humor anormal ou persistentemente elevado, expansivo ou irritado, além de outros sintomas), que podem ser acompanhados de um episódio depressivo maior.

Existem tratamentos eficazes para os transtornos do humor. Um profissional da área de saúde será a pessoa mais indicada para rever todas as opções disponíveis e decidir sobre o tratamento mais adequado. O programa de tratamento poderá incluir um médico se for considerada a possibilidade de uso de alguma medicação.



A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO
A boa notícia é que a depressão responde bem ao tratamento. Hoje em dia existem muitas opções de tratamento eficazes e a maioria das pessoas deprimidas pode esperar sentir-se bem melhor como resultado do tratamento. Geralmente, o objetivo da terapia medicamentosa é controlar os sintomas e tratar a doença , permitindo que o indivíduo se sinta melhor e volte a ter uma vida normal. A psicoterapia pode ser usada para que o indivíduo e a família aprendam novos comportamentos e estratégias para lidar com a depressão. Pode ajudar também a reduzir e a tratar os sintomas, discutindo-se os problemas e as emoções. O tratamento ideal varia de pessoa para pessoa; cada caso deverá ser avaliado individualmente.



QUANTO TEMPO LEVA A MELHORA DA DEPRESSÃO?
Muitas pessoas apresentam melhora dos sintomas em 3 a 4 semanas após o início. No entanto, é importante perceber que a recuperação da depressão nem sempre é um caminho suave – em outras palavras, a pessoa deprimida provavelmente terá dias “bons” e “ruins”, mesmo após a diminuição dos sintomas.

A depressão poderá ser, também, uma doença recorrente. Os estudos demonstraram, no entanto, que a manutenção do tratamento médico pode evitar o retorno dos sintomas (recidiva ou recorrência). O tratamento pode, também, melhorar as chances de uma pessoa sentir-se bem. Os tratamentos para a depressão incluem medicamento, psicoterapia ou combinação de ambos. Os medicamentos utilizados no tratamento da depressão são chamados de antidepressivos. Existem vários tipos de antidepressivos e cada qual funciona de forma diferente um do outro. É importante para os membros da família estarem cientes de que pode demorar algum tempo para se perceber que o medicamento está resolvendo – seja paciente e lembre que um tratamento eficaz pode trazer grandes benefícios.

Os medicamentos antidepressivos podem ajudar a normalizar os desequilíbrios químicos que estão, algumas vezes, associados à depressão. Como dito anteriormente, acredita-se que estas drogas funcionem regulando o nível de determinadas substâncias químicas (neurotransmissores), que liberam sinais no cérebro. Existem vários medicamentos antidepressivos. Os mais antigos incluem os antidepressivos tricíclicos e os inibidores da monoaminoxidade (IMAOs).

Durante os últimos anos, novos medicamentos foram introduzidos. Estes incluem os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e agentes mais modernos como os inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRN). Como são muito eficazes e bem tolerados, são comumente utilizados no tratamento da depressão. O médico poderá fornecer mais informações sobre medicamentos antidepressivos.



QUAIS SÃO OS EFEITOS ADVERSOS QUE PODEM OCORRER DURANTE O TRATAMENTO COM ANTIDEPRESSIVOS?

Os medicamentos antidepressivos IMAOs e tricíclicos podem causar sonolência, secura na boca, ganho de peso, visão turva, constipação e tonturas, assim como outros efeitos adversos. IMAOs também podem causar reação adversa grave como elevação da pressão arterial quando ingeridos com determinados alimentos. As pessoas que tomam IMAOs devem ser cuidadosamente acompanhadas pelo médico.

Em algumas pessoas, os antidepressivos mais modernos podem causar náusea, diarréia, tremores, insônia e outros efeitos adversos. Muitos destes efeitos desaparecem ou diminuem ao longo do tempo. De um modo geral, esses medicamentos são bem tolerados pela maioria das pessoas.

Quando os efeitos adversos ocorrem, é importante informar ao médico. Geralmente um simples ajuste na dose ou a administração com (ou sem) alimento pode eliminar o problema. Como membro da família, é importante apoiar o indivíduo deprimido que está apresentando efeitos adversos, encorajando-o a avisar ao médico.

Como mencionado anteriormente, a psicoterapia pode ajudar a reduzir os sintomas e tratar a depressão. Durante o aconselhamento, o terapeuta e o paciente podem discutir experiências, relacionamentos, situações, sentimentos e percepções que são importantes para o paciente. Isto pode ajudar a esclarecer o que está causando os problemas. Já que a depressão causa impacto também sobre os demais membros da família, algumas vezes é útil discutir esta opção com o médico.



