NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



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Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

03 DE OUTUBRO DE 1804 NASCE KARDEC

PRIMEIRA REVELAÇÃO DA MINHA MISSÃO


EU ASSISTIA, DESDE ALGUM TEMPO, ÀS SESSÕES QUE SE REALIZAVAM NA CASA DO SR. ROUSTAN     E COMEÇARA AÍ A REVISÃO DO MEU TRABALHO, QUE POSTERIORMENTE FORMARIA O LIVRO DOS ESPÍRITOS.

(VEJA-SE A INTRODUÇÃO), NUMA DESSAS SESSÕES, MUITO ÍNTIMA, A QUE APENAS ASSISTIAM SETE OU OITO PESSOAS, FALAVAM ESTAS DE DIFERENTES COISAS RELATIVAS AOS ACONTECIMENTOS CAPAZES DE ACARRETAR UMA TRANSFORMAÇÃO SOCIAL, QUANDO O MÉDIUM, TOMANDO DA CESTA, ESPONTÂNEAMENTE, ESCREVEU ISTO:


QUANDO O BORDÃO SOAR, ABANDONÁ-LO-EIS; APENAS ALIVIAREIS O VOSSO SEMELHANTE; INDIVIDUALMENTE O MAGNETIZAREIS, A FIM DE CURÁ-LO. DEPOIS, CADA UM NO POSTO QUE LHE FOI PREPARADO, PORQUE DE TUDO SE FARÁ MISTER, POIS QUE TUDO SERÁ DESTRUÍDO, AO MENOS TEMPORÀRIAMENTE. DEIXARÁ DE HAVER RELIGIÃO E UMA SE FARÁ NECESSÁRIA, MAS VERDADEIRA, GRANDE, BELA E DIGNA DO CRIADOR... SEUS PRIMEIROS ALICERCES JÁ FORAM COLOCADOS... QUANTO A TI,  RIVAIL, A TUA MISSÃO É AÍ.(LIVRE A CESTA SE VOLTOU RÁPIDAMENTE PARA O MEU LADO, COMO O TERIA FEITO UMA PESSOA QUE ME APONTASSE COM O DEDO.) A TÍ M. A ESPADA QUE NÃO FERE, PORÉM MATA; CONTRA TUDO O QUE É, SERÁS TU O PRIMEIRO A VIR.  ELE, RIVAIL, VIRÁ EM SEGUNDO LUGAR: É O OBREIRO QUE CONSTRÓI O QUE FOI DEMOLIDO”.



NOTA DE KARDEC: FOI ESSA A PRIMEIRA REVELAÇÃO POSITIVA DA MINHA MISSÃO E CONFESSO QUE, QUANDO VÍ A CESTA VOLTAR-SE BRUSCAMENTE PARA O MEU LADO E DESIGNAR-ME, NOMINATIVAMENTE, NÃO ME PUDE FORRAR A CERTA EMOÇÃO.  O SR. M., QUE ASSISTIA ÁQUELA REUNIÃO, ERA UM MOÇO DE OPINIÕES RADICALÍSSIMAS, ENVOLVIDO NOS NEGÓCIOS POLÍTICOS E OBRIGADO A NÃO SE COLOCAR MUITO EM EVIDÊNCIA...

MENSAGEM RECEBIDA EM CASA DO SR. ROUSTAN, PELA MÉDIUM -  RUTH CELINE JAPHET- EM: 30 DE ABRIL DE 1856. PARIS-FRANÇA. - OBRAS PÓSTUMAS - 12a. EDIÇÃO. FEB – 1980.








Minha Missão

 

(Em casa do Sr. C...; médium: Srta. Aline C...)
12 de junho de 1856
[1]


Pergunta (ao Espírito de Verdade) — Bom Espírito, eu desejara saber o que pensas da missão que alguns Espíritos me assinaram. Dize-me, peço-te, se é uma prova para o meu amor-próprio. Tenho, como sabes, o maior desejo de contribuir para a propagação da verdade, mas, do papel de simples trabalhador ao de missionário em chefe, a distância é grande e não percebo o que possa justificar em mim graça tal, de preferência a tantos outros que possuem talento e qualidades de que não disponho [2].




