NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



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Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

ANTES DE JULGAR... ( VALE A PENA LER - LINDO..)


Um médico entrou num hospital apressado, depois de ter sido chamado para uma cirurgia urgente. Ele respondeu à chamada imediatamente, e mal chegou trocou-se e foi direto para o bloco operatório. Pelo caminho encontrou o pai do rapaz que ia ser operado a andar para trás e para frente à espera do médico. Quando o viu, o pai gritou:
- Porque demorou est

e tempo todo a vir? Não sabe que a vida do meu filho está em perigo? Você não tem o mínimo de sentimento e de responsabilidade?
O médico sorriu e respondeu serenamente:
- Peço-lhe desculpa, não estava no hospital e vim assim que recebi a chamada. Agora, gostaria que você se acalmasse para que eu também possa fazer o meu trabalho.
- Acalmar-me? E se o seu filho estivesse dentro do bloco operatório, você também ficaria calmo? E se o seu filho morresse o que faria? - disse o pai visivelmente agitado.
- Ficar nesse estado alterado e de nervos não vai ajudar nada, nem a si, nem a mim e muito menos ao seu filho. Prometo-lhe que farei o melhor que sei e consigo dentro das minhas capacidades, disse o médico.
- Falar assim é fácil, quando não nos diz respeito, murmurou o pai entre dentes.
Passadas algumas horas, a cirurgia terminou e o médico saiu sorridente de encontro ao pai.
- A cirurgia foi um sucesso. Conseguimos salvar o seu filho! Se tiver alguma questão pergunte à enfermeira.
Sem esperar pela resposta, o clínico prosseguiu caminho visivelmente apressado. O pai irritado dirigiu-se à enfermeira e desabafou:
- O médico é mesmo arrogante. Será que lhe custava muito ficar aqui mais uns minutos para eu lhe questionar em relação ao estado geral do meu filho?
A enfermeira, um pouco abalada e quase a chorar respondeu-lhe:
- O filho do doutor morreu ontem num acidente rodoviário. Ele estava no funeral quando o chamamos para a cirurgia do seu filho. Agora que a cirurgia terminou e o seu filho foi salvo, o doutor voltou para o funeral para prestar a última homenagem ao filho dele.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Erros





Quem é que nunca fez nada de errado?
Naturalmente, todos nós, algumas vezes na vida, cometemos erros, seja intencionalmente ou não.
O erro faz parte do aprendizado.
Por trás de todo erro está a ignorância, o orgulho, ou o egoísmo.
O ignorante erra por desconhecer, o orgulhoso por se julgar mais importante do que as demais pessoas e o egoísta por pensar somente em si.
O que caracteriza o erro não são os padrões sociais ou as diretrizes éticas estabelecidas, mas sim suas conseqüências sobre o indivíduo e a sociedade.
O que torna algum gesto desacertado são os seus efeitos malignos.
Erramos quando nossos atos ferem alguém. Quando invadimos o direito à felicidade do próximo. Quando destruímos, ao invés de construir.
Numa palavra, erramos sempre que geramos sofrimento para os outros ou para nós mesmos.
Por estar vinculado ao sofrimento, vemos que o erro não é um bom negócio.
Entretanto, se formos sábios, saberemos tirar frutos dele.
De uma forma muito especial, Deus sempre cuida para que, dos nossos equívocos, tiremos algo de bom.
Isto acontece por meio da Lei de Causa e Efeito, que faz com que todo o bem, como todo o mal realizado retorne ao seu realizador.
No campo dos sofrimentos isto se chama expiação.
Mas para tornar o processo menos penoso, podemos recorrer ao arrependimento e à reparação.
Arrepender-se é, portanto, o primeiro passo na correção de um desatino.
Existem pessoas que só se arrependem dos seus erros quando estão colhendo as conseqüências.
Quanto mais demoramos a nos arrepender, mais sofremos.
O arrependimento deve provocar um desejo de reparação, que consiste em fazer o bem a quem se havia feito mal.
Mas nem todas as faltas implicam em prejuízos diretos e efetivos.
Quer dizer, nem sempre teremos de expiar, ou sofrer.
Nesses casos, a reparação se opera fazendo-se o que deveria e foi negligenciado. Cumprindo deveres desprezados, missões não preenchidas.
Quem tem sido orgulhoso, buscará tornar-se humilde. O rude procurará ser amável. O ocioso passará a ser útil e o egoísta, caridoso.
Costuma-se dizer que errar é humano.
Nós poderíamos inverter o raciocínio dizendo que corrigir erros é que é humano, pois o homem não pode desprezar a sua fantástica capacidade de racionalização ao persistir em atitudes que somente o infelicitam.
Reconhece-se, então, o homem de bem pela capacidade com que ele substitui seus defeitos por virtudes superiores.
* * *
Os efeitos dos nossos atos se estendem, muitas vezes, para além da existência atual.
Isso explica os sofrimentos atuais, cujas causas não se encontram no presente.
Várias vezes estamos recebendo hoje os efeitos de nossos atos de vidas passadas.
Nenhum Espírito atinge a perfeição, sem antes reparar os erros do seu caminho evolutivo.
Por isso, hoje é o dia de fazer o melhor!

