NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



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Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Do fim da politica à agonia das religiões

Sendo a política uma ciência que tem por objecto a organização e administração do Estado, e o homem o objectivo, segundo Aristóteles, de atingir a felicidade, isto significa para o referido filósofo que só em sociedade o homem poderá ser feliz. Na medida em que é um animal político, e é precisamente isso que o distingue dos outros animais, o homem cria leis de forma a que direitos e deveres se equilibrem, isto é, constrói um sistema de trocas. Por isso concluí que o homem que não quer viver em sociedade ou é um deus ou uma besta.

 Esta posição é algo interessante, pois os extremos tocam-se na diferença abissal que os separa. É que se há seres que estão tão acima do comum dos mortais que já superaram a necessidade de viver em sociedade, outros há que estão tão abaixo que ainda não conseguiram ver nela o seu caminho para a construção de si próprios, enquanto indivíduos. Digamos que a estrutura política da sociedade coloca-nos num plano intermédio entre o superior e o inferior, não confundível com a noção de Platão, o seu mestre, de Alto e Baixo. O Alto é o mundo ideal arquetípico, o Baixo é o mundo terreno como sua representação. Em Aristóteles não temos esta estrutura, até porque, para ele, dizer que o mundo real é o mundo das ideias e que este é uma sombra mais não é que “fazer metáforas poéticas.” (Metafísica)

 A política revela a nossa capacidade organizativa, confere-nos um estatuto de superioridade de tal forma que eu só sou indivíduo na medida em que tenho consciência de outros indivíduos que são, tal como eu, outros eu para si mesmos. Na falta desta estrutura, caímos numa desorganização onde os instintos tomam o rumo da vida, reduzindo o homem ao estado de mero animal irracional, isto é, anula-se enquanto indivíduo, uma vez que a felicidade deixa de ser o objectivo principal cedendo lugar à lei da força.

 Com mais ou menos nuances, a política tornou-se progressivamente mais elaborada, acompanhando as novas necessidades organizativas, mercê da maior complexidade social. Ela ditou desde sempre as regras da vida em comunidade dentro dos Estados, política interna, e entre os Estados, política externa. Definiu interesses, estabeleceu regras, ergueu preceitos e valores, continuando, em minha opinião, a objectivar a felicidade como fim supremo. E parece-me que não há outro, ser feliz é o fito máximo do indivíduo, o móbil de todas as acções.

 A partir da Segunda Guerra Mundial, entramos num processo de decadência, cuja agudização se situa no último quartel do séc. XX, com as novas noções de cidadania, não já o indivíduo da polis, um Estado um país, mas com o surto dos ideais de globalização cujo poder vigente é o económico, a bandeira o dinheiro e o hino as moedas mais fortes. Ser cidadão foi progressivamente tornando-se sinónimo de habitante de qualquer parte do planeta, ainda que ele nada tenha a ver com o espaço geográfico em que se encontre.

 Daí o desenvolvimento de uma disciplina que até então não o era, pelo menos com o cinismo com que é estudada hoje, a Sociologia. Ser cidadão tornou-se ser capaz de se adaptar às condições sociais mais adversas, e não o ser que está empenhado em conquistar a felicidade, sua e dos seus compatriotas. A pátria deu lugar a uma geografia amorfa e insípida, a polis morreu e com ela o eu, não deus nem besta, mas tão simplesmente o indivíduo que quer evoluir numa sociedade em que se sente com-responsável entre semelhantes. O novo cidadão socializado é aquele que aceita e consegue conviver com a diferença, nem que ela vá ao arrepio dos seus interesses e convicções. A diferença e o diferente deixaram de ser o outro eu, o outro indivíduo diferente de mim mas tal como eu e comigo empenhados na construção de uma sociedade melhor; passaram a ser aqueles que vêm de um lado qualquer e que impõem os seus critérios numa sociedade que lhes é estranha, tentando com isso sobreviver.

 Com tudo isto, morreu a organização política como o garante de justiça, equidade entre os cidadãos, educação e saúde ao serviço de todos e, principalmente, como a estrutura responsável pela feitura de leis. Quem dita as regras é o poder económico, ao qual está completamente submisso o que resta da política muribunda. Os indivíduos já não são os pensadores, os que discutem política, mas os cidadãos adormecidos, que não precisam de pensar pois têm quem pense por eles, uma vez que o poder económico construíu pensadores de carreira, uma casta pseudo-política rendida ao poder económico.

 A Política, subsidiada pela História, Direito, Antropologia e, pela mais recente, Sociologia, desenvolve critérios de justiça e uma maior equidade entre as classes sociais. É nela que se debatem interesses, cuja satisfação deverá culminar em progresso das sociedades, maior produtividade, melhor gestão dos recursos naturais, melhor Educação, com consequente repercussão nos meios técnicos e tecnológicos. Ora, ao esmagarem a organização política, os interesses económicos põem em causa a soberania dos Estados, pois sai sempre vencedor o mais forte economicamente, implementando a deshumanização.

 Entre tudo o que se perde, temos o fenómeno religioso que, perante fiéis na confusão do emaranhado de interesses que são artificialmente criados e impostos, não sabem para que lado se virar. Vendo-se confrontados com novas realidades que lhes põem à prova e em causa a fé em que sempre se apoiaram, dão consigo perdidos numa amálgama de crenças que não sabem gerir.

 Assim, e por via das dúvidas, há quem vá à missa de manhã, à reunião das Testemunhas de Geová depois do almoço, à meditação budista antes do jantar, terminando o dia com meditação transcendental. Isto para se sentir muito Zen, muito In ( a forças positivas até são Yang), muito positivo, com muita energia.

 No entanto, considerando que a actividade religiosa é composta por três grupos de fiéis distintos:

 Primeiro, a hierarquia dirigente, grupo minoritário, que dita as regras e estabelece aquilo em que e como devem os fiéis acreditar. É um grupo de poderosa influência política, cuja presença visivelmente se constacta, pois não raro assume o poder ou, quando na sombra, prepara leigos que o represente. São estes o alvo principal das críticas de Jesus, os que devoram as casas das viúvas, vestem-se de longas vestes, fazem longas preces e procuram ser respeitados pelas populações através de todo um aparato vistoso.

 Segundo, o grupo maioritário dos seguidores, aqueles que vêem na religião o caminho salvífico, os que seguem a doutrina e procuram o alívio dos males. Estar bem com Deus e com os homens são os seus grandes objectivos. Seguem os preceitos ritualísticos com rigor e oferecem grandes dádivas; são os que alimentam e mantêm economicamente as religiões, enriquecendo-as com os tesouros das oferendas tentando com isso angariar um lugar no céu. No tempo de Jesus constituem as multidões compostas por seguidores e simpatizantes, pois eram os principais ouvintes da sua pregação, como por exemplo, o episódio da multiplicação dos pães e dos peixes, do Sermão da Montanha, (em Lucas é na planície), entre outros.

 Por último, temos o grupo restrito dos que se impõem à religião, mas mantêm-se dentro dela. Não procuram que lhes traga a salvação, nem um bem estar terreno. Trata-se de um grupo pio, que busca a santidade, que trabalha pelo bem e para o bem, procurando atingir um mundo de beatitude junto de Deus, único fundamento da sua existência. Não raro se confundem com os profetas, porém ser profeta não significa ser pio, mas ser pio implica ser um profeta num sentido amplo, isto é, pregar a Deus, o Bem, e todas as demais virtudes constitui uma mesma coisa. Os Evangelhos falam-nos de João Baptista, referem Elias e Isaías, e é posta na boca de Jesus a referência, aquando dos Mandamentos, de que o primeiro e o segundo encerram toda a Lei e os profetas. Contudo, João Baptista desempenha na tradição exegética um papel não só de profeta mas também de santo. Por isso se diz que veio preparar o caminho para Jesus, de quem foi mestre.

 Constatamos, desta forma, que nos tempos que correm esta situação está em profundas convulsões. Continuando a fazer referência à Segunda Guerra Mundial, ao ser dividido o mundo em dois blocos distintos, a Guerra Fria dá origem ao tipo de debate político gradativamente empobrecedor e de que somos hoje herdeiros. A manifestação religiosa passa à clandestinidade, de um lado, e a uma falsa liberdade, por outro. É quando se começa a confundir a livre manifestação da fé com o pôr em causa todo um projecto beatífico, no amor incondicional a Deus, como fundamento último de todo o crente.

 Entrados no séc.XXI, virificamos a perigosa substituição do insubstituível, a saber, já não sendo mais a política que dita as regras, calou-se o debate e conferiu-se às manifestações de desagrado uma temeridade como se de um bando de saltimbancos se tratasse. Com o desmoronar da política é promovida a aridez ideológica, levianamente submissa aos interesses económicos, e a Humanidade ruma, assim, ao descalabro. Vão longe os debates de ideias, vão longe os valores que as religiões a custo erigiram e, nesta amálgama onde tudo se inverte, estamos a constactar que o Homem é um ser cada vez mais insatisfeito, logo mais infeliz porque despolitizado, perdido na sua fé e cada vez mais distante de Deus porque lhe faltam os princípios beatíficos que a Ele conduzem.