Resposta — Confirmo o que te foi dito, mas recomendo-te muita discrição, se quiseres sair-te bem. Tomarás mais tarde conhecimento de coisas que te explicarão o que ora te surpreende. Não esqueças que podes triunfar, como podes falir. Neste último caso, outro te substituiria, porquanto os desígnios de Deus não assentam na cabeça de um homem. Nunca, pois, fales da tua missão; seria a maneira de a fazeres malograr-se. Ela somente pode justificar-se pela obra realizada e tu ainda nada fizeste. Se a cumprires, os homens saberão reconhecê-lo, cedo ou tarde, visto que pelos frutos é que se verifica a qualidade da árvore.

 

 
P.Nenhum desejo tenho certamente de me vangloriar de uma missão na qual dificilmente creio. Se estou destinado a servir de instrumento aos desígnios da Providência, que ela disponha de mim. Nesse caso, reclamo a tua assistência e a dos bons Espíritos, no sentido de me ajudarem e ampararem na minha tarefa.


R. — A nossa assistência não te faltará, mas será inútil se, de teu lado, não fizeres o que for necessário. Tens o teu livre-arbítrio, do qual podes usar como o entenderes. Nenhum homem é constrangido a fazer coisa alguma.

 



P. Que causas poderiam determinar o meu malogro? Seria a insuficiência das minhas capacidades?

R.Não; mas, a missão dos reformadores é prenhe de escolhos e perigos. Previno-te de que é rude a tua, porquanto se trata de abalar e transformar o mundo inteiro.

Não suponhas que te baste publicar um livro, dois livros, dez livros, para em seguida ficares tranqüilamente em casa. Tens que expor a tua pessoa. Suscitarás contra ti ódios terríveis; inimigos encarniçados se conjurarão para tua perda; ver-te-ás a braços com a malevolência, com a calúnia, com a traição mesma dos que te parecerão os mais dedicados; as tuas melhores instruções serão desprezadas e falseadas; por mais de uma vez sucumbirás sob o peso da fadiga; numa palavra: terás de sustentar uma luta quase contínua, com sacrifício de teu repouso, da tua tranqüilidade, da tua saúde e até da tua vida, pois, sem isso, viverias muito mais tempo [3].

 

 Ora bem! não poucos recuam quando, em vez de uma estrada florida, só vêem sob os passos urzes, pedras agudas e serpentes. Para tais missões, não basta a inteligência. Faz-se mister, primeiramente, para agradar a Deus, humildade, modéstia e desinteresse, visto que Ele abate os orgulhosos, os presunçosos e os ambiciosos. Para lutar contra os homens, são indispensáveis coragem, perseverança e inabalável firmeza. Também são de necessidade prudência e tato, a fim de conduzir as coisas de modo conveniente e não lhes comprometer o êxito com palavras ou medidas intempestivas. Exigem-se, por fim, devotamento, abnegação e disposição a todos os sacrifícios.

Vês, assim, que a tua missão está subordinada a condições que dependem de ti.

Espírito Verdade

 


Eu — Espírito Verdade, agradeço os teus sábios conselhos. Aceito tudo, sem restrição e sem idéia preconcebida.
Senhor! pois que te dignaste lançar os olhos sobre mim para cumprimento dos teus desígnios, faça-se a tua vontade! Está nas tuas mãos a minha vida; dispõe do teu servo. Reconheço a minha fraqueza diante de tão grande tarefa; a minha boa vontade não desfalecerá, as forças, porém, talvez me traiam. Supre à minha deficiência; dá-me as forças físicas e morais que me forem necessárias. Ampara-me nos momentos difíceis e, com o teu auxílio e dos teus celestes mensageiros, tudo envidarei para corresponder aos teus desígnios.

