NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



Livros Grátis - Ebooks Grátis Para Download www.LivrosGratis.net

Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

Estudo com base in O Livro dos Espíritos, livro segundo, cap. 1,
MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS - DOS ESPÍRITOS,
obra codificada por Allan Kardec.
Pesquisa: Elio Mollo

ORIGEM E NATUREZA DOS ESPÍRITOS

Podemos definir que os Espíritos são os seres inteligentes da Criação. Eles povoam o Universo, além do mundo material. (LE  76)

( LE é abreviatura referente ao O Livro dos Espíritos.)

Nota de Allan Kardec: A palavra Espírito é aqui empregada para designar os seres extra-corpóreos e não mais o elemento inteligente Universal. (--)

Os Espíritos são obra de Deus, precisamente como acontece com um homem que faz uma máquina; esta é obra do homem, e não ele mesmo. O homem, quando faz uma coisa bela e útil, chama-a sua filha, sua criação. Podemos dizer que dá-se o mesmo com Deus. Somos seus filhos porque somos sua obra. (LE  77)

A lógica nos leva a deduzir que os Espíritos tiveram um começo, pois se os Espíritos não tivessem tido princípio, seriam iguais a Deus, mas pelo contrário, são sua criação, submetidos à sua vontade. Deus existe de toda a eternidade, isso é incontestável: mas quando e como ele criou, não o sabemos. Podemos dizer que não tivemos princípio, se com isso entendermos que Deus, sendo eterno, deve ter criado sem cessar; mas quando e como cada um de nós foi criado, ninguém o sabe; isso é um mistério para ser desvendado. (LE  78)

Uma vez que há dois elementos gerais do Universo: o inteligente e o material (1), podemos dizer que os Espíritos são formados do elemento inteligente (2), como os corpos inertes são formados do material. Os Espíritos são individualizações do princípio inteligente, como os corpos são individualizações do princípio material; a época e a maneira dessa formação é que desconhecemos. (LE – 79)

A criação dos Espíritos é permanente, não se verificou apenas na origem dos tempos, o que quer dizer que Deus jamais cessou de criar. (LE – 80)

Deus os criou os Espíritos, como a todas as outras criaturas, pela sua vontade, mas como já dissemos a sua origem é um mistério para ser desvendado. (LE – 81)

Não há como dizer se os Espíritos são imateriais. Como iremos definir uma coisa (3), quando não dispomos de termos de comparação e se usamos uma linguagem insuficiente? Um cego de nascença pode definir a luz? Imaterial não é o termo apropriado, a definição incorpóreo, seria mais exato, pois devemos compreender que, sendo uma criação, o Espírito deve ser alguma coisa. É uma matéria quintessenciada (4), para a qual não dispomos de analogia, é tão eterizada, que não pode ser percebida pelos nossos sentidos. (LE  82)


Nota de Allan Kardec: Dizemos que os Espíritos são imateriais porque a sua essência difere de tudo o que conhecemos pelo nome de matéria. Um povo de cegos não teria palavras para exprimir a luz e os seus efeitos. O cego de nascença julga ter todas as percepções pelo ouvido, o olfato, o paladar e o tato; não compreende as idéias que lhe seriam dadas pelo sentido que lhe falta. Da mesma maneira, no tocante à essência dos seres super-humanos, somos como verdadeiros cegos. Não podemos defini-los, a não ser por meio de comparações sempre imperfeitas, ou por um esforço da imaginação [5].

Os Espíritos terão fim? Compreende-se que o princípio de que eles emanam seja eterno, mas a sua individualidade terá um termo? E, num dado tempo, mais ou menos longo, o elemento de que são formados não se desagregará e não retornará a massa de que saíram, como acontece com os corpos materiais?

Realmente, é difícil compreender que uma coisa que teve começo não tenha fim. Porém, há muitas coisas que ainda não compreendemos, porque a nossa inteligência é limitada: mas não é isso razão para as repelirmos. O filho não compreende tudo o que o pai compreende, nem o ignorante tudo o que o sábio compreende, mas neste caso podemos dizer que a existência dos Espíritos não tem fim: é tudo quanto somos levados compreender, por enquanto. (LE  83)

MUNDO NORMAL PRIMITIVO

Os Espíritos constituem um mundo à parte, além daquele que vemos, o mundo dos Espíritos ou das inteligências incorpóreas. (LE  84)

O mundo espírita ou o mundo corpóreo é o principal na ordem das coisas: ele preexiste e sobrevive a tudo. (LE  85)

