Enquanto flor que esparge o perfume da Misericórdia Divina, a afinidade se manifesta na pauta dos relacionamentos inter-humanos, nos graus de filiação, amores, afeições, amizades, como também de cobranças e desamores, envergando a indumentária psicológica e moral em que estagia o ser evolutivo, expressando o tom, o compasso e as notas da canção existencial, que constitui a riqueza espiritual de cada um, e ou também dissonâncias e até desarranjos sonoros conflitantes, identificando a deselegância educacional de que se faz portador todo aquele que dormita na ignorância de si, nos labirintos do personalismo doentio, expresso na desarmonia que o orgulho, o egoísmo, a dependência e a carência incrustam em nosso modo de ser, pensar e sentir.
Assim a família não é só a célula mãe da sociedade humana, mas principalmente porta da imortalidade, abrindo caminhos evolutivos para a mudança da sombra para a luz.
Os laços de família muito bem configurados e explícitos em o Evangelho segundo o Espiritismo, enquanto consangüíneos e transitórios na pauta das necessidades existenciais, das obrigações, das responsabilidades e compromissos, revelam o quadro de materialidade contundente e imediatista, á situar o ser na faixa de inconsciência de si e dos que lhes estão em torno, da vida e da imortalidade.
No outro degrau da subida o designer da vida digitaliza as expressões espirituais em cores e traços mais fortes e sólidos e densamente significativos em suas características de identidades e similaridades, revelando a beleza moral dos reencontros, a firmeza dos ideais de crescimento e solidariedade formatando as relações, visões iguais de vida e destino á se manifestarem na alegria da convivência.
É claro, que os laços físicos e imediatistas formam a maioria das relações humanas, quais árvores infrutíferas em extensa florestas, apenas atendendo aos impulsos primários do ecossistema existencial.
Uma família erguida nos laços de espiritualidade afim, que o tempo de convivência engendrou, é conquista á ser realizada na senda do esforço individual e coletivo, no trabalho de auto aprimoramento que a evolução exige.
Como no ensina Joanna de Ângelis em o livro “Família, Desafios e Soluções”:
“O destino da criatura é a liberdade, para onde caminha de olhos postos no futuro.”
“Ser livre é não depender, optando pelo que constitui a emulação pela vitória.”
Isso, só o autoconhecimento nos permitirá ao longo da caminha de aprimoramento.
E se conseguirmos compartilhar adversidades ainda necessárias, sem desgastes que originem provas e expiações, e conquistas nascidas do esforço e determinação, com certeza, estreitaremos laços espirituais com aqueles que se nos identificam os passos e pendores, necessidades e talentos; e ai a afinidade será o manto de luz e alegrias á cobrir-nos o caminho nas andanças evolutivas.
E pelas próprias emanações espirituais e ideologias éticas, artísticas e morais seremos naturalmente atraídos por amores, amigos e afetos nas escolas de luz que a vida oferece, sob os firmamentos infinitos do universo misericordioso do Criador Amorável.
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