fonte:  http://blog.forumespirita.net/2012/02/07/erros/
         

Leitores do Jorge Hessen: ESPIRITISMO E POLÍTICA

Leitores do Jorge Hessen: ESPIRITISMO E POLÍTICA

DESCRIMINALIZAÇÃO DA DROGA - ALGUNS AJUIZAMENTOS ESPÍRITAS


 

No Brasil há um preocupante movimento para a liberalização da maconha. Infelizmente, algumas pessoas famosas defendem as drogas e oferecem péssimos exemplos para a juventude. Cantores, atores e políticos utilizam-se do horário nobre da TV para desenvolver mentalidade partidária à descriminalização (1) do uso de drogas.
Sustentam os causídicos que o porte e o uso de entorpecentes não devem ser crimes no País, pois a descriminalização é uma “tendência mundial.”!?...) Creem os defensores que a liberação das drogas diminuirá a sua busca. É evidente que a afirmação é trapaceira, pois contraria a lógica fundamental de comércio, que estabelece como regra de mercado que quanto maior a oferta de um produto, maior a sua procura.
Para modificar a atual lei de drogas brasileira, considerada antiquada por alguns, há proposta sobre um regulamento com foco no tratamento dos dependentes não violentos, liberando assim os recursos policiais para o enfrentamento do crime organizado. Dizem que as leis atuais em nível internacional são indulgentes para o usuário e rigorosas para o traficante. NoBrasil, atualmente o usuário não é preso. Nem é constrangido a se tratar.
Na prática, para atual legislação, os indigentes sociais (favelados) sempre são classificados como traficantes e os endinheirados da classe “A e B” (filhinhos de papai) como usuários. Argumenta-se que ao invés de oferecer tratamento àqueles que sofrem com a dependência, o sistema brasileiro concentra maciçamente seus recursos policiais em réus primários não violentos, deixando espaço para o crescimento do crime organizado.
Cremos que infinitamente mais importante que discutir a descriminalização de drogas é a urgência de debater a assistência ao contingente assombroso de dependentes químicos que se encontram categoricamente desassistidos pelo Estado.
Nesse imbróglio, como definir quem é usuário e quem é traficante?
Ante esse conflito temático, formatou-se um Novo Código Penal prevendo a “descriminalização do plantio e do porte de maconha para consumo.”.(2) Porém, nunca é demais advertir que a maconha de 50 anos atrás era bem menos devastadora que a de hoje em dia. Naquela época, a concentração de THC (princípio ativo da maconha) era em redor de 0,5%, enquanto que as de hoje são em torno de 15% a 20%. Enfim, a redação organizada por jurisconsultos deverá ser transformada em lei ordinária e seguirá a tramitação no Congresso Nacional.
Eis aí um complexo dilema: o que seria resolver o problema das drogas? Consentir o consumo? Autorizar a compra e venda só de maconha? Permitir o consumo de outros entorpecentes? Ou a solução é erradicar as drogas do planeta? Como fazê-lo? Será possível uma sociedade livre das drogas? Sempre haverá pessoas interessadas no uso de substâncias que alteram a consciência?
Estudiosos acreditam que com a liberalização o consumo será desenfreado. Os defensores, óbvio, não acreditam nisso. Outra questão enigmática: é quem poderá comercializar a droga? Que órgão público controlará essa venda, a ANVISA?
Na falsa ilusão de que o usuário não pode ser considerado criminoso, nos 21 países que resolveram despenalizar o usuário de drogas, como Portugal, por exemplo, os homicídios relacionados aos entorpecentes aumentaram 40%. Isso é fato! É urgente ponderar sobre as ameaças dramáticas que a liberalização das drogas pode ocasionar ao Brasil.
Arrazoamos que as regras que se aplicam às drogas ilegais deveriam ser aplicadas ao álcool (calamitosa droga legal) que deveria ser criminalizada com urgência. Acreditamos que se a maconha for tão acessível para o viciado quanto os alcoólicos, é presumível que desaqueça a bestialidade provinda do tráfico. Entretanto, o consumo alargará, aumentando o número de moléstias e mortes ocasionadas pelo uso permanente de outras drogas.