NOTA — Escrevo esta nota a 1º de janeiro de 1867, dez anos e meio depois que me foi dada a comunicação acima e atesto que ela se realizou em todos os pontos, pois experimentei todas as vicissitudes que me foram preditas. Andei em luta com o ódio de inimigos encarniçados, com a injúria, a calúnia, a inveja e o ciúme; libelos infames se publicaram contra mim; as minhas melhores instruções foram falseadas; traíram-me aqueles em quem eu mais confiança depositava, pagaram-me com a ingratidão aqueles a quem prestei serviços. A Sociedade de Paris se constituiu foco de contínuas intrigas urdidas contra mim por aqueles mesmos que se declaravam a meu favor e que, de boa fisionomia na minha presença, pelas costas me golpeavam. Disseram que os que se me conservavam fiéis estavam à minha soldada e que eu lhes pagava com o dinheiro que ganhava do Espiritismo. Nunca mais me foi dado saber o que é o repouso; mais de uma vez sucumbi ao excesso de trabalho, tive abalada a saúde e comprometida a existência.


Graças, porém, à proteção e assistência dos bons Espíritos que incessantemente me deram manifestas provas de solicitude, tenho a ventura de reconhecer que nunca senti o menor desfalecimento ou desânimo e que prossegui, sempre com o mesmo ardor, no desempenho da minha tarefa, sem me preocupar com a maldade de que era objeto. Segundo a comunicação do Espírito de Verdade, eu tinha de contar com tudo isso e tudo se verificou. Mas, também, a par dessas vicissitudes, que de satisfações experimentei, vendo a obra crescer de maneira tão prodigiosa! Com que compensações deliciosas foram pagas as minhas tribulações! Que de bênçãos e de provas de real simpatia recebi da parte de muitos aflitos a quem a Doutrina consolou! Este resultado não mo anunciou o Espírito de Verdade que, sem dúvida intencionalmente, apenas me mostrara as dificuldades do caminho.
Qual não seria, pois, a minha ingratidão, se me queixasse! Se dissesse que há uma compensação entre o bem e o mal, não estaria com a verdade, porquanto o bem, refiro-me às satisfações morais, sobrelevaram de muito o mal. Quando me sobrevinha uma decepção, uma contrariedade qualquer, eu me elevava pelo pensamento acima da Humanidade e me colocava antecipadamente na região dos Espíritos e desse ponto culminante, donde divisava o da minha chegada, as misérias da vida deslizavam por sobre mim sem me atingirem. Tão habitual se me tornara esse modo de proceder, que os gritos dos maus jamais me perturbaram.

Allan Kardec.

Bibliografia:

OBRAS PÓSTUMAS – Previsões concernentes ao Espiritismo - Minha primeira iniciação no Espiritismo - Minha Missão - Allan Kardec, Paris – 1890 - tradução de Guilon Ribeiro, Editora FEB. Versão Eletrônica pode ser baixada de:
www.opiniaoespirita.org/downloads/obras_postumas.pdf (1,27MB). Procure a página 343 do referido download.

Notas do Editor deste site (Opinião Espírita):
(Clique nos números das notas para encontrar a localização do texto que gerou a nota)

[1] - Essa conversa se deu 10 meses e 6 dias antes da publicação de O Livro dos Espíritos, que foi a primeira obra de Allan Kardec e que marcou, na Terra, o surgimento da Doutrina Espírita. A conversa representa o momento da aceitação, por parte de Kardec, da missão de codificar e propagar o Espiritismo.

