NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



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Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A Força do Espiritismo

Indubitavelmente vivemos a Era do Espírito.

Os que tem olhos de ver e ouvidos de ouvir, percebem claramente o espírito se derramando sobre toda a carne, como previu a própria Bíblia. O Espiritismo, embora não se dizendo o único caminho, e nem a única verdade, percebe mais claramente essa verdade, e antecipa de mais de um século o movimento Nova Era.

O Espiritismo tem uma força, um vigor extraordinário, e se lhe cerceiam a liberdade em algum lugar, ele contorna o obstáculo e aparece mais à frente. Leiam o que escreveu Allan Kardec sobre a força do Espiritismo na Revista Espírita de novembro de 1861:

"A força do Espiritismo tem duas causas preponderantes.

A primeira é a que torna felizes os que o conhecem, o compreendem e o praticam. Ora, como há muita gente infeliz, ele recruta um exército inumerável entre os que sofrem. Querem lhe tirar esse elemento de propagação? Que tornem os homens de tal modo felizes, moral e materialmente, que estes nada mais tenham a desejar, nem neste, nem no outro mundo.

A Segunda é que ele não repousa na cabeça de nenhum homem que possa ser derrubado; não tem um foco único que possa ser extinto; seu foco está em toda parte, porque em toda parte há médiuns que podem comunicar-se com os espíritos; não há família que não os possua em seu seio e que realizam essas palavras do Cristo: vossos filhos e vossa filhas profetizarão e terão visões".

Este pronunciamento feito em 1861 ainda é muito válido e nos mostra o caráter consolador e iluminador do Espiritismo. A felicidade é o objeto de procura constante da humanidade.

O Espiritismo dá essa felicidade, mas não porque oferece bens e vitórias materiais, curas milagrosas, fenômenos chocantes que assombram a razão, mas sim porque revela ao homem a sua origem e seu destino. Ele não oferece riquezas, títulos, posses, mas conduz o homem para dentro de si mesmo.

Conhecendo o porquê da vida e a sua destinação, ele não torna o homem conformista, porém, tira-lhe a ansiedade e faz com que se desapegue das coisas materiais, para evoluir e conquistar as coisas transcendentais.

O espírita deixou de ser profano e místico para ser cósmico. Embora valendo-se das coisas do mundo, não se prende a elas, e fica livre para o seu vôo transcendental rumo às estrelas.

Embora a Doutrina seja dos espíritos, como afirmou Allan Kardec, ela é também humana, pois o próprio Kardec foi um dos seus elaboradores, e homens de bom senso, como Leon Denis, Delane, Geley, Bozzano, Carlos Imbassahy, Deolindo Amorim, Herculano Pires e muitos outros vem contribuindo para as formulações doutrinárias. Como disse o próprio Kardec, seu foco está por toda parte, porque, por toda parte existem médiuns e espíritos.

Estamos em pleno século XXI – e temos grandes esperanças que o mundo entre pelos caminhos da paz, da justiça social, da solidariedade. O homem terá que perceber que precisa parar de destruir o meio-ambiente e canalizar as fortunas gastas em armamentos, para solucionar os graves problemas que afetam as nações pobres.

Guardemos a certeza que e estamos em plena construção de uma nova era de paz e realizações.



Por: Amilcar Del Chiaro Filho

O INFINITO E O ESPAÇO UNIVERSAL



No roteiro nº 1, falamos de Deus, como causa necessária do Universo.

Mas o que é Universo?

É o conjunto de tudo o que existe e não é obra do homem. O Universo é a obra de Deus, - de que faz parte o próprio homem, ser pensante e racional, mas que é apenas uma criatura, um filho de Deus. Nesse Universo, há de considerar-se desde logo o espaço, que é a extensão onde tudo existe, e ligado a esse espaço deve considerar-se também o tempo. Espaço e tempo, porém, em termos universais, e em relação a Deus, têm as dimensões do infinito e da eternidade.

É isso que nos ensina a Doutrina Espírita, exposta em O Livro dos Espíritos. Ali, à pergunta de Allan Kardec, de nº 35 O Espaço universal é infinito ou limitado?, os Espíritos responderam:

Infinito. Supõe-no limitado: que haverá para lá de seus limites? Isto te confunde a razão, bem o sei; no entanto, a razão te diz que não pode ser de outro modo. O mesmo se dá com o infinito em todas as coisas. Não é na pequenina esfera em que vos achais que podereis compreendê-lo. (...)

