NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



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Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

segunda-feira, 28 de junho de 2010

ONDE ESTÁ O INIMIGO?


Lemos, dia desses, interessante artigo de um antropólogo. Intitulava-se: O inimigo está lá fora!

A abordagem girava em torno da competitividade nas empresas. E alertava a respeito da inexistência da união entre os funcionários.

Em vez de se unirem a fim de planejarem estratégias de mercado, conquista de novos segmentos, crescimento conjunto, um departamento envidava esforços para mostrar as falhas do outro setor.

Em vez de estarem a planejar estratégias para melhorar a performance da empresa, os funcionários concentravam toda sua energia em coletar dados, elaborar planilhas, gráficos e estatísticas para derrotar o colega de trabalho.

Ninguém estava se preocupando senão consigo próprio, em aparecer, em mostrar a sua eficiência e as falhas alheias.

O tempo, que deveria ser empregado para o melhor atendimento ao cliente, à melhoria da qualidade, era desperdiçado com a fofoca, preparar armadilhas e dificultar o trabalho do colega.

Em vez da preocupação em criar um ambiente sadio e produtivo, uma convivência amistosa, existia o preparo de planos para destruir o companheiro.

Naturalmente, uma empresa com tais funcionários vai mal. Tem problemas sérios em relação a seus clientes, à qualidade, à logística, à distribuição em todas as áreas.

Enquanto a empresa vai apresentando desempenho negativo, comprometendo empregos, cargos, funções, salários, os colaboradores se ocupam em combater seus pares.

Procuram erros nos outros em vez de corrigir os próprios equívocos.

O artigo finalizava aconselhando ser imprescindível acabar com as brigas internas, pois elas são contagiosas e atingem a todos.

Lembrava, por fim, que o pretenso inimigo não está dentro da empresa. O adversário é o concorrente. E há que se ter união para vencer em qualidade e crescer.

* * *

Embora a temática objetive o lucro, o crescimento material, no caso em tela, de imediato nos recordamos das palavras do Celeste Amigo: a casa dividida não subsistirá.

Jesus, o Mestre dos mestres, estabeleceu linhas de ação para a felicidade do ser humano.

Elas são válidas para a vida, em todas as suas nuances. Também para as questões do progresso e bem-estar do indivíduo e da coletividade.

Excelentes em todos os tempos, quem siga as regras do Nazareno alcançará paz íntima, serenidade nas dificuldades e felicidade.

Será um promotor da tranquilidade onde se encontre. Como profissional, um colaborador eficiente, com preocupação em realizar o melhor sempre.

Aquele que prioriza o bom atendimento, a gentileza, o coleguismo. Pronto a auxiliar a chefia, subalternos ou iguais, sem preocupação em sobrepujar a ninguém.

No lar é o que serve, se preocupa com o outro, na tentativa ideal do exercício do amor ágape.

Na sociedade, é o que age a bem de todos, consciente de que ninguém pode viver sozinho.

E que todos compomos, neste lar chamado Terra, uma única família que deve se unir sob os laços do amor.



Redação do Momento Espírita, com base em artigo intitulado

O inimigo está lá fora, de Luiz Marins, publicada na revista Voe trip,

ano 22, de abril de 2010 e no site www.marins.com.br e com

citação do versículo 25, do cap. 12 do Evangelho de Mateus.

Em 28.06.2010.

domingo, 27 de junho de 2010

Iluminação (Parte 2 de 2)


– Há tempo determinado na vida do homem terrestre para que se possa ele entregar, com mais probabilidades de êxito, ao trabalho de iluminação?


Emmanuel - A existência na Terra é um aprendizado excelente e constante. Não há idades para o serviço de iluminação espiritual. Os pais têm o dever de orientar a criança, desde os seus primeiros passos, no capítulo das noções evangélicas, e a velhice não tem o direito de alegar o cansaço orgânico em face desses estudos de sua necessidade própria.


É certo que as aquisições de um velho, em matéria de conhecimentos novos, não podem ser tão fáceis como as de um jovem em função de sua instrumentabilidade sadia, fisicamente falando; os homens mais avançados em anos têm, contudo, a seu favor as experiências da vida, que facilitam a compreensão e nobilitam o esforço da iluminação de si mesmos, considerando que, se a velhice é a noite, a alma terá no amanhã do futuro a alvorada brilhante de uma vida nova.



– A auto-iluminação pode ser conseguida apenas com a tarefa de uma existência na Terra?


Emmanuel - Uma encarnação é como um dia de trabalho. E para que as experiências se façam acompanhar de resultados positivos e proveitosos na vida, faz-se indispensável que os dias de observação e de esforço se suscedam uns aos outros.


No complexo das vidas diversas, o estudo prepara; todavia, somente a aplicação sincera dos ensinamentos do Cristo pode proporcionar a paz e a sabedoria, inerentes ao estado de plena iluminação dos redimidos.



– As almas desencarnadas continuam igualmente no serviço da iluminação de si próprias?


Emmanuel - Nos planos invisíveis, o Espírito prossegue na mesma tarefa abençoada de aquisição dos próprios valores, e a reencarnação no mundo tem por objetivo principal a consecução desse esforço.



– Para acelerar o esforço de iluminação, a Humanidade necessitará de determinadas inovações religiosas?


Emmanuel - Toda inovação é indispensável, mesmo porque a lição do Senhor ainda não foi compreendida. A cristianização das almas humanas ainda não foi além da primeira etapa.


Alguns séculos antes de Jesus, o plano espiritual, pela boca dos profetas e dos filósofos, exortava o homem do mundo ao conhecimento de si mesmo. O Evangelho é a luz interior dessa edificação. Ora, somente agora a criatura terrestre prepara-se para o conhecimento próprio através da dor; portanto, a evangelização da alma coletiva, para a nova era de concórdia e de fraternidade, somente poderá efetuar-se, de modo geral, no terceiro milênio.


É certo que o planeta já possui as suas expressões isoladas de legítimo evangelismo, raras na verdade, mas consoladoras e luminosas. Essas expressões, porém, são obrigadas às mais altas realizações de renúncia em face da ignorância e da iniquidade do mundo. Esses apóstolos desconhecidos são aquele “sal da Terra” e o seu esforço divino será respeitado pelas gerações vindouras, como os símbolos vivos da iluminação espiritual com Jesus-Cristo, bem-aventurados de seu Reino, no qual souberam perseverar até o fim.



– Como iniciar o trabalho de iluminação da nossa própria alma?


Emmanuel - Esse esforço individual deve começar com o autodomínio, com a disciplina dos sentimentos egoísticos e inferiores, com o trabalho silencioso da criatura por exterminar as próprias paixões.


Nesse particular, não podemos prescindir do conhecimento adquirido por outras almas que nos precederam nas lutas da Terra, com as suas experiências santificantes – água pura de consolação e de esperança, que poderemos beber nas páginas de suas memórias ou nos testemunhos de sacrifício que deixaram no mundo.


Todavia, o conhecimento é a porta amiga que nos conduzirá aos raciocínios mais puros, porquanto, na reforma definitiva de nosso íntimo, é indispensável o golpe da ação própria, no sentido de modelarmos o nosso santuário interior, na sagrada iluminação da vida.



Pelo Espírito 'Emmanuel'

Do livro "O Consolador" - Ed. FEB

Psicografia de Francisco Cândido Xavier

sábado, 26 de junho de 2010

ESPÍRITOS PROTETORES

Jehul, elevada entidade das mais belas regiões da vida espiritual, foi chamado pelo caricioso apelo de um nobre mensageiro da Verdade e do Bem, que lhe falou nestes termos:

- Uma das almas a que te vens devotando particularmente, desde muitos séculos, vai agora ressurgir nas tarefas de reencarnação sobre a Terra. Seus débitos foram agravados de muito em virtude das quedas a que se condenou pela ausência de qualquer vigilância, mas o Senhor da Vida concedeu-lhe nova oportunidade de resgate e elevação.

Jehul sorriu e exclamou, denunciando sublimes esperanças:

- É Láio?

-Sim, - replicou o generoso mentor, - ele mesmo, que noutras eras, te foi tão amado na Etrúria. Atendendo às tuas rogativas, permite Jesus que lhe sejas o guardião desvelado, através de seus futuros caminhos. Ouve, Jehul! Serás seu companheiro constante e invisível, poderás inspirar-lhe pensamentos retificadores, cooperar em suas realizações proveitosas, auxiliando-o, em nome de Deus; mas, não esqueças que a tua tarefa é de guardar e proteger, nunca a de arrebatar o coração de teu tutelado das experiências próprias, dentro do livre arbítrio espiritual, a fim de que construa suas estradas para o Altíssimo com as próprias mãos.

Jehul agradeceu a dádiva derramando lágrimas de reconhecimento.

Com que enlevo pensou nas possibilidades de aconchegar ao seio aquele ser amado que havia tanto tempo, se lhe perdera do caminho!...

Láio lhe fora filho idolatrado na paisagem longínqua. É certo que não lhe compreendera a afeição, na recuada experiência. Desviara-se das sendas retas, quando ele mais esperava de sua mocidade e inteligência; seu coração carinhoso, porém, preferira ver no fato um incidente que o tempo se encarregaria de corrigir. Agora, tomá-lo-ia de novo nos braços fortes e o reconduziria à Casa de Deus. Suportaria, corajosamente, por ele, a pesada atmosfera dos fluidos materiais. Toleraria, de bom grado, os contrastes da Terra. Todos os sofrimentos eventuais eram poucos, pois acabava de alcançar a oportunidade de erguer, dentre as dores humanas, um irmão muito amado, que fora seu filho inesquecível.

O generoso amigo espiritual atravessou as paisagens maravilhosas que o separavam do ambiente terrestre. Ficaram para traz de seus passos os jardins suspensos, repletos de flores e de luz. As melodias das regiões venturosas distanciavam-lhe dos ouvidos.

Esperançoso, desassombrado, o solícito emissário penetrou a atmosfera terrestre e achou-se diante de um leito confortável, onde se identificava um recém-nascido pelo seu brando choramingar. Os Espíritos Amigos, encarregados de velar pela transição daquele pequenino, que Jehul beijou, tomado de profunda emoção, apertando-o de encontro ao peito afetuoso.

E era de observar-se, daí em diante, o devotamento com que o guardião se empenhou na tarefa de amparar a débil criança. Sustentou, de instante a instante, o espírito maternal, solucionando, de maneira indireta, difíceis problemas orgânicos, para que não faltassem os recursos da paz aos primeiros tempos do inocentinho humano. E Jehul ensinou-lhe a soletrar as primeiras palavras, reajustando-lhe as possibilidades de usar novamente a linguagem terrestre. Velou-lhe os sonos, colocou-o a salvo das vibrações perniciosas do invisível, guiou-lhe os primeiros movimentos dos pés. O generoso protetor nada esqueceu e foi com lágrimas de emotividade que inspirou ao coração materno as necessidades da prece para a idolatrada criancinha. Depois das mãos postas para pronunciar o nome de Deus, o amigo desvelado acompanhou-o à escola, a fim de restituir-lhe, sob as bênçãos do Cristo, a luz do raciocínio.