[2] - A pergunta justifica-se, não pelo fato de Allan Kardec não se julgar capaz de realizar o trabalho, mas de já haver, àquela época e há vários anos, várias outras pessoas estudando e pesquisando os fenômenos espíritas, e que já poderiam estar num estágio mais avançado de conhecimentos e experiência. Na introdução de O Livro dos Espíritos (ver item IV), Kardec relata experiências que eram feitas desde 1849, enquanto que ele tomava pela primeira vez contato com os fenômenos somente em maio de 1855. E, quando ele lançou a sua Revista Espírita, a 1o de janeiro de 1858, sem um único assinante, já existiam nos Estados Unidos dezessete periódicos espiritualistas estabelecidos em língua inglesa (ver Apresentação da FEB na Revista Espírita de 1858, traduzida por Evandro Noleto Bezerra, Ed. FEB). Essas são as razões de ele julgar haver outros homens que seriam mais capazes do que ele para desempenhar a tarefa, e não uma demonstração de falsa humildade.

[3] - Repare o leitor na diferença entre as mensagens de Espíritos realmente superiores e a de Espíritos pretensamente superiores. Os espíritos realmente superiores indicam a missão e mostram as dificuldades do caminho; jamais constrangem. Já os pretensos superiores (ou mistificadores), prometem facilidades e glórias àqueles que desejam iludir, além de indicarem a aquisição de "karmas", ou mesmo problemas de ordem pessoal, como obsessões, por exemplo, caso se recusem a fazer o que eles lhes propõem.

 

Bibliografia das notas:

1.    O LIVRO DOS ESPÍRITOS – Allan Kardec, Paris – 1857 (tradução com base na 3a edição francesa). Versão eletrônica pode ser baixada de:www.opiniaoespirita.org/downloads/o_livro_dos_espiritos.pdf (1,27MB).

    

2.    Revista Espírita ano I - 1858, Ed. FEB - 3a Edição - 2004.

 

 
 
CRÔNICA: KARDEC E NAPOLEÃO
.

      Logo após o 18 Brumário (09 de novembro de 1799), quando Napoleão se fizera o Primeiro-Cônsul da República Francesa, reuniu-se, na noite de 31 de dezembro de 1799, no coração da latinidade, nas Esferas Superiores, grande assembléia de Espíritos sábios e benevolentes, para marcarem a entrada significativa do novo século.

 

      Antigas personalidades de Roma imperial, pontífices e guerreiros das Gálias, figuras notáveis da Espanha, ali se congregavam à espera do expressivo acontecimento.

      Legiões dos Césares, com os seus estandartes, falanges de batalhadores do mundo gaulês e grupos de pioneiros da evolução hispânica, associados a múltiplos representantes das Américas, guardavam linhas simbólicas de posição de destaque.

      Mas não sòmente os latinos se faziam representados no grande conclave. Gregos ilustres, lembrando as confabulações da Acrópole gloriosa, israelitas famosos, recordando o Templo de Jerusalém, deputações eslavas e germânicas, grandes vultos da Inglaterra, sábios chineses, filósofos hindus, teólogos budistas, sacrificadores das divindades olímpicas, renomados sacerdotes da Igreja Romana e continuadores de Maomet ali se mostravam como em vasta convocação de forças da ciência e da cultura da Humanidade.

      No concerto das brilhantes delegações que aí formavam, com toda a sua fulguração representativa, surgiam Espíritos de velhos batalhadores do progresso que voltariam à liça carnal ou que seguiriam, de perto, para o combate à ignorância e à miséria, na laboriosa preparação da nova era da fraternidade e da luz.

      No deslumbrante espetáculo da Espiritualidade Superior, com a refulgência de suas almas, achavam-se Sócrates, Platão, Aristóteles, Apolônio de Tiana, Orígenes, Hipócrates, Agostinho, Fénelon, Giordano Bruno, Tomás de Aquino, S. Luis de França, Vicente de Paulo, Joana d´Arc, Teresa  d´Avila, Catarina de Siena, Bossuet, Spinoza, Erasmo, Milton, Cristóvão Colombo, Gutenberg,  Galileu, Pascal, Swedenborg e Dante Alighieri, para mencionar apenas alguns heróis e paladinos da renovação terrestre; e, em plano menos brilhante, encontravam-se, no recinto maravilhoso, trabalhadores de ordem inferior, incluindo muitos dos ilustres guilhotinados da Revolução, quais Luis XVI, Maria Antonieta, Robespierre, Danton, Madame Roland, André Chenier, Bailly, Camille Desmoulins, e grandes vultos como Voltaire e Rousseau.