 Margarida Azevedo

Bibliografia aconselhada

 ARISTÓTELES, Metafísica

 _____________, Política

 Novo Testamento: Mt 5:1; 9:8; 10;15:1; 20:29; 22:41; 23:1; 24;1

 (entre outras cit.) Mc 2:2; 2:13; 4:1; 4:36; 5:31; 6:1; 6:33; 6:45; 7:14,17; 8:1; 8:27; 9:2,14; 15:40;

 Lc 8:3; 9:1-11; 10:1-6

 Jo 12:1-8

 KARDEC, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução; cap. I; XXI.

 ________, O Livro dos Espíritos, Livro Terceiro, cap.I;VII; VIII; X. Livro Quarto, cap. I, Penas e Gozos Terrenos, I Felicidade e Infelicidade Relativas.

fonte:  http://www.forumespirita.net/fe/artigos-espiritas/do-fim-da-politica-a-agonia-das-religioes-i-46088/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.USt-Fldy-jg

Ser e Ter

 


“Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta.
Não valeis vós muito mais do que elas?” Mateus CapVI v26.
A maioria dos encarnados da terra pensam somente em ter.
Comprazem se com títulos honrosos, com cátedras diferenciadas, em acumular valores monetários, sentem se felizes e realizados quando fazem um bom negócio na certeza de que desserviu seu próximo e sentem se realizados com as barbáries cometidas ao longo de vossa vida.
Em fim, o objetivo da vida deles é de ter, mas jamais pensam em ser.
Ser passivo, honrar com seus deveres, respeitar seu próximo, ter dignidade e ser verdadeiramente compassivo.
No entanto, todos se esquecem de que nenhum bem lhes acompanhará quando despirem do corpo carnal e que o espírito levará contigo o que ele é, mas não o que ele tem.
São inumeráveis os espíritos que após a morte do físico sentem se presos nos bens materiais tornando se verdadeiros obsessores de seus familiares e de todos que os circunda.
Por esse motivo disse também Jesus.
“Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração” Mateus CapVI v21.
O criador concede ao homem os bens materiais, no entanto os fortes devem auxiliar os fracos, e os sábios esclarecer os baldios.
A vos que estás na condição de espírito encarnado, ajunte para vós os tesouros do céu porque estes levarás consigo em toda sua trajetória rumo a verdadeira felicidade.
fonte:  http://blog.forumespirita.net/2012/10/18/ser-e-ter/

Desequilíbrio Vibratório

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O perispírito é um corpo intermediário que permite ao espírito encarnado exercer suas ações sobre o corpo físico. Sua ligação é feita célula a célula atingindo a mais profunda intimidade dos átomos que constitui a matéria orgânica do corpo físico. Esta ligação se processa as custas das vibrações que cada um dos dois corpos, o físico e o espiritual possuem (5) . Compreende-se então que este “ajuste” exige uma determinada sintonia vibratória. O perispírito não é prisioneiro das dimensões físicas do corpo de carne e pode manifestar suas ações alem dos limites do corpo físico pela projeção dos seus fluidos. A sintonia e a irradiação do perispírito são dependentes unicamente das projeções mentais que o espírito elabora. Assim, a aparência e a relação entre o corpo físico e o corpo espiritual são dependentes exclusivamente do fluxo de idéias que construímos.

Devemos reconhecer que, de maneira geral, o ser humano ainda perde muito dos seus dias comprometido com a crítica aos semelhantes, o ódio, a maledicência, as exigências descabidas, a ociosidade, a cólera e o azedume entre tantas outras reclamações levianas contra a vida e contra todos. O orai e vigiai ainda está distante da nossa rotina e a tentação de enumerar os defeitos do próximo ainda é muito grande.
São estes os motivos que desajustam a sintonia entre o corpo físico e o perispírito. É esta desarmonia que desencadeia as costumeiras sensações de mal estar, de “estafa” desproporcional, a fadiga sistemática, a dispnéia suspirosa onde o ar parece sempre faltar, os músculos que doem e parecem não agüentar o corpo (6) . A enxaqueca que o médico não consegue eliminar, a digestão que nunca se acomoda e tantas outras manifestações tidas a conta de “doenças psicossomáticas”. São tantos a procurarem os médicos, mas muito poucos a se dedicarem a uma reflexão sobre os prejuízos de suas mesquinhas atitudes.
fonte: http://blog.forumespirita.net/2013/02/23/desequilibrio-vibratorio/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+blogforumespirita+%28Blog+F%C3%B3rum+Esp%C3%ADrita%29

ONDE ESTÁ VOCÊ?



 
Onde está você com seus pensamentos nesse momento?
    Será que está presente na conversa com os amigos, ou está longe, viajando por lugares distantes?
    Onde está sua felicidade agora?
    Será que está junto de você, ou está longe, em objetos distantes, em pessoas que se foram, em bens materiais que você ainda não tem?
    Onde está seu sorriso agora?
    Está em seu rosto, estampando a sua alegria e confiança na vida?
    Ou será que foi levado por alguém que não está mais aqui?
    Será que seu sorriso ainda depende dos outros?
    Onde está a sua vontade de viver, agora?
    Está aí mesmo dentro de você chamando-o, a cada minuto, para as oportunidades, para viver os dias, ou está nas mãos de outras pessoas, e você está perdido sem saber para onde ir?
    Quem é o dono da sua vida, da sua vontade e da sua motivação?
    O que você precisa para ser feliz agora?
    Um emprego? Será que você não consegue procurar um pouco mais? Quem sabe mudar os rumos? Ou procurar em lugares onde você nunca havia procurado antes?
    Não coloque para si mesmo obstáculos demais!
    Será que a felicidade está apenas na conquista de um emprego?
    Talvez você precise de um amor.
    Então cultive novas amizades! Lembre-se de que a amizade é a fonte do amor verdadeiro!
    Procure se aproximar mais das pessoas, quem sabe!
    Antes de querer ser amado, ame!
    Onde está seu Deus agora?
    Será que você já o descobriu dentro de você?
    Será que você já o descobriu nas leis maravilhosas que regem o universo? Na proteção que recebemos, nas chances, nos encontros, nas bênçãos da vida?
    Será que você já o descobriu nas estrelas, nos mares, nos ventos, no perfume das flores?
    Onde está você agora?
    No curso mais seguro da vida, tendo sua embarcação sob controle? Ou está à deriva? Distraído pelas ilusões que encrespam o oceano todos os dias?
    Onde está você agora?
    Buscando um sentido maior para tudo, buscando o crescimento espiritual, ou está preocupado com coisas tão pequenas, incomodado com problemas tão simples?
    É tempo de saber onde realmente estamos.
    É tempo de repensar muitas coisas, de dar um novo sentido a tudo, de redescobrir as coisas mais simples e possíveis, e recriar a vida,colocando-a em seu curso seguro.
    Como nos ensinou o Mestre de Nazaré, onde estiver seu coração, aí estará também o seu tesouro.
    Pense nisso!
    Por vezes nossos olhares se perdem no espaço à procura de algo que se encontra bem perto de nós.
    Outras vezes permitimos que nosso sorriso siga atrelado ao passo de alguém que se afasta de nós...
    Nossa alegria, tantas vezes, perde a força por causa de algo insignificante.
    Às vezes permitirmos que a nossa vontade de viver se enfraqueça, vencida pelas ilusões e fantasias...
    No entanto, para que não deixemos de viver o momento, intensamente, é preciso prestar atenção nas horas, no agora, no hoje, para que não deixemos escapar as mais excelentes oportunidades de construir nossa felicidade duradoura.
    Pensemos nisso!


(Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir de texto de autoria desconhecida)
fonte: www.adde.com.br
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Efeitos do pensamento segundo o Espiritismo

Podemos observar como ao longo do século XX, não apenas surgiram importantes elementos para comprovar a realidade da ação do pensamento em nossas vidas, como experimentos em reconhecidos centros de pesquisa do mundo através da sujeição de pessoas a testes rigorosos ou instrumental revolucionários, comprovaram essa verdade. Sem os recursos sofisticados citados, todavia, na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, Allan Kardec apurou dados não apenas surpreendentes como merecedores de reflexão, notadamente no que se refere aos efeitos do pensamento. Concluiu o pesquisador que as irradiações ou emanações resultantes do pensamento não apenas circulam por um campo fluídico imponderável e invisível - atmosfera fluídica da Terra -, como também estão impregnados e revestidos por uma variação fluídica peculiar a cada individualidade. 

Assim como nossa impressão digital, dado que, apesar dos bilhões de seres compreendidos pela Humanidade, não se repete, independentemente da raça, etnia, povo. Chama tal fluido perispiritico, tão imponderável como a luz, a eletricidade ou o calor, sendo percebido apenas pelos efeitos que revela. Embora ainda hoje somente visível por pessoas dotadas de percepções mediúnicas mais pronunciadas, no estado de emissão, o pensamento se apresenta sob a forma de feixes luminosos, muito semelhantes à luz elétrica difundida no vácuo.