Jehul não cabia em si de contentamento e esperança, quando Láio se abeirou da mocidade.

Então, a perspectiva dos sentimentos transformou-se.

De alma aflita, observou que o tutelado regressava aos mesmos erros de outros tempos, na recapitulação das experiências necessárias. Subtraia-se, agora, à vigilância afetuosa dos pais, inventava pretextos desconcertantes e, por mais que ouvisse as advertências precisas e doces do mentor espiritual, no santuário da consciência, entregava-se, vencido, aos conselheiros de rua, caindo miseravelmente nas estações do vício.

Se Jehul lhe apontava o trabalho como recurso de elevação, Láio queria facilidades criminosas; se alvitrava providências da virtude, o fraco rapaz desejava dinheiro, com que se desvencilhasse dos esforços indispensáveis e justos. Entre sacrifícios e dores ásperas, o prestimoso guardião o viu gastar, em prazeres condenáveis, todas as economias do suor paternal, assistindo aos derradeiros instantes de sua mãe que partia da Terra, ferida pela ingratidão filial. Láio relegara todos os deveres santos ao abandono, entregando-se à ociosidade destruidora. Não obstante os cuidados do mentor carinhoso, procurou o alcoolismo, o jogo e a sífilis que lhe sitiaram a existência consagrada por ele ao desperdício. O dedicado amigo, entretanto, não desanimava.

Após o esgotamento dos recursos paternos, Jehul cooperou junto a companheiros prestigiosos, para que o tutelado alcançasse trabalho.

Embora contrafeito e subtraindo-se, quanto possível, ao cumprimento das obrigações, Láio tornou-se o auxiliar de uma empresa honesta que, às ocultas, era objeto de suas críticas escarnecedoras. Quem se habitua à ociosidade criminosa costuma caluniar os bens do espírito de serviço.

De nada valiam os conselhos do guardião, que lhe falava, solícito, nos mais profundos recessos do ser .

Daí a pouco tempo, menos por amor que por necessidade, Láio buscou uma companheira. Casou-se. Mas, no desregramento a que se entregava, desde muito tempo, não encontrou no matrimônio senão sensações efêmeras que terminavam em poucas semanas, como a potencialidade de um fósforo que se apaga em alguns segundos. Jehul, no entanto, alimentou a esperança de que talvez a união conjugal lhe proporcionasse oportunidade para ser convenientemente ouvido. Isso, todavia, não aconteceu. O tutelado não sabia tratar a esposa senão entre desconfiança e atitudes violentas. Sua casa era uma secção do mundo inferior a que havia confiado seus ideais. Recebendo três filhinhos para o jardim do lar, muito cedo lhes inoculava no coração as sementes do vício, segregando-os num egoísmo cruel.

Quando viu o infeliz envenenando outras almas que chegavam pela bondade infinita de Deus para a santa oportunidade de serviços novos, Jehul se sentiu desolado e, reconhecendo que não poderia prosseguir sozinho naquela tarefa, solicitou o socorro dos Anjos das Necessidades. Esses mensageiros de educação espiritual lhe atenderam solicitamente aos rogos, começando por alijar-lhe o tutelado do emprego que obtinha o pão cotidiano. Entretanto, em lugar de melhorar-se com experiência buscando meditar como convinha, Láio internou-se por uma rede de mentiras, fazendo-se de vítima para recorrer às leis humanas e ferir as mãos de antigos benfeitores. Acusou pessoas inocentes, exigiu indenizações descabidas, tornou-se odioso aos amigos de outros tempos.

Jehul foi então mais longe, pedindo providência aos Anjos que se incumbem do Serviço das Moléstias Úteis, os quais o auxiliaram, de pronto, conduzindo Láio ao aposento de enfermidade reparadora, a fim de que o mísero pudesse refletir na indigência da condição humana e na generosa paternidade do Altíssimo; aquele homem rebelde, contudo, pareceu piorar cem por cento. Tornou-se irascível e insolente, abominava o nome de Deus, sujava a boca com inúmeras blasfêmias. Foram necessários verdadeiros prodígios de paciência para que Jehul lhe lavasse do cérebro esfogueando e caprichoso os propósitos de suicídio. Foi aí que, desalentado quanto aos recursos postos em práticas, o bondoso guardião implorou os bons ofícios dos Anjos que se encarregam dos Trabalhos da Velhice Prematura. Os novos emissários rodearam Láio com atenção, amoleceram-lhe as células orgânicas, subtraíram-lhe do rosto a expressão de firmeza e resistência, alvejaram-lhe os cabelos e enrugaram-lhe o semblante. No entanto, o infeliz não cedeu. Preferia ser criança ridícula nas aparências de um velho, a entrar em acordo com o programa da sabedoria divina, a favor de si mesmo.

Enquanto blasfemava, seu amigo orava e desdobrava esforços incessantes; enquanto praticava loucuras, o guardião duplicava sacrifícios e esperanças

O tempo passava célere, mas, um dia, o Anjo da Morte veio espontaneamente ao grande duelo e falou com doçura:

- Jehul, chegou a ocasião de tua retirada!...

O generoso mentor abafou as lágrimas de angustiosa surpresa. Fixou o mensageiro com olhos doridos e súplices; o outro, no entanto, continuou:

- Não intercedas por mais tempo! Láio agora me pertence. Conduzi-lo-ei aos meus domínios, mas podes rogar a Deus que o teu tutelado recomece, mais tarde, outra vez...

Terminara a grande partida. A morte decidira no feito, pelos seus poderes transformadores, enquanto o guardião recolhia, entre lágrimas, o tesouro de suas esperanças imortais.

E, grafando esta história, lembro-me que quase todos os espíritos encarnados tem algum traço de Láio, ao passo que todos os Espíritos Protetores tem consigo os desvelos e os sacrifícios de Jehul...



Irmão X/Chico Xavier. Esta mensagem foi psicografada em 3 de julho de 1941 e encontra-se inserida no livro ‘’Reportagens de Além-Túmulo’’,

O MUNDO ESTÁ PERDIDO»

Redação do Momento Espírita

http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1064&let=M&stat=0



Nos dias atuais, devido aos acontecimentos infelizes que assolam o planeta, é muito comum ouvir as pessoas dizerem:

“O mundo está perdido!”

Um olhar superficial pode, de fato, causar essa impressão.

Mas o mundo não está perdido. O mundo está na mais perfeita harmonia. O sol cumpre sistematicamente o seu papel, sem alarde.

A Terra oferece todos os recursos da sua intimidade que possibilitam a vida das criaturas, em constante harmonia.

As sementes germinam, a floração acontece, os rios seguem seus cursos e os animais atendem os objetivos que o Criador estabeleceu, com equilíbrio harmônico.

Portanto, o mundo não está perdido. O homem é que está perdido.

O homem é que se esquece da sua condição de filho de Deus e se debate na busca de ilusões que mais o distanciam da felicidade almejada.

Esquecido da sua condição de filho da luz, o ser humano se atormenta nas trevas, e acaba se precipitando nos despenhadeiros dos mais variados vícios.

O mundo não está perdido...

Nós é que perdemos o rumo...

A Terra faz seus movimentos de rotação e translação, obedecendo as leis do Criador.

Os astros giram no espaço infinito, dentro da mais perfeita sintonia com o pensamento Criador.

O Sol dardeja ouro sobre a terra, tornando possível a vida.

A chuva generosa cumpre seu papel...

O mundo não está perdido, nós é que estamos com a visão nublada e distorcida.

A nossa miopia moral nos faz perder a fé no Criador...

E as manhãs que se renovam sempre e sempre, como dádivas de Deus para o nosso crescimento, escorrem ligeiras pelas nossas mãos...

Os minutos preciosos que se repetem, incansáveis, são desvalorizados a ponto de servir apenas para a construção da nossa própria desdita...

Olhamos o mundo através das nossas lentes embaçadas pelo pessimismo e dizemos, alarmados:

“O mundo está perdido”.

Se encontramos uma rosa no caminho, logo perguntamos:

“E o estrume, onde está o estrume?”

Mas aqueles que têm os olhos lubrificados pela fé racional, dilatam o seu campo de visão e contemplam o equilíbrio do mundo.

Seus passos são ligeiros e decididos, pois a confiança em Deus os sustenta com o otimismo.

Se na caminhada encontram estrume, logo perguntam:

“E a rosa, onde está a rosa?”

São pessoas assim que mudam o ambiente terrestre. Que fazem luz onde as sombras teimam em sobressair.

Sua confiança no Criador do universo é, de tal forma, grandiosa, que jamais se deixam cair nas malhas do amolentamento ou do desânimo.

São pessoas que não reclamam do mundo, mas fazem do mundo, a cada dia, um mundo melhor.

Por isso, o mundo não está perdido...

O ser humano é que se perdeu por se distanciar do seu Criador...

Por se sentir o senhor do mundo...

Por relegar a segundo plano os valores morais...

Por se obstinar em construir sua felicidade pisando sobre as costas do próximo...

Quando o homem abrir os olhos, sair da casca do egoísmo e retirar a capa do orgulho, verá que o mundo tem um colorido diferente...

Enxergará as belezas naturais com que o Criador enfeitou a terra e se deslumbrará diante do perfeito equilíbrio que impera em todo o Universo.



Pense nisso!



No reino da natureza, o ser humano é o único dotado de razão.



É o único ser capaz de questionar e entender o seu Criador.



E você, como ser humano, é o único capaz de enxergar algo além das aparências.



Não se deixe levar pelo pessimismo. Corrija o ângulo da sua visão, lubrifique-a com o óleo da fé em Deus e faça a sua parte para que o seu mundo íntimo possa ser a cada dia melhor.



Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, inspirado em palestra proferida por Raul Teixeira, na fábrica Ypê, no dia 20/02/2004.

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Melhor abençoar


Questão sempre suscitada, quando se cogita de influências espirituais, diz respeito ao chamado mal encomendado, ou malfeito.


Uma senhora, preocupada com o assunto, perguntou: – Chico, isso existe?

A resposta bem-humorada do médium é antológica:


– Se você arremessar uma bolinha de borracha numa parede e houver um buraco nela, a bolinha poderá entrar.


* * *


Quando se fala a respeito desse assunto, sempre imaginamos alguém procurando pessoas que vivem desse expediente, pagando-lhes para evocar malefícios sobre um desafeto.


Na verdade, nem é preciso usar nossas economias para isso.


Basta que tenhamos muita raiva de uma pessoa, desejando-lhe todo mal, e estaremos gerando o malfeito, em duas frentes:


Ação pessoal – emitimos vibrações deletérias a se expandirem em sua direção, como se lhe atirássemos dardos envenenados, passíveis de perturbá-la.