      Depois da palavra rápida de alguns orientadores eminentes, invisíveis clarins soaram na direção do plano carnal e, em breves instantes, do seio da noite, que velava o corpo ciclópico do mundo europeu, emergiu, sob a custódia de esclarecidos mensageiros, reduzido cortejo de sombras, que pareciam estranhas e vacilantes, confrontados com as feéricas irradiações do palácio festivo.

      Era um grupo de almas, ainda encarnadas que, constrangidas pela Organização Celeste, remontavam à vida espiritual, para a reafirmação de compromissos.

      À frente, vinha Napoleão, que centralizou o interesse de todos circunstantes. Era bem o grande corso, com os seus trajes habituais e com o seu chapéu característico.

      Recebido por diversas figuras de Roma antiga, que se apressavam em oferecer-lhe apoio e auxílio, o vencedor de Rivoli ocupou radiosa poltrona que, de antemão, lhe fora preparada.

      Entre aqueles que o seguiam, na singular excursão, encontravam-se respeitáveis autoridades reencarnadas no Planeta, como Beethoven, Ampère, Fúlton, Faraday, Goethe, João Dálton, Pestalozzi, Pio VII, além de outros campeões da prosperidade e de independência do mundo.

      Acanhados no veículo espiritual que os prendia à carne terrestre, quase todos os recém-vindos banhavam-se em lágrimas de alegria e emoção.

      O Primeiro-Cônsul da França, porém, trazia os olhos enxutos, não obstante a extrema palidez que lhe cobria a face. Recebendo o louvor de várias legiões, limitava-se a responder com acenos discretos, quando os clarins ressoaram de modo diverso, como se pusessem a voar para os cimos, no rumo do imenso infinito...

      Imediatamente uma estrada de luz, à maneira de ponte levadiça, projetou-se do Céu, ligando-se ao castelo prodigioso, dando passagem a inúmeras estrelas resplendentes.

      Em alcançando o solo delicado, contudo, esses astros se transformavam em seres humanos ninbados de claridade celestial.

      Dentre todos, no entanto, um deles avultava em superioridade e beleza. Tiara rutilante brilhava-lhe na cabeça, como aureolar-lhe de benções o olhar magnânimo, cheio de atração e doçura. Na destra, guardava um cetro dourado, a recamar-se de sublimes cintilações...

      Musicistas invisíveis, através dos zéfiros que passavam apressados, prorromperam num cântico de hosanas, sem palavras articuladas.

      A multidão mostrou profunda reverência, ajoelhando-se muitos dos sábios e guerreiros, artistas e pensadores, enquanto todos os pendões dos vexilários arriavam, silenciosos, em sinal de respeito.

      Foi então que o grande corso se pôs em lágrimas e, levantando-se, avançou com dificuldade, na direção do mensageiro que trazia o báculo de ouro, postando-se, genuflexo, diante dele.

      O celeste emissário, sorrindo com naturalidade, ergueu-o, de pronto, e procurava abraçá-lo, quando o Céu pareceu abrir-se diante de todos, e uma voz enérgica e doce, forte como a ventania e veludosa como a ignorada melodia da fonte, exclamou para Napoleão, que parecia eletrizado de pavor e júbilo, ao mesmo tempo:

      - Irmão e amigo ouve a Verdade, que te fala em meu espírito! Eis-te à frente do Apóstolo da Fé, que, sob a égide do Cristo, descerrará para a Terra atormentada um novo ciclo de conhecimento...

      César ontem, e hoje orientador, rende o culto de tua veneração, ante o pontífice da luz! Renova, perante o Evangelho, o compromisso de auxiliar-lhe a obra renascente!...