QUANDO ESTOU DEPRIMIDO, COMO POSSO FALAR SOBRE MEUS PROBLEMAS?
O estigma associado aos sintomas de depressão impede que as pessoas procurem ajuda – mas, como demonstrado neste folheto, existem vários tratamentos eficazes. Por isso, é importante procurar um médico, psicólogo ou outro profissional da saúde com o qual se sinta à vontade. Você poderá necessitar discutir suas emoções, já que a depressão pode afetar todos os aspectos da vida sexual dos casais. Encontrar uma solução é importante! É a sua vida e a sua saúde! A educação e a conscientização ajudarão a lidar com a depressão.



COMO MEMBRO DA FAMÍLIA, COMO PODEREI AJUDAR?
Uma coisa importante que um membro da família pode fazer é fornecer apoio ao indivíduo deprimido. É natural esperar que os sintomas da depressão se resolvam imediatamente, mas é necessário reconhecer que o paciente irá progredir por conta própria. Tente não chamar a atenção do paciente deprimido para seus desapontamentos e evite pressionar o paciente a “encorajar-se”.

Lembre-se que o primeiro tratamento poderá não ser a melhor resposta para a depressão e que o processo de recuperação poderá levar algum tempo. Encoraje o paciente com depressão. Considere futuras consultas com o médico ou até mesmo ouça uma Segunda opinião se os sintomas não se modificarem ou piorarem. Algumas pessoas devem tentar mais de um tratamento com mais de um profissional antes de encontrar o profissional adequado e o tratamento ideal.

A falta de esperança é comum na depressão e pode fazer com que o indivíduo deprimido pense que não há benefício em procurar um médico ou em tomar um medicamento. Ajude a pessoa deprimida a seguir as orientações do médico.

Finalmente, tente ser sensível. Trate a pessoa deprimida normalmente, mas não esconda que algo está errado. Geralmente, ela prefere que seu quadro não seja negado.

Lembre-se: procurar ajuda é sinal de força – e é a primeira etapa para se sentir melhor. Reconheça que a melhora sintomática é uma etapa em direção a um objetivo maior – resolver os problemas relacionados ao episódio depressivo, melhorar relacionamentos e mudar os aspectos que conduziram ao quadro ou que são resultado da depressão. Este processo leva tempo, mas pode conduzir a uma vida saudável e feliz.



COMO A DEPRESSÃO AFETA O COMPORTAMENTO E OS RELACIONAMENTOS
Geralmente, a depressão está relacionada com uma mudança no comportamento. Os indivíduos deprimidos relatam que é mais difícil interagir com os demais. Estudos demonstraram que as pessoas deprimidas olham menos nos olhos, falam mais devagar e suavemente. Também falam com monotonia. Seu discurso pode ser dominado por pensamentos negativos, incluindo tristeza e falta de esperança.

A depressão também pode causar impacto nas relações familiares. Por exemplo, a doença geralmente é acompanhada por aumento das queixas conjugais. Esposos (as) com sues companheiros (as). De um modo geral, as interações entre pessoas deprimidas e seus cônjuges são caracterizadas por agressividade acima do normal.

Problemas conjugais parecem ter grande influência na evolução da depressão; no entanto, a boa nova é que o apoio conjugal pode proporcionar uma melhora mais rápida e duradoura dos sintomas depressivos. De maneira semelhante, o apoio e a participação dos membros da família podem fazer grande diferença na diminuição dos sintomas da depressão. O tratamento conjunto pode ajudar os membros da família a lidar com seus sentimentos e reforçar o relacionamento.

A depressão também pode afetar a interação entre pais e filhos. As pesquisas mostram que pais deprimidos interagem mais dificilmente com seus filhos e podem dedicar menos tempos para eles. O impacto da depressão pode Ter efeitos a longo prazo na psicologia e no bem-estar das crianças.