O espaço é, pois, infinito. Que se deve, entretanto, entender por infinito? Disseram-no também os Espíritos, na resposta à pergunta nº 2 de O Livro dos Espíritos:

(...) O que não tem começo nem fim: o desconhecido; tudo o que é desconhecido é infinito.

E à pergunta seguinte: Poder-se-ia dizer que Deus é o infinito? E os Espíritos responderam:

(...) Definição incompleta. Pobreza da linguagem humana, insuficiente para definir o que está acima da linguagem dos homens.

Deus é infinito em suas perfeições (acrescenta Kardec em comentário próprio) mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é o infinito é tomar o atributo de uma coisa pela coisa mesma, é definir uma coisa que não está conhecida por uma outra que não o está mais do que a primeira.

Começando a enumerar as atributos divinos, explana magistralmente Kardec: (...) Deus é eterno. Se tivesse tido princípio, teria saído do nada, ou, então, também teria sido criado, por um ser anterior. É assim que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito e à eternidade. (...)

Como se vê, apesar da lógica de Kardec, o assunto parece extremamente complexo e o problema aparentemente insolúvel. Entretanto tudo pode-se tornar extremamente simples e a solução limpidamente clara, se se coloca o homem na condição de criatura imperfeita ainda, mas perfectível, simples e ignorante em seu começo: pequena, podendo, porém, engrandecer-se, e por desígnio divino, através de degraus sucessivos, cada vez mais altos, que o vão tirando da ignorância, aumentando-lhe pouco a pouco o horizonte, dilatando-lhe a visão das coisas e dando-lhe, enfim, maior intuição. É a grande lei do progresso.

Conforma-te, pois, oh! homem, com o teu degrau atual e esforça-te por subir os sucessivos degraus da escala! Sê humilde diante da grandeza do Criador e confia na sua divina providência, que te criou para atingires um dia os píncaros do saber e de excelsas virtudes.

No capítulo VI de A Gênese, de Allan Kardec, pags. 103 a 105 da edição FEB, há uma mensagem do elevado Espírito Galileu, recebida na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, através da mediunidade de C.F. (a editora informa que essas são as iniciais de Camille Flammarion) que satisfaz a razão no que toca às noções que estamos procurando adquirir neste roteiro, e cujo texto vamos a seguir transcrever integralmente:

(...) 1. - Já muitas definições de espaço foram dadas, sendo a principal esta: o espaço é a extensão que separa dois corpos, na qual certos sofistas deduziram que onde não haja corpos haverá espaço. Nisto foi que se basearam alguns doutores em teologia para estabelecer que o espaço é necessariamente finito, alegando que certo número de corpos finitos não poderiam formar uma série infinita e que, onde acabassem os corpos, igualmente o espaço acabaria.

Também definiram o espaço como sendo o lugar onde se movem os mundos, o vazio onde a matéria atua, etc. Deixemos todas essas definições, que nada definem, nos tratados onde repousam.

Espaço é uma dessas palavras que exprimem uma idéia primitiva e axiomática, de si mesma evidente, e a cujo respeito as diversas definições que se possam dar nada mais fazem do que obscurecê-la. Todos sabemos o que é o espaço e eu apenas quero firmar que ele é infinito, a fim de que os nossos estudos ulteriores não encontrem uma barreira opondo-se às investigações do nosso olhar.

Ora, digo que o espaço é infinito, pela razão de ser impossível imaginar-se-lhe um limite qualquer e porque, apesar da dificuldade com que topamos para conceber o infinito, mais fácil nos é avançar eternamente pelo espaço, em pensamento, do que parar num ponto qualquer, depois do qual não mais encontrássemos extensão a percorrer.