Ação de terceiros – espíritos obsessores atenderão nossa evocação, dispostos a colaborar no nefasto propósito. E a assediarão, procurando causar-lhe embaraços variados de ordem física e espiritual.


Surtirão efeito tais iniciativas?


Aqui entra a imagem feliz apresentada por Chico.


Se o desafeto tiver brechas em suas defesas espirituais, a partir de um comportamento indisciplinado e vicioso (o buraco na parede), poderá ser afetado.
Se, porém, for alguém de padrão vibratório elevado, que cultiva bons pensamentos, que orienta sua existência nos caminhos da verdade e do bem, nada de mal lhe acontecerá.


A razão é simples: não haverá abertura em sua casa mental, passível de engolir a bolinha, sujeitando-se aos estragos que possa produzir.


Portanto, não precisamos temer semelhantes arremetidas de espíritos encarnados ou desencarnados, desde que cultivemos a recomendação de Jesus (Mateus, 26:41): Vigiai e orai para que não entreis em tentação.


É o mal em nós que nos leva a assimilar o mal que nos fazem.


Podemos ir um pouco adiante, cumprindo outra orientação do Mestre (Mateus, 5:44): … orai pelos que vos perseguem.


Se, identificando no desconforto que sentimos, a ação de espíritos perturbadores, encarnados ou desencarnados, orarmos por eles, neutralizaremos tranquilamente o mal que pretendam contra nós.


* * *


Quanto aos que exercitam o mau hábito de amaldiçoar e aos que chegam ao extremo de efetuar a contratação de malfeitores do Além para prejudicar alguém, por intermédio de pessoas que vivem desse expediente, mais cedo ou mais tarde experimentarão desagradável surpresa: ainda que encontrem brechas na parede, fazendo estragos na vida alheia, a bolinha tenderá a voltar em sua direção, produzindo estragos maiores.


Atendendo aos princípios de causa e efeito que nos regem, quem se envolve com o mal acabará vitimado por ele.


E há um detalhe: os espíritos que atendem às suas evocações não o fazem por generosidade ou benemerência. Objetivam, por compensação maior, o domínio sobre seus intermediários e contratantes, que acabam caindo em suas mãos.


Portanto, desejar o mal do próximo é má ideia, péssima transação, no intercâmbio com o Além.


Melhor abençoar!




Por: Richard Simonetti
http://www.folhaespirita.com.br

Iluminação (Parte 1 de 2)


– Há alguma diferença entre a crença e a iluminação?
Emmanuel - Todos os homens da Terra, ainda os próprios materialistas, creem em alguma coisa. Todavia, são muito poucos os que se iluminam. O que crê, apenas admite; mas o que se ilumina vibra e sente. O primeiro depende dos elementos externos, nos quais coloca o objeto da sua crença; o segundo é livre das influências exteriores, porque há bastante luz no seu próprio íntimo, de modo a vencer corajosamente nas provações a que foi conduzido no mundo.
É por essa razão que os espiritistas sinceros devem compreender que não basta acreditar no fenômeno ou na veracidade da comunicação com o Além, para que os seus sagrados deveres estejam totalmente cumpridos, pois a obrigação primordial é o esforço, o amor ao trabalho, a serenidade nas provas da vida, o sacrifício de si mesmo, de modo a entender plenamente a exemplificação de Jesus Cristo, buscando a sua luz divina para a execução de todos os trabalhos que lhes competem no mundo.

– Há outras fontes de conhecimento para a iluminação dos homens, além da constituída pelos ensinamentos divinos do Evangelho?
Emmanuel - O mundo está repleto de elementos educativos, mormente no referente às teorias nobilitantes da vida e do homem, pelo trabalho e pela edificação das faculdades e do caráter.
Mas, em se tratando de iluminação espiritual, não existe fonte alguma além da exemplificação de Jesus, no seu Evangelho de Verdade e Vida.
Os próprios filósofos que falaram na Terra, antes d’Ele, não eram senão emissários da sua bondade e sabedoria, vindos à carne de modo a preparar-lhe a luminosa passagem pelo mundo das sombras, razão por que o modelo de Jesus é definitivo e único para a realização da luz e da verdade em cada homem.

– Nos trabalhos espiritistas, onde poderemos encontrar a fonte principal de ensino que nos oriente para a iluminação? Poderemos obtê-la com as mensagens de nossos entes queridos, ou apenas com o fato de guardarmos o valor da crença no coração?

Emmanuel - Numerosos filósofos hão compendiado as teses e conclusões do Espiritismo no seu aspecto filosófico, científico e religioso; todavia, para a iluminação do íntimo, só tendes no mundo o Evangelho do Senhor, que nenhum roteiro doutrinário poderá ultrapassar.
Aliás, o Espiritismo em seus valores cristãos não possui finalidade maior que a de restaurar a verdade evangélica para os corações desesperados e descrentes do mundo.
Teorias e fenômenos inexplicáveis sempre houveram no mundo. Os escritores e os cientistas doutrinários poderão movimentar seus conhecimentos na construção de novos enunciados para as filosofias terrestres, mas a obra definitiva do Espiritismo é a da edificação da consciência profunda no Evangelho de Jesus Cristo.
O plano invisível poderá trazer-vos as mensagens mais comovedoras e convincentes dos vossos bem-amados; podereis guardar os mais elevados princípios de crença no vosso mundo impressivo. Todavia, esse é o esforço, a realização do mecanismo doutrinário em ação, junto de vossa personalidade. Só o trabalho de auto-evangelização, porém, é firme e imperecível. Só o esforço individual no Evangelho de Jesus pode iluminar, engrandecer e redimir o espírito, porquanto, depois de vossa edificação com o exemplo do Mestre, alcançareis aquela verdade que vos fará livre.

– A análise pela razão pode cooperar, de modo definitivo, no trabalho de nossa iluminação espiritual?
Emmanuel - É certo que o homem não pode dispensar a razão para vencer na tarefa confiada ao seu esforço, no círculo da vida; contudo, faz-se mister considerar que essa razão vem sendo trabalhada, de muitos séculos no planeta, pelos vícios de toda sorte.
Temos plena confirmação deste asserto no ultra-racionalismo europeu, cuja avançada posição evolutiva, ainda agora, não tem vacilado entre a paz e a guerra, entre o direito e a força, entre a ordem e a agressão.
Mais que em toda parte do orbe, a razão humana ali se elevou às mais altas culminâncias de realização e, todavia, desequilibrada pela ausência do sentimento, ressuscita a selvageria e o crime, embora o fausto da civilização.
Reconhecemos, pois, que na atualidade do orbe toda iluminação do homem há de nascer, antes de tudo, do sentimento. O sábio desesperado do mundo deve volver-se para Deus como a criança humilde, para cuidar dos legítimos valores do coração, porque apenas pela reeducação sentimental, nos bastidores do esforço próprio, se poderá esperar a desejada reforma das criaturas.

– Os guias espirituais têm uma parte ativa na tarefa de nossa iluminação pessoal?
Emmanuel - Essa colaboração apenas se verifica como no caso dos irmãos mais velhos, ou dos amigos mais idosos nas experiências do mundo.
Os mentores do Além poderão apontar-vos os resultados dos seus próprios esforços na Terra, ou, então, aclarar os ensinos que o homem já recebeu através da misericórdia do Cristo e da benevolência dos seus enviados, mas em hipótese alguma poderão afastar a alma encarnada do trabalho que lhe compete, na curta permanência das lições do mundo.

Que dizer de um professor que decifrasse os problemas comuns para os alunos?
Além disso, os amigos espirituais não se encontram em estado beatífico. Suas atividades e deveres são maiores que os vossos. Seus problemas novos são inúmeros e cada espírito deve buscar em si mesmo a luz necessária à visão acertada do caminho.
Trabalhai sempre. Essa é a lei para vós outros e para nós que já nos afastamos do âmbito limitado do circulo carnal. Esforcemo-nos constantemente.
A palavra do guia é agradável e amiga, mas o trabalho de iluminação pertence a cada um. Na solução dos nossos problemas, nunca esperemos pelos outros, porque de pensamento voltado para a fonte de sabedoria e misericórdia, que é Deus, não nos faltará, em tempo algum, a divina inspiração de sua bondade infinita.

Pelo Espírito Emmanuel

Do livro “O Consolador” - Ed. FEB

Psicografia de Francisco Cândido Xavier


fonte:Blog Espírita na Net

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Quem é seu melhor amigo?

Cãopanheiro from Joao Frigerio on Vimeo.

Aborto - Tipos,Consequencias..

Suplica de um Bebê

Diário de um FETO

diario de uma criança que não chegou a nascer.

Não ao Aborto!

Campanha do Agasalho 2010

A Boa Vontade aquecendo os corações
Neste mês de junho, a Legião da Boa Vontade (LBV) deu início à edição 2010 de sua Campanha do Agasalho, realizada em regiões onde o frio é mais rigoroso nesta época do ano. A Instituição atua de parceria com entidades, empresas, lojistas, associações de bairro e órgãos diversos na angariação de agasalhos, moletons, roupas de lã, meias, luvas e cobertores, os quais são entregues a famílias em situação de vulnerabilidade.

Postos de arrecadação também foram disponibilizados pela LBV para os interessados em colaborar para a campanha. Em Glorinha/RS, as doações devem ser feitas na RS 030, KM 19, parada 119. Outras informações sobre a iniciativa podem ser obtidas pelo tel. (51) 3487-2600 ou acessando-se o site www.lbv.org.br

Estatuto da Igualdade Racial

Na última quarta-feira, 16/6, em sessão extraordinária, o Senado aprovou o Estatuto da Igualdade Racial, de autoria do senador gaúcho Paulo Paim. Do projeto foram suprimidos trechos que versavam sobre vagas para negros em partidos políticos e agremiações, o que delineava políticas de saúde pública específicas para a população negra e os dispositivos que deliberavam a criação das cotas étnicas nas universidades.

Numa reportagem de Mariana Jungmann, a Agência Brasil informou que “o texto já havia sido aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e passou sem alterações no plenário da Casa. O projeto segue agora para sanção presidencial”.
Um dos pilares do Estatuto firma-se no campo da Educação, pois incorpora no currículo de formação de professores temas que incluam valores de respeito à pluralidade etnorracial e cultural da sociedade.

Muito precisa ser feito para melhorar as condições não somente dos negros e indígenas, mas, da mesma forma, de certos grupos explorados de imigrantes, além dos mestiços e brancos pobres de nosso país. Entretanto, vejo na aprovação do Estatuto de Igualdade Racial passo significativo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, em que jamais a cor da pele interfira no estabelecimento de benefícios para o povo.