SAIBA RECONHECER COMO O HUMOR AFETA OS RELACIONAMENTOS
Os estudos mostram que o envolvimento e o apoio da família podem fazer diferença significante na evolução da doença. Quando apropriado, incentive toda a família a se envolver no processo de recuperação e, se possível, recorra ao apoio de amigos, caso os familiares não estejam disponíveis. Algumas famílias se beneficiam da participação em terapias de grupos familiares. O trabalho com a ajuda de um conselheiro pode também ajudar casais e famílias a estabelecerem uma estratégia de comunicação e maneiras mais adequadas de lidar com a depressão em casa. Um grupo de apoio para pessoas com depressão e suas famílias também pode fornecer informações e incentivo por parte de outros que tenham experiências semelhantes.



MOSTRANDO-SE SENSÍVEL AO RISCO DE SUÍCIDIO
As pessoas com depressão estão sob risco potencial de suicídio. Se um membro da família com depressão expressar pensamentos suicidas, chame seu psiquiatra imediatamente. Não entre em pânico nesta situação, não subestime ou espere a crise passar. Mantenha os canais de comunicação abertos, fazendo perguntas diretas e que expressem preocupação. Deixe a pessoa deprimida saber que a sua vida é muito importante e valiosa. Lembre-a de que estes pensamentos suicidas são sintomas de uma doença e que tratamentos eficazes estão disponíveis.

Quando não for possível evitar o pensamento suicida, remova armas, álcool e medicamentos desnecessários da casa. Tente não determinar culpados se o indivíduo tentar suicídio. Seus sentimentos são sintomas de uma doença. É uma boa idéia para todos os membros da família procurar ajuda em razão do trauma de se ter um membro da família com tendência suicida.



ESTABELECENDO ESTRATÉGIAS PARA TODA A FAMÍLIA


Quando uma pessoa querida está sofrendo de depressão, uma das melhores maneiras de lidar com a doença é preparar-se para ela. E isto significa entender a doença e seus efeitos, para ajudar a entender o que está acontecendo e desenvolver estratégias. A seguinte lista de “faça” e “não faça” oferece um ponto de partida. Lembre-se, nem toda sugestão pode ser adaptada para se enquadrar em necessidades singulares. Pode ser útil discutir estas sugestões com um profissional da área de saúde – médico da família, terapeuta – pois este pode oferecer sugestões mais específicas ou mostrar maneiras de começar usando idéias a partir de um comportamento familiar específico.



FAÇA
· Esteja atento aos hábitos do sono. Sono aumentado ou diminuído pode ser um sintoma de depressão; etapas simples podem promover bons hábitos de sono.

- Estabeleça um horário para ir para a cama e para se levantar pela manhã.

- Reduza ou elimine a ingestão de cafeína (café, refrigerantes a base de cola ou chá)

- Durma em ambiente arejado

- Evite exercícios cansativos antes de ir para a cama

- Use a cama apenas para dormir ou para suas atividades sexuais (nunca assistir à tv, ler ou trabalhar)

● Tente escolher um estilo de vida saudável, sempre que possível (isto ajuda o indivíduo com depressão e os membros da família a lidarem com a doença)

- Evite a ingestão de álcool

- Pratique exercícios regularmente (lembre-se de consultar um médico antes de iniciar qualquer programa de exercícios

- Fique atento à ingestão de alimentos. Muitas pessoas com depressão apresentam apetite diminuído nestes casos, nutrição adequada é fundamental. Outras pessoas apresentarão atração por chocolates ou doces em geral, mas isto só ajudará a aumentar o sentimento de culpa



● Saiba que a pessoa está doente e que o tratamento é uma prioridade



● Reconheça que os sintomas da depressão podem alterar o comportamento do indivíduo – e, devido ao fato de ser depressão uma doença, o indivíduo pode não ter controle sobre o seu comportamento quando o diagnóstico tiver sido feito. Sabemos que uma pessoa com a perna quebrada ainda sentirá dor e dificuldade para caminhar após as radiografias terem mostrado a causa; por isso, devemos nos lembrar que, mesmo feito o diagnóstico, a pessoa ainda poderá sentir-se mal.



● Fique atento, pois o deprimido tem uma visão negativa de tudo. A tendência de ver tudo de maneira ruim ou pessimista pode fazer parte do quadro depressivo. Os membros da família devem entender e tentar encontrar meios de lidar com a decepção que ocorrerá, pelo menos, uma vez.



● Reconheça que os membros da família podem necessitar ajustar-se às responsabilidades. Como a depressão reduz a capacidade de o indivíduo trabalhar em casa, os membros da família podem Ter dificuldade para se ajustar a isso. Às vezes, pode ser útil relaxar um pouco as tarefas domésticas ou mesmo preparar comidas mais simples. O (A) companheiro (a) ou os filhos podem ajudar a realizar algumas tarefas em casa.