Infelizmente, de cada 100 consumidores que usam entorpecentes (incluindo alcoólicos), de 10 a 13 apresentarão graves barreiras para abandonar o uso. O álcool, uma tragédia lícita, é responsável por 70% das internações por dependência de drogas e por 90% da mortalidade.
A droga (incluindo os alcoólicos) constitui uma das maiores insensatezes do século XXI. O governo do Uruguai está estatizando a maconha, pasmem! “No Brasil, 1,5 milhão de pessoas usam maconha diariamente, dos quais 500 mil são adolescentes. Dos jovens na faixa de 14 a 18 anos, 17% conseguem a substância dentro da escola. De todos os consumidores, 1,3 milhão reconhecem já ter sintomas de dependência.”. (3)
Imaginem a patética situação: um usuário fumando baseado, cheirando ou injetando cocaína, cachimbando uma pedra de crack defronte da nossa residência, próximo dos nossos filhos. Um policial que pegar em flagrante uma criança de 15 anos com droga “apenas para consumo”, não poderá fazer nada. Isso vai acontecer com a liberalização das drogas, pois o usuário terá o direito de consumir em qualquer lugar e não se poderá impedi-lo.
Os dependentes de drogas (incluindo alcoólicos) são pessoas de personalidade medrosa, fraca, covarde. Em verdade, o uso de drogas (incluindo alcoólicos) para “curtição” poderá acarretar dependência com sequelas arrasadoras por prolongados séculos (séculos, sim! Pois a vida permanece para muito além da tumba).
Logicamente, trancafiar o viciado na penitenciária não resolverá o seu drama nem da sua família; contudo, descriminalizar as drogas será ocorrência bem ameaçadora, principalmente quando o mundo confronta-se com a esfinge do crack. O viciado dessa droga corrompe todas as barreiras éticas: sobrevive na sarjeta, se droga na rua, dorme na imundície, devora restos de comida do lixo e mergulha nos porões da promiscuidade. Enquanto o usuário de outros entorpecentes (maconha, ecstasy ou cocaína) se camufla em nichos e não se expõe socialmente.
Doutrinariamente, compreendemos que todos os tipos de vícios dão campo a ameaçadores micro-organismos psíquicos no domínio da alma. Transgressões violentas como uso de drogas (incluindo alcoólicos) rompem o revestimento magnético das pessoas e as consequências são a devastação da saúde física e até a morte, às vezes precedidas da loucura. “Paralelamente aos micróbios alojados no corpo físico há bacilos de natureza psíquica, quais larvas portadoras de vigoroso magnetismo animal. Essas larvas constituem alimento habitual dos espíritos desencarnados [obsessores] e fixados nas sensações animalizadas. A indiferença à Lei Divina determina sintonia entre encarnado e desencarnado viciados, este [obsessor] agarrando-se àquele [obsedado], sugando a grande energia magnética da infeliz fauna microbiana mental que hospeda, em processo semelhante às ervas daninhas nos galhos das árvores sugando-lhes substancia vital".(4)
As emanações voláteis das drogas (inclusive alcoólicos), ao se evaporarem, são prontamente atraídas pelos obsessores-viciados, os quais aspiram essas emanações, nelas se acomodando e impulsionando o viciado encarnado a consumir cada vez mais... Por isso, os vorazes obsessores-viciados, sempre em falanges, afluem aos lugares frequentados pelos drogaditos encarnados (abrangendo as residências), conectando-se a eles, mente a mente, arrastando-os ao consumo das drogas (inclusive alcoólicos), ou importunando pessoas incautas, permissivas, inobstante ainda não contagiadas pelo vício, para que o cometam. Sem quaisquer escrúpulos, em permuta de qualquer satisfação do vício, todos os desatentos serão jugulados a uma fileira de perversidades.
Sem nunca concordar com a liberalização de quaisquer drogas (incluindo os alcoólicos) o espírita estará sempre acolhendo os desafortunados, cônscios ou inconscientes, algemados às drogas que buscam auxílio para libertarem-se de suas agonias, sejam eles encarnados ou desencarnados. Na instituição espírita, o acolhimento aos viciados de cá e do “além-tumba” é totalmente compatível com o serviço doutrinário. Aí se propõe explicação, inclusão, acolhimento fraterno, bem como passes magnéticos, água fluidificada e palestras pública,s além dos apelos aos zelados para atividades assistenciais junto às famílias carentes.
Jorge Hessen


