NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



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Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

segunda-feira, 7 de setembro de 2015


AFINIDADES

 
Para que os Espíritos da Luz se afinem contigo é imprescindível movimentes os recursos do vaso orgânico, renovando conceitos e atitudes em torno do uso, em todos os teus dias na Terra.

            As emoções grosseiras são mais facilmente registradas por enxamearem em todos os departamentos do Planeta.

            No entanto, para que assimiles e reflitas as imagens da vida espiritual, necessitas recuperar a pureza com que recebeste o corpo das mãos dos Benfeitores Egrégios, antes do renascimento.

            Olvida a queixa e a tristeza, e se tornarão mais maleáveis os teus centros de registros psíquicos.

            Esquece a maledicência e a hipocrisia, que viciam os órgãos vocais, e a inspiração do Alto escorrerá mais abundante pela tua boca.

            Recupera o equilíbrio das emoções, e as sutis vibrações animarão o teu organismo.

            Disciplina os nervos, e todo o sistema, gozando de invejável harmonia, se transformará num conduto perfeito para as vibrações celestiais.

            Desenvolve os sentimentos bons, e a comunhão com as belezas das verdades eternas, através de uma fé pura e nobre, consolará a tua alma, consolando a muitos.

            E, além disso, os Numes Tutelares, simpáticos ao teu esforço infatigável, virão ao teu encontro atraídos pela irradiação expressiva dos teus elevados desejos.

            Se, entretanto, não pretendes intentar e manter essa batalha da luz continuada contra as trevas espessas do passado em formas-pensamento vampirizantes, não te candidate à afeição dos Espíritos Puros, porque a diferença vibratória entre ti e eles dificultará quaisquer tentativas intempestivas de união sublime.

            Todos recebemos o auxílio divino no esforço real da elevação de propósitos. Todavia, convém recordar que a consciência individual é livre, sofrendo as consequências posteriores aos compromissos da escolha espontânea.

            Liberta-te, ainda hoje, do jugo das entidades perversas com as quais afinas por impositivo do pretérito e, rompendo os elos que te retêm, alça o pensamento às elevadas Esferas, desdobrando os braços no trabalho continuado e desenvolvendo o embrião da alegria pela liberdade, certo de que Jesus, que até hoje te espera, receber-te-á de braços abertos ao final dos rudes embates.
 

( Divaldo Franco por Joanna de Ângelis. In: Messe de Amor)
         


CELINA

Quando elevamos ao céu nosso olhar suplicante, há para todos nós, os que se afligem na provação, uma carinhosa e compassiva Mãe que nos ampara e consola...

Compadece-se de nossa dor, contempla-nos com misericórdia e manda-nos então o anjo da sua bondade, para balsamizar nossos padecimentos...

É Celina, a suave mensageira da Virgem, a Mãe de todas as mães, o gênio tutelar da humanidade sofredora...

Quando o pranto aflora nos olhos das que são filhas e irmãs, das que são esposas e mães na Terra, no coração das quais, muitas vezes, se concentra a amargura, vem Celina e toma-as nos seus braços de névoa resplandecente e, através dos ouvidos da consciência, lhes diz com brandura:

“Veio a dor bater à vossa porta? Coragem... Não desanimeis nas ásperas lutas que objetivam vosso aprimoramento moral. Pensai nAquela que teve sua alma recortada de martírios, lacerada de sofrimentos, atormentada de angústias.

Ela se desvela do céu por todas aquelas almas que escolheram sua pegadas de Mãe amorosa e compassiva.

Foi ela que, escutando a oração de vossa fé, me enviou para que eu vos desse as flores de seu amor sacrossanto, portadoras da paz, da humildade e, sobretudo, da paciência: porque o acaso não existe e tudo na vida obedece a uma lei inteligente de causalidade que foge aos vossos olhos, que se sentem impossibilitados de ver toda a verdade: Tomai minhas mãos!

Cumpri austeramente, fechai vossos olhos àquilo que pode obstar vossos passos para a luz e caminhai comigo. Os anos são minúsculas frações de tempo e, um dia, sem vos deterdes com o cansaço, chegareis ao pé dAquela que é vossa Mãe desvelada de todos os instantes!...”

