NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



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Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

domingo, 26 de janeiro de 2014

UMA CARTA MATERNA

Meu filho, se procuras a bênção da felicidade, não te esqueças de que o Reino do Céu começa em nosso próprio coração e de que o primeiro lugar onde devemos trabalhar por ele é na própria casa onde vivemos.

A alegria verdadeira nem sempre é daqueles que dominam, mas nunca se aparta das almas generosas que aprendem a espalhar o bem.

Se queres que a tranqüilidade te acompanhe, busca ser útil.

Por que foges de teu pai, quando, cansado e abatido, mostra uma fisionomia preocupada?

Por que te afastas da mãezinha, quando observas o orvalho das lágrimas em seus olhos?

Aproxima-te deles e faze-lhes sentir que tens um coração compreensivo e amoroso.

Um fio d’água transforma o deserto em oásis. Um gesto de carinho opera milagres. Quanta gente espera construir o Reino de Deus, acendendo fogueiras de entusiasmo na praça pública e esquecendo no frio da indiferença aqueles que o Céu lhes confiou! ..

Guarda a paz contigo, a fim de que a possas distribuir.

Entre as paredes do lar, Deus situou a nossa primeira escola.

Se não sabemos exercer a tolerância e a bondade com cinco ou dez pessoas, que esperam pelo nosso entendimento e pelo nosso auxílio, debalde ensinaremos o caminho do bem-estar para os outros.

O primeiro degrau do Paraíso chama-se Gentileza. Aprende a ajudar para que outros te ajudem e, onde estiveres, serás sempre um valoroso operário na edificação do Reino Divino.




pelo Espírito Meimei - Do livro: Pai Nosso, Médium: Francisco Cândido Xavier.

O Espiritismo e o livre arbítrio

Você é responsável pelos seus atos. Você tem a liberdade de pensar. Ninguém é capaz de impedir ou controlar os seus pensamentos. É através do pensamento que você manifesta a sua liberdade. Se você é livre para pensar, é igualmente livre para falar e agir.

Você pode ser momentaneamente impedido de falar o que gostaria ou de agir de acordo com a sua vontade. Mas esses impedimentos são circunstanciais. Como ser individual que você é, como espírito imortal criado à imagem e semelhança de Deus, portanto, perfectível, você tem ampla liberdade de escolha. Você é o construtor do seu destino.

De acordo com o seu grau de adiantamento moral, você pode se sentir compelido a praticar determinadas ações. Quanto menos adiantado, mais propenso a obedecer aos seus instintos. Conforme você vai se desenvolvendo moralmente, os instintos vão perdendo a autoridade sobre você, sobre suas escolhas. Porque, mesmo aqueles que se deixam guiar pelos instintos, mesmo eles poderiam resistir aos apelos instintivos, se essa fosse a sua vontade. Ninguém é obrigado a ceder aos seus desejos e caprichos.

O livre-arbítrio é a característica que faz de você co-criador com Deus. Nós herdamos de Deus a capacidade de criação. E exercemos essa capacidade pelo nosso poder de escolha. Podemos fazer ou deixar de fazer de acordo com a nossa vontade. Isso nos torna responsáveis pelos atos que praticamos e pelos atos que poderíamos praticar e não praticamos. Responsáveis pelo mal que fazemos e pelo bem que deixamos de fazer.

 Somos influenciados constantemente. Influenciados pelos nossos pais, pela família, pela mídia, pelos livros, pelos ambientes em que vivemos e desenvolvemos nossas atividades. Mas isso não diminui a nossa responsabilidade. Cada um de nós é uma consciência pensante dotada de livre-arbítrio. Sempre temos condições de aceitar ou não as influências que chegam até nós. Ninguém implanta ideias em nossas cabeças sem a nossa permissão. Não existe espírito encarnado ou desencarnado com poder de nos ditar o que pensar, o que falar e o que fazer. Para isso é indispensável o nosso consentimento.

A compreensão do livre-arbítrio nos dá a dimensão real da consciência do que fazemos. Podemos enganar as pessoas, podemos burlar as leis, podemos mentir, enganar, disfarçar, lesar muitas pessoas sem que ninguém perceba. Mas nós sabemos. Nossa consciência está acompanhando tudo. Nossa consciência é a partícula de Deus que nos cabe. E não há como enganar a Deus.

Antes de você reencarnar, você provavelmente tomou resoluções e participou do planejamento das características principais da sua vida atual. Mas isso não quer dizer, de maneira alguma, que tudo esteja escrito em sua vida. Você planejou aspectos importantes como o seu lar, o seu ambiente, as condições em que se deram os seus primeiros anos, algumas questões relacionadas ao corpo físico. Mas você tem pleno poder de modificar o rumo da sua vida, para melhor ou para pior.

O seu livre-arbítrio é o seu poder de escolha. É a sua capacidade de ser o comandante de sua própria existência. Você manda. Você decide. Cada decisão sua produz uma consequência. Sempre. E você tem que arcar com as consequências dos seus atos.

Morel Felipe Wilkon
  fonte:  WWW.ADDE.COM.BR
            

Vencer as más inclinações será mesmo difícil?

Não apenas nas novelas da TV, mas no meio social em que vivemos, é comum ver médicos e outros profissionais da área da saúde fumando e bebendo muito. Alguns trabalham até em hospitais especializados no tratamento do câncer e têm, entre seus pacientes, pessoas que foram acometidas dessa doença exatamente pelo hábito de fumar.

Como ninguém – especialmente os profissionais da área – ignora os malefícios do fumo e do álcool, pergunta-se, com razão: Por que tais pessoas ainda bebem e continuam apegadas ao cigarro?

A indagação pode ser estendida a inúmeros outros aspectos da vida em sociedade. A gula, a luxúria, a inveja, a ira, a soberba, o melindre, a mágoa – eis vícios, sentimentos ou defeitos cujas consequências danosas para o ser humano são, ainda que parcialmente, por demais conhecidas.

Reportando-se especificamente aos vícios, Manoel Philomeno de Miranda, em sua obra Temas da Vida e da Morte, psicografada pelo médium Divaldo Franco, afirma que eles – os vícios – estabelecem necessidades poderosas após a morte, exigindo que seus aficionados busquem o prosseguimento da insânia na vinculação a companheiros terrenos, igualmente descuidados, o que gera obsessões de largo porte. Caso não se verifique essa ligação parasitária, só o tempo, largo ou breve, logrará desagregar as partículas morbíficas que penetram o perispírito e nele se instalam produzindo o prolongamento da desdita. E, evidentemente, essas necessidades podem estender-se à existência corporal seguinte.

No cap. XVII, item 4, d´O Evangelho segundo o Espiritismo, ao referir-se aos bons espíritas, Kardec cunhou uma frase que é, em nosso meio, bastante conhecida: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más”.

Sendo a Terra um planeta de provas e expiações, não reencarnam aqui indivíduos perfeitos. Todos nós, portanto, trazemos inclinações diversas, decorrentes de hábitos e vícios cultivados nas precedentes existências, inclinações essas que nos cabe domar, se é que desejamos efetivamente transformar-nos.

A tarefa parece difícil. Que o digam os oncologistas que não conseguem deixar o cigarro.

Mas... será ela realmente difícil?

Os Benfeitores espirituais não entendem desse modo, como podemos ver pela resposta dada à questão 909 d´O Livro dos Espíritos:

– Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e, frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre vós fazem esforços!”

Diante de tal resposta, qual será o nosso comportamento?

Terá o passado mais força do que a nossa vontade?

Desejamos repetir nesta existência as tolices cometidas em existências pretéritas?

            Editorial-O Consolador

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Reunião espírita de jovens ou reunião de jovens que se dizem espíritas?