SELEÇÃO DA SOLIDARIEDADE
Maicon e Elano são dois dos craques que participam da Campanha da Legião da Boa Vontade “África do Sul 2010 — Fiz um gol pela infância brasileira”. Assinaram uma camisa alusiva à ação solidária da LBV voltada a socorrer crianças em risco social. Deles foram os gols que deram a vitória ao Brasil sobre os norte-coreanos, na estreia dos comandados de Dunga no Mundial da África do Sul. Nosso modesto incentivo e parabéns a eles e à equipe brasileira/2010 de futebol.

Ao marcar seu primeiro gol numa Copa do Mundo, Maicon trouxe mais que alegria à torcida verde-amarela. No término do jogo, em Criciúma/SC, durante entrevista exclusiva à Super Rede Boa Vontade de Comunicação, o sr. Manoel dos Passos Sisenando, pai do jogador, disse: “A família toda vibrou. Ele falava que queria fazer uma boa Copa”. Quanto à participação de Maicon na Campanha da LBV, declarou o sr. Manoel: “Sinto-me orgulhoso por isso (...). Sempre que alguém o procura para ajudar crianças ou entidades, ele está sempre disposto. Ficamos muito alegres por ele colaborar. Se meu filho fez o gol dele assinando essa camisa da LBV, agora é a vez de o povo fazer seu gol participando dessa Campanha”.
Além de Maicon e Elano, outros jogadores aderiram à iniciativa, entre eles: Robinho, Julio César, Doni, Juan, Luisão, Gilberto Silva, Júlio Baptista, Josué, Nilmar, Ronaldinho Gaúcho, Sandro, Victor, Neymar e Paulo Henrique (Ganso). Na camisa, há também um tributo aos ícones do futebol brasileiro Pelé, Zagallo, Zico, Marcos e Cafu.

Faça parte, você também, dessa Seleção da Solidariedade. Acesse www.euajudoamudar.org.

HOMENS DE BOA VONTADE
Numa homenagem aos que estão nos ajudando a fazer muitos gols pela infância brasileira, apresento composição do renomado músico Carlos Colla, que tem inúmeros sucessos, inclusive cantados por Roberto Carlos. “Homens de Boa Vontade” foi feita a partir de um pedido do veterano radialista Hilton Abi-Rihan, durante o programa Samba & História, da Boa Vontade TV (canal 23 da SKY).

Para ouvir a bela melodia, visite www.lbv.org.br:
“Da água Ele fez o vinho,/ Nas bodas de Canaã./ Seu nome é mais conhecido/ Que a estrela da manhã.
“Inspirador dos poetas/ e Homens de Boa Vontade,/ Cientistas e profetas,/ Mestre da Humanidade.
“‘Sem Educação não há futuro!’”/ Como José de Paiva Netto falou,/ Caridade tem que ser completa,/ Foi assim que Jesus ensinou.
“Desde o começo dos Tempos/ Que existe anjo encarnado,/ Que anda no meio da gente,/ Senta no banco do lado.
“Gente que gosta de gente,/ Que faz o Bem de verdade,/ Gente que veio somente/ Para trazer felicidade”.

HÁBITO


O hábito é o conjunto de reflexos mentais acumulados, operando constante indução à rotina.

A maioria dos Espíritos encarnados na Terra vem de incontáveis séculos nos quais viveu sem muita reflexão e nem resistência moral.

Há a tendência generalizada de consumir os pensamentos alheios, ajustando-se a eles.

Por conta disso, exagera-se nas necessidades e se aparta da simplicidade com que seria fácil viver em paz.

Porque são muitas as pretensas necessidades, ergue-se todo um sistema defensivo em torno delas.

Para assegurar o que entende ser um mínimo necessário, o homem se torna egoísta e cruel.

Arma-se de cautela e desconfiança, para além da justa preservação.

Dando vazão ao instinto da posse, cria reflexos de egoísmo, orgulho, vaidade e medo.

Caminha ao sabor das influências mundanas, suscetível à opinião alheia, aos ditames da moda e da mídia.

Por não refletir detidamente sobre os propósitos superiores da existência, engana-se depois do berço para se desenganar depois do túmulo.

Aprisiona-se no binômio ilusão-desilusão, no qual gasta longos séculos, começando e recomeçando a senda em que lhe cabe avançar.

Não é lícito desprezar a rotina construtiva.

É por ela que o ser se levanta no espaço e no tempo e conquista os recursos que lhe enobrecem a vida.

Contudo, a evolução impõe a instituição de novos costumes, a fim de que o ser se liberte de fórmulas inferiores.

Para impulsionar esse processo redentor rumo ao Alto não há modelo melhor do que o Cristo.

Sem violência de qualquer natureza, Ele alterou os padrões da moda moral em que a Terra vivia há milênios.

Contra o uso da condenação metódica, ofereceu a prática do perdão.

À tradição de raça, opôs o fundamento da fraternidade legítima.

Toda a Sua passagem entre os homens foi marcada pela certeza da ressurreição para a vida eterna.

Na manjedoura, simbolizou a simplicidade e a humildade como legítimas opções de vida.

Na cruz afrontosa, exemplificou a serenidade e a paciência.

Também trouxe a noção das bem-aventuranças eternas para os aflitos que sabem esperar e os justos que sabem sofrer.

Ainda hoje, no mundo, a justiça cheira a vingança e o amor tem laivos de egoísmo.

Tal se dá pelo reflexo condicionado de atitudes adotadas há milênios.

Entretanto, a ciência da vida que jamais se esgota precisa induzir reflexões que rompam com esses automatismos infelizes.

Mais do que ser bonito, refinado, rico ou influente importa dignificar e purificar o próprio íntimo.

Para isso, nada melhor do que se habituar a servir, a perdoar e a compreender as dificuldades alheias.

A automatização de hábitos dignos, pela repetição constante, liberta da dor e da decepção.

Pense nisso.



Redação do Momento Espírita, com base no cap. XX do livro Pensamento e vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

Em 23.06.2010.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Situação do espírita após a morte


Muitos espíritas estão desencarnando em situações deploráveis, recebendo socorro em sanatórios no Plano Maior da Vida em virtude das péssimas condições morais e psíquicas em que se encontram.
Este quadro é descrito com muita propriedade no livro Tormentos da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, psicografado por Divaldo Pereira Franco, que traz informações edificantes para nós, espíritas, sobre a importância de um bom desempenho de nossas funções, assumidas ainda no Mundo Espiritual.

O Espírito Manoel Philomeno de Miranda ressalta que as experiências narradas no livro permitem compreender que “a crença é muito importante, no entanto, a vivência dos postulados exarados na Codificação tem regime de urgência e não pode nem deve ser postergada”. E Bezerra de Menezes, logo no início da obra, lembra que “Jesus acentuou que mais se pedirá àquele a quem mais se deu, considerando-se o grau de responsabilidade pessoal, em razão dos fatores predisponentes e preponderantes para a conduta”.

Em adição, em No Mundo de Chico Xavier, consta informação interessante do Espírito Romeu do Amaral Camargo, tempos depois de sua desencarnação, comentando acerca da situação dos espíritas ao adentrar no Mundo Espiritual. Conta Chico Xavier que Romeu do Amaral “prosseguia trabalhando ativamente em organizações espíritas-cristãs do Plano Superior e que nós, os espíritas, carregamos enormes responsabilidades nos ombros, porque recebemos o conhecimento libertador de que as leis de Deus funcionam na consciência de cada um”. E o Espírito complementa que “não havia visto dentre os companheiros já desencarnados com os quais convivia, um só que não se queixasse de condições deficitárias para com a Doutrina Espírita. Tão grandes eram as bênçãos recolhidas, que todos admitiam terem saído da experiência física reconhecendo-se endividados para com o Espiritismo Cristão, pelo qual, segundo opinião deles mesmos, deviam ter trabalhado mais”.

Portanto, percebemos dos ensinamentos dos Espíritos que, embora façam referência mais detida às experiências dos espíritas após a morte, a condição de felicidade ou sofrimento destes guarda estreita relação com a vivência dos ensinamentos morais, e por isso, trata-se de possibilidade que acomete qualquer um que, de posse do conhecimento dos valores da Vida Eterna, estagna-se na marcha do progresso, independente de sua religião.

Neste sentido, Eurípedes Barsanulfo, em palestra educativa narrada por Manoel Philomeno de Miranda, alerta que “todo conhecimento superior que se adquire visa ao desenvolvimento moral e espiritual do ser. No que diz respeito às conquistas imortais, a responsabilidade cresce na razão direta daquilo que se assimila. Ninguém tem o direito de acender uma candeia e ocultá-la sob o alqueire, quando há o predomínio de sombras solicitando claridade” (Capítulo 22 do livro Tormentos da Obsessão).

A culpa e os pesares da consciência são maiores quanto melhor o homem sabe o que faz. Kardec conclui primorosamente este ensinamento, afirmando que “a responsabilidade é proporcional aos meios de que ele [o homem] dispõe para compreender o bem e o mal. Assim, mais culpado é, aos olhos de Deus, o homem instruído que pratica uma simples injustiça, do que o selvagem ignorante que se entrega aos seus instintos” (questão 637 de O Livro dos Espíritos).

Por fim, fiquemos com a exortação de Bezerra de Menezes, orientando para que “cuidemos-nos, todos nós, de nos preservar do mal, suplicando o divino socorro, conforme propôs o incomparável Mestre, na Sua oração dominical, buscando-Lhe o amparo e a inspiração, a fim de podermos transitar com equilíbrio pelos difíceis caminhos da ascensão espiritual” (Capítulo 1 do livro Tormentos da Obsessão).


Fonte: Site OSGEFIC

Texto da Redação do Momento Espírita

O que se faz naquele dia, em que tudo parece dar errado?

Há quem diga: Levantei com o pé esquerdo.

Entende-se que quem assim fala, acredita que um pé é mais valioso do que outro.

Esquece-se de que ambos os pés são preciosos, pois que a base sobre a qual recai o peso do corpo, sustentado pelas pernas.

De toda forma, nesse dia em que tudo deve dar errado, porque começou errado, o que fazer?

Primeiro: repelir a idéia de uma perseguição de Deus aos Seus filhos.

As coisas não dão errado porque Deus quer.

Dão errado porque nós, os Seus filhos, agimos errado.

Vejamos. Você levantou pela manhã atrasado? De quem é a culpa?

Não é do despertador, que não soou o alarme, ou soou mais tarde.

A questão é sua, porque quem programa as funções do aparelho é você.

Portanto, não há porque se zangar. O que acontece, em seguida, para o melhor ou para o pior, é sua decisão.

Você pode levantar de um pulo, por-se em pé, sair às tontas do quarto e... se bater na porta, em um móvel.

Pensasse que nada traria de volta os minutos passados, levantaria com calma e faria tudo com mais vagar.

Quando você está com pressa e tenta fazer várias coisas ao mesmo tempo, tem muita probabilidade de algo desagradável acontecer.

O leite transborda, sujando o fogão, você se corta ao fazer a barba, o botão da camisa cai, pela violência que você usa, tentando abotoá-lo.