E todas aquelas que ouvem, sentem-se sustentadas por braços tutelares, na noite escura das dores, e vertendo lágrimas amargosas, preparam-se e se iluminam na pedregosa senda da virtude para respirar os ares felizes do encantado país onde desabrocham os lírios maravilhosos da esperança!


pelo Espírito Maria João de Deus - Do livro: Mãe, Médium: Francisco Cândido Xavier.
Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil 

Laços que a vida oferece

 
A afinidade é a célula de luz que brota nos jardins e pomares da vida, desenvolvida nos mais diversos chãos de relacionamentos interexistenciais, levados a efeito por encarnados e desencarnados na esteira imortal das necessidades evolutivas.

Enquanto flor que esparge o perfume da Misericórdia Divina, a afinidade se manifesta na pauta dos relacionamentos inter-humanos, nos graus de filiação, amores, afeições, amizades, como também de cobranças e desamores, envergando a indumentária psicológica e moral em que estagia o ser evolutivo, expressando o tom, o compasso e as notas da canção existencial, que constitui a riqueza espiritual de cada um, e ou também dissonâncias e até desarranjos sonoros conflitantes, identificando a deselegância educacional de que se faz portador todo aquele que dormita na ignorância de si, nos labirintos do personalismo doentio, expresso na desarmonia que o orgulho, o egoísmo, a dependência e a carência incrustam em nosso modo de ser, pensar e sentir.

Assim a família não é só a célula mãe da sociedade humana, mas principalmente porta da imortalidade, abrindo caminhos evolutivos para a mudança da sombra para a luz.
Os laços de família muito bem configurados e explícitos em o Evangelho segundo o Espiritismo, enquanto consangüíneos e transitórios na pauta das necessidades existenciais, das obrigações, das responsabilidades e compromissos, revelam o quadro de materialidade contundente e imediatista, á situar o ser na faixa de inconsciência de si e dos que lhes estão em torno, da vida e da imortalidade.

No outro degrau da subida o designer da vida digitaliza as expressões espirituais em cores e traços mais fortes e sólidos e densamente significativos em suas características de identidades e similaridades, revelando a beleza moral dos reencontros, a firmeza dos ideais de crescimento e solidariedade formatando as relações, visões iguais de vida e destino á se manifestarem na alegria da convivência.
É claro, que os laços físicos e imediatistas formam a maioria das relações humanas, quais árvores infrutíferas em extensa florestas, apenas atendendo aos impulsos primários do ecossistema existencial.

Uma família erguida nos laços de espiritualidade afim, que o tempo de convivência engendrou, é conquista á ser realizada na senda do esforço individual e coletivo, no trabalho de auto aprimoramento que a evolução exige.
Como no ensina Joanna de Ângelis em o livro “Família, Desafios e Soluções”:
“O destino da criatura é a liberdade, para onde caminha de olhos postos no futuro.”
“Ser livre é não depender, optando pelo que constitui a emulação pela vitória.”

Isso, só o autoconhecimento nos permitirá ao longo da caminha de aprimoramento.

E se conseguirmos compartilhar adversidades ainda necessárias, sem desgastes que originem provas e expiações, e conquistas nascidas do esforço e determinação, com certeza, estreitaremos laços espirituais com aqueles que se nos identificam os passos e pendores, necessidades e talentos; e ai a afinidade será o manto de luz e alegrias á cobrir-nos o caminho nas andanças evolutivas.

E pelas próprias emanações espirituais e ideologias éticas, artísticas e morais seremos naturalmente atraídos por amores, amigos e afetos nas escolas de luz que a vida oferece, sob os firmamentos infinitos do universo misericordioso do Criador Amorável.
 
Ademário da Silva



Homem de bem objetivo a atingir

O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e de caridade em sua maior pureza. Se interroga a consciência sobre os seus próprios atos, pergunta a si mesmo se não violou essa lei; se não fez o mal e se fez todo o bem que podia; se negligenciou voluntariamente uma ocasião de ser útil; se ninguém tem o que reclamar dele; enfim, se fez a outrem tudo o que quereria que se fizesse para com ele.

Tem fé em Deus, em sua bondade, em sua justiça e em sua sabedoria; sabe que nada ocorre sem Sua permissão e se submete, em todas as coisas, à Sua vontade.

Tem fé no futuro; por isso coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.

O homem, possuído de sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperança de recompensa, retribui o mal com o bem.

E encontra satisfação nos benefícios que derrama, nos serviços que presta, nos felizes que faz, nas lágrimas que seca, nas consolações que dá aos aflitos. Seu primeiro movimento é de penar nos outros antes de pensar em si, de procurar o interesse dos outros antes do seu próprio.