Notas e referências:


(1)     Descriminalizar significa retirar de algumas condutas o caráter de criminosas. O fato descrito na lei penal deixa de ser crime. Há três espécies de descriminalização: (a) a que retira o caráter criminoso do fato mas não o retira do âmbito do Direito penal (essa é a descriminalização puramente formal); (b) a que elimina o caráter criminoso no fato e o proscreve do Direito penal, transferindo-o para outros ramos do Direito (essa é a descriminalização penal, que transforma um crime em infração administrativa,  e (c) a que afasta o caráter criminoso do fato e lhe legaliza totalmente (nisso consiste a chamada descriminalização substancial ou total).

Na legalização, o fato é descriminalizado substancialmente e deixa de ser ilícito, isto é, passa a não admitir qualquer tipo de sanção. Sai do direito sancionatório. A venda de bebidas alcoólicas para adultos, hoje, está legalizada (não gera nenhum tipo de sanção: civil ou administrativa ou penal etc.).  A posse de droga para consumo pessoal deixou de ser formalmente "crime", mas não perdeu seu conteúdo de infração (de ilícito). A conduta descrita no antigo art. 16 e, agora, no atual art. 28 continua sendo ilícita, mas, como veremos, cuida-se de uma ilicitude inteiramente peculiar. Houve descriminalização "formal", ou seja, a infração já não pode ser considerada "crime" (do ponto de vista formal), mas não aconteceu concomitantemente a legalização da droga. De outro lado, paralelamente também se pode afirmar que o art. 28 retrata uma hipótese de despenalização. Descriminalização "formal" e despenalização (ao mesmo tempo) são os processos que explicam o novo art. 28 da lei de drogas. Disponível em aceso em 20/08/12


(2)     Disponível em aceso em 22/08/12

(3)     Estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), divulgado em 1o de agosto de 2012, disponível em   aceso em 21/08/12

(4)     Xavier, Francisco Cândido. Missionários da Luz, ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed. FEB  1945

BEBER ALCOÓLICOS É UM FLAGELO SOCIAL


 

