Emmanuel
“Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo,
e a mulher reverencie o seu marido.” Paulo. (EFÉSIOS, 5:33.)
As tragédias da vida conjugal costumam povoar a senda comum. Explicando o desequilíbrio, invoca-se a incompatibilidade dos temperamentos, os desencantos da vida íntima ou as excessivas aflições domésticas.
O marido disputa companhias novas ou entretenimentos prejudiciais, ao passo que, em muitos casos, abre-se a mente feminina ao império das tentações, entrando em falso rumo.
Semelhante situação, porém, será sempre estranhável nos lares formados sobre as escolas da fé, nos círculos do Cristianismo.
Os cônjuges, com o Cristo, acolhem, acima de tudo, as doces exortações da fraternidade.
É possível que os sonhos, muita vez, se desfaçam ao toque de provas salvadoras, dentro dos ninhos afetivos, construídos na árvore da fantasia. Muitos homens e mulheres exigem, por tempo vasto, flores celestes sobre espinhos terrenos, reclamando dos outros atitudes e diretrizes que eles são, por enquanto, incapazes de adotar, e o matrimônio se lhes converte em instituição detestável.
O cristão, contudo, não pode ignorar a transitoriedade das experiências humanas. Com Jesus, é impossível destruir os divinos fundamentos da amizade real. Busque-se o lado útil e santo da tarefa e que a esperança seja a lâmpada acesa no caminho...
Tua esposa mantém-se em nível inferior à tua expectativa? Lembra-te de que ela é mãe de teus filhinhos e serva de tuas necessidades. Teu esposo é ignorante e cruel? Não olvides que ele é o companheiro que Deus te concedeu...
Do livro Mãe. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. | |
Os cônjuges, desvelados por bem cumprir suas obrigações divinas, devem observar o máximo de atenção, respeito e carinho mútuos, concentrando-se ambos no lar, sempre que haja um perigo ameaçando-lhes a felicidade doméstica, porque na prece e na vigilância espiritual encontrarão sempre as melhores defesas.
No lar, muitas vezes, quando um dos cônjuges se transvia, a tarefa é de lutas e lágrimas penosas; porém, no sacrifício, toda alma se santifica e se_ilumina, transformando-se em modelo no sagrado instituto da família.
Para alcançar a paciência e o heroísmo domésticos, faz-se mister a mais entranhada fé em Deus, tomando-se como espelho divino a exemplificação de Jesus, no seu apostolado de abnegação e de dor, à face da Terra.
[41a] O CONSOLADOR – 23a. edição - Francisco Cândido Xavier – ditado pelo espírito Emmanuel * 1940 Entre cônjuges Prossiga amando e respeitando os pais, depois da formação da própria casa, compreendendo, porém, que isso traz novas responsabilidades para o exercício das quais é imperioso cultivar independência, mas, a pretexto de liberdade, não relegar os pais ao abandono.
Não deprecie os ideais e preocupações do outro.
Selecione as relações.
Respeite as amizades do companheiro ou da companheira.
É preciso reconhecer a diversidade dos gostos e vocações daquele ou daquela que se toma para compartilhar-nos a vida.
Antes de observar os possíveis erros ou defeitos do outro, vale mais procurar-lhe as qualidades e dotes superiores para estimulá-los ao desenvolvimento justo.
Jamais desprezar a importância das relações sexuais com o respeito à fidelidade nos compromissos assumidos.
Não sacrifique a paz do lar com discussões e conflitos, a pretexto de honorificar essa ou aquela causa da Humanidade, porque a dignidade de qualquer causa da Humanidade começa no reduto doméstico.
Não deixe de estudar e aprimorar-se constantemente, sob a desculpa de haver deixado a condição de solteiro ou de solteira.
Sempre necessário compreender que a comunhão afetiva no lar deve recomeçar, todos os dias, a fim de consolidar-se em clima de harmonia e segurança. pelo espírito André Luiz - Francisco Cândido Xavier [57] SINAL VERDE - Francisco Cândido Xavier – André Luiz - 4ª edição (1974)
Inviolabilidade das uniões sexuais nos lares em bases retas
Todos os encarnados que edificam o ninho conjugal, sobre a retidão, conquistam a presença de testemunhas respeitosas, que lhes garantem a privatividade dos atos mais íntimos, consolidando-lhes as fronteiras vibratórias e defendendo-as contra as forças menos dignas, tomando, por base de seus trabalhos, os pensamentos elevados que encontram no ambiente doméstico dos amigos;
não ocorre o mesmo, entretanto, nas moradias, cujos proprietários escolhem baixas testemunhas espirituais, buscando-as em zonas inferiores. A esposa infiel aos princípios nobres da vida em comum e o esposo que põe sua casa em ligação com o meretrício, não devem esperar que seus atos afetivos permaneçam coroados de veneração e santidade. Suas relações mais íntimas são objeto de participação das desvairadas testemunhas que colheram.