Em todas as circunstâncias, a caridade é seu guia.

Não tem ódio, nem rancor, nem desejo de vingança.

É indulgente para com as fraquezas alheias, porque sabe que ele mesmo tem necessidade de indulgência.

Não se compraz em procurar os defeitos alheios, nem em colocá-los em evidência. Se a necessidade a isso o obriga, procura sempre o bem que pode atenuar o mal.

Estuda as próprias imperfeições e trabalha, sem cessar, em combatê-las.

Não se envaidece nem com a fortuna, nem com as vantagens pessoais, porque sabe que tudo o que lhe foi dado, pode lhe ser retirado.

O homem de bem, enfim, respeita em seus semelhantes todos os direitos dados pelas leis da Natureza, como gostaria que os seus fossem respeitados.(E.S.E. Cap. XVII).


No entanto sabemos que carregamos diversas imperfeições de caráter. No nosso dia a dia, ao vivenciarmos certas situações, ainda somos individualistas, impulsivos e agressivos, julgamos sem tolerância as pessoas que mais amamos ou rejeitamos aquelas outras que nos contrariam, não conseguimos compreender ou aceitar a opinião alheia, tantas vezes desejamos que, primeiramente, o “mundo” atenda as nossas necessidades, para somente depois pensarmos nas necessidades daqueles com os quais convivemos, somos sempre tão rápidos para reclamar e tão lentos para agradecer, além de produzirmos uma infinidade de pensamentos pessimistas, que acabam por prejudicar a própria qualidade de vida. Quando paramos para pensar se realmente somos “ Um Homem de Bem” e achamos que sim claro, e ao começarmos entender o que implica os ensinamentos que nos traz o Cap. XVII do E. S. E. Imediatamente nos vem o pensamento: “é muito difícil, senão impossível, ser tudo isso!”. Encontramos então no Livro dos Espíritos no Cap. 8 da Lei do Progresso a seguinte informação:

Q.776. O estado natural e a lei natural são a mesma coisa?  ???

- Não; o estado natural é o estado primitivo. A civilização é incompatível com o estado natural, enquanto a lei natural contribui para o progresso da Humanidade.

Comentário de Kardec: O estado natural é a infância da Humanidade e o ponto de partida do seu desenvolvimento intelectual e moral. O homem, sendo perfectível e trazendo em si o germe de seu melhoramento, não foi destinado a viver perpetuamente na infância. O estado natural é transitório e o homem o deixa pelo progresso e a civilização. A lei natural, pelo contrário, rege toda a condição humana e o homem se melhora na medida em que melhor compreende e melhor pratica essa lei.”(L. E.)

A perfeição é o grande objetivo do Espírito e se processa, naturalmente, com a subida de vários degraus evolutivos. Quem evolui, renova-se para o bem, transforma-se para melhor.(“O pensamento de Emmanuel”, Martins Peralva).

“O Espiritismo é uma doutrina que nos coloca no dever de sempre caminhar. Não nos pede santidade para abraçar a tarefa educativa. Pede-nos apenas caminhar, e, a cada passo dado no rumo do progresso, surge o convite do trabalho dentro do que já conquistamos, abrindo oportunidades de adquirir as virtudes que ainda não trazemos na alma. O erro não está em ter imperfeições, mas em algemar-se à preguiça e não buscar melhorar-se.” (Livro “ Um desafio chamado família” de Josmar Zanolini Nazareth, escritor espírita )

"Conforme uma das mais belas asserções de Kardec: ‘Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más inclinações”. (E.S.E. cap XVII, item 4).
fonte: http://www.forumespirita.net/fe/portugal/homem-de-bem-objetivo-a-atingir/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.Ve2dKX1gN_k

Doentes e Doenças

 
Indubitavelmente, somos um grande corpo elétrico. O ser humano, a alma humana é um feixe de energias pensante. Sim, nós todos. Tudo quanto existe, no Universo, é formado por essa energia cósmica. Somos partes dessa energia cósmica.

Consoante os princípios que regulam a vida do Universo, depois do grande Criador que é Deus, a matéria, o Espírito, nós fazemos parte desse Ser Espiritual.

Somos Espíritos e temos ligação com a matéria, esse outro princípio, a fim de que, através desses contatos com a matéria, possamos desenvolver nossas habilidades, nosso intelecto, nossas mais profundas capacidades.