Enfim, a lista é quase interminável. E a culpa, com certeza, não é de Deus.

Faça tudo com calma. O carro não dá partida?

Verifique o porquê e resolva, se possível, sem se estressar.

Perdeu o horário do ônibus?

Lembre que a sua ansiedade ou a sua irritação não fará o próximo se adiantar. Espere.

Se preciso, avise seu superior, sua chefia, seu cliente, do atraso.

Se perderá uma aula, uma prova, já perdeu. De que adianta gritar, se zangar? Nada trará de volta os minutos perdidos.

A palavra já diz: perdidos.

O trânsito está congestionado? Não faça tolices, não viole as regras do bom motorista.

Tenha sempre à mão um livro, uma revista e aproveite o tempo.

A chuva o surpreendeu no caminho? Aguarde um pouco. Tudo passa. A chuva também passa.

Aguardar um pouco não lhe deve causar maior preocupação.

Enfim, em tudo seja responsável e pense que em suas mãos está permitir que tudo ande nos eixos, ou não ande.

Tudo se resolva, a pouco e pouco, ou não.

Por fim, pense: não vale a pena perder minutos preciosos da vida por estresse, irritação ou impaciência.

Deus quer a sua felicidade. Colabore com Ele nesta conquista.

* * *

Tudo no Universo traduz harmonia, precisão. Os planetas obedecem às suas trajetórias e cada qual se enquadra, na linha do dever que lhe é própria.

Os astros giram, as estrelas lançam sua luz ao espaço. Tudo obedece ao Grande Pai de todos nós.

Não sejamos diferentes. Harmonizemo-nos.

Colaboremos com nossa própria felicidade.

E pensemos a cada dia:

Hoje tudo vai dar certo. Perfeitamente certo.

Eu farei o possível para tudo acontecer acertadamente.



fonte:Fonte: www.momento.com.br

PARA VENCER

Emmanuel

Evite as preocupações desnecessárias, reconhecendo que certos acontecimentos da vida, qual ocorre com o dia e a noite, surgirão sem qualquer interferência nossa.

A cordialidade para com todos lhe fará base na sustentação da própria harmonia, porquanto a cordialidade dos outros é ingrediente muito importante na aquisição da paz que procuras.

Cultiva a bondade e o pensamento reto; no entanto, porque já possas fazer isso, não menosprezes aqueles que se te afiguram errados, de vez que, provavelmente, em futuro próximo, terão galgado um grau de elevação que despenderás talvez muito tempo para alcançar.

Ilumina-te com a verdade, distribuindo-a em veículos de amor; entretanto, não lhe uses o clarão para destacar as chagas alheias, porque o Poder Supremo que te auxiliou caridosamente a obter mais luz, saberá dissipar as sombras nas quais, porventura, ainda se envolvam muitos de nossos irmãos.

Desculpa sempre, sejam as ofensas como forem, refletindo nas faltas e débitos em que temos sido infinitamente perdoados.

Corrige amando, onde anotes a presença do erro, aproveitando o exemplo do cirurgião que não corta além da necessidade de preservar a vida.

Valoriza o teu lugar de trabalho, por mais ínfimo que te pareça, nele rendendo o máximo de bem ao teu alcance, entendendo que o mar não substitui a fonte, e a fonte, que não pára no próprio curso, chegará, inevitavelmente, à imensidade do mar.

Auxilia, educando aos que te reclamem amparo, de modo que a suposta auto-suficiência não te esfrie o coração e de maneira que a tua generosidade em descontrole possível não cronifique a servidão e a dependência.

Ama com todas as forças do sentimento; contudo, não exijas a retribuição dos entes queridos, de vez que amar igualmente significa compreender, e muitos daqueles que amamos devem carinho e abnegação a outros seres, a fim de se realizar na plenitude do amor que aspiramos a alcançar, em auxílio a nós mesmos.

Não permitas que desilusões e provas te impeçam de trabalhar, porquanto a Divina Providência, em qualquer ocorrência difícil, nunca te faltará com os recursos precisos, em matéria de amor e de apoio material, para que não te omitas nos encargos que te competem. E, ainda mesmo quando te acredites sob proteção imbatível, no que se refira a disponibilidades terrestres, trabalha sempre, porque ninguém vence os caminhos de acesso à felicidade quando não se decida a servir e mais servir.



Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier. Do livro "Caminhos de Volta”

fonte:Carlos Eduardo Cennerelli

Respeitai-vos uns aos outros

Stephen Kanitz

Amai-vos uns aos outros" (João 13,34) é um comando religioso claro e inequívoco, mais conhecido do que os dez mandamentos. É um mandamento exigente, difícil de cumprir. Se a paz mundial depender da incorporação desse valor, o futuro não será muito otimista. Estamos nestes 2.000 anos caminhando no sentindo inverso, a cada dia que passa.

Não sou estudioso de religião. Portanto, aceitem
esses comentários com as devidas reservas. Minha
singela observação é repetir o que todo administrador constata em sua vida secular: metas muito elevadas acabam tendo um efeito contrário ao que se deseja. Talvez seja isso o que está acontecendo no mundo cristão, a meta é ambiciosa demais.

Ou, talvez, alguém há 2.000 anos inadvertidamente tenha errado na tradução do hebraico. Em vez de "Amai-vos uns aos outros", a tradução correta deveria ter sido "Respeitai-vos uns aos outros". Um mandamento mais brando, mais fácil, é um bom começo para vôos mais altos.

Respeitar as nossas diferenças como seres humanos, nossas culturas, nossas religiões e nossos tiques individuais é bem diferente de amar a cultura, a religião e os tiques nervosos do próximo. Posso perfeitamente respeitar uma pessoa diferente e estranha, embora nunca pretenda amá-la.

Não vejo como alguém criado com preconceitos possa passar a amar seu concidadão, um salto quântico impossível. Mas ensinar nossos jovens a pelo menos respeitar o negro, o oriental, o gay é uma meta mais factível do que amá-los.

Nunca ouvi um líder negro exigir ou pedir o amor dos brancos. O que ouvimos das lideranças negras é um pedido de mais respeito, alguns chegam a exigir "um mínimo de respeito". A que ponto chegamos! Por que não tentamos criar uma sociedade em que haja o "máximo" de respeito e deixamos o amor para os jovens apaixonados?

Teólogos ortodoxos irão argumentar que ser cristão é para quem pode, não para quem quer. Padrões éticos e religiosos são para ser seguidos e não relaxados, só porque ninguém consegue cumpri-los.

Seria um desastre reduzir o nível ético só para aumentar o número de devotos, algo que muitas religiões estão fazendo. Mas não deixa de ser um desastre a falta generalizada de respeito mútuo que o mundo atravessa hoje.

Um dos empresários mais bem-sucedidos do Brasil, Rolim Amaro, um amigo de quem sinto uma enorme saudade, nasceu extremamente pobre. Ele me confessou que o pior da pobreza não era a fome, o frio nem as privações materiais. "O pior é o desrespeito. O desrespeito dos mais ricos, dos funcionários públicos, da classe média arrogante."

Ninguém é pobre porque quer. A pobreza já rebaixa muito a auto-estima e reforça essa condição de pobreza. E a última coisa de que um pobre precisa é ter de aturar o desrespeito dos outros. Trate um pobre com respeito e você estará de imediato aumentando sua auto-estima, o que é um início da solução de seus problemas.

Pobres respeitam pessoas bem-sucedidas, como Pelé e Roberto Carlos, que ganharam seu dinheiro honestamente. A riqueza, na ausência de penúria flagrante, é mais do que aceita pelos pobres, que no fundo almejam a mesma coisa. Quem não aceita acumular riqueza e poupança para a velhice é intelectual de universidade, que curiosamente tem um salário e aposentadoria integral garantidos.

O Brasil vem sendo governado por oligarquias intolerantes e intelectuais arrogantes que não respeitam nem ouvem a opinião de ninguém. Não é por acaso que nossa auto-estima como nação está lá embaixo e a arrogância dos donos do poder está lá em cima.

Governos que não respeitam a opinião de seus cidadãos acabam com populações que não respeitam seus governos. É o fim da democracia.

Vamos começar o ano de 2003 com uma meta mais light, menos exigente. Vamos começar respeitando-nos uns aos outros.

Feliz 2003, com todo o respeito.

Stephen Kanitz é administrador (www.kanitz.com.br)

Artigo Publicado na Revista Veja, Editora Abril, edição 1784, ano 36, nº 1, 8 de janeiro de 2003, página 18.

fonte: Carlos Eduardo Cennerelli

Perdoa a violência de teu irmão, silencia e ora.



Aguarda com calma a resposta do céu. Ele poderá chegar a ti, sem o tempo determinado pela tua vontade. Entre o teu irmão e tu, há diferença de análise, e o Plano Espiritual está zelando em favor da paz de ambos.



Pondera a dor que te alcança, pela dor que deve sofrer o teu irmão e tanto quanto te seja possível, ajuda-o com a tua compreensão.



Desculpa incansavelmente, e coloca neste tempo de incerteza e de dor, a colocação necessária a fim de que a paz de ambos se concretize.



Pensa e lembra, quantas vezes terás passado e vencido provas que te pareceram intransponíveis. Hoje as enxergas como sendo pequenas frações de experiência que te ajudam a avançar.



O importante é que, nesta dor de hoje, possas sair ferido sem que firas a ninguém.



O silêncio sem mágoa e sem revide, será as asas que te ajudarão a levantar novos vôos para as faixas de aperfeiçoamento e redenção, junto de outros corações irmãos.



Caminha! Educa-te tolerando e desculpando os companheiros de jornada. A dor, longe de ser castigo, é benção de ensino maior que não devemos desperdiçar pela experiência que nos traz.



Não desconfies da misericórdia divina que nos atende e nos assiste de acordo com as nossas necessidades. Importa reconhecer a nossa inferioridade e a nossa pequenez a fim de que, nunca venhamos a desconfiar nem duvidar do auxílio divino.



Assim, recomeça ainda hoje, o trabalho de oração e da vigilância em ti, e faça das próprias forças, a usina de amor e paz que o Senhor espera em favor de teus semelhantes. O irmão que te ampara fará de ti, um instrumento de Bem, abolindo as vibrações de destruição e de guerra que te procuram.



E nesta linha de obediência e submissão, o Senhor te abençoará!

(Um Irmao de LUz)

Paz, Amor e Caridade

(psic/ enviada pela amiga Neide)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

TEMPO DOS FILHOS


As tendências da atualidade falam de qualidade, quando se discute a questão de educação de filhos e tempo que os pais dedicam a eles.

Em verdade, toda vez que o assunto tempo é tratado, as primeiras frases que brotam ligeiras das bocas das pessoas é: Não tenho tempo. A vida é muito corrida. A profissão me exige muito.

Face a tais posicionamentos, natural que o que se sacrifique seja sempre o tempo com a família.