● Reconheça que os familiares também estarão passando por um período estressante. Os membros da família não devem se surpreender quando se sentirem mais cansados ou impacientes, já que a depressão na família é acompanhada de um aumento no nível de stress. O mais importante é manter sua rotina normalmente e dedicar tempo para si próprios.



● Discuta o progresso e os efeitos do tratamento abertamente com o médico.



E AS CRIANÇAS?
As crianças são muito sensíveis ás maneiras pela quais os pais se relacionam entre si e geralmente percebem quando alguma coisa está errada. Além disso, a maioria das crianças tem imaginação ativa e imagina que a situação é pior do que realmente o é, ou pensa que a depressão é sua culpa. A pessoa deprimida deve considerar o fato de conversar diretamente com a criança sobre a doença, ou deixar isto por conta de um amigo ou familiar querido, se julgar mais adequado. A idade e maturidade da criança decedirão o quanto contar.



NÃO FAÇA
- NÃO exclua a pessoa deprimida dos problemas ou discussões familiares

- NÃO tente fazer tudo para a pessoa com depressão, mesmo que isto pareça ser a melhor forma de ajudar. O indivíduo com depressão pode se sentir incapaz de realizar as tarefas e aceitar algumas responsabilidades poderá aumentar a sua auto-estima. Evite dizer: “Não faça isto, deixe que eu faça”, especialmente quando o indivíduo deprimido já iniciou a tarefa. Tente, pelo menos, dar-lhe a chance de terminar a tarefa

- NÃO critique ou repreenda o indivíduo pelo seu comportamento deprimido

- NÃO espere que a pessoa simplesmente “saia da situação”

- NÃO tenha medo de fazer perguntas. Muitas pessoas deprimidas precisam aprender a procurar e a aceitar ajuda externa pela primeira vez em suas vidas. Um médico, hospital, grupos de apoio, são recursos adequados para ajuda aos pacientes deprimidos

- NÃO tome decisões importantes em sua vidas (casamento, divórcio, mudança de emprego ou de residência) durante uma crise depressiva; se for possível, evite-as.



MÉTODOS CONSTRUTIVOS PARA ENFRENTAR A DEPRESSÃO
- Aumente o tempo dedicado à pessoa querida realizando atividades agradáveis. Tente fazer uma lista de pequenas ações que poderão ser realizadas durante o dia para demonstrar sentimentos positivos de carinho. Por exemplo, diga “obrigado” quando uma atividade for concluída ou “isto realmente está muito bom” quando algo estiver bem feito.

- Faça um esforço para ouvir. Resuma o que a outra pessoa disse para certificar-se de que entendeu e faça perguntas claramente. Um médico ou terapeuta poderá ajudar as famílias a praticar e aperfeiçoar estas tarefas.

- Faça um esforço para tentar resolver os problemas em conjunto. Lembre-se que soluções vitoriosas em conjunto são melhores do que aquelas nas quais um membro da família “deixa escapar” algo que ele ou ela deseja. As etapas para resolver os problemas podem incluir sua definição, a exposição das soluções e a avaliação de sua adequação às necessidades.

- Tenha o hábito de expressar carinho e preocupação pelos membros da família; sinta-se à vontade para elogiar e observar o que os entes queridos têm de “bom”.



BUSCANDO AJUDA E APOIO
Lidar com a depressão na família pode ser um grande desafio...mas pode também representar uma oportunidade de aproximação para aqueles que se amam e maior entendimento de suas vitórias e fraquezas. Quando um casal ou família trabalham em conjunto para eliminar momentos difíceis, todos se beneficiam. No caminho para a recuperação, o apoio e a ajuda de outras pessoas (que não familiares) podem ser de grande valor.

Dr. Jeffrey E. Kelsey
Revisado por:

Ian H. Gotlib, Ph.D.
Professor do Departamento de Psicologia da Universidade de Stanford
Stanford, Califórnia

Jeffrey E. Kelsey, M.D., Ph.D.
Professor do Departamento de Psiquiatria e Ciência do Comportamento
Escola de Medicina da Universidade de Emory
Atlanta, Geórgia

Susan Panico
Diretora-Executiva, Associação Nacional de Depressão e Psicose Maníaco-Depressiva
Chicago, Ilinois

fonte:http://www.farmaceuticovirtual.com.br/html/depressao.htm