Naturalmente, quando pensamos assim, vale a pena considerar que, se somos um feixe de energias, temos uma determinada frequência de vibração. Vibramos dentro de determinado quadro, dentro de determinado espectro, que faz com que essas energias pulsem, e essa pulsação da energia que nos compõe, dizemos que é a nossa vibração.

Cada criatura tem sua vibração natural, o número de pulsações por segundo.Também podemos dizer que, cada qual de nós tem a sua frequência vibratória e, graças a esse fenômeno da nossa frequência vibratória, é que se estabelecem as relações do ser espiritual que nós somos, com o corpo físico do qual nos utilizamos.

Ora, quando pensamos assim, vale a pena imaginar um outro quadro. Se tivermos uma rede elétrica, por onde passe uma determinada corrente elétrica e, num dado momento, essa corrente sofrer uma alta tensão, sua tensão for ampliada em demasia, obteremos um fenômeno chamado de curto-circuito. Toda a instalação se queimará (entre aspas), se desarmará e, de acordo com o caso, se incendiará.

Então, é importantíssimo que verifiquemos que essas energias, de que somos compostos, também sofrem esses fenômenos da mente, do ser espiritual em si.

Quantas vezes temos determinados hábitos psíquicos que fazem com que nossa frequência vibratória seja mais alta. Uma frequência mais alta, mais luminosa, uma frequência mais alta, mais altos planos, uma frequência mais alta, melhores contatos psíquicos.

Mas, há situações em que a nossa frequência é mais baixa. Ao invés de formar ondas curtas, ondas longas, ondas pastosas (entre aspas), e quando chegamos nesse ponto de desenvolvermos essas ondas densas, baixas, o nosso corpo não recebe mais essa nutrição dos altos planos, essas energias espirituais de alto nível. Passamos a comungar com os níveis baixos da vida, as energias baixas da vida, as mentes inferiores da vida.

E, essa energia inferior que nos chega ou que desenvolvemos em nós, vai bombardeando as nossas células, vai bombardeando o nosso corpo físico. A partir daí, esse corpo físico estando bombardeado periodicamente ou constantemente, estaremos fisicamente doentes.

Vejamos, a doença não começou no corpo, a doença começou na mente, no ser energético, no indivíduo espiritual que nós somos.Podemos aquilatar como é séria a nossa relação mental com o corpo do qual nos utilizamos.

Somos nós que, de maneira consciente ou não, enfermamos o nosso corpo. Somos nós que, de um modo ou de outro, atuamos sobre a nossa carcaça física e por causa disso, valerá a pena nos situarmos nesse capítulo da saúde.

Para nos situarmos aí, será necessário nos tornarmos pessoas saudáveis. E como é que a gente pode se tornar uma pessoa saudável?

Há diversos modos, através dos quais, poderemos desenvolver a saúde que buscamos ou que queremos manter.

* * *

Para mantermos a nossa saúde em bom estado ou para adquirirmos saúde, temos que adotar certas disciplinas na vida e, uma grande disciplina começa pela disciplina mental.

O que é que a gente vem lendo, conversando, pensando? O que é que tem tomado conta de nossa mente maior número de vezes ou durante mais tempo? Temos que ter esses cuidados porque, afinal de contas, as nossas patologias, as nossas doenças têm grifes, elas são personalizadas.

Várias pessoas têm câncer, por exemplo, mas cada uma delas o tem por uma razão própria. Várias pessoas têm AIDS, mas cada uma delas por uma razão específica.

O fato é que o nosso psiquismo alimenta ou não determinados vírus, determinadas bactérias. É a nossa mente que faculta o caldo de cultura para que determinados micro-organismos se desenvolvam ou não, em nosso corpo.

Todos carregamos no organismo o bacilo da tuberculose, por exemplo, porque respiramos no meio de todo mundo, em lugares fechados, mas não ficamos tuberculosos com facilidade.

A partir do momento que nos abandonemos, que abandonemos o corpo, que nos descuidemos, é bem passível de esses micro-organismos se desenvolverem e nós nos tornarmos pessoas tuberculosas.

Vemos tanta gente soro-positiva, portadora do HIV, que vive normalmente, que trabalha, que se casa, que tem filhos, etc. Mas, outros são tomados de determinados estados d’alma que, em pouco tempo, o corpo entra em debacle e elas se acabam. Por que será se é o mesmo vírus?