O mundo corpóreo poderia deixar de existir, ou nunca ter existido, sem com isso alterar a essência do mundo espírita, eles são independentes, e não obstante, a sua correlação é incessante, porque reagem incessantemente um sobre o outro. (LE  86)

Os Espíritos estão por toda parte: povoam ao infinito os espaços infinitos (6). Há os que estão sem cessar ao nosso lado, observando-nos e atuando sobre nós, sem o sabermos: porque os Espíritos são uma das forças da Natureza, são os instrumentos de que Deus se serve para o cumprimento de seus desígnios providenciais: mas nem todos vão a toda parte, porque há regiões interditas aos menos avançados. (LE  87)

FORMA E UBIQÜIDADE DOS ESPÍRITOS

Aos nossos olhos os espíritos não tem uma forma determinada, limitada e constante. Podemos dizer que eles são uma flama, um clarão ou uma centelha etérea (7). (vide q. 23, 23ª e 26 de O Livro dos Espíritos. (LE  88)

Esta flama ou centelha varia do escuro ao brilho do rubi, de acordo com a menor ou maior pureza do Espírito. (LE – 88a)

Nota de Allan Kardec: Representam-se ordinariamente os gênios, com uma flama ou uma estrela na fronte. É essa uma alegoria, que lembra a natureza essencial dos Espíritos. Colocam-na no alto da cabeça, por ser ali que se encontra a sede da inteligência.

Os Espíritos gastam tempo para atravessar o espaço, mas rápido como o pensamento (8). (LE  89)

Quando o pensamento está em alguma parte, a alma também o está, pois é a alma que pensa. O pensamento é um atributo (9). (LE  89a)

O Espírito que se transporta de um lugar a outro (10) e pode ter consciência da distância que percorre e dos espaços que atravessa e, subitamente se transportar para onde deseja ir, ambas as situações são possíveis, pois o Espírito pode perfeitamente, se o quiser, dar-se conta da distância que atravessa, mas essa distância pode também desaparecer por completo isso depende de sua vontade e também da sua Natureza, se mais ou menos depurada. (LE – 90)

A matéria não oferece obstáculo aos Espíritos (11), eles penetram tudo, o ar, a terra, as águas, o próprio fogo lhes são igualmente acessíveis. (LE – 91)

Os Espíritos não tem o dom da ubiqüidade, ou, em outras palavras, o mesmo Espírito não pode dividir-se ou estar ao mesmo tempo em vários pontos, pois não pode haver divisão de um Espírito, contudo cada um deles é um centro que irradia para diferentes lados, e é por isso que parecem estar em muitos lugares ao mesmo tempo. Vês o Sol, que não é mais do que um, e não obstante irradia por toda parte e envia os seus raios até muito longe. Apesar disso, ele não se divide (12). (LE – 92)

Os Espíritos não irradiam com o mesmo poder, bem longe disso, o poder de irradiação depende do grau de pureza de cada um. (LE – 92a)

Nota de Allan Kardec: Cada Espírito é uma unidade indivisível; mas cada um deles pode estender o seu pensamento em diversas direções, sem por isso se dividir. É somente nesse sentido que se deve entender o dom de ubiqüidade atribuido aos Espíritos. Como uma fagulha que projeta ao longe a sua claridade e pode ser percebida de todos os pontos do horizonte. Como, dada, um homem que, sem mudar de lugar e sem se dividir, pode transmitir ordens, sinais e produzir movimentos em diferentes lugares.

 * * *

(1) Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o Espírito e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o Espírito não o fosse. Está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.

Espírito           Fluido Universal            Matéria
[----------------------I-----------------------]

Esse fluido é suscetível de inúmeras combinações. O que chamamos de fluido elétrico, fluido magnético, são modificações do fluido universal, que não é, propriamente falando, senão matéria mais perfeita, mais sutil e que se pode considerar independente. (q. 27. a (LE)) 

(2) Observações importantes:

in O Livro dos Espíritos, q. 23.

Que é o espírito? (*)
O princípio inteligente do Universo.

(*) Alma ou espírito elementar fazendo abstração do perispírito.

In O que é o Espiritismo, Cap. II, item 9, 10 e 14  Allan Kardec observa que:

Quando a alma está ligada ao corpo, durante a vida, tem duplo envoltório: um pesado e grosseiro e perecível, que é o corpo; o outro fluídico, leve e indestrutível, chamado perispírito.

Existem, portanto, no homem, três elementos essenciais:

1º. A alma ou espírito, princípio inteligente onde residem o pensamento, a vontade e o senso moral (vide qq. 23, 25 e 26 de LE);

2º. O corpo, envoltório material que põe o espírito em relação com o mundo exterior; (vide q. 25 de LE)

3º. O perispírito, invólucro fluídico, leve, imponderável, servindo de liame e de intermediário entre o espírito (alma) e o corpo.”