A propósito, o pesquisador Ernesto Bozzano, em seu livro PENSAMENTO E VONTADE (feb), transcreve interessante depoimento de dois celebres médiuns videntes – Annie Besant e Charles Leadbeater -, em que dizem que “um pensamento implicando uma aspiração pessoal de quem o formulou, volteia, ao derredor do seu criador, pronto sempre a reagir benéfica ou maleficamente, cada vez que o sinta em condições passivas”. Afirmam que “alguns assumem forma, representando graficamente os sentimentos que os originaram. A usura, a ambição, a avidez, produzem formas retorcidas, como que dispostas a apreender o cobiçado objeto. O pensamento preocupado com a resolução de um problema, produz filamentos espirais. Os sentimentos endereçados a outrem, sejam de ódio ou de afeição, originam “formas-pensamento” semelhantes aos projéteis. A cólera, por exemplo, assemelha-se ao ziguezague do raio, o medo provoca jatos de substância pardacenta, quais salpicos de lama”.


Kardec revela ainda que o fluído característico de cada pensamento, naturalmente, denota matizes diversos, conforme os indivíduos que o emitem; ora vermelho fraco, ora azulado ou acinzentado, qual ligeira bruma. Geralmente, espalha sobre os corpos circunjacentes uma coloração amarelada, mais ou menos forte. Considera que a qualidade desse efeito está relacionada com o motivo e o estado evolutivo do emissor. Afirma não existirem obstáculos para esse fluído que penetra e atravessa todos, existindo apenas uma força capaz de ampliar ou restringir sua ação: a vontade. Por sinal, seu mais poderoso princípio. Pela vontade, dirigem-se lhe os eflúvios através do espaço, saturam-se dele alguns objetos, ou faz-se que ele se retire dos lugares onde superabunda. Aprofundando suas análises, Kardec diz que nós mesmos, na essência, como Espíritos, somos a individualização do fluido do qual tudo que há na Criação deriva: o Fluido Cósmico Universal.


Assim, cada Ser adquire propriedades características, que distinguem uns dos outros. Nem mesmo a morte apaga esses caracteres de individualização. Cada um de nós tem, pois, fluido próprio, que nos envolve e acompanha como a atmosfera acompanha cada Planeta, sendo muito variável a extensão da irradiação dessas atmosferas individuais. Em repouso, essa irradiação fica circunscrita. Atuando a vontade, pode alcançar distâncias infinitas. A vontade como que dilata o fluido, como o calor os gases.


As diferentes atmosferas individuais se entrecruzam e misturam, sem jamais se confundirem, exatamente como as ondas sonoras se conservam distintas, a despeito da imensidade de sons que simultaneamente abalam o ar. Cada indivíduo é centro de uma onda fluídica, cuja extensão se acha em relação com a força da vontade, do mesmo modo que cada ponto vibrante é centro de uma onda sonora. Das qualidades peculiares a cada fluido, resulta a atração ou repulsão entre eles, as simpatias ou antipatias sem causas determinantes.


Na área de abrangência da atmosfera de um indivíduo, a impressão agradável ou não que sentimos. Entre pessoas cujos sentimentos não partilhamos, os fluidos característicos nos provocam sensação desagradável. Havendo comunhão de objetivos e intenções, experimentamos a harmonia. Acentua que “ninguém pode imaginar a quantas influências estamos assim submetidos à nossa revelia”. Acrescenta Kardec que “em nos movimentando, cada um de nós leva consigo sua atmosfera fluídica como o caracol leva sua concha, sendo que esse fluido deixa vestígios de sua passagem”.


Tratando das influências recíprocas, lembra que, em todas as coisas, duas forças iguais se neutralizam e a fraqueza cede à força. Não sendo todos dotados da mesma energia fluídica, entende-se por que nuns, esse fluido é quase irresistível, enquanto em outros é nulo, sendo algumas pessoas muito sensíveis à sua ação, enquanto outras, refratárias. Nada a ver com força ou fraqueza física, corporal. Comentando sobre a ação que o homem exerce sobre as coisas, assim como sobre as pessoas que o cercam, Kardec observa que, a experiência demonstra que se pode atuar sobre o espírito dos homens, à revelia deles.


Um pensamento elevado, fortemente vibrado, pode conforme sua força, influenciar de perto ou de longe pessoas que nenhuma ideia fazem da maneira por que ela lhes chega, do mesmo modo que muitas vezes aquele que o emite não faz ideia do efeito produzido pela sua emissão. É esse um jogo constante das inteligências humanas e da ação reciproca de umas sobre as outras. Acresça-se a isso a das inteligências dos desencarnados e imaginai o poder incalculável dessa força composta de tantas forças reunidas.


Se se pudesse suspeitar do imenso mecanismo que o pensamento aciona e os efeitos que ele produz de um indivíduo para outro, de um grupo de seres a outro grupo, e, afinal, da ação universal dos pensamentos das criaturas umas sobre as outras, o homem ficaria assombrado. Sentir-se ia aniquilado diante dessa infinidade de pormenores, diante dessas inúmeras redes ligadas entre si por uma potente vontade e atuando harmonicamente para alcançar um único objetivo: o progresso universal. Entendendo a transmissão do pensamento, apreciará em todo seu valor a lei da solidariedade, ponderando que não há um pensamento, seja virtuoso ou de outro gênero, que não tenha ação real sobre o conjunto de pensamentos humanos e sobre cada um deles.


Se o egoísmo o levava a desconhecer as consequências para outrem, de um pensamento perverso, pessoalmente seu, por esse mesmo egoísmo ele se verá induzido a ter bons pensamentos, para elevar o nível moral da generalidade das criaturas, atentando nas consequências que sobre si mesmo produziria um mau pensamento de outrem.


Concluindo suas apreciações sobre o pensamento, Kardec indaga: que serão senão consequência da transmissão do pensamento, esses choques misteriosos que nos advertem da alegria ou do sofrimento de um ente caro? Não é a um fenômeno do mesmo gênero que devemos os sentimentos de simpatia ou de repulsão que nos arrastam para certos Espíritos e nos afastam de outros?
Luiz Armando


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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A Última Pergunta


 
Os livros da Codificação Espírita constituem fonte permanente para estudos e reflexões. Sempre encontramos em suas páginas fecundas oportunidades de análise para qualquer tema do cotidiano da vida humana. Isto sem falar nas questões transcedentais…

        Assuntos admiráveis ou polêmicos encontram no pensamento do Codificador ou na revelação dos Espíritos, roteiros e argumentações, orientações e material para manter concentrado qualquer pesquisador que venha procurar na Doutrina Espírita respostas às suas indagações. Trata-se de vasto campo cultural alicerçado na mais alta moral que o planeta pode conhecer: a moral de Jesus. Incrível como qualquer assunto possa ser analisado sob a ótica espírita.

        Trazemos essas considerações pensando em convidar o leitor a pensar conosco sobre a última questão de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, a de número 1.018. É que o tema dessa questão está diretamente relacionada com uma preocupação coletiva.

        Vive-se no planeta um período de grandes dificuldades, agravadas por inúmeros problemas sociais, todos conhecidos graças ao poder da mídia. Problemas que têm gerado grandes aflições coletivas. Aí estão presentes no dia-a-dia do cidadão do planeta a violência, a miséria, o desemprego e pior, a indiferença, o desamor.

        Ao lado de um tanto de criaturas que lutam pelo bem, que se esforçam pelo aprimoramento individual e coletivo, boa parcela da população se perde ainda nos excessos, na incompreensão, na intolerância, fechando-se no egoísmo que tantos males tem gerado.

        E vem a última pergunta do livro referido:
 "1.018 - Jamais o reino do bem poderá ter lugar sobre a Terra ?

- O bem reinará sobre a Terra quando, entre os Espíritos que vêm habitá-la, os bons vencerem sobre os maus. Então, farão nela reinar o amor e a justiça que são a fonte do bem e da felicidade. É pelo progresso moral e pela prática das leis de Deus que o homem atrairá sobre a Terra os bons Espíritos e dela afastará os maus. Mas os maus não a deixarão senão quando dela forem banidos o orgulho e o egoísmo. A transformação da Humanidade foi predita e atingis esse momento, que apressam todos os homens que ajudam o progresso. Ela se cumprirá pela encarnação de Espíritos melhores, que constituirão sobre a Terra uma nova geração (...)
".

        Notem os leitores que a transformação virá pela atração de Espíritos melhores, através da transformação moral dos próprios homens e da prática das leis de Deus.

        O amadurecimento humano, pelo progresso inevitável, fará isso, cedo ou tarde. Porém, nada nos impede de antecipar o notável acontecimento, através de esforços individuais e coletivos que melhorem o padrão moral do planeta.

        Felizmente, há muita gente boa trabalhando para isso, em todo o mundo. Iniciativas brilhantes nas áreas de pesquisas científicas (para as conquistas tecnológicas que beneficiem o homem em todos os sentidos), ou esforços de solidariedade que despertem o coração humano para a importância da afabilidade, estão levando o homem para o caminho da tão sonhada paz e felicidade.