Porque, em cada indivíduo, esse vírus vai encontrar um caldo de cultura diferente. Há aqueles que dizem: Essa doença não vai me matar, essa doença não vai me atrapalhar a vida.

E há outros que dizem: Eu estou no fim, eu não tenho mais jeito.

Claro que se eu tenho uma vida mental pessimista, negativista, eu vou permitir que todos os micróbios façam festa em meu organismo. Se tenho uma mente positiva, se tenho uma mente ativa, eu digo que não e trabalho, de tal maneira, que não permita que esses micro-organismos façam festas em meu corpo.

É desse modo que as nossas doenças são fabricadas por nós, são produzidas por nós. Os vírus estão aí, as bactérias estão por aí, os micro-organismos nós os assimilamos em todos os lugares, nada obstante, quando eles alcançam nosso organismo, somos aqueles que lhes damos guarida ou não, através dos nossos processos mentais.

Jesus Cristo nos disse e o Evangelista Mateus anotou no capítulo V do seu Evangelho, vv. 29 e 30, que se nosso olho for motivo de escândalo é melhor retirá-lo do que entrar na vida com o olho e perder a alma. Se nossa mão for motivo de escândalo, será melhor retirá-la, atirar fora, do que entrar com a mão e perdermos a alma, perdermos a paz.

Nesta simbologia utilizada pelo Mestre Nazareno, podemos imaginar todos os demais órgãos do nosso corpo físico, todos os demais recursos do nosso corpo físico ou de nossa mente, quando mal utilizados, gerando problemas, potencializando enfermidades em nós.

Daí, o mau olho, o indivíduo que enxerga, que olha, que vê, para forjar a maledicência, para a intriga, para calúnias, certamente usou mal a sua capacidade de ver.

Se teu olho é motivo de escândalo, não é o olho físico, é o modo de ver, porque, em outro momento, o mesmo Cristo nos ensina: Quando os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz.

Quando nossa maneira de ver o mundo for positiva, melhorar, nós estaremos crescendo. Isso será um indício de nosso progresso, de nossa evolução e é por causa disto, que vale a pena estarmos sempre atentos à nossa saúde e às nossas doenças.

Quando o organismo adoecer, poderemos procurar onde é que nós estamos criando circuitos, de tal forma que o corpo está entrando num curto-circuito. De onde estamos buscando essas energias pavorosas?

Quando isso ocorre nas crianças, nos recém-nascidos, nós aprendemos no Evangelho Segundo o Espiritismo que, se a causa não está na atualidade da vida, essa causa vem das experiências transatas da alma, porque Deus é amor e por ser amor é absolutamente justo.

Nossa doença ou nossa saúde depende de nós.


Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 128, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
Programa gravado em janeiro de 2008. Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 07.09.2008

Ajuda-te, que o céu te ajudará

 


Narra-se que um sábio caminhava com os discípulos por uma estrada tortuosa, quando encontraram um homem piedoso que, ajoelhado, rogava a Deus que o auxiliasse a tirar seu carro do atoleiro.
Todos olharam o devoto, sensibilizaram-se e prosseguiram.
Alguns quilômetros à frente, havia outro homem que tinha, igualmente, o carro atolado num lodaçal. Esse, porém, esbravejava reclamando, mas tentava com todo empenho liberar o veículo.
Comovido, o sábio propôs aos discípulos ajudá-lo.
Reuniram todas as forças e conseguiram retirar o transporte do atoleiro. Após os agradecimentos, o viajante se foi feliz.
Os aprendizes surpresos, indagaram ao mestre: Senhor, o primeiro homem orava, era piedoso e não o ajudamos. Este, que era rebelde e até praguejava, recebeu nosso apoio. Por quê?
Sem perturbar-se, o nobre professor respondeu: Aquele que orava, aguardava que Deus viesse fazer a tarefa que a ele competia. O outro, embora desesperado por ignorância, empenhava-se, merecendo auxílio.
*   *   *
Muitos de nós costumamos agir como o primeiro viajante. Diante das dificuldades, que nos parecem insolúveis, acomodamo-nos, esperando que Deus faça a parte que nos cabe para a solução do problema.
Nós podemos e devemos empregar esforços para melhorar a situação em que nos encontramos.
Há pessoas que desejam ver os obstáculos retirados do caminho por mãos invisíveis, esquecidas de que esses obstáculos, em sua maioria, foram ali colocados por nós mesmos, cabendo-nos agora, a responsabilidade de retirá-los.
Alguns se deixam cair no amolentamento, alegando que a situação está difícil e que não adianta lutar.
Outros não dispõem de perseverança, abandonando a luta após ligeiros esforços.
Com propriedade afirma a sabedoria popular que pedra que rola não cria limo, sugerindo alteração de rota, movimento, dinamismo, realização.
Não basta pedir ajuda a Deus, é preciso buscar, conforme o ensino de Jesus: Buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á.
Devemos, portanto, fazer a nossa parte que Deus nos ajudará no que não estiver ao nosso alcance resolver.
*   *   *
         Seria ideal que, sem reclamar e pensando corretamente, fizéssemos esforços para retirar do atoleiro o carro da nossa existência, a fim de seguirmos adiante felizes, com coragem e disposição. Confiantes de que Deus sustentará as nossas forças para que possamos triunfar.
Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita.
fonte: WWW.ADDE.COM.BR 
          