A união da alma, do perispírito, e do corpo material constitui o homem. A alma e o perispírito separados do corpo constituem a ser a que chamamos Espírito. (vide qq. 27, 135 e 135a  de LE)

NOTA DE ALLAN KARDEC referindo-se aos itens acima citados:

• A alma é assim um ser simples;
• O Espírito um ser duplo, e
• O homem um ser triplo.

Seria portanto mais exato reservar a palavra alma para designar o princípio inteligente, e a palavra Espírito para o ser semimaterial formado desse princípio e do corpo fluídico. Mas como não se pode conceber o princípio inteligente sem ligação material, as palavras alma e Espírito são, no uso comum, indiferentemente empregadas uma pela outra; é a figura que consiste em tomar a parte pelo todo, da mesma forma que se diz que uma cidade é habitada por tantas almas, uma vila composta de tantas casas; porém, filosoficamente é essencial fazer-se a diferença.

(3) Aos nossos olhos os espíritos não tem uma forma determinada, limitada e constante. Podemos dizer que eles são uma flama, um clarão ou uma centelha etérea [1]. (vide q. 23, 23ª e 26 de O Livro dos Espíritos. (LE – 88) 

(4) in dicionário UOL (http://www2.uol.com.br/michaelis/)
 quin.tes.sên.cia  sf  (fr quintessence) Veja quinta-essência
quin.ta-es.sên.cia  sf  (quinta+essência)
1 Substância etérea e sutil, considerada pelos alquimistas como um quinto elemento, além da água, da terra, do fogo e do ar, e obtida após cinco destilações sucessivas.
2 Extrato retificado, refinado e apurado ao extremo.
3 A parte mais pura, mais delicada; excelente, sutil.
4 Requinte, auge, grau mais elevado. Pl: quinta-essências. Var: quintessência.

[5] Os Espíritos revestidos do perispírito são o objeto desta referência. Sem o perispírito, nada tem de material, como podemos ver na resposta à questão 79 do “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, obra codificada por Allan Kardec. Nota de J. Herculano Pires.

(6) Podemos definir que os Espíritos são os seres inteligentes da Criação. Eles povoam o Universo, além do mundo material. (LE – 76)

(7) Todo este trecho se refere ao espírito puro, alma, princípio inteligente fazendo abstração do perispírito, segundo J. Herculano Pires é necessário atentar para essas variações (2), a fim de não confundirmos as explicações.

(8) Kardec in nota a resposta dada pelos Espíritos à resposta 662, diz que: “Possuímos, em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade um poder de ação que se estende além dos limites da nossa esfera corporal.

(9) O pensamento é um dos atributos do Espírito; a possibilidade de agir sobre a matéria, de impressionar nossos sentidos e, por conseguinte, transmitir seu pensamento, resulta, se podemos nos  exprimir  assim, da sua constituição fisiológica: portanto, não  há  nesse  fato  nada   de sobrenatural, nada de  maravilhoso. (Allan Kardec in O Livro dos Médiuns, PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULO II - O MARAVILHOSO E O SOBRENATURAL)

Allan Kardec in nota à resposta dada pelos Espíritos à questão 71 de O Livro dos Espíritos observa que: “A inteligência é uma faculdade especial, própria de certas classes de seres orgânicos e que lhes dá, com o pensamento, a vontade de agir, a consciência de sua existência e de sua individualidade, assim como os meios de estabelecer intercâmbio com o mundo exterior e de prover às suas necessidades.”

(10) Sobre as sensações e percepções do espírito Kardec in Revista Espírita - janeiro 1866 (A JOVEM CATALÉPTICA DE SOUABE), diz que: “Da visão à distância, que resulta no transporte da alma ao lugar que ela descreve; da lucidez sonambúlica, etc.”

(11) ...para o Espírito, a matéria não oferece obstáculos, pois ele a atravessa livremente. (LE – 429)

(12) Para responder, ao mesmo tempo, às perguntas que lhe são dirigidas, o Espírito se divide ou tem o dom da ubiqüidade
R - O Sol é um só e, no entanto, irradia ao seu derredor, levando longe seus raios,sem se dividir. Do mesmo modo, os Espíritos. O pensamento do Espírito é como uma centelha que projeta longe a sua claridade e pode ser vista de todos os pontos do horizonte. Quanto mais puro é o Espírito tanto mais o seu pensamento se irradia e se estende, como a luz. Os Espíritos inferiores são muito materiais; não podem responder senão a uma única pessoa de cada vez, nem vir a um lugar, se são chamados em outro. 