        Vou citar um exemplo muito simples, pequenino mesmo, mas muito ilustrativo. Em nossa pequena cidade, há um cidadão espírita, atualmente cego, que solicita para seu funcionário escrever diariamente uma frase motivadora ou de teor cristão, em pequena lousa localizada em seu estabelecimento comercial. Trata-se um hábito muito antigo, já conhecido da cidade. Pois, com a prática já transformada em hábito, hoje em dia é comum pessoas pararem para ler a frase e outras copiarem a dita frase para reflexão posterior. Até uma professora solicita a uma de suas alunas passar por lá diariamente para copiar a frase...

        O comerciante teve uma idéia simples, mas gerou simpatia e ajuda às criaturas que por ali passam e já buscam até com certa ansiedade a frase do dia, inclusive para anotações. A iniciativa criou um clima melhor naquele ambiente, atraindo forças positivas e irradiando amor para muitos.

        O exemplo simples pode ser usado para dimensões mais abrangentes que gerem modificações positivas em ambientes perturbados ou perturbadores.

        Desejamos atingir o fato, destacando para o leitor, de que a a implantação do reino do bem e por extensão natural da paz e da felicidade tão procurada, está principalmente nas iniciativas que tenhamos para criar oportunidades do bem aparecer, fazendo-o presente em nossas vidas. Se a ação generalizar-se, em breve tempo, teremos o bem implantado sobre o planeta. E isto propiciará a encarnação de Espíritos melhores…

fonte:   www.adde.com.br
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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Profecia X Realidade

Olá pessoal,

Desculpem-me pela fonte, mas achei esse trecho do Nostradamus no facebook de um amigo e diante dos últimos acontecimentos eu fiquei muito intrigada:

"O homem de roma deixara seu posto
A fé humana se cobrira com um véu
A morte, então, revelará seu rosto
Enviando rochas e fogo do céu
O Reino do Czar sentirá o primeiro corte
E no mundo todo imperará a morte…"

Bom, sabemos que o "homem de Roma" renunciou e a Rússia "O Reino do Czar" foi palco de um acontecimento natural, ou seja, a queda daquele meteoro, eu fiquei realmente perplexa com a profecia de Nostradamus, mas fiquei assustada com a última frase "e no mundo todo imperará a morte".

Diante disso, eu reflito; logicamente um dia todos nós iremos morrer, mas será assim, através de uma grande catástrofe em que todos morreremos? Não me parece estar de acordo com o que aprendemos no espiritismo, uma vez que eu sempre leio  a palavra "transformação" e não "fim do mundo".

O que vocês acham desse trecho do Nostradamus?
________________________________________________________
Olá, pelo o que comentaram na internet creio que essa frase seria uma farsa, ou uma brincadeira de alguém...
Reproduzindo o que vi por aí:
"Nostradamus não escrevia em versículos, como a bíblia, mas sim em centúrias e sextilhas. São 12 centúrias divididas da seguinte maneira: As centúrias I, II, III, IV, V, VI, IX e X tem cem quadras (versos de 4 linhas) cada.
A centúria VII tem 46 quadras, a VIII com 108, a XI com 12 e a XII com onze quadras, portanto, um total de 967 quadras.
Sabendo só disso, você já quebra as 8 linhas de texto que tem na imagem.
Mas aí você olha lá no rodapé e vê o seguinte: (Nostradamus - II. 20, 13), ou seja, é uma junção de duas quadras, 20 e 13, da centúria II.
Vamos lá, vamos ver o que essas duas quadras dizem.
No original francês e a tradução em inglês e em português, respectivamente:
II. 13
Le corps sans ame plus n'estre en sacrifice,
Iour de mort mis en natiuité
L'esprit diuin fera l'ame felice
Voyant le verbe en son eternité.

The body without soul no longer to be sacrificed:
Day of death put for birthday:
The divine spirit will make the soul happy,
Seeing the word in its eternity.

O corpo sem alma já nao é sacrificado.
O dia da morte se transforma em dia do renascimento.
O espírito divino faz a alma feliz
Quando se ve a Palavra em sua eternidade.

II. 20
Freres & Sœurs en plusieurs lieux captifs,
Se trouueront passer pres du Monarque
Les contempler ses rameaux ententifs,
Desplaisant voir menton, frond, nez les marques.

Brothers and sisters captive in diverse places
Will find themselves passing near the monarch:
Contemplating them his branches attentive,
Displeasing to see the marks on chin, forehead and nose.

Irmãos e irmãs cativos em lugares diversos
Achará eles passando perto do monarca:
Contemplando eles seus ramos atentos,
Desagradando para ver as marcas em queixo, frente e nariz.

Bom, acho que deu pra ver que nada do que tá escrito lá é verdade. Só de jogar no Google as "quadras" você já descobre que nada daquilo existe.

Fonte:
de Fontbrune, Jean-Charles: Nostradamus, Historiados e Profeta (edição integral, 1980, Círculo do Livro) "


sábado, 9 de fevereiro de 2013

Auto-superação

images (32)
Você já se sentiu, alguma vez, a pessoa mais incapaz da face da terra?
É até possível que tenha acontecido por mais de uma vez, não é mesmo?
E por que será que isso acontece?
Vamos refletir um pouco sobre essa questão.

Considere, em primeiro lugar, que você é uma pessoa única, não existe ninguém no universo igual a você.
Você tem uma soma de experiências só suas. Tem sentimentos únicos e tem limites que são só seus.
Então, é provável que ao tentar superar outra pessoa, tenha a sensação de que não é capaz e se frustre.
Se uma pessoa muito ligada a você, por exemplo, inicia um curso qualquer, e você não tem o mínimo talento para essa atividade, sente-se inferior.
Se um amigo começa um regime para emagrecer, e você está se sentindo um pouco acima do peso, faz o mesmo regime e não perde uma única grama, sente-se a pessoa mais infeliz.
Se, na academia que freqüenta, as pessoas ao seu redor fazem proezas enquanto você apenas faz tentativas vãs, a vontade de desistir é quase inevitável.
Essas, entre tantas outras situações, podem ocasionar desestímulo e sensação de fracasso.
No entanto, ao admitir que você é um ser único, e não há no universo ninguém igual a você, todas as frustrações desaparecem.
Você, ao invés de olhar ao redor, tentando superar os outros, buscará conhecer suas próprias possibilidades, talentos e limitações, e buscará superar a si mesmo.
E então, cada conquista, ainda que mínima, será uma vitória real.
Considere que você, e somente você, deve servir de parâmetro quando se trata de conquistas próprias.
As conquistas dos outros são dos outros, e todos tiveram ou têm limitações a superar ou talentos conquistados com os próprios esforços.
Não há dúvida que podemos almejar determinadas conquistas que outros já possuem, mas não devemos querer tê-las prontas.
Cada esforço deve ser envidado com lucidez, pela auto-superação, e não pela superação dos outros.
Sempre existe algo que você faz melhor que os outros e algo que os outros fazem melhor que você, e isto não é motivo para desanimar.
A verdadeira grandeza está justamente em reconhecer essa realidade e aceitá-la com maturidade.
Embora haja um forte apelo social para que acreditemos que somos uma massa uniforme, que devemos seguir determinados padrões, nós continuamos a ser indivíduos únicos.
Reflita sobre essas questões e tenha uma conversa consigo mesmo.
Analise-se com carinho e atenção, para conhecer seus limites e tente superá-los, sem neuroses.
Conheça seus talentos e reforce-os, sem pretensões descabidas.
Busque a auto-superação e não a superação dos outros.
Cresça de forma efetiva, para ser a cada dia melhor que no dia anterior. Melhor que você mesmo, e não melhor que os outros.
Não há clones de você e tampouco você é clone de alguém, por mais que se pareça fisicamente com outra pessoa.
Nem mesmo irmãos gêmeos estão nivelados nas experiências. Cada um tem seus limites e potencialidades singulares.
Pense nisso!
Você é um espírito ímpar.
Pode até imitar muito bem outras pessoas, mas ainda nisso você será sempre inigualável.
Seu perfume espiritual é único. Suas emoções são intransferíveis.
Deus criou você para que seja você mesmo, ninguém mais.
Pense nisso, e busque vencer os próprios limites para ser cada dia melhor que na véspera.

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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

BIG BROTHER BRASIL: Sintonia Umbralina

por Bruno J. Gimenes

'A entidade que estimula o estudo e aplica pedagogias de ensino adequadas às idades das pessoas é uma escola. As academias têm o costume de promover o preparo físico; as igrejas, templos, centros espíritas e espiritualistas aconselham e orientam práticas para a ligação com a divindade. Então, eu pergunto: o que é algo que estimula a vaidade, a superficialidade, o sexo e o consumo de bebidas alcoólicas?

Pense em um propósito maior, em uma noção mais ampla: qual seria o objetivo de um programa de TV - exibido em um dos países do mundo que mais se assiste televisão - em estimular as brigas, disputas, batalhas emocionais, guerras de vaidades e muita, mas muita deturpação de valores morais? Seria um objetivo elevado e de moral superior? Óbvio que não!