No passado, havia significativa resistência ao trabalho de mocidades espíritas em diversas casas espíritas brasileiras. Motivada pela opinião de alguns confrades injustificadamente contrários a esse tipo de trabalho que eram formadores de opinião, ou por medo de um tipo de atividade muito independente das demais reuniões desenvolvidas pelo centro espírita, ou até mesmo em função de um despreparo para lidar com os jovens, a resistência ao trabalho de mocidades espíritas era comum. De fato, em uma época em que os grupos de estudos eram menos comuns e as casas espíritas, sobretudo no interior do Brasil, apresentavam grande predominância de trabalhos de palestras em suas reuniões, muitos dirigentes vetavam o trabalho de mocidades espíritas em suas casas espíritas.
O trabalho de unificação do movimento espírita, o crescimento do número de centros espíritas frequentado por jovens, o aumento do número de grupos de estudos sistematizados e não sistematizados (além das atividades de palestras) e a diversificação crescente das atividades espíritas propiciaram uma maior abertura para a criação e o desenvolvimento de grande número de mocidades espíritas, bem como de tarefas correlatas em casas espíritas que não apresentavam esse tipo de trabalho.
Obviamente, trata-se de uma conquista, uma grande vitória do Movimento Espírita, em se tratando da busca pelo aumento e principalmente pela melhoria das atividades empreendidas pela casa espírita. Entretanto, tal como ocorre com todos os demais trabalhos da Casa Espírita, a atividade das mocidades espíritas tem suas potencialidades, dificuldades, peculiaridades e riscos inerentes, os quais devem ser analisados e administrados com atenção pelos dirigentes do Movimento Espírita, semelhantemente ao que acontece com as reuniões mediúnicas de desenvolvimento e desobsessão; reuniões de evangelização da criança; trabalhos de fluidoterapia; atendimento fraterno; reuniões de palestras públicas, assistência social etc.
O papel da mocidade na formação de trabalhadores – Há, porém, um problema adicional, em se tratando de reuniões de mocidade espírita, em comparação com as demais reuniões da casa espírita, predominantemente direcionadas ao público adulto. É que, pela própria faixa etária, o trabalho de mocidade tem um papel de destaque na formação de novos trabalhadores espíritas. De fato, a evangelização infantil, com raras e especiais exceções, tem sido muito mais focada no ensino moral, e mesmo que já exista alguma ênfase em algum conteúdo doutrinário, pela própria idade do público-alvo, temos que admitir que a solidificação da assimilação dos conteúdos somente ocorrerá a partir da pré-mocidade (também conhecida como primeiro ciclo das reuniões de mocidades), que engloba pré-adolescentes com no mínimo 10 ou 11 anos.
Portanto, mesmo que se trate de jovem de família espírita, habituado ao Evangelho no Lar e que tenha passado pela evangelização espírita infantil, as reuniões de mocidades espíritas terão um papel de destaque no amadurecimento pessoal do adolescente, enquanto militante espírita. Até porque não podemos ignorar a chamada “crise da adolescência”, que, dependendo do jovem, pode gerar sérios impactos existenciais.
Dentro desse contexto, temos de lembrar que grande número de pais espíritas (e muitas vezes espíritas militantes dirigentes do movimento espírita) não consegue que seus filhos se tornem pelo menos frequentadores da casa espírita. Essa realidade, que é grave e já antiga no movimento espírita, não tem recebido esforços suficientes por parte de pais e dirigentes espíritas no sentido da busca da melhoria do respectivo panorama.
A fim de que façamos algumas reflexões a respeito da necessidade de melhorar esse quadro e das estratégias que poderiam ser desenvolvidas no movimento espírita para essa finalidade, analisemos alguns tópicos da questão.
Basicamente, existem dois pilares fundamentais que devem ser respeitados: A reunião deve ser agradável e interessante para que os jovens tenham interesse em frequentá-la mais vezes, assumindo, paulatinamente, um compromisso pessoal crescente com a casa espírita e o movimento espírita; e, principalmente, a reunião deve fornecer doutrina espírita, gerando concretamente crescimento doutrinário para os participantes.
O que não pode faltar  a um grupo de jovens – Uma reunião de mocidade espírita “cansativa”, cujos coordenadores não apresentem abordagens carismáticas com os jovens, dificilmente vai vingar, pois não terá apelo suficiente para solidificar um grupo de adolescentes, mesmo que tenha elevado conteúdo doutrinário (se tiver, talvez os mais comprometidos e idealistas se mantenham vinculados, mas o grupo não tenderá a crescer significativamente).
Por outro lado, um grupo de estudos doutrinários sólidos, porém sem nenhum carisma e sem uma abordagem minimamente interessante e motivadora para os jovens, somente captará um número mínimo de jovens, na melhor das hipóteses.
Há grupos que nascem sem nenhum dos dois pré-requisitos e estão fadados ao desinteresse e à extinção. Conforme já comentamos, há outros grupos muito doutrinários, mas sem o ambiente adequado aos jovens, não gerando o estímulo e a motivação, que são tão importantes, sobretudo, nessa faixa etária. Obviamente, existem grupos que apresentam os dois pré-requisitos e têm grandes possibilidades de sucesso sob vários ângulos da questão. Mas há, também, grupos que a pretexto de atrair os jovens, ou em função de ideias personalistas de seus dirigentes, criam dinâmicas próprias que podem ter muito apelo ao jovem e podem até manter as reuniões cheias de frequentadores por determinado tempo, mas a médio e longo prazos dificilmente vão ajudar a formar novos trabalhadores espíritas, pois não abordam o Espiritismo propriamente dito.
Evidentemente, não estamos afirmando que tais grupos não possam fornecer uma certa contribuição indireta ao movimento espírita, mas também não podemos deixar de considerar que ainda estão muito longe da proposta verdadeiramente espírita.
Em primeiro lugar, é importante que fique claro que a reunião de mocidade trata-se de uma reunião espírita predominantemente frequentada por moços (o que não exclui a eventual e muitas vezes bem-vinda presença de pessoas de maior idade) e não de uma reunião de moços que eventualmente podem ter alguma ligação com o Espiritismo.
             Leonardo Marmo Moreira


fonte:  http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/reuniao-espirita-de-jovens-ou-reuniao-de-jovens-que-se-dizem-espiritas/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.Ut7qFbTJ2po

domingo, 19 de janeiro de 2014

A educação espírita da criança e sua importância

Dentre os textos publicados acerca do tema, destacam-se dois – um de Allan Kardec, publicado na edição de fevereiro de 1864 da Revista Espírita, com o título “Primeiras Lições de Moral da Infância”; e o outro de Emmanuel, constante do cap. XXXV da obra que leva seu nome, psicografada em 1938 pelo médium Chico Xavier.

Parece-nos que no meio espírita ninguém tem dúvidas a respeito da importância da educação infantojuvenil realizada no lar e complementada na instituição espírita. O que se verifica, no tocante ao assunto, é uma espécie de acomodação ou indiferença que faz com que tanto no lar, quanto no Centro Espírita, a tarefa seja relegada a plano secundário ou até mesmo negligenciada.

Os pais modernos, espíritas ou não, costumam adotar um procedimento estranho e  paradoxal. Levam suas crianças à natação, ao balé, ao judô, à aula de inglês, à academia de música, serviços remunerados e acima das possibilidades financeiras de muitos pais; mas não as levam à escola de educação infantojuvenil que o Centro Espírita e as igrejas em geral oferecem gratuitamente.

E, do mesmo modo que não as levam à casa espírita, esquecem-se também de que o lar é a escola primeira e dentro dele, além da educação pelo exemplo, a prática do Evangelho no Lar constitui elemento importante, o que muitos ignoram por completo.

Além disso, há pais espíritas que querem, mas não encontram receptividade por parte dos próprios filhos, envolvidos com outros assuntos e interesses.

Certa vez, uma senhora pediu a conhecido palestrante que convencesse suas filhas bem jovens a participar do Evangelho no Lar que ela e o marido mantinham em casa, tarefa que o casal realizava sozinho e da qual não havia meios de fazê-las participar.

O palestrante perguntou às jovens por que elas não participavam. Elas disseram que o motivo era o horário: domingo, 9 horas da manhã, não era uma boa hora. Nesse horário elas preferiam estar no clube da cidade com suas amigas. O palestrante sugeriu que fizessem então a reunião mais cedo: 8 horas, 7 horas, 6 horas... As jovens replicaram: “Aí é muito cedo e nós ainda estamos dormindo”. “Que tal então à tarde ou à noite?” E elas: “Não dá, porque a gente já tem compromisso nesses horários”.

Percebe-se, pelo exemplo citado, que o que falta, em grande número de casos, é boa vontade, compreensão da importância da tarefa, consciência de que na vida não podemos cuidar somente do corpo – que é perecível e transitório –, ignorando as necessidades da alma – que é imortal e permanente.

No texto de Emmanuel a que nos reportamos, o benfeitor espiritual afirma: “Todas as reformas sociais, necessárias em vossos tempos de indecisão espiritual, têm de processar-se sobre a base do Evangelho. Como? – podereis objetar-nos. Pela educação, replicaremos”. (Emmanuel, cap. XXXV - Educação Evangélica.)

Quanto ao pensamento kardequiano, é sempre bom relembrar o que Allan Kardec escreveu a respeito do ensino trazido à Terra por Jesus.

Ei-lo:

“Podem dividir-se em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e o ensino moral. As quatro primeiras têm sido objeto de controvérsias; a última, porém, conservou-se constantemente inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É terreno onde todos os cultos podem reunir-se, estandarte sob o qual podem todos colocar-se, quaisquer que sejam suas crenças, porquanto jamais ele constituiu matéria das disputas religiosas, que sempre e por toda a parte se originaram das questões dogmáticas. Aliás, se o discutissem, nele teriam as seitas encontrado sua própria condenação, visto que, na maioria, elas se agarram mais à parte mística do que à parte moral, que exige de cada um a reforma de si mesmo. Para os homens, em particular, constitui aquele código uma regra de proceder que abrange todas as circunstâncias da vida privada e da vida pública, o princípio básico de todas as relações sociais que se fundam na mais rigorosa justiça. E, finalmente e acima de tudo, o roteiro infalível para a felicidade vindoura, o levantamento de uma ponta do véu que nos oculta a vida futura.” (O Evangelho segundo o Espiritismo, Introdução, I.)  (Grifamos.)


                 Editorial- O Consolador

Chamada e escolha


Cap. XVIII - Item 1






Sem flor não há semente.
Mas se a flor prepara, só a semente permanece.