Um Espírito superior, chamado ao mesmo tempo em pontos diferentes, responderá a ambas as evocações, se forem ambas sérias e fervorosas. No caso contrário, dá preferência à mais séria. (O LIVRO DOS MÉDIUNS  62ª. ed.  Allan Kardec (GUIA DOS MÉDIUNS E DOS EVOCADORES) (Paris - 1861), 2ª parte, item 282, questão 30)

(--) Para ler mais sobre este item acione os < link’s > abaixo indicados:


O VERDADEIRO CENTRO ESPÍRITA (Por Suely C. Schubert)

 
Costumamos freqüentar o Centro Espírita durante anos sem atentarmos para aspectos mais profundos da sua importância, pois o vemos apenas como o local onde vamos buscar ajuda, consolo, amparo e esclarecimento, e onde se tem um bom ambiente espiritual, apropriado para as reuniões espíritas. Não nos damos conta de toda a complexa estrutura espiritual que mantém uma sede de atividades espíritas, no âmbito dos encarnados, para que ela possa atuar nos dois planos da vida.

Entretanto, há alguns anos, estamos sendo conscientizados, principalmente através de mensagens dos Instrutores Espirituais, do que é, na realidade, o Centro Espírita e a premente necessidade que temos de adequá-lo e preservá-lo de acordo com as diretrizes da Codificação, bem como dos cuidados com que a Espiritualidade Maior cerca e dispensa, ao longo do tempo, aos núcleos espíritas que estão incluídos entre os que são merecedores dessas providências, pelo trabalho sério, nobre e edificante que realizam.

O Espírito Manoel Philomeno de Miranda relata no capítulo 21 do livro Tramas do Destino, como são os planejamentos espirituais de um Centro Espírita, inclusive relatando os compromissos assumidos pela equipe espiritual que trabalharia diretamente com os encarnados, junto àquele que seria o seu patrono, no caso o Espírito Francisco Xavier, que foi abnegado trabalhador do Cristianismo no século XVI. 1

Iremos enfocar aqui alguns desses planejamentos do plano extrafísico, e como são efetuados na prática pelos Benfeitores Espirituais, fazendo uma reflexão em torno da participação dos encarnados, enquanto tarefeiros da seara espírita.

Alicerces espirituais:

O Centro Espírita é muito mais do que a casa física que lhe serve de sede. Transcende às paredes, aos muros que o circundam e ao teto que o cobre. Em verdade, o Centro Espírita é um complexo espiritual em que se labora nos dois planos da vida, a física e a extrafísica, e com as duas humanidades, a dos encarnados e a dos Espíritos desencarnados.

Em razão disso, as providências e cuidados da Espiritualidade Maior são imensos quanto ao planejamento e a organização de uma instituição espírita.

Já há muito sabemos que as planificações espirituais antecedem as dos encarnados, por isso se diz, comumente, quando se pensa e projeta uma obra espírita, que esta já estava edificada na Espiritualidade. O que é real e verdadeiro.

Os alicerces espirituais, portanto, são “levantados” bem antes, servindo de modelo para a obra que se pretende edificar no plano terreno.

O Centro Espírita não é a casa onde ele se abriga, mas, sim, o labor que ali se desenvolve, o ambiente que se cultiva e preserva, a organização intemporal que o orienta e assessora, os objetivos e finalidades que o norteiam, o ideal e o sentimento com que o conduzem. Por isso prescinde a obra espírita do luxo e do supérfluo para atender à simplicidade e ao conforto que a tornem acolhedora.

As suas bases, os seus alicerces espirituais assim argamassados farão com que a obra se erga firme na Terra e permaneça de pé vencendo as tormentas e vicissitudes humanas. É “a casa edificada sobre a rocha”, de que nos fala Jesus, capaz de resistir através dos tempos. Mas que só se materializará se a equipe encarnada colocar dia a dia os tijolos do amor e o cimento da perseverança; se os labores ali efetuados levarem o sinete da caridade e do desinteresse pessoal, transformando-se assim em templo e lar, hospital e escola.

Reafirmamos: para isto não há necessidade de que a obra seja luxuosa ou grandiosa; ela poderá ser uma casinha simples, despojada, de acordo com a realidade local, e ter uma atmosfera espiritual resplandecente, resultante do trabalho que ali se realiza, pois no dizer de Léon Denis “no mais miserável tugúrio há frestas para Deus e para o Infinito”.
_