Tornam-se vítimas inconscientes de grupos perversos, que lhes partilham as emoções de natureza fisiológica, induzindo-as à mais dolorosa_viciação. Ainda que esses cônjuges infelizes estejam temporariamente catalogados no pináculo das posições sociais humanas, não poderão trair a miserável condição interior, sequiosos que vivem de prazeres criminosos, dominados de estranha e incoercível volúpia.
A condição da esposa fiel e devotada, ante um marido desleal e aventureiro, no campo sexual, não permanecerá à mercê das criminosas testemunhas que o homem escolheu.
O mau não pode perturbar o que é genuinamente bom. Em casos dessa espécie, a esposa garantirá o ambiente doméstico, embora isto lhe custe as mais difíceis abnegações e pesados sacrifícios. Os atos que lhe exijam a presença enobrecedora são sagrados, ainda que o companheiro, na vida comum, se tenha colocado em nível inferior aos brutos. Em situações como essa, no entanto, o marido imprevidente torna-se paulatinamente cego à virtude e converte-se por vezes no escravo_integral_das_entidades_perversas que tomou por testemunhas habituais, presentes em todos os seus caminhos e atividades fora do santuário da família. Chegado a esse ponto, é muito difícil impedir-lhe a queda nos desfiladeiros fatais do crime e das trevas.
A maioria das tragédias conjugais se transferem para além-túmulo, criando pavorosos infernos para aqueles que as viveram na Crosta_do_Mundo. É muito doloroso observar a extensão dos crimes perpetrados na existência carnal e ai dos desprevenidos que não se esforçam, a tempo, no sentido de combater as paixões baixas!
Angustioso lhes é o despertar após a morte!...
[16a] MISSIONÁRIOS DA LUZ – 36a ed. - Francisco Cândido Xavier – André Luiz * - @1943
NÃO SEPAREIS O QUE DEUS JUNTOU
Cap. XXII do Evangelho Segundo o Espiritismo
(Mateus, Cap. XIX, v. 3 a 9)
Qualquer que seja o compromisso, firmado sobre ilibada moral, caso seja desfeito, resulta responsabilidade para as partes.
Não se trata, portanto, de perguntar se é ou não é permitido acabar com o compromisso. O homem, através de seu livre_arbítrio, segundo a sua moralidade e dentro dos seus limites, tudo pode. O que devemos deixar bem claro é que, todos os atos do ser humano são susceptíveis de serem premiados ou expiados segundo as leis de DEUS.
No caso do casamento e divórcio de um casal, explicamos:
Ao se casarem, o homem e a mulher, firmaram compromisso de se respeitarem mutuamente, de se ajudarem na saúde e na doença, de educarem os filhos, etc.
Ao se divorciarem, seja lá qual for o motivo, serão responsabilizados pela falência do casamento, na exata medida da contribuição de cada um para que isso acontecesse, segundo as Leis de DEUS. No entanto, não devemos olvidar, que, seja qual for o peso desta responsabilidade, na maioria dos casos, a continuidade do casamento poderia se desdobrar em desentendimentos mais acentuados e que poderiam gerar responsabilidades maiores perante as Leis de DEUS.
Sob a visão espírita o ser humano, cujo estágio de pureza espiritual é concernente ao comum do Planeta, só está propenso a renúncias neste mesmo valor. Sabemos da existência de abençoadas exceções que são exemplos a serem seguidos, no entanto, são poucos.
Concluímos que todos devemos, a partir do problema posto, agir, através do nosso livre arbítrio, acrescido da maior dose de renúncia que conseguirmos reunir.
Seja qual for a nossa decisão, devemos cuidar para não perdermos a noção de que devemos amar a todos os nossos irmãos como a nós mesmos, conforme nos ensinou o querido JESUS DE NAZARÉ.
Vernil Eliseu
Nas esferas elevadas, as almas superiores identificam motivo de honra no serviço de amparo aos companheiros menos evolvidos que estagiam nos planos inferiores.