Sem instrução, a máquina é segredo.
Mas se a instrução avisa, só a máquina produz.


Sem convicção, a atitude não aparece.
Mas se a convicção indica, só a atitude define.


Sem programa, o trabalho se desordena.
Mas se o programa sugere, só o trabalho realiza.


Sem teoria, a experiência não se expressa.
Mas se a teoria estuda, só a experiência marca.


Sem lição, o exercício não vale.
Mas se a lição esclarece, só o exercício demonstra.


Sem ensinamento, a obra não surge.
Mas se o ensinamento aconselha, só a obra convence.






Disse Jesus, referindo-se à Divina Ascensão:
"Serão muitos os chamados e poucos os escolhidos para o reino dos céus."



Isso quer dizer que, sem chamada não há escolha.


Mas se estamos claramente informados de que a chamada vem de Deus,
atingindo todas as criaturas na hora justa da evolução, só a escolha,
que depende do nosso exemplo, nos confere caminho para a Vida Maior.





Emmanuel - Chico Xavier
O Espírito da Verdade

fonte: http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria/chamada-e-escolha/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.Utx0rbTJ2po

EM REGIME DE FÉ

O Universo vive em regime de fé.

        Em semelhante sistema, a Terra gira sobre si mesma e avança a pleno Espaço Cósmico, através de ciclos perfeitos de movimento e vida.

        Automaticamente, os átomos efetuam as transformações que lhes são peculiares, sustentando a economia da natureza.

        De maneira mecânica, a planta se desenvolve na direção do Sol.

        O animal promove a formação do próprio ninho, valendo-se de princípios da inteligência.

        Claramente possível classificar a gravitação como sendo confiança sabiamente orientada; a atração definindo a confiança magneticamente dirigida; o heliotropismo expressando a confiança no impulso, e a inteligência rudimentar exprimindo-se em grau determinado da confiança instintiva.

*

        Paradoxalmente, apenas o homem por vezes se declara sem fé; no entanto, mesmo sem fé, , ele pensa, confiando nos implementos do cérebro; fala, confiando nas cordas vocais; pratica o artesanato, confiando nas mãos; alimenta-se, confiando no engenho gastrintestinal; caminha, confiando nos pés; viaja, confiando naqueles que lhe orientam as máquinas; estuda, confiando nos professores; traça programas de ação, confiando em horários.

        Tudo na vida se harmoniza em recursos de confiança.

*

        Atualmente, porém, a Doutrina Espírita vem acordar as criaturas para a fé raciocinada, que não dispensa a lógica e o discernimento precisos, a fim de que a consciência humana se eduque suficientemente, sem a ingenuidade que a tudo se submete e sem a violência que a tudo aspira dominar.

fonte: WWW.ADDE.COM.BR

         

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

SEJAMOS NÓS A MUDANÇA QUE NÓS QUEREMOS VER NO MUNDO



Pesquisadores afirmam que estamos empurrando os ecossistemas do planeta para fora do ambiente em que evoluíram e para dentro de condições totalmente novas que eles podem não conseguir suportar. As extinções são o resultado provável. (1) Em países predominantemente desenvolvidos, cerca de um bilhão de pessoas em um cenário otimista e cinco bilhões em um cenário 'business-as-usual' (mantidas as mesmas condições) vivem em regiões que irão experimentar climas extremos antes de 2050. Isso faz aumentar a preocupação com mudanças no abastecimento de água e comida, saúde humana, disseminação mais extensa de doenças infecciosas, estresse causado pelo calor, conflitos e desafios para as economias. As Nações Unidas estabeleceram como meta limitar o aquecimento global a 2º C em comparação com níveis pré-industriais para evitar efeitos catastróficos decorrentes das mudanças climáticas. (2)
A atividade solar desenvolve-se em ciclos estudados e conhecidos pelos cientistas. Essa atividade atingiu um auge durante o período compreendido entre a década de 90 e o ano 2000. Ocorrem sucessivamente ciclos telúricos no orbe, todavia hoje o que está mais evidente é o enigma da instabilidade climática, mormente em face do superaquecimento global. Considerando o calor insólito (3), sobretudo as secas surpreendentes, acreditamos estar na iminência de maiores catástrofes ecológicas, de consequências arrasadoras, em face da rota de colisão entre o homem e a Natureza.
Desde o início da revolução industrial, em 1750, os níveis de dióxido de carbono (CO2) aumentaram mais de 30%, e os níveis de metano cresceram mais de 140%. A concentração atual de CO2 na atmosfera é a maior registrada nos últimos 800 mil anos. Quais serão as consequências disso? A escala do impacto pode levar à escassez de água potável, trazer mudanças grandes nas condições para a produção de alimentos e aumentar o número de mortes por decorrência de ondas de calor e secas.
Ao se desmatar as florestas, modificar cursos de rios, aterrar áreas alagadas e desestabilizar o clima, estamos destroçando as bases de uma rede de segurança ecológica extremamente sensível. Devemos ficar atentos aos alertas dos especialistas, pois já está demasiado claro que é apenas uma questão de tempo para as consequências funestas das previsões começarem a afetar, brutalmente, as nossas vidas e, principalmente, as vidas de nossos filhos e netos. A Terra assemelha-se a um organismo vivo, com mecanismos para auto-regular suas funções. (4) Nesses últimos anos, os Estados Unidos passaram pela pior seca em mais de um século. Grandes extensões de terra da Rússia também não tiveram chuva suficiente. Até mesmo a temporada de monções na Índia foi seca. Na América do Sul, o índice pluviométrico tem permanecido abaixo da média histórica. (5)
As nações, frequentemente, lutam para ter ou manter o controle de matérias primas, suprimento de energia, terras, bacias fluviais, passagens marítimas e outros recursos ambientais básicos. "Esses conflitos tendem a aumentar à medida que os recursos escasseiam e aumenta a competição por eles". (6) Precisamos nos adaptar ao meio como os demais entes vivos neste momento.
Sabe-se que a maior parte da água potável do planeta vai para a irrigação. (7) Por essa razão, há pesquisadores trabalhando vários projetos de sustentabilidade a fim de fazer render mais a água utilizada na agricultura. Uma das propostas é a chamada "chuva sólida", um tipo de pó apropriado que espalhado no solo consegue absorver e reter água em abundância e liberar o líquido gradativamente, a fim de que os vegetais possam resistir mais tempo a uma seca.
Lamentavelmente ainda amargamos os contrastes de uma suprema tecnologia no campo da informática, das viagens espaciais, dos supersônicos, dos raios laser, ao tempo em que ainda temos que conviver com muita indiferença ao meio ambiente. Por outro lado, e menos mal nos parece, é que a necessidade de destruição da natureza “se enfraquece no homem, à medida que o Espírito sobrepuja a matéria”. (8) Realmente, a consciência de proteção ambiental cresce com o nosso desenvolvimento intelectual e moral. Os recursos “renováveis” que se consomem e o impacto sobre o meio ambiente não podem ser relegados a questões de menor importância, principalmente levando-se em consideração a utilização da água potável, cuja posse no futuro pode ser o motivo mais explícito de confronto bélico planetário.
Na década dos anos 70, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) desenvolveu um produto superabsorvente feito de uma espécie de goma (9), que mais tarde foi utilizada para hidratação de vegetais. Sabemos que o meio ambiente em que renascemos constitui muitas vezes a prova expiatória, com poderosas influências sobre nosso psiquismo. Desse modo, “faz-se indispensável que a pessoa esclarecida coopere na transformação do meio ambiente para o bem, melhorando e elevando as condições materiais e morais de todos os que vivem na sua zona de influência". (10)
"A Natureza é sempre o livro divino, onde a mão de Deus escreveu a história de sua sabedoria, livro da vida que constitui a escola de progresso espiritual do homem evoluindo constantemente com o esforço e a dedicação de seus discípulos". (11) Nesse elevado empenho, Sérgio Jesus Velasco, um engenheiro químico da cidade do México, conhecendo a invenção da USDA, desenvolveu com sucesso e patenteou uma versão diferente da fórmula gelatinosa.  Hoje, seu invento é misturado com o solo de áreas secas, e ao ser irrigado esse “gel” consegue armazenar grande quantidade de água, redistribuindo gradativamente o líquido para a plantação.
A vida no planeta depende da convivência pacífica entre o homem e a Natureza. E nós espíritas, o que fizemos, ou o que pretendemos fazer? O iluminado Mahatma Gandhi – que afirmou certa vez que toda bela mensagem do Cristianismo poderia ser resumida no sermão da montanha – nos serve de exemplo quando diz: “sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo”. (12)
Referências:
(1)           Segundo Ken Caldeira, do departamento de ecologia global do Instituto Carnegie de Ciência, publicado no site http://br.noticias.yahoo.com/mudan%C3%A7as-clim%C3%A1ticas-radicais-est%C3%A3o-prestes-ocorrer-diz-estudo-215503432.html acesso 10/10/2012
(2)           Disponível no site http://br.noticias.yahoo.com/mudan%C3%A7as-clim%C3%A1ticas-radicais-est%C3%A3o-prestes-ocorrer-diz-estudo-215503432.html acesso 10/10/2012
(3)           Na Austrália o calor muito acima da média fez com que o serviço de meteorologia deste país adicionasse novas cores na escala de temperatura para indicar quando os termômetros ficam acima de 50°C, foram adicionadas as cores roxo escuro e magenta para representar as temperaturas entre 51°C e 54°C.
(4)           Teoria que afirma ser o planeta Terra um ser vivo. Apresentada em 1969 pelo investigador britânico James E. Lovelock, a Teoria de Gaia, também conhecida como -Hipótese Gaia, diz ser a biosfera terráquea capaz de gerar, manter e regular suas próprias condições de meio-ambiente.
(5)           Disponível no site  http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/10/121016_alimentos_crise_dg.shtml
(6)           Trecho é encontrado na página 325 do relatório BRUNDTLAND, de 1988, da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, no livro "Nosso Futuro Comum"
(7)           Conforme Relatório da  ONU – Organização das Nações Unidas  -
(8)           Kardec Allan. O Livro dos Espíritos, RJ: Ed. FEB, 2001, perg. 733.
(9)           À época, a invenção foi usada principalmente na fabricação de fraldas.
(10)        Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, ditado pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001, questão 121
(11)        Idem , questões 27, 28