Estamos falando de uma programação que estimula em 90% dos casos, a elevação de emoções, pensamentos e sentimentos negativos, de baixo calão, portanto, distanciados dos valores espirituais sublimes e do amor universal.

Até esse momento, eu estou expressando a minha simples opinião pessoal, pois sinceramente acredito que o Big Brother Brasil não estimula, não inspira e nem incentiva qualquer tipo de valor que deva ser aproveitado ou que gere benefícios humanitários.

Nunca tive vontade de escrever sobre o assunto, até mesmo para não dar mais força a ele, pois quanto mais falamos, mais tornamos visíveis, então, por prática pessoal, aquilo que não quero que exista mais, sinceramente decido não falar, entretanto, depois de uma orientação espiritual que recebi, decidi que relataria o ocorrido em um texto. Vamos ao ocorrido.

Era uma terça-feira, eu estava sentado na cadeira da sala, usando o computador que estava sobre a mesa redonda. No outro ambiente ao lado, deixei a TV ligada, mas eu não estava assistindo nada. Para ser mais objetivo, acabei deixando o aparelho ligado por puro descaso, entretanto, era possível ouvir toda a programação dali da mesa em que eu estava.

Continuei concentrado na minha tarefa em frente ao computador, quando foi possível ouvir o início do referido programa.

Não me importei com nada e continuei concentrado na minha tarefa, sem me interessar pelo programa que se iniciava. Neste momento, surgiu ao meu lado a presença extrafísica (em espírito) de Antônio. Trata-se de um amparador que aparenta um professor Grego, um pouco mais de 1,80m de altura, cabelos negros e volumosos, roupas brancas feitas à moda grega antiga.

Ele se aproximou de mim e disse:

"Esse programa atingiu o seu ápice no que tange à formação de um psiquismo espesso e denso. Agora que por vários anos uma atmosfera de discórdia, sexo, promiscuidade, vaidades excessivas se cristalizaram ao redor desse acontecimento, o plano denso facilmente encontrou condições de utilizar este programa como um irradiador de densidades para todos os seus expectadores.

São muitos anos de brigas, intrigas, sexualidade desvairada e desinteresse por valores mais elevados, o que constrói uma nuvem negra de fluidos maléficos. Ao sintonizar-se com esse acontecimento, o expectador recebe uma volumosa carga de fluídos densos que é engenhosamente manipulada por especialistas das sombras, para que os seus lares sejam lentamente densificados, em especia, pela ressonância mórfica da compreensão do programa e da falta de vínculos espirituais mais fortes por parte de todos que se prendem a essa rotina.

A ignorância cobra o seu preço. A massa de expectadores nem imagina que uma simples sintonia com um programa de TV pode trazer tantas influências negativas aos seus lares, pois não compreendem algumas leis naturais que só podem ser entendidas por seres abertos aos movimentos cósmicos mais sutis.

No plano espiritual, os mensageiros da luz nada podem fazer senão alertar para o fato de que a ligação com valores espirituais é o melhor caminho para uma vida de bem e amor. "Semelhante atrai semelhante" quer dizer que a força que você segue torna-se o seu manancial. Embora a humanidade já tenha conhecimento dos exemplos de grandes seres de luz que já passaram por aqui, bem como já esteja banhada por muito conhecimento universal, são os instintos primitivos que reinam com maior preponderância em relação aos valores espirituais.

Tecnicamente falando, quando um expectador se conecta ao referido programa por vários dias em seguida, e ainda se envolve emocionalmente com os seus acontecimentos, ele começa a formar em seu ambiente e em seu corpo espiritual, formas-pensamento exatamente semelhantes as que estão pairando sobre o local físico da casa onde se reúnem os integrantes do programa televisivo.Depois da formação dessa energia chamada forma-pensamento, o que está lá dentro da casa também estará na aura da pessoa expectadora, pois, em um processo de simbiose natural, as formas-pensamento tornar-se-ão entidades vivas agindo como organismos pensantes e pulsantes. A considerar que a humanidade como um todo tem enormes desafios no que tange a busca da angelitude de suas almas, e que essa caminhada ainda mostra-se muito longa, é de tal modo, sensato analisar que a hipótese de abandonar o hábito de sintonizar-se com tais programas seja uma alternativa saudável.

As forças negativas que convergem na direção dos expectadores são potencializadas por entidades escurecidas, habitantes de atmosferas sub-umbralinas, muitíssimo interessadas na decadência da raça humana. E, por último, é pertinente evidenciar que tais forças extrafísicas malignas têm como prática a utilização de acontecimentos populares de baixa moral, para a impregnação em massa de estímulos primitivos".


Depois de finalizar sua explicação, da mesma forma que chegou, Antônio olhou para mim e serenamente se despediu.

Fiquei completamente absorto em minhas reflexões. Logo depois de alguns segundos, corri na TV e a desliguei. Em seguida, coloquei o cd do Krishna Das, ouvi mantras por duas horas, em seguida, enquanto terminava minhas tarefas daquela noite.

Como escritor, ora inspirado pelos amigos extrafísicos, ora estimulado por meu próprio querer, peço a você, leitor, que caso não concorde com uma só palavra que aqui foi dita, que não me critique, apenas me ignore e pronto!Eu não quero me promover, não quero aparecer, apenas faço o que faço pois sou estimulado por um chamado interno, então, não tenho o objetivo de obrigar ninguém a nada. Gosto da reflexão, gosto do " filosofar"! Então, aí está, um tema bastante polêmico para você refletir e filosofar. Será que o que está escrito nessas linhas é um completo absurdo, que seu escritor é um perfeito lunático ou o conteúdo exposto deve ser analisado com respeito e seriedade?A decisão é sua. A minha eu tomei de apresentar o que me foi passado.'
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Motivos para Desculpar



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“Eu vos digo, porém, amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, faze bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem.” Jesus – Mateus, 5:44
Em muitas ocasiões, quem imaginas te haja ferido, não tem disso a mínima idéia, de vez que terá agido sob a ação compulsiva de obsessão ou enfermidade.

Se recebeste comprovadamente uma ofensa de alguém, esse alguém terá dilapidado a tranqüilidade própria, passando a carregar arrependimento e remorso, em posição de sofrimento que desconheces.
Perante os ofensores, dispõe da oportunidade de revelar compreensão e proveito, em matéria de aperfeiçoamento espiritual.
Aquele, a quem desculpas hoje uma falta cometida contra ti, será talvez, amanhã, o teu melhor defensor, se caíres em falta contra os outros.
Diante da desilusão recolhida do comportamento de alguém, coloca-te no lugar desse alguém, observando se conseguirias agir de outra forma, nas mesmas circunstâncias.
Capacitemo-nos de que condenar o companheiro que erra é agravar a infelicidade de quem já se vê suficientemente infeliz.
Revide de qualquer procedência, mesmo quando se enquiste unicamente na mágoa, não resolve problema algum.
Quem fere o próximo efetivamente não sabe o que faz, porquanto ignora as responsabilidades que assume na lei de causa e efeito.
Ressentimento não adianta de vez que todos somos espíritos eternos destinados a confraternizar-nos todos, algum dia, à frente da Bondade de Deus.
Desculpar ofensas e esquecê-las é livrar-se de perturbação e doença, permanecendo acima de qualquer sombra que se nos enderece na vida, razão por que, em nosso próprio benefício, advertiu-nos Jesus de que se deve perdoar qualquer falta não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.
Autor: Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier. Livro: Mais Perto
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Murmurações

Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.” — Paulo. (FILIPENSES, CAPÍTULO 2, VERSÍCULO 14.)
Nunca se viu contenda que não fosse precedida de murmurações inferiores. É hábito antigo da leviandade procurar a ingratidão, a miséria moral, o orgulho, a vaidade e todos os flagelos que arruinam almas neste mundo para organizar as palestras da sombra, onde o bem, o amor e a verdade são focalizados com malícia.
Quando alguém comece a encontrar motivos fáceis para muitas queixas, é justo proceder a rigoroso auto-exame, de modo a verificar se não está padecendo da terrível enfermidade das murmurações.
Os que cumprem seus deveres, na pauta das atividades justas, certamente não poderão cultivar ensejo a reclamações.
É indispensável conservar-se o discípulo em guarda contra esses acumuladores de energias destrutivas, porque, de maneira geral, sua influência perniciosa invade quase todos os lugares de luta do Planeta.
É fácil identificá-los. Para eles, tudo está errado, nada serve, não se deve esperar algo de melhor em coisa alguma. Seu verbo é irritação permanente, suas observações são injustas e desanimam.
Lutemos, quanto estiver em nossas forças, contra essas humilhantes atitudes mentais.
Confiados em Deus, dilatemos todas as nossas esperanças, certos de que, conforme asseveram os velhos Provérbios, o coração otimista é medicamento de paz e de alegria.
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Minutos para refletir