Não podemos olvidar que, na
Terra, o
matrimônio pode assumir aspectos variados, objetivando múltiplos fins. Em razão disso, acidentalmente, o homem ou a mulher encarnados podem experimentar o
casamento terrestre diversas vezes, sem encontrar a companhia das
almas_afins com as quais realizariam a união ideal. Isso porque, comumente, é preciso resgatar essa ou aquela dívida que contraímos com a energia sexual, aplicada de maneira infeliz ante os princípios de
causa e efeito.
Entretanto, se o
matrimônio expiatório ocorre em núpcias secundárias, o cônjuge liberado da
veste_física, quando se ajuste à afeição lie, freqüentemente se coloca a serviço da companheira ou do companheiro na retaguarda, no que exercita a compreensão e o
amor_puro. Quanto à reunião no
Plano_Espiritual, é razoável se mantenha aquela em que prevaleça a conjunção dos semelhantes, no grau mais elevado da escala de afinidades eletivas. Se os viúvos e as viúvas das núpcias efetuadas em grau menor de afinidade demonstram sadia condição de entendimento, são habitualmente conduzidos,
depois_da_morte, ao convívio do casal restituído à comunhão, desfrutando posição análoga à dos filhos queridos junto dos pais terrenos, que por eles se submetem aos mais eloqüentes e multifários testemunhos de carinho e sacrifício pessoal para que atendam, dignamente, à articulação dos próprios destinos.
Contudo, se a desesperação do ciúme ou a nuvem do despeito enceguecem esse ou aquele membro da equipe fraterna os cônjuges reassociados no plano superior amparam-lhe a
reencarnação, à maneira de benfeitores ocultos, interpretando-lhes a rebelião por sintoma enfermiço, sem lhes retirar o apoio amigo, até que se reajustem no tempo.
Ninguém veja nisso inovação ou desrespeito ao sentimento alheio, porquanto o lar terrestre enobrecido, se analisado sem preconceitos, permanece estruturado nessas mesmas bases essenciais, de vez que os pais humanos recebem, muitas vezes, no instituto doméstico, por filhos e filhas, aqueles mesmos laços do passado, com os quais atendem ao resgate de antigas contas, purificando emoções, renovando impulsos, partilhando compromissos ou aprimorando relações afetivas de alma para alma.
E nessa condição que em muitas circunstâncias surgem nas entidades renascentes sem que o véu da reencarnação lhes esconda de todo a memória, as psiconeuroses e fixações infanto-juvenis, cuja importância na conduta sexual da personalidade é exagerada em excesso pelos sexólogos e psicanalistas da atualidade, carentes de mais amplo contato com as realidades do Espírito e da reencarnação, que lhes permitiriam ministrar aos seus pacientes mais efetivo socorro de ordem moral.
Quanto ao divórcio, segundo os nossos conhecimentos no Plano Espiritual, somos de parecer não deva ser facilitado ou estimulado entre os homens, porque não existem na Terra uniões conjugais, legalizadas ou não, sem vínculos graves no princípio da responsabilidade assumida em comum.
Mal saídos do regime poligâmico, os homens e as mulheres sofrem-lhe ainda as sugestões animalizantes e, por isso mesmo, nas primeiras dificuldades da tarefa a que foram chamados, costumam desertar dos postos de serviço em que a vida os situa, alegando imaginárias incompatibilidades e supostos embaraços, quase sempre simplesmente atribuíveis ao desregrado narcisismo de que são portadores. E com isso exercem viciosa tirania sobre o sistema psíquico do companheiro ou da companheira mutilados ou doentes, necessitados ou ignorantes, após explorar-lhes o mundo emotivo, quando não se internam pelas aventuras do homicídio ou do suicídio, espetaculares, com a fuga voluntária de obrigações preciosas.
É imperioso, assim, que a sociedade humana estabeleça regulamentos severos a benefício dos nossos irmãos contumazes na infidelidade aos compromissos assumidos consigo próprios, a benefício deles, para que se não agreguem a maior desgoverno, e a benefício de si mesma, a fim de que não regresse à promiscuidade aviltante das tabas obscuras, em que o princípio e a dignidade da
família ainda são plenamente desconhecidos.
Entretanto, é imprescindível que o sentimento de humanidade interfira nos casos especiais, em que o divórcio é o mal menor que possa surgir entre os grandes males pendentes sobre a fronte do casal, sabendo-se, porém, que os devedores de hoje voltarão amanhã ao acerto das próprias contas.
[56] EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS - Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira – André Luiz 20ª edição. *
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