(12)        Trigueiro, André. Espiritismo e Ecologia, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2011
 
               Jorge Hessen
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NOVAS GERAÇÕES – VELHAS GERAÇÕES QUE SE RENOVAM



Especula-se muito nas hostes espíritas a respeito da nova geração que está encarnando. Mas a rigor, a cada período civilizatório é comum surgirem novas gerações no planeta. Não podemos permanecer estáticos diante de um otimismo ingênuo, mormente analisando a sociedade sob o ponto de vista da realidade atual, ante os graves problemas sociais, envolvendo delinquências, guerras, corrupções, violência urbana, terrorismo, a comprovar que a iniquidade ainda prevalece.
Infelizmente há muitos jovens envolvidos com o mal, por ausência de noção das Leis de Deus. Obviamente tais criaturas serão renovadas no desenvolvimento de suas provas, particularmente com a dor instrutora, em reencarnações edificantes. Recentemente alguns jovens indianos entre 10 e 14 anos, que se autodenominaram como “daredevils” (destemidos), ao identificarem que residiam em local “invisível” ao registro do “Google Maps” (1) resolveram desenhar os contornos geográficos da favela em Calcutá. Durante o levantamento perceberam que era preciso ir mais além. Tinham de detectar o que devia e o que não devia estar no mapa. Malária, não devia. Diarreia, não devia. Dança, sim. Descobriram que se apropriar do mapa do seu mundo tornaria possível transformá-lo.
Para aperfeiçoar o mapeamento, contaram com a ajuda do projeto Mapeie Seu Mundo, da Universidade de Columbia, dos EUA, que forneceu os equipamentos necessários e deu as diretrizes de como coletar dados das pessoas, numerar e registrar as casas. (2) Aparelhados de celulares e GPS, os jovens registravam quantas crianças haviam em cada casa, quantas já tinham sido vacinadas e informavam a hora e lugar da próxima campanha, conscientizavam sobre a importância da imunização. Ao fazer o levantamento, as crianças descobriram que nem todos os 9 mil moradores tiveram acesso à vacina contra poliomielite. (3) A solução que encontraram para o problema foi incrementar campanhas de vacinação e divulgação nas ruas, utilizando-se de surrados cones de papelão, indicando onde estavam localizados os postos de saúde mais próximos.
Graças ao empenho dos “daredevils” de Calcutá o governo local começou a construir a primeira forma de abastecimento com água potável para a comunidade e o número de vacinação cresceu 80%. Destarte, passaram a influenciar o mundo para além da favela. Por causa da atitude deles, foi produzido o filme “The revolutionary optimists”, um documentário que inspirou o lançamento do Map your world (Mapeie seu mundo), plataforma múltipla que assenta o poder das novas tecnologias nas mãos de crianças e jovens para que elas se tornem agentes de mudanças sociais e compartilhem suas biografias com o mundo.
Pode haver aqui indicativos de que estamos diante de uma nova geração de espíritos moralizados que reencarnaram, a fim de trabalharem pela justiça social e fraternidade entre as pessoas. Quem sabe podem ser Espíritos que compõem a nova geração, Espíritos melhores d’outros orbes, ou simplesmente Espíritos terrícolas antigos que se melhoraram, contudo o resultado é positivo. “Desde que trazem disposições melhores, há sempre uma renovação. Assim, segundo suas disposições naturais, os Espíritos encarnados formam categorias: de um lado, os retardatários, que partem [desencarnam]; de outro, os progressistas, que chegam [reencarnam]. O estado dos costumes e da sociedade estará, portanto, no seio de um povo, de uma raça, ou do mundo inteiro, em relação com aquela das duas categorias [retardatários/progressistas] que preponderar." (4) É nessa matemática que se processam historicamente os arranjos de paz ou guerras em cada geração.
Para o Codificador da Doutrina Espírita a renovação moral da humanidade não se processará por uma "invasão" de seres de outros orbes, de outras constelações (embora seja admissível tal processo), mas porque os "Espíritos antigos que se melhoraram" têm seu papel no novo estágio evolutivo. Ou, repetindo Kardec, "A regeneração da Humanidade não exige absolutamente a renovação integral dos Espíritos: basta uma modificação em suas disposições morais. Essa modificação se opera em todos quantos lhe estão predispostos, desde que sejam subtraídos à influência perniciosa do mundo.” (5)
Observemos que as gerações ancestrais que presentemente dominam o saber na terra, tempos recuados foram “gerações novas” e igualmente geraram assombro e especulações. Em todas as eras deparamos com arquétipos humanos intrigantes e que tiveram um papel muito respeitável na mudança social do orbe. “Arquétipos”, nesse caso, são padrões históricos, cujas experiências são reconhecidas e culturalmente registradas pelos historiadores. Tais seres dominavam ciências revolucionárias, novas técnicas, concepções artísticas perturbadoras e apresentavam um molde moral dessemelhante do corriqueiro, conquanto não fossem notados por seus iguais com seres “sobre-humanos”.
Estamos passando por grande revolução na apropriação do conhecimento humano. Há aqueles que possuem uma inteligência e sensibilidade social acima da média, inobstante não se distinguem radicalmente das gerações antecedentes de grandes gênios da academia, da religião e das artes. O modelo moral deles igualmente não difere dos seus predecessores. As ciências sociológicas revelam que as amplas transformações tecnológicas e sociais advieram pelas ações correspondentes de socialização, isto é, os padrões nascem com seus atributos intelectuais mais avançados e, em certas conjunturas, passam a contagiar culturalmente de forma mais expressiva sobre a geração daquele contexto, alterando os protótipos até então predominantes.
Não há como desconsiderarmos que não estamos vivendo um momento vulgar da Humanidade. Observamos uma grande mudança e as transformações ligeiras e impactantes estão aí para confirmar em todos os níveis da vida social. Isso confirma ainda mais as revelações espirituais sobre o destino da Terra, nada obstante não olvidemos que os acontecimentos terrenos não modificam ao gosto da nossa fantasia mística e sim no compasso adequado dos eventos da natureza consoante as DIRETRIZES DO CRISTO.
Referências bibliográficas:
(1)           Google Maps é um serviço de pesquisa e visualização de mapas e imagens de satélite da Terra gratuito na web fornecido e desenvolvido pela empresa estadunidense Google. Atualmente, o serviço disponibiliza mapas e rotas para qualquer ponto nos Estados Unidos, Canadá, na União Europeia, Austrália e Brasil, entre outros. Disponibiliza também imagens de satélite do mundo todo, com possibilidade de um zoom nas grandes cidades, como Nova Iorque, Paris, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, entre outras.
(2)           http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/blog-da-redacao/criancas-mapeiam-favela-onde-moram-e-combatem-poliomielite/?utm_source=redesabril_psustentavel&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_psustentavel
(3)           Em 2005, a Índia registrou 45 casos de paralisia infantil, número que a colocou como quarto país do mundo com mais pessoas afetadas
(4)           Kardec, Allan. A Gênese. 24a. Ed. FEB, cap. XVIII
fonte:  Jorge Hessen
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FORA DA GRATUIDADE NÃO HÁ ABSOLVIÇÃO