Afinal, a profissão é importante porque tanto realiza o ser quanto lhe permite angariar os recursos para o conforto e as necessidades. O estudo é importante porque permite o progresso da criatura, tanto quanto é exigido para o aprimoramento técnico.

Dessa forma, resta somente sacrificar o tempo dedicado aos familiares.

Assim, os filhos crescem sem que percebamos. Possivelmente, começaremos a notar que os anos passaram quando o filho chegar em casa com a namorada pela mão para nos apresentá-la.

Como é possível? Ainda ontem usava fraldas e hoje já namora.

Sim, o tempo parece correr. Os anos se somam. O tempo da infância se vai. Os filhos crescem.

Mas, alguns pais dizem que o importante não é o quanto de horas permanecemos ao lado dos filhos, mas a qualidade, isto é, o que fazemos quando estamos com eles.

Face a isso, acreditam que sair no final de semana para um passeio, um almoço familiar, férias em conjunto sejam suficientes para suprir a necessidade que têm os pequenos da presença dos pais.

Mas, o filho precisa sentir-se protegido, amparado. Precisa ter a certeza de que encontrará um ombro amigo, um colo materno, um pai atencioso para ouvi-lo, quando as dificuldades se apresentarem.

Quando ele se sentir humilhado porque apanhou na escola, quando ele se sentir derrotado porque perdeu o jogo de futebol, quando ele se sentir preterido por não ter sido aprovado para atuar na peça teatral.

Ele precisa ter tempo para contar as suas amarguras e ser ouvido. Ele precisa de pai e de mãe que o abracem após as horas intermináveis de estudo às vésperas das provas.

Ele precisa de pai e de mãe que o incentivem a prosseguir, mesmo quando ele esteja indo mal em uma ou outra matéria.

Ele precisa de pais que estudem com ele, sofram com ele, estejam com ele.

Como se vê, o que conta não é somente qualidade do que se faz quando se está com os filhos, mas quantidade também.

Vale meditar sobre tudo isso e iniciar um esforço para estarmos mais perto, por mais tempo, dos nossos pequenos.

* * *

Cada criança carrega dentro de si um projeto de luz que nós devemos auxiliar a concretizar.

A criança de agora nos fala da nossa situação amanhã.

Cuidemos dela, estejamos com ela, sabendo lhe dar o espaço para que cresça, saudável e feliz, segura e tranquila, embalada pelas nossas orientações amorosas.

Cada criança é um Espírito imortal em recomeço no mundo. Estejamos com nossos filhos, auxiliando-os a escalar os degraus do progresso.



Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais

colhidos no cap. 11, do livro Vereda familiar, pelo Espírito

Thereza de Brito, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.

Em 21.06.2010.

LOUVAR A DEUS


Eloim, Yaveh, Jeová, Alá. Força suprema, energia maior, Deus. Não importa como O denominemos, o sentimento de Deus é inerente à criatura humana.

Em todos os povos e culturas não se encontrará um sequer onde a crença em uma força maior inexista.

Houve povos que conceberam Deus como muitos deuses. Confundiram as obras da Criação e seus fenômenos com o próprio Criador, denominando-O por diversos nomes.

Outros tantos humanizaram Deus, transferindo-Lhe nossas paixões e desejos, criando deuses ciumentos, cheios de cobiças, enfim, com todas as falhas humanas.

Há outros que, apesar de crerem em um Deus único, o veem como perseguidor, ou como o Deus vingança, o Deus que fica à espreita, esperando nossos erros para, logo em seguida, imputar suas pesadas penas.

Alguns, entendendo a mensagem de Jesus, passam a vê-Lo como Pai, protetor e soberanamente bom e justo.

Nas mais diferentes culturas, as mais diferentes visões de Deus. Porém, sem exceção, a preocupação do relacionar-se e do louvar a Deus sempre se mostrou presente.

Porém, há que se perguntar: Qual a melhor maneira de se louvar a Deus? Como devo eu louvar a Deus? Devo mesmo fazê-lo?

O sentimento de louvor a Deus nasce naturalmente na intimidade da criatura, quando percebe a grandiosidade do Criador.

Toda vez que olhamos o milagre da vida se desenvolvendo no ventre materno e nos emocionamos, estamos louvando a Deus.

Se somos capazes de parar o carro, na beira da estrada, somente para admirar um trigal a esparramar-se com as carícias do vento, será esse um louvor a Deus.

O arco-íris que nos faz parar um momento, na correria dos nossos afazeres para admirá-lo, um jardim florido que nos enternece a alma, o cheiro de chuva que nos faz refletir a respeito da sabedoria da natureza, são momentos de louvor ao Criador.

Mas é necessário que nosso louvor se estenda além do momento de enternecimento e admiração. Deve ampliar-se no sentimento de respeito ao autor da vida e às Suas obras.

Assim estaremos louvando a Deus quando respeitarmos as obras da Criação, não poluindo rios e mares, não destruindo animais e plantas.

Louvaremos a Deus, olhando nosso próximo como irmão e assim o tratando, trocando o olhar de indiferença, com que muitas vezes cruzamos a multidão, por um olhar de ternura e apreço.

Embora tantos pensem no louvar a Deus como algo etéreo ou místico, algo interno ou metafísico, o louvar a Deus pode estar nas ações mais simples do nosso cotidiano.

Quando nossa mente, mergulhada na grandiosidade do amor de Deus, conseguir percebê-Lo nas pequenas ações de cada dia, louvar a Deus será sentimento companheiro de nossas almas.



Redação do Momento Espírita.

Em 18.06.2010.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Falta de Formação Doutrinária

Autor: J. Herculano Pires

Sem a formação doutrinária, não teremos um movimento espírita coeso e coerente. E, sem coesão e coerência, não teremos Espiritismo. Essa a razão por que os Espíritos Superiores confiaram às mãos de Kardec o pesado trabalho da Codificação. Kardec teve de arcar, sozinho, com a execução dessa obra gigantesca. Porque só ele estava em condições de realizá-la. Depois de Kardec, o que vimos? Léon Denis foi o único dos seus discípulos que conseguiu manter-se à altura do mestre, contribuindo vigorosamente para a consolidação da Doutrina. Era, aparentemente, o menos indicado. Não tinha a formação cultural de Kardec, residia na província, não convivera com ele, mas soubera compreender a posição metodológica do Espiritismo e não a confundia com os desvarios espiritualistas da época.

Depois de Denis, foi o dilúvio. A Revista Espírita virou um saco de gatos. A sociedade Parisiense naufragou em águas turvas. A Ciência e a Filosofia Espíritas ficaram esquecidas. O aspecto religioso da Doutrina transviou-se na ignorância e no fanatismo. Os sucessores de Kardec fracassaram inteiramente na manutenção da chama espírita, na França. E, quando a Arvore do Evangelho foi transplantada para o Brasil, segundo a expressão de Humberto de Campos, veio carregada de parasitas mortais que, ao invés de extirpar, tratamos de cultivar e aumentar com as pragas da terra.

Tudo isso por quê? Por falta pura e simples de formação doutrinária. A prova está aí, bem visível, no fluidismo e no obscurantismo que dominam o nosso movimento no Brasil e no Mundo. Os poucos estudiosos, que se aprofundaram no estudo de Kardec, vivem como náufragos num mar tempestuoso, lutando, sem cessar, com os mesmos destroços de sempre. Não há estudo sistemático e sério da Doutrina. E o que é mais grave, há evidente sintoma de fascinação das trevas, em vastos setores representativos que, por incrível que pareça, combatem por todos os meios o desenvolvimento da cultura espírita.

Enquanto não compreendermos que Espiritismo é cultura, as tentativas de unificação do nosso movimento não darão resultados reais. Darão aproximações arrepiadas de conflitos, aumento quantitativo de adeptos ineptos, estimulação perigosa de messianismos individuais e de grupos. Flamarion, que nunca entendeu realmente a posição de Kardec, e chegou a dizer que ele fez obra um tanto pessoal, como se vê no seu famoso discurso ao pé do túmulo, teve, entretanto, uma intuição feliz quando o chamou de bom senso encarnado.

Esse bom senso é que nos falta. Parece haver se desencarnado com Kardec, e volatizado com Denis. Hoje, estamos na era do contra-senso. Os mesmos órgãos de divulgação doutrinária que pregam o obscurantismo, exibem pavoneios de erudição personalista, em nome de uma cultura inexistente. Porque cultura não é erudição, livros empilhados nas estantes, fichário em ordem para consultas ocasionais. Cultura è assimilação de conhecimentos e bom senso em ação.

O que fazer diante dessa situação? Cuidar da formação espírita das novas gerações, sem esquecer a alfabetização de adultos. Mobral: esse o recurso. Temos de organizar o Mobral do Espírito. E começar tudo de novo, pelas primeiras letras. Mas, isso em conjunto, agrupando elementos capazes, de mente arejada e coração aberto. Foi por isso que propus a criação das Escolas de Espiritismo, em nível universitário, dotadas de amplos currículos de formação cultural espírita.

Podem dizer que há contradições entre Mobral e nível universitário. Mas, nota-se, que falamos de Mobral do Espírito. A Cultura Espírita é o desenvolvimento da cultura acadêmica, é o seguimento natural da cultura atual, em que se misturam elementos cristãos, pagãos e ateus. Para iniciar-se na cultura espírita, o estudante deve possuir as bases da cultura anterior. "Tudo se encadeia no Universo", como ensina, repetidamente, O Livro dos Espíritos. Quem não compreende esse encadeamento, tem de iniciar pelo Mobral. Não há outra forma de adaptá-lo às novas exigências da nova cultura.

A verdade nua e crua é que ninguém conhece Espiritismo. Ninguém, mesmo, no Brasil e no Mundo. Estamos todos aprendendo, ainda, de maneira canhestra.

E se me permito escrever isto, é porque aprendi, a duras penas, a conhecer a minha própria indigência. No Espiritismo, como já se dava no Cristianismo e na própria filosofia grega, o que vale é o método socrático.

Temos, antes de tudo, de compreender que nada sabemos. Então, estaremos, pelo menos, conscientes de nossa ignorância e capazes de aprender.

Mas, aprender com quem? Sozinhos, como autodidatas, tirando nossas próprias lições dos textos, confiantes nas luzes da nossa ignorância? Recebendo lições de outros que tateiam como nós, mas que estufam o peito de auto-suficiência e pretensão? Claro que não. Ao menos isso devemos saber. Temos de trabalhar em conjunto, reunindo companheiros sensatos, bem intencionados, não fascinados por mistificações grosseiras e evidentes, capazes de humildade real, provada por atos e atitudes. Assim conjugados, poderemos aprender de Kardec, estudando suas obras, mergulhando em seus textos, lembrando-nos de que foi ele e só ele o incumbido de nos transmitir o legado do Espírito da Verdade.

Kardec é a nossa pedra de toque. Não por ser Kardec, mas por ser o intérprete humilde que foi, o homem sincero e puro a serviço dos Espíritos Instrutores.