      Aqui se congregam conosco lidadores de todas as épocas. Patriotas de Roma e das Gálias, generais e soldados que te acompanharam nos conflitos da Farsália, de Tapso e da Munda, remanescentes das batalhas de Gergóvia e de Alésia aqui te surpreendem com simpatia e expectação... Antigamente, no trono absoluto, pretendias-te descendente dos deuses para dominar a Terra e aniquilar os inimigos... Agora, porém, o Supremo Senhor concedeu-te por berço uma ilha perdida no mar, para que te não esqueças da pequenez humana e determinou voltasses ao coração do povo que outrora humilhaste e escarneceste, a fim de que lhe garantas a missão gigantesca, junto da Humanidade, no século que vamos iniciar.

      Colocado pela Sabedoria Celeste na condição de timoneiro da ordem, no mar de sangue da Revolução, não olvides o mandato para o qual foste escolhido.

      Não acredites que as vitórias das quais foste investido para o Consulado devam ser atribuídas exclusivamente ao teu gênio militar e político.  A Vontade do Senhor expressa-se nas circunstâncias da vida. Unge-te de coragem para governar sem ambição e reger sem ódio. Recorre à oração e à humildade para que te não arrojes aos precipícios da tirania e da violência!...

      Indicado para consolidar a paz e a segurança, necessárias ao êxito do abnegado apóstolo que descortinará a era nova, serás visitado pelas monstruosas tentações do poder.

      Não te fascines pela vaidade que buscará coroar-te a fronte... Lembra-te de que o sofrimento do povo francês, perseguido pelos flagelos da guerra civil, é o preço da liberdade humana que deves defender, até o sacrifício. Não te macules com a escravidão dos povos fracos e oprimidos e nem enlameies os teus compromissos com o exclusivismo e com a vingança!...

      Recorda que, obedecendo a injunções do pretérito, renasceste para garantir o ministério espiritual do discípulo de Jesus que regressa à experiência terrestre, e vale-te da oportunidade para santificar os excelsos princípios de bondade e do perdão, do serviço e da fraternidade do Cordeiro de Deus, que nos ouve em seu glorificado sólio de sabedoria e de amor!

      Se honrares as tuas promessas, terminarás a missão com o reconhecimento da posteridade e escalarás horizontes mais altos da vida, mas, se as tuas, responsabilidades forem menosprezadas, sombrias aflições amontar-se-ão sobre as tuas horas, que passarão a ser gemidos escuros em extenso deserto...

      Dentro do novo século, começaremos a preparação do terceiro milênio do Cristianismo na Terra.

      Novas concepções de liberdade surgirão para os homens, a Ciência ergue-se-á a indefiníveis culminâncias, as nações cultas abandonarão para sempre o cativeiro e o tráfico de criaturas livres e a religião desatará os grilhões do pensamento que, até hoje, encarceram as melhores aspirações da alma no inferno sem perdão!...

 

     Confiamos, pois, ao teu espírito valoroso a governança política dos novos eventos e que o Senhor te abençoe!...

 

      Cânticos de alegria e esperança anunciaram nos céus a chegada do Século XIX e, enquanto o Espírito de Verdade, erguido por várias coortes resplandecentes, voltava para o Alto, a inolvidável assembléia se dissolvia...

      O apóstolo que seria Allan Kardec, sustentando Napoleão nos braços, conchegou-o de encontro ao peito e acompanhou-o bondosamente, até religá-lo ao corpo de carne, no próprio leito.
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      Em 3 de outubro de 1804, o mensageiro da renovação renascia num abençoado lar de Lião, mas o Primeiro-Cônsul da República Francesa, assim que se viu desembaraçado da influência benéfica e protetora do Espírito de Allan Kardec e de seus cooperadores, que retomavam, pouco a pouco, a integração com a carne, confiantes e otimistas, engalanou-se com a púrpura do mando e, embriagado de poder, proclamou-se Imperador, em 18 de maio de 1804, ordenando a Pio VII, viesse coroá-lo em Paris.