Analisemos o princípio contido no capítulo XXVI do Evangelho Segundo o Espiritismo e concluiremos que a regra “Dai de graça o que de graça recebestes” não se circunscreve apenas ao que se produz mediunicamente, todavia igualmente desaprova a mercantilagem, a usura, a agiotagem de qualquer procedência em nome da Codificação Espírita. Por justa razão Jesus recomendou que os intermediários (médiuns) entre o céu (mundo espiritual) e a Terra não poderiam receber dinheiro por essa tarefa.
O Criador não vende os benefícios que concede. A mediunidade é conferida gratuitamente por Deus para alívio dos que sofrem e (especificamente nas hostes espíritas) para difusão da Terceira Revelação, não podendo pois ser empregada comercialmente. Essa reprovação de Jesus do comércio das coisas abençoadas recaiu sobre as permutas de muambas religiosas praticadas pelos vendilhões do Templo de Jerusalém. Ao expulsá-los, o Mestre deu enérgica demonstração de que não se deve comerciar com as coisas espirituais, nem torná-las objeto de especulação ou meio de cobiças.
Os intérpretes dos Espíritos (médiuns), para instruírem os homens, mostrar-lhes o caminho do bem e conduzi-los à fé não podem apelar para o lucro material. Não devem, pois, vender-lhes as mensagens que não lhes pertencem, pois não são produto da sua lavra nem de suas pesquisas nem de seu trabalho pessoal. É diferente do trabalho, por exemplo, do médico, do advogado, do engenheiro, do professor, que oferecem o fruto dos seus estudos, dos seus esforços e até dos seus sacrifícios nos bancos acadêmicos e daí poderem auferirem lucros das suas aptidões, bem longe das hostes espíritas. Já o médium, sobretudo o “curador”, (re)transmite o fluido dos Espíritos e assim não pode vendê-lo sob qualquer contexto, seja onde for, fora ou dentro do ambiente kardeciano.
O ancestral sacerdote druída da velha Gália anota que o Espiritismo compreendeu o lado sério da mediunidade, lançando o descrédito sobre a exploração e elevando a prática mediúnica à categoria de mandato sublime. Essa questão não se relativiza. O "dai de graça ao que de graça recebemos" não pode ser deformado. A única moeda que o Criador acolhe como câmbio é o amor ao próximo. O Espiritismo deve ser a disseminação da palavra de consolo tal como Jesus nos ensinou, tal como Ele pregava, tal como Kardec esperava, tal como Chico Xavier exemplificou, para todos e ao alcance de todos sempre gratuitamente.
Ficamos estarrecidos ao assistir ao sepultamento da simplicidade da Terceira Revelação no jazigo dourado da especulação mercantil das palestras, dos seminários sob os aplausos provindos da população desprovida de raciocínio, das aclamações extravagantes, dos galanteios esplêndidos e delirantes. O Cristianismo primitivo, pela simplicidade dos primeiros núcleos cristãos, foi conquistando integralmente a sociedade de sua época, porém, lamentavelmente, com o esvair dos séculos, desgastou-se ideologicamente. O Evangelho conspurcou-se tragicamente por imposição dos interesses políticos, institucionais e principalmente financeiros, e ultimamente existe os que contam as moedas douradas arrecadadas em nome do Cristo, de mãos unidas com "Mamon".
Jesus assegurou que "digno é o trabalhador do seu salário". Ora, o médium que exerce sua faculdade segundo o Cristo recomenda, sem interesses materiais ou egoístas, não deixará de receber uma correspondente recompensa espiritual. Todavia, inevitavelmente o médium mercenário atrairá para si os espíritos levianos, pseudo-sábios, malévolos.
O Espiritismo não assenta com interesses comerciais, e a divulgação das mensagens do mundo espiritual não pode ser objeto de lucro financeiro; apenas moral. Notamos com bastante inquietação que setores influentes do movimento espírita vêm transformando-se em censurável balcão de negócio. Ressalvando-se as preciosas exceções e sem generalizar, percebe-se decidida argúcia, especificamente no trato comercial de livros espíritas de autores encarnados e desencarnados, de CDs e DVDs, refletindo em boa dose a pretensão da compulsiva ganância, mormente quando são encarecidos os preços dos livros doutrinários.
Do exposto indagamos: será justo transformar um templo espírita em uma espécie de agência mercantil? Em uma espécie de núcleo financeiro lucrativo? Será que os Benfeitores Espirituais consentem tal procedimento? Foi isso o que nos ensinou Kardec? Óbvio que não!
Viver o Evangelho, sim! Ganhar dinheiro à custa da mensagem espírita, nunca!
A Terceira Revelação veio para todas as pessoas. É forçoso que a exercitemos democraticamente junto aos deserdados material e intelectualmente. Caso contrário, no futuro os centros espíritas serão transformados em estabelecimentos mercantis (visando lucros materiais), ou em espaço restrito aos notáveis abastados, sublevando-se o Evangelho do Cristo que somente será pregado para os que possuam saborosos cartões de crédito e obviamente laureadas por títulos acadêmicos.
Entre os moldes atuais para a melhor difusão espírita, cremos que é importante uma revisão das estratégias e costumes mercantilistas, a fim de que a mensagem do Espiritismo alcance todas as faixas sociais. Destarte, o acolhimento dos simples [espíritas desempregados, iletrados, pobres] no ambiente das reuniões espíritas é tarefa de primordial importância nos tempos em que vivemos. A divulgação doutrinária deve ter como parâmetros o que é simples e viável para todas os centros espíritas, mormente os de periferia. Lembremos que “as raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas Jesus não teve onde reclinar a cabeça.”, segundo narra Mateus no oitavo capítulo, versículo vinte.
Não vão nossos lembretes destinados àqueles que revertem a mensagem espírita em prol das comprovadas obras filantrópicas (creches, asilos, hospitais etc), contudo para os especuladores, os vendilhões ambiciosos.
Jorge Hessen

Por Que As Pessoas Gritam?


Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:

- Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?

- Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles.

- Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? – Questionou novamente o pensador.

- Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça, retrucou outro discípulo.

E o mestre volta a perguntar:

- Então não é possível falar-lhe em voz baixa?

Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador. Então ele esclareceu:

- Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecida? O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.

Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.

Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.

Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas?

Elas não gritam. Falam suavemente.

E por quê?

Porque seus corações estão muito perto.

A distância entre elas é pequena.

Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.

E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta.

Seus corações se entendem.

É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.

Por fim, o pensador conclui, dizendo:

“Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta”

Mahatma Gandhi

PERIPÉCIAS E EFICÁCIAS DO “PASSE” NOS CENTROS ESPÍRITAS (Jorge Hessen)