É o que devemos ter nas Escolas de Espiritismo.

Não Faculdades, nem Academias, mas, simplesmente, Escolas. O sistema universitário implica pesquisas, colaboração entre professores e alunos, trabalho conjugado e sem presunção de superioridade de parte de ninguém. O simpósio e o seminário, o livre-debate, enfim, é que resolvem, e não o magister do passado. O espírito universitário, por isso mesmo, é o que melhor corresponde à escola espírita. Num ambiente assim, os Espíritos Instrutores disporão de meios para auxiliar os estudantes sinceros e despretensiosos.

A formação espírita exige ensino metódico mas, ao mesmo tempo, livre. Foi o que os Espíritos deram a Kardec: um ensino de que ele mesmo participava, interrogando os mestres e discutindo com eles. Por isso, não houve infiltração de mistificadores na obra inteiriça, nesse bloco de lógica e bom senso, que abrange os cinco livros fundamentais de Codificação, os volumes introdutórios e os volumes da Revista Espírita, redigidos por ele durante quase doze anos de trabalho incessante.

Essa obra gigantesca é a plataforma do futuro, o alicerce e o plano de um novo mundo, de uma nova civilização. Seria absurdo pensar que podemos dominar esse vasto acervo de conhecimentos novos, de conceitos revolucionários, através de simples leituras individuais, sem método e sem pesquisa. Nosso papel, no Espiritismo, tem sido o de macacos em loja de louças. E incrível a leviandade com que oradores e articulistas espíritas tratam de certos temas, com uma falsa suficiência de arrepiar, lançando confusões ridículas no meio doutrinário. Temos de compreender que isso não pode continuar. Chega de arengas melífluas nos Centros, de oratória descabelada, de auditórios basbaques, batendo palmas e palavreado pomposo. Nada disso é Espiritismo. Os conferencistas espíritas precisam ensinar Espiritismo - que ninguém conhece - mas para isso precisam, primeiro aprendê-lo.

Precisamos de expositores didáticos, servidos por bom conhecimento doutrinário, arduamente adquirido em estudos e pesquisas. Expor os temas fundamentais da Doutrina, não é falar bonito, com tropos pretensamente literários, que só servem para estufar vaidade, à maneira da oratória bacharelesca do século passado.

Esse palavrório vazio e presunçoso não constrói nada e só serve para ridicularizar o Espiritismo ante a mentalidade positiva e analítica do nosso tempo.

Estamos numa fase avançada da evolução terrena.

Nossa cultura cresceu espantosamente nos últimos anos e já está chegando à confluência dos princípios espíritas em todos os campos. A nossa falta de formação cultural espírita não nos permite enfrentar a barreira dos preconceitos para demonstrar ao mundo que Espiritismo, como escreveu Humberto Mariotti, é uma estrela de amor que espera no horizonte do mundo o avanço das ciências. E curiosa e ridícula a nossa situação.

Temos o futuro nas mãos e ficamos encravados no passado mitológico e nas querelas medievais.

Mas, para superar essa situação, temos de aprender com Kardec. Os que pretendem superar Kardec, não o conhecem. Se o conhecessem, não assumiriam a posição ridícula de críticos e inovadores do que, na verdade, ignoram. Chegamos à uma hora de definições.
Precisamos definir a posição cultural espírita perante a nova cultura dos tempos novos. E só faremos isso através de organismos culturais bem estruturados, funcionais, dotados de recursos escolares capazes de fornecer, aos mais aptos e mais sinceros, a formação cultural de que todos necessitamos, com urgência.

Texto retirado do livro O Mistério do Bem e do Mal.

ÊXITO

"Se vó s estiverdes em mim e as minhas palavras estiverem em v6s,

pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito."

- Jesus. (JOÃO, 15:7.)

Muitos companheiros perdem recurso, oportunidade, tempo e força na preocupação desmedida em torno do êxito.

Sonhando realizações mirabolantes, acabam frustrados na mania de grandeza.

Dizem-se interessados na lav oura do bem, mas, para cultivá-la, esperam a execução de ne gócios imaginários, a aquisição de poder, a posse de ouro fácil ou a chegada de prêmios fortuitos... E, complicando a própria estrada, observam-se, de chofre, em pres ença da morte, quando menos contavam com semelhante visita.

Entretanto, o conquistador do maior êxito de todos os tempos não se ausentou do mundo como quem triunfara...

Não recebeu heranças amoedadas, não governou princípios políticos, não escrev eu livros, não se enfileirou entre os maiorais de sua época...

Aprisionado como vulgar malfeitor, foi sentenciado à morte e passou como sendo vítima dE pavoroso fracasso.

Contudo, as sementes de amor puro que colocou na alma do povo transformaram o mundo.

Repara Jesus e perc eberás que o nosso problema não é de ganhar para fazer, mas de fazer para ganhar.

A colheita não precede a sementeira, tanto quanto o teta não se antepõe à base.

Sirvamos ao bem, simplificando o caminho, de vez que a vitória real é a v itória de todos, convictos de que não precisamos gastar as possibilidades da existência em expectativa e tensão, porquanto, se estivermos em Cristo, tudo quanto de que necessitamos será feito em nosso favor, no momento oportuno.

"Quando pois vos conduzirem para vos entregarem, não estejais solícitos de antemão pelo que haveis de dizer, mas, o que vos for confiado naquela hora, isso falai, porque não sois vós os que falais e sim o Espírito Santo." - Jesus.

Saúde é Trabalhar

Livro: Rindo e Refletindo com Chico Xavier
Richard Simonetti
Extraído de: http://www.richardsimonetti.com.br/pinga_fogo



Ao longo de sua luminosa trajetória, Chico experimentou inúmeros problemas de saúde, sem permitir que os males físicos o inibissem.
Indagado, certa feita, se em algum momento sentira impaciência ou revolta, explicou:
Não sofro tanto assim, porque a ciência médica está bastante avançada. Tenho, por exemplo, um processo de catarata inoperável e há décadas faço a medicação em meus olhos, com muita calma, porque considero, conforme me ensinou Emmanuel, que a possibilidade de ver já é um privilégio.
Notável postura, não é mesmo, leitor amigo? Um convite à reflexão em torno de males que não nos afligiriam tanto, se não os imaginássemos capazes de paralisar nossas iniciativas e descolorir nossa existência.
A forma como o mentor espiritual sedimentou-lhe essa convicção é bastante pitoresca.
Certa feita, lutando por debelar um processo hemorrágico no olho direito, Chico deixou de participar dos trabalhos mediúnicos por dois dias.
Emmanuel veio vê-lo.
Por que não está trabalhando?
E Chico, ensaiando agastamento:
Como o senhor sabe, estou com um olho doente.
O guia não deixou barato:
E o outro, o que está fazendo? Ter dois olhos é luxo!
Chico conclui, após relatar o episódio:
Poder trabalhar, não obstante a doença, já é quase saúde.
***
Diariamente, milhões de brasileiros justificam sua ausência no serviço, apresentando atestados médicos, a informar que estiveram impossibilitados de exercer suas funções.
Há algo do chamado jeitinho brasileiro em muitas dessas iniciativas, com as quais se pretende matar o serviço, em favor de alguns dias no dolce fare niente dos italianos.
Em relação às atividades espirituais e filantrópicas, no Centro Espírita, acontece com freqüência maior, lamentavelmente.
Isso porque não há necessidade de atestado. Geralmente, os faltosos nem se dão ao trabalho de avisar, ocasionando sérios embaraços em determinados setores.
Particularmente na atividade mediúnica, tal comportamento é altamente danoso, porquanto, não raro, um planejamento cuidadosamente elaborado pelos benfeitores espirituais é prejudicado pela ausência de um ou mais participantes.
Deixam de comparecer por motivos triviais:
• Chuva.
• Frio.
• Cansaço.
• Desinteresse.
• Sono.
• Visita.
• Mal-estar.
Com relação a este último motivo, não se dão conta os médiuns de que, freqüentemente, uma enxaqueca, uma dor, uma tensão nervosa, um ânimo caído, decorrem da presença da entidade que deverá comunicar-se por seu intermédio.
Os mentores espirituais antecipam a ligação, a fim de que ocorra melhor familiaridade com o Espírito, favorecendo a manifestação.
O médium, que deveria saber disso, deixa de comparecer, por estar doente.
***
Em qualquer situação, no dia-a-dia, oportuno lembrar que o trabalho é o melhor remédio para nossos males.
Como o próprio Chico ensina, trabalhar, mesmo estando doente, já é um começo de recuperação.
Espiritualmente, haverá demonstração mais exuberante de saúde do que alguém disposto a servir, mesmo estando doente?

Êxitos e Insucessos

"Sei viver em penúria e sei também viver em

abundância." - Paulo. (Filipenses,4:12.)

Em cada comunidade social, existem pessoas numerosas, demasiadamente preocupadas quanto aos sucessos particularistas, afirmando-se ansiosas pelo ensejo de evidência. São justamente as que menos se fixam nas posições de destaque, quando convidadas aos postos mais altos do mundo, estragando desastradamente, as oportunidades de elevação que a vida lhes confere.
Quase sempre, os que aprenderam a suportar a pobreza é que sabem administrar, com mais propriedade os recursos materiais.
Por esta razão, um tesouro amontoado para quem não trabalhou em sua posse é, muitas vezes, causa de crime, separatividade e perturbação.
Pais trabalhadores e honestos formarão nos filhos a mentalidade do esforço próprio e da cooperação afetiva, ao passo que os progenitores egoístas e descuidados favorecerão nos descendentes a inutilidade e a preguiça.
Paulo de Tarso, na lição à igreja de Filipos refere-se ao precioso imperativo do caminho no que se reporta ao equilíbrio, demonstrando a necessidade do discípulo, quanto à valorização da pobreza e da fortuna, da escassez e da abundância.
O êxito e o insucesso são duas taças guardando elementos diversos que, contudo, se adaptam às mesmas finalidades sublimes. A ignorância humana, entretanto, encontra no primeiro o licor da embriaguez e no segundo identifica o fel para a desesperação. Nisto reside o erro profundo, porque o sábio extrairá da alegria e da dor, da fartura ou da escassez, o conteúdo divino.
(De “Pão Nosso”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

fonte:Carlos Eduardo Cennerelli

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O ESPIRITISMO POR UM BISPO CATÓLICO


AUTOR: BRUNO TAVARES


Meus queridos irmãos

No artigo de hoje trago ao conhecimento de vocês, o depoimento que foi publicado no jornal diário EL NACIONAL, editado na cidade de Caracas, capital da Venezuela, no dia 31 de 0utubro de 1996, da lavra do bispo católico da cidade de Barquissemeto, Monsenhor Enrique Maria Duarte, com o sugestivo título:
"EL ESPIRITISMO NO CONSISTE UNICAMENTE EN LA COMMUNICACÍON COM LOS MUERTOS DE ULTRATUMBA"

Essas palavras meus irmãos merecem ser lidas, por mostrar que o seu autor, embora da alta hierarquia da Igreja de Roma, tem muita intimidade com a Doutrina Espírita.
Inclusive o referido bispo admite a comunicabilidade dos espíritos, pois já no título do artigo diz que o Espiritismo não é só isso.
Assim se expressa o monsenhor Enrique Maria Duarte:
"O Espiritismo não é uma superstição, nem uma bruxaria, nem muito menos um pacto diabólico, já que o diabo não existe como o entende a grande massa católica.
O Espiritismo Puro é uma ciência, uma doutrina e uma filosofia, que ensina fundamentalmente a existência de um Deus infinitamente bom, a imortalidade da alma, o amor ao próximo, a necessidade de pureza na vida com ausência absoluta de egoísmo, orgulho, vaidade e vícios.
O Espiritismo não consiste unicamente na comunicação com os mortos de além-túmulo. A comunicação com esses mortos, que estão mais vivos do que nós os terrenos, é das menores expressões do verdadeiro Espiritismo.