 LUZES SOBRE
Coloque Deus, conscientemente, em tudo o que faz, em todos os seus problemas. E verificará que seus sofrimentos se transformarão em experiência e aprendizado. Coloque Deus em todos os seus pensamentos, e sua Vida se transformará num hino de alegria e louvor, porque as dores se esvairão como as trevas, que desaparecem aos primeiros clarões das luzes da aurora… Seja alegre e otimista! Quando se dirigir ao trabalho, faça-o de coração alegre. O trabalho que você executa é digno de sua pessoa. Por menor que pareça, é de suma responsabilidade para você e para o mundo. Não se esqueça jamais de agradecer a Deus o trabalho que lhe proporcionar o pão de cada dia. Chegue ao local do trabalho com coração feliz, e o trabalho se tornará um passatempo, um estimulo, que lhe trará, cada novo dia, imensas alegrias e felicidade incalculável. Deus nos guia sempre, dando-nos a orientação de nossa vida. Mas precisamos ser receptivos, para ouvir sua voz, sabendo-a interpretar através das circunstâncias que cercam nossa vida, levando-nos ao maior progresso espiritual de nosso ser. Procure meditar silenciosamente, para ouvir a voz de Deus, que o guia, sem jamais abandoná-lo. Pois sem esforço de nossa parte, jamais atingiremos o alto da montanha. Não desanime no meio da estrada, siga em frente, porque os horizontes se tornarão amplos e maravilhosos à medida que for subindo. Mas não se iluda, pois só atingirá o cimo da montanha se estiver decido a enfrentar o esforço da caminhada. Sem esforço de nossa parte, jamais atingiremos o alto da montanha. Não desanime no meio da estrada: siga à frente, porque os horizontes se tornarão amplos e maravilhosos à medida que for subindo. Mas não se iluda, pois só atingirá o cume da montanha se estiver decidido a enfrentar o esforço da caminhada. Não se esqueça de que, qualquer que seja sua posição na vida, há sempre dois níveis a observar: os que estão acima e os que estão abaixo de você. Procure colocar-se algumas vezes na posição de seus chefes; e outras vezes na posição de seus subordinados. Assim, você poderá compreender ao vivo os problemas que surgem dos dois lados. E, desta forma, poderá ajudar melhor a uns e a outros… Não limite o poder de sua vida! Não pense que conseguirá tudo o que deseja, numa só existência. Mas confie, porque a vida é eterna, infindável. Não pense também que, depois desta, irá iniciar uma vida diferente: nada disso! Esta mesma vida é que continuará sempre. Portanto, procure aumentar seus conhecimentos e aperfeiçoar-se, verificando como é rápido o momento atual, comparado com a eternidade. O mundo está cheio da Luz Divina! Procure percebê-la e sentir em si as irradiações benéficas, que se derramam sobre todas as criaturas, aproveitando ao máximo o conforto que isto lhe trará ao espírito. Olhe tudo com olhos de bondade e alegria! Busque descobrir a Luz que brilha dentro de você e dentro de todas as criaturas, embora, muitas vezes, esteja ela recoberta por grossa camada de defeitos! LIVRO: MINUTOS DE SABEDORIA AUTOR: CARLOS TORRES PASTORINO O HOSPITAL ESPIRITUAL DO MUNDO agradece os irmãos do SITE MENSAGEM ESPÍRITA, pelo artigo que iluminou este espaço de aprendizagem e encontros Sagrados.
fonte:  http://blog.forumespirita.net/2013/02/03/minutos-para-refletir/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+blogforumespirita+%28Blog+F%C3%B3rum+Esp%C3%ADrita%29

domingo, 3 de fevereiro de 2013

As Grandes tragédias e as Mensagens Espíritas




Sempre que acontece uma grande tragédia, durante algum tempo a internet fica carregada de mensagens dos espíritas, explicando o que aconteceu, porque aquela tragédia ocorreu e porque muita gente morreu no evento que é sempre chamado de “mortes coletivas”.
É uma beleza a facilidade que nós espíritas temos para explicar para as pessoas o que é que acontece nesse fenômeno chamado morte. Nós temos um domínio e um conhecimento da morte que chega a ser impressionante, inclusive vale lembrar que quando morre um ente querido de um espírita, principalmente quando vítima de acidente, de um infarto fulminante ou qualquer tipo de morte repentina, ele encara com uma tranqüilidade que dá até inveja em quem não é espírita.
Certamente o espírita deve ficar muito feliz numa hora desta, porque sabe que o seu ente tão amado vai estar em Nosso Lar, sendo recebido por Clarêncio, Dona Laura, Lísias e todo aquele povo (sempre eles que estarão lá, para toda a eternidade), além dos seus parentes que o antecederam no retorno, alegres e felizes.
Que beleza a morte, não é gente?
Será que é assim mesmo?
Vamos botar o pé no chão?
É muito válido, sem dúvida alguma, o espírita disponibilizar-se para consolar as pessoas nos seus momentos difíceis, dado que o espiritismo é uma proposta também de consolação, pela capacidade que tem em explicar com argumentos lógicos o que estamos fazendo aqui, de onde viemos e para onde vamos.
O espírita de fato faz um trabalho muito bom em relação às pessoas, chamadas “não espíritas”, e até são admirados por elas que lhes dão atenção e credibilidade. Isto é fato constatado, a sociedade considera mesmo o espírita uma pessoa de bem.
Até aí tudo muito bom, tudo maravilhoso. Todavia tem certas coisas que precisam ser questionadas em nosso meio, não com um objetivo apenas crítico, mas com um que convida alguns confrades a repensarem os seus conceitos acerca da solidez das nossas convicções e do nosso comportamental.
Eu tenho procurado observar a enxurrada enorme de e-mails que me chegam, com as tais mensagens, e observo algo que já observei quando ocorreu o acidente com o avião da TAM que atravessou o aeroporto de Congonhas e explodiu no outro lado, matando mais de 200 pessoas, também quando ocorreu o acidente com o avião da Gol, a derrubada das torres gêmeas de Nova York, a morte de milhares nos tsunamis, o terremoto do Havaí e várias outras tragédias que mataram muita gente. Da mesma forma as argumentações quando ocorreram os incêndios do edifício Andraus e do Joelma.
A maioria delas utiliza aquele velho argumento de que as vítimas eram todas aquelas mesmas pessoas que frequentavam as arenas romanas para apreciarem o massacre dos cristãos.
É impressionante, mas se formos dimensionar o tamanho que deveria ter as arenas romanas, levando em consideração a quantidade de gente que já morreu em grandes tragédias e que os espíritas disseram que eram os seus frequentadores, chegaremos a conclusão de que cada arena deveria ter, no mínimo, um tamanho equivalente a pelo menos dez vezes o tamanho do estádio do Maracanã. Quem visita Roma sabe que elas não eram tão grandes assim, já que algumas continuam lá para preservação histórica.
Esse clichê espírita foi criado a partir do momento em que Chico Xavier, fazendo uma análise do incêndio do Gran Circo Americano, ocorrido em Niterói, no Rio de Janeiro, no início da década de sessenta, afirmou que um espírito lhe revelara que as vítimas daquela tragédia eram pessoas que participavam do massacre dos cristãos nas arenas romanas.
Mas a informação veio em referência às vítimas daquela tragédia e não de todas as demais tragédias com mortes coletivas que viriam a ocorrer ao longo dos anos.
A partir daí muitos espíritas entenderam que todas as vítimas de todas as tragédias com mortes coletivas são também pessoas que participaram das arenas romanas, e pronto.
Não precisa pensar, não precisa raciocinar, não precisa ter bom senso nenhum; se Chico falou nós temos que falar também e sair repetindo por aí, já que vemos o admirável médium mineiro como um santo infalível, que todas as suas opiniões eram tidas como verdade absoluta, indiscutível. O Chico não falou bobagem nenhuma, falou dentro da orientação espírita, mas em relação a um fato específico.
Agora mesmo, enquanto redijo este email, com a televisão ligada, ouço o “Jornal da Globo” anunciar uma explosão ocorrida hoje em um edifício no México, que também matou várias pessoas.
Será que elas eram também freqüentadoras das arenas romanas?
Mas desta vez os artigos começaram a trazer outros argumentos:
Vi artigos que afirmaram que as vítimas do incêndio da boate de Santa Maria foram soldados nazistas, que promoveram o holocausto e mataram muitos judeus por ocasião da segunda guerra mundial.
A continuar assim, certamente vamos chegar a conclusão de que o exército de Hitler era maior do que o exército chinês de hoje.
Argumentemos, então, em cima disto:
Vamos raciocinar?
Os elementos que praticaram atrocidades, durante a segunda guerra, agiram com extrema perversidade no período mais ou menos entre 1940 e 1945. De fato eram espíritos muito atrasados, pelo nível de ódio e maldade que ainda praticavam naquele período que é recente, levando em consideração os dois mil anos dos tempos das arenas romanas.
Eram verdadeiros monstros, pois que não há como qualificar de forma diferente criaturas capazes de fazerem o que fizeram.
Consideremos o seguinte:
Alguém que viveu nos tempos dos primeiros cristãos e que vive encarnado hoje, certamente passou por várias encarnações neste período de dois mil anos e é possível e natural que, no processo de aprendizagem das repetidas encarnações, tenha burilado a sua moralidade e que hoje esteja como uma pessoa considerada boa, em relação a média moral da sociedade.
Não é regra geral, mas é uma considerável probabilidade.
Ninguém passa da condição de monstro perverso e sanguinário numa encarnação para uma pessoa boa, amorosa, meiga, compreensiva, carinhosa e afetuosa logo na encarnação seguinte. Não mesmo, pois, se fosse assim, bastaria uma encarnação a mais para alcançar o que André Luiz chamou de Ministério da União Divina.
Pois bem:
A média de idade dos jovens que desencarnaram na boate Kiss de Santa Maria era de 20 anos, o que implica que foram pessoas que nasceram ali pelo final da década de oitenta e início da década de noventa.
Observemos que nem todos os carrascos nazistas morreram em 1945, pois muitos deles ficaram velhos e morreram muito mais tarde, em várias partes do mundo, para onde fugiram, inclusive aqui no Brasil.
Estabeleçamos, então, uma média de 30 no máximo para a desencarnação daqueles monstros, se bem que vários deles morreram recentemente.
Em um espaço de tempo curto desse processa-se no máximo uma encarnação. É claro que pode haver mais de uma, mas não é o comum, segundo nos relatam os espíritos.
Vejamos alguns casos:
Nas diversas matérias, programas e reportagens que a televisão está mostrando, já que ela hoje não fala de outra coisa senão disto, vimos várias reportagens com familiares das vítimas, que mostram fotografias e até imagens gravadas em vídeos de filhos que morreram na tragédia, onde se verificam alguns extremamente carinhosos, meigos, alegres e felizes. Eu vi a de uma menina, de 17 anos, que era um docinho de carinhosa.
Certamente alguém que foi monstro e com tão elevado nível de maldade e perversidade na encarnação passada, não se transformaria numa pessoa meiga, carinhosa, afetuosa e bondosa logo na encarnação seguinte.