      Napoleão, contudo, convertendo celestes concessões em aventuras sanguinolentas, foi apressadamente situado, por determinação do Alto, na solidão curativa de Santa Helena, onde esperou a morte, enquanto Allan Kardec, apagando a própria grandeza, na humildade de um mestre-escola, muita vez atormentado e desiludido, como simples homem do povo, deu integral cumprimento à divina missão que trazia à Terra, inaugurando a era espírita-cristã, que, gradativamente, será considerada em todos quadrantes do orbe como a sublime renascença da luz para o mundo inteiro.


BIBLIOGRAFIA:                                                    

Mensagem psicografada pelo médium - Francisco Cândido Xavier do Espírito Humberto de Campos - também conhecido neste e em alguns livros psicografados pelo citado médium com o pseudônimo de Irmão X. Crônica de n° 28, do Livro: Cartas e Crônicas, 6a. Edição, FEB – 1986.

 

  



VIVÊNCIAS EVOLUTIVAS DE ALLAN KARDEC – Síntese.


      Neste artigo apresentamos sinteticamente algumas reencarnações de Allan Kardec, e a sua contribuição filosófica, cientifica e religiosa para a humanidade.


1.     SACERDOTE AMENOPHIS - No período de Ramsés II, no antigo Egito. Ilustre sábio da casa do Faraó Seti I, em aproximadamente, 3386 anos, passados, na época da 19ª. Dinastia. Neste mesmo período viveu Moisés. Citado no Livro Faraó Mernephtah de J. W. Rochester.


2.     SACERDOTE DRUÍDA - Allan Kardec, revelação dada pelo Espírito Zéfiro em 1856. Espírito protetor, dizendo a Denizard Rivail: Conhecemo-nos quando ambos vivemos nas Gálias entre os Druídas. Chamava-se Allan Kardec. Neste período de 58 a.C., imperador Julius César invadiu as Gálias.

3.     CENTURIÃO ROMANO - Quirílius Cornélius que viveu na Palestina como Centurião Romano, na época do Imperador Tibérius César, sendo Pôncio Pilatos o Procurador da Judéia. Esteve diversas vezes com Jesus. Instalou-se em Jerusalém. Entre vários fatos marcantes em sua vida, foi a cura de um servo por Jesus (Mateus, 8: 5-13). Quando Jesus foi preso quis deixá-lo fugir e ofereceu-se a ele para morrer em seu lugar. - Citado no Livro Herculanum de J. W. Rochester.


4.     JAN HUSS - Sacerdote, mártir e reformador Tcheco. Nasceu em Husinec em 1369 e morreu em 1415, com 46 anos de idade. Foi o período da pré - reforma da Igreja católica.  John Wyclif, muito influenciou Jerônimo de Praga e este  a Jan Huss. No final da vida Huss e Jerônimo, atacaram, publicamente, os dogmas romanos. Huss era detentor de um caráter sábio. A Igreja levou-o ao Concílio de Constança para que ele se retratasse, mas, este, manteve a sua doutrina que o Cristo era o chefe da Igreja e não Pedro. Aos 6 dias de Julho de 1415, foi condenado, amarrado em um poste, executado e queimado vivo.

5.     HIPPOLYTE LÉON DENIZARD RIVAIL - FRANÇA - 1804 a 1869 - SÉCULO XIX - Codificador do Espiritismo. Por uma longa evolução reencarnatória, Kardec foi colhendo o Conhecimento, o Amor e a Coragem que demonstrou na sua última vivência com A Missão.


RESUMO DA BRILHANTE TRAJETÓRIA DESSE ESPÍRITO

AMENOPHIS (Sacerdote) - A Iniciação
ALLAN KARDEC (Druída) - A Sabedoria
QUIRÍLIUS CORNÉLIUS (Centurião) - O Amor
JAN HUSS (Mártir) - O Testemunho
ALLAN KARDEC (Codificador) - A Missão.


João Batista Cabral -Presidente da ADE – SERGIPE. Jan.2005.

fonte:  Carlos Eduardo Cennerelli < ce.cennerelli@terra.com.br >

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