Ainda muito jovem fui convidado para “receber” um “passezinho” no centro espírita. Após ouvir a palestra, adentramos na sala de passes, postamo-nos diante do passista e, de modo repentino, o passista deu início a estrondosos e arrepiantes “ARROTOS” na sala. Procuramos consultar o que estava ocorrendo e fomos informados, pasmem! Que o ARROTO era um tratamento de “dispersão” fluídica concentrada no ambiente. Naquela época não professava o Espiritismo, e obviamente fiquei muito indignado.
Os anos advieram, estudei as obras de Allan Kardec, adotei a proposta da Doutrina dos Espíritos como ideal de vida; contudo, tragicamente ainda hoje tenho informações sobre “técnicas” terapêuticas curiosíssimas, realizadas em algumas casas “espíritas”. Atualmente existem instituições que oferecem sessões de passes para todos os gostos e interesses, a exemplo do passe “normal”, aplicado obrigatoriamente após as palestras públicas, normalmente destinado aos famosos papa-passes; do passe “forte” (com direito a arremedos de exorcismos de obsessores na presença do obsedado); do passe “ultra forte” do tipo CURA TUDO (destinado a enfermos graves, obsedados, psicóticos etc., com direito a acorrentamento de obsessores e até "engarrafamento e enrolhamento” dos algozes das trevas); do passe "virtual", VIRTUAL (!? hummm...) etc. Seria caricata se não fosse patética tal ocorrência.
Há os que “transmitem” passes através de gestos desabridos, malabarismos manuais, choques bizarros com tremeliques corporais, estalos de dedos, cantos peculiares, e ainda os famigerados ARROTOS. Isso mesmo, ARROTOS...! Há passistas que incorporam “entidades” durante o passe, esquecidos de que não se deve aplicar passe mediunizado porque não é prática espírita. Não há necessidade de incorporação mediúnica nas sessões de passe. O passista pode até agir sob a influência da entidade, mas não carece verbalizar, aconselhar ou transmitir mensagens outras concomitantes ao passe. É contraproducente! O assunto é recorrente, mas não há como ignorá-lo, até porque a aplicação do passe magnético não comporta atitudes imprudentes, nem admite desatino nas suas expressões. Exige sim, um estudo contínuo dos seus mecanismos, sobretudo quanto à necessidade de sua aplicação.
Conhecemos médiuns que só aplicam passes com roupas brancas, ou debaixo de pirâmides metalizadas. Há os que terceirizam para o além o passe através das viagens astrais (através das milagrosas apometrias), e mais uma infinidade de métodos, para todos os (des)gostos. Isso, sem deixar de citar que aplicam-se passes magnéticos nas paredes dos centros espíritas para "descontaminá-las" das energias negativas. “Eita, quanta criatividade!”...
Afastando-nos dessas peripécias passistas, analisemos efetivamente o significado do tema na instituição espírita. Vimos que existem inúmeras práticas não compatíveis com a sã Doutrina Espírita que urge sejam arguidas à exaustão, nas bases da compostura cristã, sem nenhuma pecha de intolerância, obviamente. Até porque a verdadeira prática Espírita é a expressão da moral cristã, consubstanciada no Evangelho do Cristo.
O bom emprego do passe não admite qualquer expediente espetaculoso. As encenações preparatórias – “mãos erguidas ao alto e abertas, para suposta captação de fluidos pelo passista, mãos abertas sobre os joelhos, pelo paciente, para melhor assimilação fluídica, braços e pernas descruzados para não impedir a livre passagem dos fluidos, e assim por diante – só servem para ridicularizar o passe, o passista e o paciente. A formação das chamadas “correntes” mediúnicas, com o ajuntamento de médiuns em torno do paciente, “as ‘correntes’ de mãos dadas ou de dedos se tocando sobre a mesa – condenadas por Kardec – nada mais são do que resíduos do mesmerismo do século XIX; inúteis, supersticiosos e ridicularizantes.”(1)
O passe deverá sempre ser ministrado de modo silencioso, com naturalidade. Os espíritas não são proibidos de nada, todavia práticas alucinadas são inaceitáveis. A propósito do legítimo passe,“assim como a transfusão de sangue, representa uma renovação das forças físicas, o passe é uma transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos orgânicos (físicos) são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório ilimitado das forças espirituais.” – explica o Espírito Emmanuel. (2) Recordemos que Jesus utilizou o passe "impondo as mãos" sobre os enfermos e os perturbados espiritualmente para beneficiá-los. E ensinou essa prática aos seus discípulos e apóstolos, que também a empregaram largamente. Entretanto, é nas hostes espíritas que o passe é melhor compreendido, mais largamente difundido e utilizado.
O Evangelista Mateus numa das suas narrativas assegura que "Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo de sua lepra". (3) Mas o que é efetivamente o passe? “É uma transfusão de energias, capaz de alterar o campo celular.” (4) Na definição do “Aurélio”, o passe seria o “ato de passar as mãos repetidamente ante os olhos de uma pessoa para magnetizá-la, ou sobre uma parte doente de uma pessoa para curá-la.” (5) No Pentateuco mosaico localizamos o seguinte evento: "Josué, filho de Num estava cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés havia posto sobre ele suas mãos: assim os filhos de Israel lhe deram ouvidos, e fizeram como o Senhor ordenara a Moisés.” (6)
Sabemos que "é muito comum a faculdade de curar pela influência fluídica e pode desenvolver-se por meio do exercício.” (7) Mas cabe esclarecer que o passe e imposição de mãos não são a mesma coisa. Tem-se a imposição de mãos como apenas um método, mas naturalmente uma pessoa desprovida dos braços pode fornecer um passe pela força do desejo e pelo auxílio dos Espíritos. O fluxo magnético se sustenta e se arremessa à custa da vontade tanto do passista quanto de seres desencarnados que o acodem na conciliação dos fluídos.
O evangelista Marcos descreve sobre um dos chefes da sinagoga, “chamado Jairo que logo após avistar a Jesus, lançou-se-lhe aos pés. E lhe rogava com instância, dizendo: Minha filhinha está nas últimas; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare e viva.” (8) Na obra Mecanismos da Mediunidade, André Luiz explana que “o passe, como gênero de auxilio, invariavelmente aplicado sem qualquer contraindicação, é sempre valioso no tratamento devido aos enfermos de toda classe” (9)
Em suma, não é demasiado recordar que o exercício das práticas espíritas sem a devida base moral será, fatalmente, uma incursão inequívoca no mundo da inadvertência e, consequentemente, nas teias das ESCURIDÕES TRANSCENDENTAIS.
Referência Bibliográfica:
(1) Pires, José Herculano. Artigo “O Passe” disponível emhttp://www.espirito.org.br/portal/publicacoes/herculano/opd-12.html> acessado em 07/11/2011
(2) Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, ditado pelo espírito Emmanuel, Rio de janeiro: Ed FEB, 2000, perg. 98
(3) Mateus 8: 3.
(4) Xavier, Francisco Cândido. Nos Domínios da Mediunidade, ditado pelo espírito André Luiz, Rio de janeiro: Ed FEB, 2004, Cap. XVII.
(5) Aurélio Buarque de Holanda Ferreira . Novo Dicionário da Língua Portuguesa, SP: editora Nova Fronteira, 2001
(6) Deuteronômio 34: 9 -12.
(7) Kardec Allan. A Gênese, RJ: Ed FEB, 2004, Cap. XIV, item 34.
(8) Marcos 5: 21 - 23).
(9) Xavier, Francisco Cândido. Nos Domínios da Mediunidade, ditado pelo espírito André Luiz, Rio de janeiro: Ed FEB, 2004, Cap. XI
fonte: http://www.redeamigoespirita.com.br/profiles/blogs/perip-cias-e-efic-cias-do-passe-nos-centros-esp-ritas-jorge

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014



O Espiritismo sem humildade é água poluída, cheia dos germes da pretensão, da vaidade, do orgulho que atraem os espíritos inferiores. Um presidente de Centro não é Presidente da República e um doutrinador não é um sábio. Pelo contrário, são criaturas necessitadas, que estão aprendendo a arte difícil de servir e não a de baixar decretos, dar ordens e humilhar os outros em públicos. Sem humildade, que gera e sustenta o amor ao próximo, nem o estudo pode dar frutos. Por outro lado, sem estudo os frutos da humildade não produzem amor, mas fingimento, hipocrisia de maneira e fala melosa, de voz impostada para imitar anjos. O Espiritismo é natural e exige naturalidade dos que pretende vivê-lo no dia-a-dia, em relação natural e simples com o próximo. Os maneirismo, as modulações artificiais da voz, os excessos de gentileza mundana e tudo quanto representa artifício de refinamento social, deformando a natureza humana a pretexto de aprimorá-la, não encontraram aceitação nos meios verdadeiramente espíritas. Algumas instituições começaram a adotar, há alguns anos, treinamento de voz e de gesticulação para jovens espíritas. Alguns Centros aderiram e essas encenações, estimulados por mensagens espirituais que aconselham brandura e bondade no trato com a semelhantes. Espíritos ainda apegados aos formalismos religiosos do passado chegaram a recomendar modismos nesse sentido. Nem Jesus nem Kardec se utilizaram nem recomendaram essas imitações da hipocrisia farisaica. O que o Espiritismo objetiva é a transformação interior das criaturas, para que se tornam mais esclarecidas e com isso, dotadas de mente mais arejada e coração mais puro. No Centro Espírita devemos manter a mais plena naturalidade de comportamento, dentro das normas naturais do respeito humano. Trecho extraído do Livro O Centro Espírita - Professor Herculano Pires.
Texto do livro e comentado por Luciano Dudu

domingo, 12 de janeiro de 2014

Planejamento

"A Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do futuro.
A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade."
O Céu e o Inferno, 1ª parte, Capítulo 2 - item 10.


A obra do bem em que te encontras empenhado não pode prescindir de planejamento.

Nem o estudo demorado, no qual aplicas o tempo, fugindo à ação. Nem a precipitação geradora de muitos insucessos.

Para agires no bem, muitas vezes, qualquer recurso positivo constitui-se material excelente de rápida aplicação. Todavia, o delineamento nos serviços que devem avançar pelo tempo tem regime prioritário.

A terra devoluta para ser utilizada, inicialmente recebe a visita do agrimensor que lhe mede a extensão, estuda as curvas de níveis, abrindo campo propício a agricultores, construtores, urbanistas que lhe modificarão a fisionomia.

O edifício suntuoso foi minuciosamente estudado e estruturado em maquetes facilmente modificáveis.

Até mesmo a alimentação mais humilde não dispensa a higiene e quase sempre o cozimento, a fim de atender devidamente ao organismo humano.

A improvisação é responsável por muitos danos.

Improvisar é recurso de emergência.

Programar para agir é condição de equilíbrio.

Nas atividades cristãs que a Doutrina Espírita desdobra o servidor é sempre convidado a um trabalho eficiente, pois que a realização não deve ser temporária nem precipitada, mas de molde a atender com segurança.

A caridade, desse modo, não se descolore na doação pura e simples, adquirindo o matiz diretivo e salvador.

Não somente hoje, não apenas agora.

Hoje é circunstância de tempo na direção do tempo sem-fim.

Agora é trânsito para amanhã.

Planejar-agindo é servir-construindo.

Por esse motivo ajudar é ajudar-se, esclarecer significa esclarecer-se e socorrer expressa socorrer-se também.

Planifica tudo o que possa fazer e que esteja ao teu alcance.

Estuda e examina, observa e experimenta, e, resoluto, no trabalho libertador avança, agindo com acerto para encontrares mais tarde, na realização superior, a felicidade que buscas.

Para que o Mestre pudesse avançar no rumo da semeação da Vida Eterna, enquanto entre nós, na Terra, meditou dias e noites, retemperando as próprias forças, sentindo o drama e a aflição dos espíritos, a fim de que, em começando a trajetória de amor, nas verdes paisagens da Galileia e nas frescas margens do Tiberíades não recuasse ante a agressão e a impiedade que investiram contra o Seu Apostolado, planejando e agindo, amoroso, até a morte. E mesmo depois, em buscando os paramos da Luz Inextinguível volveu, para os que ficaram na retaguarda, o coração generoso, acenando-lhes com a plenitude da paz depois da vitória sobre eles mesmos.