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Sofrimento, a inexplicável realidade e o que há de mais caro no Mundo I

Defender que o ser humano só evolui através do sofrimento, ou que este é pelo menos uma parcela fundamental para o seu progresso, é o mesmo que dizer que uma criança só aprende por meio de açoites. Contrariamente aos que defendem tal aberração, as novas correntes pedagógicas já perceberam que a educação é, principalmente, a arte de bem dialogar, donde promovê-la significa acreditar que a palavra é o maior dos bens do Homem.

Daí ser contraproducente e mesmo anti-natura apoiar o progresso humano no sofrimento. Por outras palavras, nem o progresso vem por esses meios, nem se verifica que os mesmos culminem em progresso. Em termos de fé, uma coisa é acreditar em Deus segundo um espírito livre e feliz, vendo Nele o Ser do sumo Bem, outra bem diferente é fazer de Deus uma terapia psicológica para os males que acontecem. Nem Deus é um comprimido, nem um sádico que traça caminhos dolorosos para chegar até Ele.

Por outro lado, fazer do sofrimento a alavanca para desenvolver a fé é demasiado perigoso, pois a História prova até onde nos tem conduzido tal postura. Chegando ao ponto de não querer ser feliz, sob pena de ir parar ao Inferno, muitos houve que procuraram o caminho da dor, associada ao sofrimento, para antecipar a sua entrada no mundo das bem-aventuranças. Ora, nem a dor física é sofrimento, nem o sofrimento é dor física. É muito fácil flagelar o corpo, é bem mais difícil fazer a alma retroceder nos seus vícios, defende o Espiritismo.

Assim, se quisermos definir sofrimento debatemo-nos com a fagilidade da linguagem. Podemos dizer que é um estado d´alma, uma vez que pessoas em situações idênticas têm reacções opostas. E ainda que tracemos excepções, nomeadamente no que diz respeito à dor universal de perder um filho, o sofrimento é sempre mediatizado pelo factor cultural.

O Espiritismo propõe que é preferível perder um filho a vê-lo nos caminhos do ilícito, o que vem contrariar a máxima de que “enquanto há vida, há esperança.” A Doutrina espírita defende a morte como um bem, isto é, o desencarne, porque, se a vida continua além do corpo, em outra dimensão, então é preferível abandoná-lo a fazer mau uso da vida e do próprio corpo.

Todavia, o assunto não é pacífico, levanta uma infinidade de questões. Vejamos: Não será preferível uma vida difícil a vida nenhuma? Ainda que todos acreditem numa vida além da morte, não é preferível apostar mais nesta, que sabemos como é, a uma outra de que não temos informação, ou pelo menos não a temos de forma precisa? Defender a vida não é um valor prioritário? Desejar a morte, ou preferí-la à vida, não é pecado? Querer a morte por ser dfícil a vida não é uma fuga, um mecanismo de fraqueza? Quem deseja a morte a um filho com base na fé de que no além terá uma vida melhor? Semelhante postura não terá como pressuposto a velha máxima de que, ao morrer, entramos directamente no mundo da luz? Não estará, por ventura, tal desejo, se assim lhe podemos chamar, oposto ao que o próprio Espiritismo defende, a saber, que não entramos num mundo melhor a partir do momento em que neste trilhámos a senda dos vícios?

O que desejamos e o que devemos desejar são por vezes incompatíveis, no sentido de desconformes com os nossos interesses. Vivemos mediatizados por uma infinidade de situações que não construímos, nomeadamente a cultura, além de relações laborais, modelos de consumo normativos que não são nossos. Como contextualizar o sofrimento num mundo que, erroneamente, se tornou global, e no qual cada vez mais se faz o que não se quer nem como quer? Mais, como explicar e justificar a função espiritual do sofrimento quando ele se tornou um artifício manuseado segundo os interesses de quem governa?

Há que perceber que criar sofrimento tornou-se no ganha-pão de uns quantos. Reduzir os salários, a segurança no trabalho, na escola, a criação de ghetos, a identificação dos indivíduos segundo as marcas dos produtos que consomem, a redução do ser ao ter, a produção de novos ignorantes ou analfabetos nas escolas, mercê de métodos e técnicas pedagógicos elaborados em gabinetes e não a partir da experiência da realidade da sala de aula, a falta de perspectivas e de saídas profissionais para os jovens e a violência crescente entre os mesmos, tudo isto se tornou na alavanca dos pulsos de ferro do século XXI. (Continua)

Margarida Azevedo

Sofrimento, a inexplicável realidade e o que há de mais caro no Mundo II

(Continuação)
Ora, é certo e sabido que em situações adversas a fé entra em acção. Ela transforma-se, não em acto livre de crer, mas em mecanismo reactivo, uma resposta contra a prisão “perpétua” em que encerraram toda agente. A fé deixa de ser um meio de o indivíduo lutar pelo bem e elevar-se, para ser a crença de que, no para lá, seja lá onde for, a felicidade espera-o. E é este o pensamento que interessa aos que governam, que dessa forma têm o caminho aberto e livre para criar mais sofrimento. Dito de outro modo, se parte significativa do que comemos já não vem directamente da Natureza, o sofrimento está a ser igualmente criado em estufa.

Estamos a viver num aviário gigantesco, carne para consumo de processus de aculturação que nos impelem a apresentações de sofrimento que se sobrepõem às nossas. Exemplo: uma coisa é um indivíduo querer publicar uma obra literária, mas, mercê das suas ocupações com um familiar doente, não ter a disponibilidade necessária para o fazer; bem diferente é querer publicar o dito trabalho mas não o fazer porque, à sua frente, estão as obras fúteis de todos os que pertencem às amizades do editor.

Estávamos habituados a que o sofrimento fosse o meu sofrimento, não o de outro, a minha relação com o meu estado d´alma; uma relação de posse, de intransmissibilidade e intransitividade, e nisto consistia a sua universalidade: ser tanto mais geral quanto mais se particulariza em cada indivíduo. Hoje, continua a haver universalidade, já não como o conjunto dos indivíduos mas como massa anónima de gente que se pretende à deriva, perdida e confusa, e à qual se dá todo o tipo de possibilidades para pensar a sua fé inconsequente, verdadeiras aberrações que em nada contribuem para o progresso da Humanidade. Todos se tornaram expectantes de uma vida melhor no para lá, ou de um castigo mágico para os maus ainda cá deste lado.

Associar o sofrimento à evolução pode ter as suas vantagens, se com isso querermos dizer que o progresso tem os seus escolhos. Porém, eles não podem ser tidos como elementos do sofrimento. Pelo contrário, são móbeis fundamentais ao processo de investigação. As evidências são por demais perigosas e os escolhos despertam a inteligência para o mais recôndito.