OBSESSORES E TENTAÇÃO

Ao contato das idéias renovadoras que te bafejam, afirmas-te na disposição de estudar e servir, com vistas à sublimação que demandas.

Muita vez, porém, te lamentas contra obsessores e tentações, imputando a eles fracassos e desencantos que te assoberbam. Uns e outros, contudo, são frutos de tua sementeira ou circunstâncias forjadas por teu próprio comportamento.

Partindo do princípio de que somos mais ou menos indiferentes a todos aqueles que não conhecemos, apenas experimentamos atração ou aversão por aqueles espíritos com os quais já convivemos nas existências passadas.

Diante, pois, de nossos desafetos, convém profundo auto-exame, para verificarmos até que ponto seremos nós e eles os perseguidores e os perseguidos.

Por outro lado, ser-nos-á lícito classificar por seduções das trevas os impulsos inferiores que não cogitamos de arrancar ao âmago de nós mesmos?

Achamo-nos entre obsessores e tentações à maneira de alunos entre colegas e percalços da escola.

A ordem – confraternização e aprendizado.

A palavra é agente de auxílio no entendimento com os irmãos que ainda não se afinam conosco, mas, o exemplo é a força que nos arrasta à desejada harmonização.

A prece ser-nos-á socorro contra o império das sugestões deprimentes, todavia, ninguém extirpará tendências infelizes sem esforço máximo de auto-corrigenda.

Não alegues a carga de influências destrutivas como sendo motivo a desânimo e frustração.

Nunca olvidar que somente a luz vence a sombra, tanto quanto só o bem vence o mal.



Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: No Portal da Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier.
Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil
 

Decência, respeito e fé




Os homens terrenos são ainda prisioneiros de inúmeras ilusões. Suas prioridades sempre estiveram concentradas no mundo físico, nos valores da matéria, e há muito pouco tempo decidiram enfrentar cientificamente a questão do autoconhecimento, apesar de suas raízes longínquas estarem plantadas nas antigas religiões e filosofias. No frontispício do Templo de Apolo, na ilha grega de Delfos, podia ser lida a seguinte inscrição: Homem, conhece-te a ti mesmo. Jesus, por sua vez, há mais de dois milênios, nos convida a descobrir quem somos, quando nos ensina a fazer ao próximo aquilo que gostaríamos que nos fosse feito. Mas, dezenas de séculos depois, a mentalidade humana predominante ainda é a dos seres, imediatistas, que em nada se assemelham ao perfil dos homens lúcidos e magnânimos que poderíamos ser, caso viéssemos a avançar definitivamente na estrada do autoconhecimento. E isso inclui, obviamente, a descoberta da dualidade do ser, ou seja, da interação corpo-espírito. A nossa veia animal continua superando, e muito, nossas tendências para realizações de ordem superior. Não conseguimos aceitar diferenças raciais, culturais e religiosas, sem que se estabeleça de pronto um clima de animosidade e divisão. Chegamos ao ódio em nome do pueril orgulho nacional com espantosa rapidez, incorrendo facilmente em atos de violência e de guerra, o que ocorre também no terreno da religião, da política e do esporte. Para curarem seus complexos de inferioridade, gerados pela máquina publicitária consumista, os homens lutam para impor a personalidade aos outros, fazê-los seus admiradores, ou colocá-los debaixo dos seus pés. Estão sempre competindo na tentativa insaciável de provar a si mesmos que são especiais ou melhores que os demais. Sentem-se sempre prejudicados nas suas ambições, e só querem saber de justiça quando seja para defender seus próprios interesses. Não podem compreender que essa ânsia de competir com os outros é fruto de um sistema social errôneo, que se reflete em cada cidadão, transformando-o em um novo e perigoso foco reprodutivo dos mesmos e perniciosos equívocos com os quais se contaminou. Vivemos numa ordem mundial que amarga a endemia do desrespeito aos direitos do homem e da Terra; que idolatra o dinheiro e o poder; que subjuga a igualdade natural a títulos inventados e cálculos frios de uma mentalidade voraz que em tudo vê possibilidades de egoístico deleite. É aí que nos tornamos hipócritas, mentirosos e vis, porque deixamos de estar a serviço de nossa própria natureza, e sim das necessidades artificiais em que passamos a acreditar. Nosso fim ao longo desse processo é nos tornarmos, simultaneamente, vítimas e algozes desse moedor de carne humana que é a competição social, em detrimento de bens e valores espirituais que nos poderiam conduzir a maiores satisfações. É assim que, por ironia, nos esmagamos mutuamente, exterminando a sadia compaixão natural que deveria conduzir as nossas relações em qualquer dimensão.