Joanna de Ângelis
FRANCO, Divaldo P. "Espírito e Vida". Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 2ªed. Salvador, BA: LEAL, 1978, cap. 38.
fonte: WWW.ADDE.COM.BR
          

ANIVERSÁRIO DE FUNDAÇÃO

DIA 18 DE JUNHO DE 2014 ESTAMOS COMEMORANDO 29 ANOS DE FUNDAÇÃO.
NESTE DIA ESTAREMOS REALIZANDO ATIVIDADES ESPECIAIS  E VOCÊ É NOSSO CONVIDADO ESPECIAL.


BENEFÍCIOS DAS REUNIÕES MEDIÚNICAS ESPÍRITAS

As tarefas desenvolvidas, nas reuniões mediúnicas espíritas, devidamente estruturadas dentro do método que preceituam os postulados doutrinários do Espiritismo, facultam benefícios extraordinários para os planos de vida física e espiritual.
                              No transcorrer do desenvolvimento, educação da mediunidade e desobsessão dos encarnados, os Benfeitores Espirituais promovem a profilaxia nos participantes destas atividades, em torno de doenças enigmáticas na área física e mental, possibilitando o desdobramento das potencialidades mediúnicas daqueles que lhes são portadores, ao mesmo tempo, tratando com eficiência dos médiuns atormentados por Espíritos malévolos ou portadores de auto-obsessão pertinazes com que lhes ensejam liberação, conduzindo-os ao trabalho da caridade anônima e fraternal.
                              Nestes intercâmbios salutares, os integrantes dos grupos mediúnicos fruem da oportunidade de aprendizado junto aos desencarnados, ouvindo-lhes as lições vivas dos seus depoimentos realísticos sobre as dificuldades encontradas na pátria espiritual, por haverem desconsiderado os patrimônios que a vida lhes ofereceu.
                              Simultaneamente, tomam conhecimento das técnicas empregadas pelos Espíritos infelizes, que exercem perturbação, agridem e prejudicam os seus desafetos que transitam no corpo – seus algozes impiedosos de existências passadas – resultando daí, um convite silencioso para todos fazerem uma reavaliação do comportamento pessoal diante do próprio ingresso na vida futura.
                              Decorrente desta convivência entre os dois mundos, o dos encarnados e dos desencarnados, utilizando-se das informações colimadas no desenrolar destes misteres, conscientizam-se da necessidade de efetuarem modificações graduais, nas suas personalidades deficientes, ocorrendo, então, o grande fenômeno efeito da comunicabilidade dos Espíritos, qual seja, o do acordar a consciência dos seres inteligentes que vivem no corpo ou fora dele, com reflexos favoráveis para o surgimento de uma humanidade mais feliz.
                              Além disso, as cargas psíquicas, carreadas por vibrações deletérias dos seres espirituais infelizes provenientes do entrechoque de paixões absorventes, são diluídas, nessas ocasiões, por mecanismos especiais; as tensões nocivas em forma de frustração, ansiedade, ódio, desejo de vingança e medo, diminuem de intensidade, apaziguadas pelo refrigério do tratamento fluidoterápico feito pelos Espíritos Superiores, abrindo espaços no mundo íntimo dos participantes para um posicionamento com melhores perspectivas de um retorno à normalidade e à conquista da paz em futuro próximo.
                              Especificamente, para os desencarnados, sofredores ou perturbadores da Erraticidade inferior, essas reuniões funcionam como meio mais direto de socorro, esclarecimento, tratamento e preparação com vistas a um novo retorno ao palco da existência física, onde repetirão as experiências malogradas, aliviando, por sua vez, o peso específico da psicosfera da Terra, sobrecarregada de fluidos enfermiços e desagregadores, provindos da população flutuante das zonas umbralinas, tão prejudiciais para a saúde física, quanto mental e espiritual dos habitantes terrestres.
                              Durante os breves minutos que se passam na ocorrência do fenômeno de acoplagem mediúnica quando se verifica a psicofonia, acontece uma verdadeira “reencarnação” a curto prazo, quando o desencarnado ensaia, prepara-se para uma “incorporação” de longo curso, que é a reencarnação definitiva, em novo casulo carnal...
                              Especialmente, no tratamento das doenças mentais, nos casos de perseguições odientas de desencarnados sobre encarnados, as reuniões mediúnicas espíritas, assumem uma posição de vanguarda para a cura definitiva desta enfermidade social epidêmica em virtude da larga incidência do fenômeno denominado, por Allan Kardec, como obsessão.
               Nesse particular, as suas atividades, facultadas pela mediunidade consciente e equilibrada, pela vivência e prática dos ensinamentos evangélicos vêm oferecendo uma grandiosa e abençoada contribuição, porque conseguem demonstrar que por detrás das neuroses e psicoses, nos distúrbios da emoção e da mente, invariavelmente, existe uma problemática de ordem espiritual, seja do próprio Espírito encarnado – um delinquente, fugitivo de anteriores existências, trânsfuga das leis divinas, diante de crimes hediondos perpetrados contra os seus semelhantes – seja daqueles que, no plano espiritual, geram no seu campo magnético lamentáveis expressões alienadoras que sintonizam por via obsessiva.
               Eminentes psiquiatras, psicanalistas e psicólogos em todas as épocas defrontaram o problema da obsessão. Não obstante o progresso extraordinário alcançado pelas “ciências do espírito”, em se tratando da influência ou o império persistente que Espíritos inferiores exercem em determinados indivíduos, a terapêutica psiquiátrica ainda se torna um tanto ineficaz, para lograr-se o êxito desejado, ou seja, a cura definitiva.
               Somente o Espiritismo, utilizando-se da mediunidade dignificada, nas reuniões especificas, consegue um percentual de cura expressivo, usando a terapia da catarse, na doutrinação dos Espíritos atormentados, através de médiuns adestrados, da moralização do próprio enfermo, como daquele que se encarrega do trabalho de aconselhamento do atormentado-atormentador.
               Um dia não muito distante, quando a ciência oficial abandonar os preconceitos escolásticos e o Espiritismo, como a mediunidade forem melhor conhecidos e estudados, disporemos de processos mais avançados, na área da Psiquiatria, para uma penetração em maior profundidade da problemática das alienações mentais, nas suas diversas e complexas feições, quando serão feitos em maior escala na atualidade, nos Sanatórios de doentes mentais, as técnicas desobsessivas, realizadas nas reuniões  mediúnicas espíritas, paralelamente ao tratamento psiquiátrico, proporcionando-se índices jamais imaginados nas curas definitivas das variadas  formas de psicopatias e alienações mentais.
               Se tudo isso não bastasse para enaltecer tal ministério de intercâmbio espiritual, poderíamos ainda contabilizar a favor das reuniões mediúnicas espíritas, o auxílio fraternal e solidário dado pelos Espíritos Superiores respondendo a um número sempre crescente de pedidos de orientação espiritual, ou então páginas e páginas de mensagens edificantes enfeixadas em livros traduzindo de forma decisiva, o valor inestimável da mediunidade vitoriosa sob a égide de Jesus Cristo, o Amigo Incomparável de todos nós.

( Artigo da autoria de José C. Ferraz, trabalhador da Mansão do Caminho ( Salvador/Bahia) e Membro do Projeto Manoel Philomeno de Miranda)
fonte:  http://www.redeamigoespirita.com.br/group/mediunidade/forum/topic/show?id=2920723%3ATopic%3A1259121&xgs=1&xg_source=msg_share_topic

Identidade espírita

“Eu vivo, mas já não sou eu, é Cristo que vive em mim.” (Paulo aos Gl 2,20)