O erro dos espiritistas modernos consiste em reduzir o espiritismo a essas manifestações além-tumulares e descuidar da doutrina espírita que é essencialmente cristã e filosófica.
Dessas superstições vem o natural descrédito da gente séria.
Mas quando todos tenham penetrado a fundo no Espiritismo, quando se convencerem, com estudos sérios e profundos, de que se trata de uma ciência muito espiritual, que não é uma religião, nem uma seita, mas sim uma doutrina elevadíssima, todos então beberão da sua fonte.
Pois o Espiritismo explica de modo racional, a responder o mal com a abundância de bem, ensinando a cumprir fielmente o decálogo e a viver os sublimes ensinamentos do Grande Mestre Jesus.

Quando os homens de critério sadio se tenham convencido destas realidades espirituais, todos então se voltarão para o Espiritismo como uma Doutrina plena de Verdade e Amor, infinitamente consoladora e de grande segurança e esperança para toda a humanidade!".

Meus queridos amigos, este é um artigo que pela autoridade de seu autor, um pastor que ocupa alto cargo na hierarquia da Igreja de Roma, vem como um canto de glória para o Espiritismo!
Ressalvando a opinião do bispo quando nega ser o Espiritismo uma religião, a sua manifestação reflete como o testemunho de um grande convertido!
Afirma com muita propriedade e conhecimento de causa o que é realmente o Espiritismo.

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Monsenhor Enrique Maria Duarte, um verdadeiro apóstolo de Jesus na Terra!



fonte: http://bruno-tavares.zip.net/index.html

Casais menos felizes


Se encontraste a felicidade no lar tranquilo, no instante de julgar os companheiros em conflito no casamento, guarda-te em silêncio, se não podes louvá-los em algum ângulo da experiência que atravessam.
Já que conseguiste preservar a essência do amor nos fixadores da amizade e da ternura sem mescla, compadece-te daqueles que, de um momento para outro, se reconheceram defrontados por incompatibilidade e perturbação.
Efetivamente, anotaste-lhes os erros prováveis e lhes viste as atitudes aparentemente impensadas ou inseguras; no entanto, não lhes enxergaste os obstáculos e lágrimas, ansiedades e angústias, na gênese do drama doméstico em que se lhes arrasam as forças e do qual agora talvez consigas observar somente o fim.
Quantos de nós carregamos pesados grilhões de culpas adquiridos em existências passadas? Quantos compromissos teremos relegado para trás, reclamando-nos atenção e pagamento?
Entretanto, quando colocados uns à frente dos outros, nos bastidores caseiros da Terra, por impositivos da reencarnação, comumente fugimos de solucionar os problemas e ressarcir os débitos que nós mesmos criamos.
Que o dever é dever não padece dúvidas; todavia, em muitas ocasiões não dispomos da força necessária para cumpri-lo.
E, se no mundo encontramos, por vezes, credores humanos e generosos que nos aguardam com paciência, que dizer do Senhor, cuja justiça se erige em bases de infinita misericórdia?
Se te observas feliz nos laços conjugais, é razoável que não aplaudas aquilo que te pareça desequilíbrio, embora nem sempre o seja, mas não censures os companheiros que a provação vergasta e o desajuste domina.
Em lugar disso, ora por eles e abençoa-os, sem recusar-lhes o apoio e a simpatia de que se mostrem necessitados. Tanto nós, quanto eles, estamos entregues à bondade de Deus e, em matéria de ajustamento aos imperativos do amor, nenhum de nós, na Terra, por enquanto, consegue saber com certeza se ainda hoje será para nós o dia de receber auxílio ao invés de auxiliar.
Por: Emmanuel (Espírito)

Médium/Psicografia: Francisco Cândido Xavier

Livro: Chico Xavier Pede Licença

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A crise da família, que é apenas uma parte da crise geral do mundo contemporâneo, encontra explicação satisfatória à luz do princípio da reencarnação. Desentendimentos entre casais, rebeldia dos filhos, descontrole de outros elementos familiais podem ter sua origem nas vidas anteriores. Por sinal, foi esse o motivo que levou Ian Stevenson, segundo suas próprias declarações, a iniciar as investigações sobre a reencarnação. Não encontrando explicação possível, nem qualquer teoria aceitável para explicar anomalias estranhas no lar de vários de seus clientes, o conhecido neuropsiquiatra resolveu corajosamente aceitar a teoria da reencarnação como hipótese de trabalho. A insistência das mensagens psicográficas no tocante à reencarnação e suas consequências não é, portanto, absurda. A mensagem de Emmanuel, ora considerada, encontra apoio no interesse atual dos cientistas pela reencarnação.



Por: J. Herculano Pires

Livro: Chico Xavier Pede Licença

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OBS.: O Dr. Ian Stevenson, citado no texto acima, foi durante 34 anos, diretor do Departamento de Psiquiatria e Neurologia da Escola de Medicina da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos da América, e conseguiu catalogar cerca de 2000 casos sugestivos de reencarnação, tendo publicado diversos livros versando sobre esses relatos. Um de seus livros, provavelmente o mais conhecido no Brasil, o “20 Casos Sugestivos de Reencarnação” (Twenty Cases Suggestive of Reincarnation), reúne 7 casos na Índia, 3 no Ceilão, 2 no Brasil, 7 no Alasca e 1 no Líbano.

fonte:Blog Espírita na Net

DIANTE DO AMANHÃ

Emmanuel
Compreendemos, sim, todos os teus cuidados no mundo, assegurando a tua tranqüilidade.
Organizas com esmero a casa em que vives.
Proteges as vantagens imediatas da parentela.
Preservas, apaixonadamente, a segurança dos filhos.
Atendes, com extremado carinho, ao teu grupo social.
Valorizas o que possuis.
Arranjas habilmente o leito calmo.
Selecionas, com fino gosto, os pratos do dia.
Defendes como podes a melhoria das tuas rendas.
Aspiras a conquistar salário mais amplo.
Garantes o teu direito, a frente dos tribunais.
Vasculhas avidamente o noticiário do que vai pelo mundo.
Sabem procurar, com pontualidade e respeito, os serviços do médico e os préstimos do dentista.
Marcas horárias para o cabeleireiro.
Escolhes com devoção o filme que mais te agrada.
Examinas a moda, ainda mesmo com simplicidade e moderação, como quem obedece a força de um ritual.
Questionas sucessos políticos.
Discutem veementes, os serviços públicos.
Tentas, de maneira instintiva, influenciar opiniões e pessoas.
Desvelas-te em atrair a simpatia dos companheiros.
Observas, a cada instante, as condições do tempo, como se trouxesses, obrigatoriamente, um barômetro na cabeça.
Tudo, isso meu irmão da Terra, é compreensível, tudo isso é preocupação natural da existência.
No entanto, não conseguimos explicar o teu desvairado apego ás ilusões de superfície, nem entendemos porque não dedicas alguns minutos de cada dia, de cada semana ou de cada mês, a refletir na transitoriedade dos recursos humanos, reconhecendo que nada levarás, materialmente, do plano físico, tanto quanto, afora os bens do espírito, nada trouxeste ao pousar nele.
Ainda assim, não te convidamos à idéia obcecaste da morte, porquanto a morte é sempre a vida noutra face.
Desejamos tão-somente destacar que, nessa ou naquela convicção, ninguém fugirá do porvir.
Disse o Cristo: “andai enquanto tendes luz”.
Isso quer dizer que é preciso aproveitar a luz do mundo, para fazer luz em nós.

(Do livro “Justiça Divina”, Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)

O PIRILAMPO
Emmanuel

fonte:Carlos Eduardo Cennerelli

Estás preocupado?

É compreensível que te surpreendas em estado de preocupação, quando te defrontes com os diversos desafios do teu cotidiano.
Não será tarefa simplista o ter que dar conta dos quefazeres domésticos, associados aos da profissão e do convívio social.
Realmente, concebe-se que são tantas coisas a pesar sobre o teu sentimento, sobre os teus pensamentos, sobre o teu humor, que, vez que outra, percebes que foste invadido por ondas de preocupações, para o que abriste as portas morais.
Entretanto, vale parar um pouco e meditar acerca desse fenômeno.
Quando te preocupas, passas a despender largas quotas das tuas energias na direção do objeto da tua preocupação.
Se a causa é válida, converte a preocupação em ação positiva e benfazeja, ao invés de te manteres paralisado à frente do desafio.
Se o móvel da preocupação não tiver a marca do legítimo valor, se o seu estado psicológico prende-se ao desejo de posse, ao ciúme, à falta de fé em Deus ou a qualquer capricho nocivo à saúde da alma, é chegado o tempo de, à custa dos necessários esforços, te desligares dessa sintonia, que te irá minando o mundo íntimo, sem que encontres solução, podendo escorregar para valões de desespero, mágoa, ódio ou indiferença, ou, em estado extremo, podendo impulsionar-te para o crime, que tem variado espectro para as almas lúcidas que conhecem, ainda que por simples informações, as orientações das Leis Divinas.
Desse modo, estuda com clareza as fontes e motivos das tuas preocupações, considerando com o Celeste Guia que "a cada dia já basta o seu mal".
Na certeza de que estás no mundo a fim de aprender, crescer e amar, nos roteiros da felicidade, não te permitas sucumbir ante problemas de saúde, financeiros, mal-entendidos ou familiares. Aprende a resolver, um após outro, os teus problemas e, na certeza de que o tempo é o fator de resolução de todos os enigmas, entregue as tuas preocupações ao Criador e marcha adiante aguardando a luz do novo dia, que sempre brilha após as noites de horror e sombras.
Não te deixes aturdir pelas exageradas preocupações, trabalhando com valor e afinco o cerne de ti mesmo.
(De “Revelações da Luz”, de J. Raul Teixeira, pelo Espírito Camilo)



fonte:Carlos Eduardo Cennerelli