Afinal, somos obrigados a aceitar a herança de iniquidades gerada no seio das sociedades? Não existirão outros caminhos? Precisamos mesmo nos submeter ao rolo compressor das mediocridades humanas para sobreviver neste mundo a qualquer custo? Devemos ficar de joelhos diante da corrupção e da mentira? Não! Se assim o fizermos, não poderemos dormir jamais o sono dos justos. Nunca estaremos em paz vivendo em contradição conosco mesmos, contrariando a voz moralizadora de nossa alma, ou tornando perversa essa inteligência que nos foi dada como meio de aperfeiçoamento de nossa natureza. Como poderemos reivindicar direitos que não queremos conceder? De que forma denunciaremos a exploração e a ganância, se sonhamos com seus frutos todos os dias? Como poderemos invocar a paz para as nações, se somos nós mesmos o braço da violência cotidiana junto aos que estão ao nosso lado? De que forma clamar contra a tirania se permanecemos tiranos em potencial?

É preciso parar e pensar. Nós não poderemos mudar a face sombria do mundo, enquanto ensinarmos aos nossos filhos que devem perseguir os mesmos valores apodrecidos e mesquinhos, pelos quais muitos bem-sucedidos desse mundo, venderiam a própria alma.

Estamos diante de uma encruzilhada fatal. Continuar nesse caminho nos levará certamente a destruições cada vez maiores. Agora, se temos que falar de decência e de respeito humano, em meio a esse caos moral no qual nos vemos mergulhados, precisamos também, imediatamente, falar de fé. Que outro poder poderia nos conduzir por entre espinhos escabrosos, a uma vida honrada e útil ao bem comum? Sem fé será impossível caminhar sob a tormenta. Sem fé não geraremos o entusiasmo necessário para vencer a nós mesmos, e não resistiremos ao choque das ondas desestabilizadoras que nascem da maldade humana, esse câncer do convívio que nós ainda não aprendemos a controlar. Precisamos depositar fé em nossos projetos e lutar por eles honradamente, confiar em Deus que nos concedeu liberdade e inteligência, sinalizando, dessa forma, com a nossa responsabilidade na construção do destino.

Se ainda nos resta alguma esperança, alimentemos com ela nossos sonhos de um mundo melhor, e sejamos fiéis aos princípios de nossa consciência. Se ainda temos amor, não nos contaminemos com a frieza daqueles que se renderam ao pessimismo. Se ainda acreditamos na paz e aspiramos por ela, façamos da paz nossa filosofia de vida, mesmo que todos se dediquem à guerra. Se ainda temos algum orgulho por nossa grandiosa natureza humana, aceitemos com humildade o compromisso de reconstruir a dignidade do mundo em que vivemos, aprofundando mais a cooperação e o respeito sem discriminar ninguém, praticando uma religião sem preconceitos, se tivermos uma. E nunca nos esqueçamos de não conceder nosso aplauso à corrupção e ao crime que, lamentavelmente, ainda fascinam e excitam a avidez materialista de muitos dos nossos irmãos.





por Ronaldo Miguez – Reformador julho/2006