A nossa evolução é, por isso, antes de tudo, uma acção da vontade livre à qual está subjacente uma pré-disposição. Nascemos portadores de mecanismos que nos direccionam para áreas de interesses. Ora, o sofrimento surge quando, exteriores a nós, ou mesmo por nosso intermédio, em resultado da nossa ignorância, outros factores se sobrepõem impeditivos de conscretizar o que naturalmente nos está traçado. Porém, não se confunda tais factores com a noção psicológica de frustração. Esta não se resume apenas à figura paterna ou materna castradora que impede o filho de realizar um desejo; ela consiste igualmente numa barreira do próprio indivíduo impedindo-o de concretizar tarefas, o que, uma vez tratado, remete-o para a efectivação dos seus objectivos. Pelo contrário, os factores externos impeditivos são um conjunto de múltiplas acções, que mercê do seu poder incomensurável, condicionam o indivíduo de forma definitiva, levando-o a agir contra si mesmo e que o impedem de realizar aquilo para que estava vocacionado.

Há que compreender que evoluir é uma decisão que se toma e que fica para sempre. Ninguém decide que vai evoluir durante um mês ou um ano. Trata-se de um querer desmesurado, sem limite, sem ponto de chegada pois está em permanente acontecer e onde é sempre possível acrescentar mais um.

Por consequência, crescer significa aumentar responsabilidades, desenvolver aptidões, partilhar com maior equidade, contribuir conscientemente para o progresso da sociedade. Como fazê-lo numa cama de hospital, que projectos num país onde, pela fome, a esperança média de vida vai apenas até aos 40 anos de idade? Como pensar a longo prazo? Como idealizar uma vida melhor para os filhos? Que educação lhes facultar? Que fé, que oração, que forma de crença, que disponibilidade para as actividades espirituais na miséria, na falta do mais elementar, do mais básico?

A religião, a ética, a política e tudo o mais com que nos ocupamos quotidianamente é assunto de gente de barriga cheia. Quando cheio de fome, tudo se resume a colmatá-la. Condenar um ladrão que assaltou um banco é uma coisa, condenar alguém que furta um pão para comer é outra bem diferente. Víctor Hugo, esse espírita convicto, percebeu-o com singular lucidez: a universalidade da Lei tem que ser justamente aplicável à singularidade do indivíduo. Os Miseráveis mostram-nos até onde pode ir um homem, quando injustamente acusado de ter cometido um acto perigoso, movido apenas pela fome.

Em suma, bem mais que a indústria farmacêutica e o negócio das armas, para além do tráfico de droga e todo o tipo de produtos comercializados no mercado negro, o sofrimento supera, e muito, todo esse mundo do ilícito.

Primeiro porque é um negócio legal, ainda que tudo o que lhe seja paralelo possa não o ser; segundo porque não escolhe ninguém. Toda a gente tem o seu sofrimento, em todas as idades, em todas as classes sociais, em todos os sectores da vida. É uma espécie de praga sem antídoto que atravessa continentes, estruturas sociais e políticas. Não conhece raças, etnias, vai para além do factor religioso, da fé. Não tem que ver com a conduta da vida. Gente boa e má sofre de forma idêntica: assassinos, ladrões e gente honrada. Ética, moral, educação, arte, ciência, cultura são-lhe indiferentes. Todos, absolutamente todos estão no mesmo barco. Porquê? Como explicar este mistério?

Se tomarmos em consideração que o mundo cresce para um contencioso com quem trabalha, que a mão-de-obra está cada vez mais dispensável e barata, que se abafa todos os dias a força de quem tem nas mãos a riqueza e o garante de sobrevivência de um país, que são criados todos os meios para desenvolver a insegurança e com ela a crescente fragilização do ser humano em todos os parâmetros e em todas as estruturas básicas, então temos que concluir que estão criadas as condições para manter e aumentar o sofrimento dos povos. Condenando-os ao silêncio, mas criando a ilusão de que são livres de pensar e opinar, a autodeterminação nunca foi tão posta em causa, pois que a interferência nas políticas internas tornou-se o prato do dia.

E como há compradores para tudo, ou consumidores de todos os gostos, também há quem goste de consumir sofrimento. É muito fácil. A imagem de Jesus crucificado deve ser das figuras mais vendidas do mundo. Um instrumento de tortura, Jesus no clímax do sofrimento, a cabeça pendente, a sangrar e com o olhar vítrico tornou-se no grande embaixador da salvação. Trazê-la pendurada ao pescoço, ou fazer dela instrumento de adorno em casa, ou trazê-la como amuleto no automóvel, a cruz, com ou sem Jesus, é dos maiores instrumentos do medo, do sofrimento, bem como de antagonismo à livre expansão do pensamento do crente.

Cada vez mais procurado, o sofrimento é matéria fácil de políticos sem escrúpulos, dos líderes religiosos fanáticos, da publicidade enganosa, de organizações fantasma tais como agências matrimoniais, centros de convívio para conhecer pessoas sob o pretexto de cultivar e desenvolver padrões de socialização e quebrar o isolamento. E estes são os aspectos mais soft. Aumentar o fosso entre ricos e pobres, ver gente a enriquecer à custa do ilícito, criar, por meio de mecanismos psicológicos manipuladores, o aliciamento e a consequente angústia por não poder comprar algum conforto a que, legitimamente, todo o ser humano tem direito é tornar a vida em tortura e cujo objectivo, dos fracos, é viver uma vida sofrível e descurar, por consequência lógica, o seu importante papel de ser mensageiro de uma pequena luz ao fundo do túnel.

No conjunto, é um punhado de gente das trevas a viver à custa de quem precisa de uma resposta para os seus problemas, uma mão amiga, uma ajuda eficaz, mas também de quem quer mostrar o seu valor e fazer alguma coisa pelo outro. É certo que não há uma resposta definitiva, como nada de definitivo existe neste mundo, mas é a resposta possível, a mais viável para um determinado momento; é aquilo que se precisa de ouvir ou fazer naquela hora.

É facto que o Homem é um ser de problema, mas é simultaneamente um ser de resoluções. Num mundo onde os animais são tão mal tratados e ainda trabalham, não conhecemos que os mesmos se tenham organizado em associações contra os maus tratos dos humanos. Assim, se estes não aprenderem a utilizar a inteligência em seu favor, se não a aplicarem no alívio do sofrimento, cada um de per si e em prol de todos, então em nada serão superiores aos animais.
Margarida Azevedo

Emoções Perturbadoras


O homem que se candidata a uma existência feliz, tem a obrigação de vigiar as suas emoções perturbadoras, a fim de evitar-se desarmonias perfeitamente dispensáveis, na economia do seu processo de evolução.
As emoções perturbadoras decorrem do excesso de auto-estima, do apego aos bens materiais e às pessoas, e do orgulho, entre outros fatores negativos.
O excesso de consideração que o indivíduo se concede, leva-o à irritação, ao ciúme, à agressividade, toda vez que os acontecimentos se dão diferentes do que ele espera e supõe merecer.
O apego responde-lhe pela instabilidade emocional, trabalhando-lhe a ganância, a soberba e a ilusão da posse, que concede a falsa impressão de situar-se acima do seu próximo.
O orgulho intoxica-o, levando-o à pressuposição de credenciado pela vida a ocupar uma situação privilegiada e ser alguém especial, merecedor de homenagens e honrarias, em detrimento dos demais.
Qualquer ocorrência que se apresente contraditória a esses engodos gerados pelo ego insano, e as emoções perturbadoras se lhe instalam, proporcionando desequilíbrios de largo porte, exceto se ele se resolve por digerir a situação e mudar de paisagem mental.
Superar tais emoções que têm raízes no seu passado espiritual, eis o grande desafio.
Assim, cumpre que ele envide todos os esforços para o autodescobrimento e a aplicação das energias em combater a inferioridade que predomina em a sua natureza.
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Não há nada, a que o homem não se acostume com o tempo, afirma um velho brocardo popular.
A liberação das emoções perturbadoras é resultado dos hábitos insalubres de entregar-se-lhe sem resistência.
Tão comum se faz ao indivíduo a liberação dos instintos perniciosos geradores deles, que este se não dá conta do desequilíbrio em que vive.
Adaptando-se ao autocontrole, eliminará, a pouco e pouco, a explosão dessas emoções perturbadoras.
Mediante o pequeno código de conduta, torna-se fácil a assimilação de outros hábitos que são saudáveis e felicitam:
- considera a própria fragilidade que te não faz diferente das demais pessoas;
- observa o esforço do teu próximo e valoriza-o;
- treina a paciência ante as ocorrências desagradáveis;
- reflexiona quanto à transitoriedade da posse;
- medita sobre a necessidade de ser solitário;
- propõe-te a adaptação ao dever, por mais desagradável se te apresente;
- aprende a repartir, mesmo quando a escassez caracterizar as tuas horas. . .
Um treinamento íntimo criará novos condicionamentos que te ajudarão na formação de uma conduta ditosa e tranqüila.
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Foram as emoções perturbadoras que levaram Pedro, temeroso, a negar o Amigo, e Judas, o ambicioso, a vendê-lo aos inimigos da Verdade.
O controle delas, sob a luz da humildade e da fé, proporcionou à humanidade o estoicismo de Estevão, a dedicação até o sacrifício de Paulo – que as venceram – e toda a saga de amor e grandeza do homem abnegado de todos os tempos
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Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis - Divaldo Pereira Franco
Da obra: Momentos de Felicidade
Salvador, BA: LEAL, 1990.
Logofonte: www.adde.com.br