A Psicologia esclarece-nos que temos duas identidades, a pessoal e a social. A identidade pessoal é composta por alguns elementos, tais como nome, idade, gênero, cidade de nascimento, filiação etc. A identidade social possui outras características, como família a que se pertence, religião, nacionalidade, etnia, ideologia política etc. As duas se sobrepõem, contudo, a identidade social é mais ampla e, frequentemente, dominante. Fatores externos ao indivíduo podem “eliciar” uma expressividade maior de uma característica sobre as demais, mesmo que por períodos não muito longos. Por exemplo, nos EUA na ocasião das eleições presidenciais, o país se dividem em democratas e republicanos. À pergunta: quem é você? A resposta mais comum é: “sou republicano ou sou democrata”. Nesse caso, a característica de identidade que se sobrepõe às demais é a partidária ideológica. No Brasil, por ocasião da Word Cup, uma forte tendência de brasilidade parece se generalizar. Tem-se, então, uma predominância dessa característica nacionalista.
E a identidade religiosa? Ela pode permanecer obscurecida ou saliente, dependente, também, de fatores externos. Quando esses fatores têm um caráter ameaçador e a pessoa se vê diante da situação que exige “testemunho”, o conflito (sou/não sou) pode ser muito pesado. É o caso de Pedro, ao negar ser membro participante do grupo de Jesus. Em alguns grupos religiosos a identidade pode ser mais saliente e permanente do que em outros, especialmente quando seus líderes manipulam técnicas de controle, criando seguidores fanatizados e obedientes.
O trecho da carta de Paulo aos Gálatas, acima citada, é exemplo de prevalência da identidade cristã sobre as demais, por exemplo, gênero. Tal identidade foi construída aos poucos, tendo o notável apóstolo vivido diversos conflitos. Por exemplo, Paulo assistiu, entre perplexo e irritado, às concessões feitas por Tiago aos fariseus quanto à obrigatoriedade da circuncisão e à incapacidade de Pedro em intervir (Mt 26, 33-35; Lc 22, 60-62). O que parece ter ajudado bastante na formação de sua nova identidade foi o contato com diferentes novos cristãos, cada grupo com culturas diferenciadas e, também, a adoção do nome Paulo, em lugar de Saulo, conforme sugestão de Ananias.
Quanto à identidade espírita, certamente ela não se define pelo número de sessões frequentadas, palestras realizadas, passes ministrados, doações feitas, embora essas atividades possam ser importantes na sua construção. Por outro lado, é evidente que não podemos estabelecer como paradigma de nossa identidade espírita emblema semelhante contido na afirmativa de Paulo. Para o nosso caso, com a posição espiritual que ocupamos, melhor emblema é o que nos oferece Allan Kardec. E é o que melhor define nossa identidade espírita.  Disse o professor Rivail: “O espírita se reconhece pela sua transformação moral e pelo esforço que faz para domar suas más inclinações” (ESE, cap. XII, 4).  Quanto mais utilizamos essa afirmação como uma bússola para nossas vidas, mais estamos construindo nossa identidade de espíritas.

               Almir Dell Prette

fonte: http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/identidade-espirita/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.UtMhwrRcXTI

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Laços eternos






A reencarnação estreita os vínculos do amor, tornando os laços eternos, pelo quanto faculta de experiência na área da afetividade familiar.

Enquanto as ligações de sangue favorecem o egoísmo, atando as criaturas às algemas das paixões possessivas, a pluralidade das existências ajuda, mediante a superação das conveniências pessoais, a união fraternal.

Os genitores e nubentes, os irmãos e primos, os avós e netos de uma etapa trocarão de lugar no grupo de companheiros que se afinam, permanecendo os motivos e emulações da amizade superior.

O desligamento físico pela desencarnação faz que se recomponham, no além-túmulo, as famílias irmanadas pelo ideal da solidariedade, ensaiando os primeiros passos para a construção da imensa família universal.







Quando a força do amor vigilante detecta as necessidades dos corações que mergulharam na carne, sem egoísmo, pedem aos programadores espirituais das vidas que lhes permitam acompanhar aqueles afetos que os anteciparam, auxiliando-os nos cometimentos encetados, e reaparecem na parentela corporal ou naquela outra, a da fraternidade real que os une e faculta os exemplos de abnegação, renúncia e devotamento.

Este amigo que te oferece braço forte; esse companheiro a quem estimas com especial carinho; aquele conhecido a quem te devotas com superior dedicação; essoutro discreto benfeitor da tua vida; aqueloutro vigilante auxiliar que se apaga para que apareças, são teus familiares em espírito, que ontem envergaram as roupagens de um pai abnegado ou de uma mãe sacrificada, de um irmão zeloso ou primo generoso, de uma esposa fiel e querida ou de um marido cuidadoso, ora ao teu lado, noutra modalidade biológica e familiar, alma irmã da tua alma, diminuindo as tuas dores, no carreiro da evolução e impulsionando-te para cima, sem pensarem em si...

Os adversários gratuitos que te sitiam e perturbam, os que te buscam sedentos e esfaimados, vencidos por paixões mesquinhas, são, também, familiares outros a quem ludibriaste e traíste, que agora retornam, necessitados do teu carinho, da tua reabilitação moral, a fim de que se refaça o grupo espiritual, que ascenderá contigo no rumo da felicidade.







Jesus, mais de uma vez, confirmou a necessidade dessa fusão dos sentimentos acima dos vínculos humanos, exaltando a superior necessidade da união familiar pelos laços eternos do espírito. A primeira, tê-lo, ao exclamar, respondendo à solicitação dos que lhe apontavam a mãezinha amada que O buscava, referindo-se:  - "Quem é minha mãe, quem são meus irmãos, senão aqueles que fazem a vontade do Pai?" Posteriormente, na cruz, quando bradou, num sublime testemunho, em resposta direta à Mãe angustiada que O inquirira: - "Meu filho, meu filho, que te fizeram os homens?" elucidando-a e doando-a à Humanidade: - "Mulher, eis aí teu filho" - "Filho, eis aí tua mãe", entregando-o ao seu cuidado, através de cuja ação inaugurou a Era da fraternidade universal acima de todos os vínculos terrenos.






por Joanna de Ângelis e Divaldo P. Franco
obra: SOS  Família

Com festa na alma

espirita5 Scraps para Orkut e Facebook  Espírita EmmanuelAbra as janelas da alma e espie as belezas da vida, que se desdobram além das tuas agonias, tudo colorindo e felicitando.
Quem se dispõe a encontrar a felicidade, longe das moedas aquisitivas, descobre painéis de indescritível estesia em toda parte.
Levante-se num domingo de sol, antes da hora habitual, afaste-se do movimento cansativo da rotina doméstica e busque o campo. Escute no bucolismo da natureza as vozes das coisas, deixando-se banhar pela clara mensagem de luz da manhã em festa. Apague as impressões do pessimismo e pare ao lado dos pequenos regatos cantando variadas estórias com as águas em desalinho sinuoso e incessante correria. Descobrirá, em cada filete d’água espremido na rocha ou em cada córrego buscando largura no solo para espalhar-se, uma musicalidade especial. Se você tiver ouvidos, identificará que murmuram queixas, competem com o vento, gargalham com a luz, cantam, simplesmente cantam.
Alongue os olhos, andando vagarosamente pelos caminhos: verde avenca segura-se com firmeza no montículo de terra; torturada trepadeira abre-se em flor no tronco escuro de vetusto arvoredo, cobrindo o ar com perfumada renda que contrasta em sua delicadeza com o tronco imponente; débil colibri, colorido e vivaz, singra os rios do firmamento e, longe, sanhaços verde-azuis em algaravia canora parecem palrar em revoada alegre...
Aspire esse ar puro do dia nascente e debruce-se sobre o peitoril da janela do otimismo ante a paisagem ridente, esquecendo por momentos as rotineiras preocupações. Empolgar-se-á com a mensagem do dia, abençoando a vida e compondo sinfonias divinas em toda parte.
Um ramo de quaresmeira aberto em flor, oscilando ao vento, salmodiando cores no veludo do capinzal e multicoloridas coreópsis, farfalhando levemente, falar-lhe-ão sem palavras sobre a felicidade real, ensejando dilatação das suas ambições, além das coisas esmagadoras do currículo normal.
Há poesia no pôr do sol, esperando os seus olhos; cascatas de luz em poeira de ouro fino carregado pelos favônios perfumados compondo espetáculos de cor; melodias espalhadas nos braços da árvore vibrando, vibrando no ar...
Tudo são belezas na Criação. Por que você se engolfa na tristeza injustificável?
Saia do cárcere estreito das sôfregas ambições materiais e embriague sua alma de festa natural no banquete de um dia de sol ou no repouso de uma noite enluarada, cujo manto de princesa salpicado de gemas faiscantes em rendas finas de prata murmurante convida à meditação... E você compreenderá que o seu coração é triste porque se amesquinhou na concha escura de si mesmo, fechando a janela por onde poderia enxergar o mundo de Nosso Pai, onde Jesus cantou o amor na sua mais alta expressão.
Algures, num aclive salpicado de gramínea baixa, compôs Ele as inexcedíveis bem-aventuranças.
Em praias brancas, pontilhadas de seixos e pedregulhos, socorreu órfãos e velhinhos.
Deambulando por caminhos recobertos de largas sombras de velhas figueiras e tamarindeiros, falou a esfaimados da esperança e justiça.
Em claras manhãs de luz pregou e viveu o poema sem palavras da Boa Nova.
E tendo elegido para berço uma manjedoura modesta, recebeu um madeiro de odiosa punição indébita para morrer, numa tarde de calor, sobre um monte sem relva, abraçando, em contato com o poente ensanguentado de sol, ensanguentado também Ele, a Humanidade inteira...
Embora as necessidades para a manutenção do corpo na reencarnação que lhe enseja ressarcimento de dívidas, considere como felicidade esses dons sem preço que vestem a Terra e, renovado, após um giro longe das cogitações materiais imediatas, você retornará ao ninho doméstico de coração cantando festivas melodias de paz sob o aplauso de uma consciência referta de júbilo, descobrindo porque Jesus, diante de tantas coisas da vida, na Terra, referiu-se ao Reino de Deus como sinfonia sublime emboscado “dentro de nós” e que poderíamos dilatar por toda parte com festa na alma.


Amélia Rodrigues
FRANCO, Divaldo Pereira. “Crestomatia da Imortalidade”. Por Diversos Espíritos. 3. ed. Salvador, BA: LEAL. 1994, cap. 31.
fonte: WWW.ADDE.COM.BR