Para figurarmos, quanto no-lo permitam as nossas limitadas faculdades, a infinidade do espaço, suponhamos que, partindo da Terra, perdida no meio do infinito, para um ponto qualquer do Universo, com a velocidade prodigiosa da centelha elétrica, que percorre milhares de léguas por segundo, e que, havendo percorrido milhões de léguas mal tenhamos deixado este globo, nos achamos num lugar donde apenas o divisamos sob o aspecto de pálida estrela. Passando um instante, seguindo sempre a mesma direção, chegamos a essas estrelas longínquas que mal percebeis da vossa estação terrestre. Daí, não só a Terra nos desaparece inteiramente do olhar nas profundezas do céu, como também o próprio Sol, com todo o seu esplendor, se há eclipsado pela extensão que dele nos separa. Animados sempre da mesma velocidade do relâmpago, a cada passo que avançamos na extensão, transpomos sistemas de mundos, ilhas de luz etérea, estradas estelíferas, paragens suntuosas onde Deus semeou mundos na mesma profusão com que semeou as plantas nas pradarias terrenas.

Ora, há apenas poucos minutos que encaminhamos e já centenas de milhões de milhões de léguas nos separam da Terra, bilhões de mundos nos passaram sob as vistas e, entretanto, escutai! Em realidade, não avançamos um só passo que seja no Universo.

Se continuarmos durante anos, séculos, milhares de séculos, milhões de períodos cem vezes seculares e sempre com a mesma velocidade do relâmpago, nem um passo igualmente teremos avançado, qualquer que seja o lado para onde nos dirijamos e qualquer que seja o ponto para onde nos encaminharemos, a partir desse grãozinho invisível donde saímos e a que chamamos Terra.

Eis aí o que é o espaço! (...)

Estudemos, agora, o tempo.

Segundo Allan Kardec, (...) O tempo é a sucessão das coisas. Está ligado à eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao infinito (...).

O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias; a eternidade não é suscetível de medida alguma, do ponto de vista da duração; para ela, não há começo, nem fim: tudo lhe é presente. (...)

(...) O espaço existe por si mesmo, passando-se o contrário com relação ao tempo.

É impossível supor a supressão do espaço. (...) Já não é assim com relação ao tempo.

O tempo é criado pela medida dos movimentos celestes. Se a Terra não girasse, nem astro algum; se não houvesse sucessão de períodos, não existiria o tempo. Foi a Astronomia que criou o tempo. Suprimi o Universo, o espaço continuará a existir, mas o tempo cessará, desvanecer-se-á, desaparecerá (...)

(...) Eisntein descartou-se do conceito de tempo absoluto - um fluxo universal inexorável de tempo, firme, invariável, correndo de um passado infinito para um futuro infinito. Muito da obscuridade que envolve a Teoria da Relatividade (...) procede da relutância do homem em reconhecer que o senso do tempo, como o senso de cor, é uma forma de percepção. Assim como não há tal coisa como cor sem olhos para observá-la, da mesma forma, um instante, uma hora ou um dia nada são sem um evento que os assinale. E como espaço é simplesmente uma ordem possível de objetos materiais, o tempo é simplesmente uma ordem possível de eventos.

O tempo seria, então, um conceito meramente subjetivo, ou seja, estaria exclusivamente na dependência de um observador para apreciá-lo em determinado ponto e, portanto, inescapavelmente subordinado à relatividade de sua posição quanto a tudo o mais no Universo que o cerca. (...)



LEON DENIS





Uma manifestação interessante

Livro: Fatos Espíritas
William Crookes
Saiba mais')" >http://www.autoresespiritasclassicos.com

O extraordinário médium D. D. Home narra o seguinte caso, na sua obra Life and Mission:

“Quando eu residia em Springfield, tive uma grave moléstia que me reteve ao leito durante algum tempo. Um dia, na ocasião em que o médico se retirava, um Espírito me deu esta comunicação: “Tomai o trem da tarde para Hartford, pois se trata de um negócio importante para o progresso da causa; não repliqueis, fazei simplesmente o que vos dizemos”.

Dei conhecimento à minha família dessa extraordinária ordem e, apesar do meu estado de fraqueza, tomei o trem, ignorando completamente o que eu ia fazer e o objetivo de tal viagem.

Ao chegar a Hartford, veio ao meu encontro um estrangeiro, que me disse: “Só tive ocasião de vos ver uma única vez, mas creio que falo com o Sr. Home.” Respondi-lhe afirmativamente, acrescentando que eu chegava a Hartford sem nenhuma idéia do que se queria da minha pessoa. “É engraçado! – replicou o meu interlocutor –, eu vinha exatamente tomar o trem para vos ir procurar em Springfield.” Explicou-me ele, então, que uma família influente, bem conhecida, me pedia para eu fazer-lhe uma visita e prestar o meu concurso às investigações que ela desejava fazer sobre o Espiritismo. O fim da viagem começava, pois, a desenhar-se, mas o mistério permanecia ainda velado.

Agradável trajeto em carruagem conduziu-nos logo ao nosso destino. O dono da casa, o Sr. Ward Cheney, que veio receber-me à porta, saudou-me, dizendo que não esperava que eu chegasse senão no dia seguinte pela manhã.

Logo que entrei no vestíbulo, a minha atenção foi atraída por um ruído semelhante ao farfalhar de um pesado vestido de seda. Olhei ao redor de mim e fiquei surpreendido de não ver ninguém; passamos, então, a uma das salas e não me preocupei mais com esses incidente.

Pouco depois, vi no vestíbulo uma velha baixa, com pesado vestido de seda escura, a qual parecia muito preocupada. Aí estava a explicação desses mistérios; eu tinha ouvido, sem ver, essa pessoa que ia e vinha pela casa.

Repetindo-se o farfalhar do vestido, o Sr. Cheney, que o tinha ouvido ao mesmo tempo em que eu, perguntou-me de onde vinha esse ruído. “Ora esta! – respondi –, é do vestido de seda escura dessa velha que vejo no vestíbulo.” Quem seria essa pessoa? A aparição era, efetivamente, tão perfeita que eu não duvidava que fosse uma criatura em carne e osso. Como o resto da família chegasse naquele instante, as apresentações impediram o Sr. Cheney de me responder e, naquele momento, eu não tive mais ocasião de obter informações.

Tendo sido servido o jantar, fiquei admirado de não ver à mesa a senhora do vestido de seda; esses fatos despertaram a minha curiosidade e essa senhora tornou-se logo para mim um objeto de preocupação.

Quando todos deixaram a sala de jantar, ouvi de novo o farfalhar do vestido de seda e, também, uma voz disse: “Eu estou aborrecida porque colocaram um caixão sobre o meu; não quero que ele fique ali”.

Tendo eu dado parte dessa comunicação ao dono da casa e à sua mulher, eles se olharam com admiração e, em seguida, o Sr. Cheney, rompendo o silêncio, me disse que reconhecia perfeitamente esse vestido, a sua cor e mesmo seu gênero de seda espessa, mas que o fato do caixão colocado sobre o dela era um absurdo. Essa resposta me tornou perplexo; eu não sabia mais o que dizer.

Uma hora depois, ouvi de repente a mesma voz pronunciar exatamente idênticas palavras, porém acrescentando o seguinte: “Além disso, Seth não tinha o direito de cortar essa árvore”. Tendo narrado ao dono da casa essa nova comunicação, ele ficou muito inquieto. “Há, em tudo isso, disse-me ele, alguma coisa bem extraordinária. Meu irmão Seth cortou uma árvore que embaraçava a vista, e dissemos-lhe que, se a pessoa que ora pretende falar-vos fosse viva, não consentiria no corte dessa árvore. Quanto ao resto da comunicação, afirmo que não tem nada de racional.” A mesma comunicação me foi dada à noite pela terceira vez, e me expus de novo a um desmentido formal. Eu estava sob o golpe de uma impressão muito penosa, quando me recolhi ao quarto, pois nunca tinha recebido comunicação mentirosa, e mesmo admitindo o bom senso do seu agravo, semelhante insistência, da parte de um Espírito desencarnado de não querer que um outro caixão fosse colocado sobre o seu, me parecia absolutamente ridícula.

Pela manhã, manifestei ao dono da casa o meu profundo desapontamento, respondendo-me que também estava muito sentido, mas ia provar-me que esse Espírito – se realmente era aquele que dizia ser – estava perfeitamente enganado. “Vamos até ao jazigo de minha família – acrescentou –, e vereis que, embora tivéssemos querido, não fora possível colocar um outro caixão em cima do dela.” Logo que chegamos ao cemitério, fomos procurar o coveiro, que guardava a chave do jazigo.

Na ocasião em que ele ia abrir a porta, pareceu refletir e disse com um ar um tanto embaraçado, voltando-se para o Sr. Cheney: “Devo participar a V.S. que, como restava justamente um pequeno espaço em cima do caixão da Sra. X, coloquei ali o caixãozinho do filho de L... Penso que isso não tem importância, mas talvez fora melhor que eu vos tivesse prevenido disso. Ele está lá desde ontem apenas.” Nunca me hei de esquecer do olhar que me lançou o Sr. Cheney, quando me disse, voltando-se para mim: “Meu Deus, é pois uma verdade!” À noite, o Espírito manifestou-se de novo e disse-nos: “Não acrediteis que eu ligue a menor importância ao caixão colocado sobre o meu; pode ser colocada até uma pilha de caixões, com isso não me incomodo. O meu único fim era dar, de uma vez para sempre, prova da minha identidade, de vos levar à convicção absoluta de que sou sempre um ser vivo e racional, a mesma E... que sempre fui.”.



O Mistério do Bem e do Mal

J. Herculano Pires

"Por que razão devemos pagar o mal com o bem e amar os nossos inimigos?

O certo não é o contrário, pagar o mal com o mal e odiar os inimigos? O sujeito que me der uma bofetada leva um tiro que o manda para o inferno. Foi sempre assim que se fez.

O mundo é isso. E é por isso que não entendo as religiões, não entendo o Espiritismo. Se eu ficar espírita tenho de deixar de ser homem. Vou ser maricas, bonzinho ou idiota!" Depois disso, o leitor acrescenta: "Quer me dizer o que é o bem e o que é o mal? Que mistério é esse? Levar uma bofetada é um bem? Matar um bandido é um mal? Quero ver como vocês, espíritas, se saem dessa".

Nosso espaço é pouco para responder a tudo. Mas, vamos fazer o possível. Mesmo porque não adianta escrever muito. O próprio leitor informa: "Não sou de muito ler e de muito pensar. Sou homem de atividade". Vamos por ordem:

1- Os bichos se mordem e se estraçalham. O fraco foge do forte. Mas, o homem não é bicho, é homem. Tem inteligência, consciência, linguagem, sabe falar. Os homens se entendem. Devemos pagar o mal com o bem porque precisamos do bem para viver. O mal aumenta o mal e transforma os homens em bichos. A lei do "olho por olho e dente por dente" pertence às épocas de barbárie. Só o amor produz a civilização, humanizando os costumes e desenvolvendo a solidariedade.

2- Se o leitor ficar espírita, deixará no passado o bicho que existe em cada um de nós, para se tornar uma criatura humana. Aliás, toda religião e toda doutrina espiritualista, sejam quais forem, têm por finalidade de afastar o homem da condição animal, para humanizá-lo. Ser bom, não é ser idiota. Pelo contrário, a idiotice está precisamente em ser mau. Os maus se condenam a si mesmos e acendem um braseiro na consciência.

3- Levar uma bofetada pode ser um bem, quando serve para ensinar o bem, como no caso de Jesus. Matar um bandido é sempre um mal, pois ninguém precisa mais de viver do que um bandido. A vida é a grande educadora das almas. Matar um bandido é retirar a sua possibilidade de regenerar-se, de aprender a ser bom. Em todos os países civilizados o direito penal moderno é contrário à penas de morte. O bandido é um homem em que o animal predomina. Mas, é um homem, um filho de Deus, uma alma pela qual o Cristo se entregou ao suplício da cruz. O bandido é um nosso irmão em erro, que deve ser corrigido e não aniquilado.

4- Um homem de atividade, ou de ação, precisa de ler e pensar. A atividade sem pensamento é impossível. Primeiro pensamos, depois agimos. Os que dizem que preferem agir estão errados, pois na verdade estão agindo sem o necessário critério, que vem da reflexão. Por outro lado, a reflexão se apóia no conhecimento e, que não lê, conhece muito pouco. A boa leitura e o bom pensamento conduzem à ação reta, à atividade certa. Leia mais e pense, sempre, antes de agir.

(Do livro "O Mistério do Bem e do Mal" - Ed. Espírita Correio Fraterno do ABC) - Informativo Espírita - Outubro de 2000

fonte: Carlos Eduardo Cennerelli

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