Se analisarmos atentamente os flagelos da sociedade, na base dos “homicídios”, quase sempre estão ocorrências atreladas ao consumo de álcool. Os tribunais estão abarrotados de processos em face dos delitos oriundos do consumo de alcoólicos. As penitenciárias estão superlotadas por questões vinculadas ao consumo de bebidas alcoólicas. Muitas famílias estão aniquiladas, desestruturadas por causa dos alcoólicos de vários arranjos (destilados ou fermentados), a saber, tequila, vodca, rum, cachaça, gim, cerveja, vinho.
Os alcoólicos não matam a sede, não aquecem no frio, não relaxam músculos. Revoguemos esses e outros mitos de que os alcoólicos podem ser bebidos com moderação – isso quase sempre não é verdade. Sob o escudo das desculpas esfarrapadas, um espantoso número de pessoas tem absolvido a devassidão do consumo de bebidas alcoólicas em suas práticas usuais. Muitos são os paranoicos de plantão que se abeiram da insensatez para afiançar que até mesmo o Cristo bebeu vinho. Nada mais hediondo que essa forma leviana de rebaixar o Mestre até as alamedas de imoralidade e morbidez em que estagiam os viciados.
Beber é histórica e culturalmente considerado um hábito social “inofensivo”, um prazer, uma curtição. Tudo muito irônico, até no escárnio das piadas sobre os bêbados. A rigor, o alcoolismo é uma enfermidade grave e crônica que, como qualquer dependência, não tem cura, porém tem tratamento. Desde 2003, os cientistas já afirmavam ter descoberto um gene importante para a explicação dos inúmeros efeitos do álcool no cérebro, e esperavam poder produzir um medicamento que desativasse alguns dos efeitos de prazer ligados à ingestão do álcool, e talvez tentar combater o alcoolismo com remédio. Não deu certo!
O vício, seja revestido de que caráter for, e onde for e por quem for cometido, nunca deixará de ser um ato nefasto, carecendo ser eliminado a fim de que se reerga o sujeito a ele jugulado, para conseguir seus apropriados caminhos de renovação e exultação.
Nessas vias em que o vício se oferece como coisa admitida, existem os que fazem questão de se despontar impassíveis a quaisquer advertências do bom senso, sinalizando com o livre-arbítrio, enquanto outros perpetram deboches dos que pregam virtudes, provocando-os com a ridícula exposição de suas moléstias, tão logo acabam de ouvir ou de ler qualquer admoestação ponderada.
Ingerir alcoólicos apenas para manter companhias sociais, ou para que tragam excitações artificiais para a desinibição ou para o que for, poderá denotar longo período de destrambelhamento e de agonias nos imperiosos desagravos do corpo e da mente, em função dessas autodestruições que se vão perpetrando à sombra de muitas falácias que encachaçam os ouvidos com citações de efeito, bem arranjadas, mas que não impetram apaziguar a consciência, onde agitam as Sublimes Leis.
Num contexto social permissivo, o vício da ingestão de alcoólicos torna-se expressão de "status", atestando a decadência de um período histórico que passa lento e doído. Vale ressaltar que ao reencarnarmos trazemos conosco os remanescentes de nossas faltas como raízes congênitas dos males que nós mesmos plantamos. O Espiritismo também relata e adverte sobre a influência espiritual oculta, ou seja, o meio espiritual que respiramos pode contribuir para o surgimento de um determinado vício. O viciado em álcool quase sempre tem a seu lado entidades inferiores que o induzem à bebida, nele exercendo grande domínio e dele usufruindo as mesmas sensações etílicas.
Há o mito de que a nefasta maconha leva os jovens a outras drogas. Mas é o álcool que faz esse papel. E a própria família incentiva o consumo. O “álcool gera uma doença de longa evolução (dez anos em média) e o abuso entre jovens os leva a drogas maiores – uma delas é o ecstasy, encontrado em dois tipos de pastilha: a MAP (meta-anfetamina) e a MDMA (metil-dietil-MA), esta com propriedades alucinógenas. O adolescente se expõe hoje muito mais ao álcool. Está se formando uma geração de dependência de álcool. Além dos riscos à saúde, há os perigos de dirigir embriagado, da violência e de traumatismos decorrentes do abuso de álcool.
Sabemos que tudo se inicia no primeiro gole. Depois vem a necessidade do segundo, do terceiro e o alcoolismo se instala em nossas vidas. A sede, o sabor, a oportunidade social, as comemorações, a obrigatoriedade em aceitar um drinque oferecido por um “amigo”, são as muitas desculpas nas quais nos apoiamos para ingerir as doses que, mais tarde, serão letais. Precisamos estar atentos para não cometer exageros, abusos, e não resvalar por esse “hábito social”, que pode terminar por nos condicionar a ele e nos transformar num trapo de gente, num farrapo humano. Ressalte-se que os limites entre o uso "social" e a dependência nem sempre são claros.
Allan Kardec indagou à Espiritualidade se o homem poderia, pelos seus próprios esforços, vencer suas inclinações más. Os Espíritos, de maneira objetiva,  responderam afirmativamente, explicando que  o que falta nos homens [sobretudo nos viciados] é a força de vontade e a legítima fé em Deus.
Jorge Hessen
http://jorgehessen.ne

DESONESTIDADE E ESPIRITISMO NÃO SE COADUNAM


 

O termo desonestidade é empregado para descrever os atos velhacos, a corrupção, a falta de probidade, a ausência de integridade, o mentir ou ser deliberadamente falaz. O mau caráter é adverso ao decoro; é indecente; é desonrado; é escandaloso e assim vai...
A propósito, será que realmente somos honestos? Não somos mentirosos? Contemporizamos com a rapina, com as fraudes, a sonegação de impostos, a falcatrua. A rigor, ser incorruptível requer disciplina. Ser honesto demanda disciplina moral e ética, fadiga para abater más tendências, diligência por não se consentir desabar na perdição das trapaças.
A desonestidade remete à fantasia instantânea de levar vantagem inescrupulosa, contudo certamente ficaremos a mercê da inevitável cobrança da consciência e não há como enganá-la. A consciência não se corrompe; nela estão assentadas as Leis de Deus, é ela que nos espicaça e traz a realidade das circunstâncias e atos que praticamos quando agindo de má fé, utilizando-nos da infeliz lei do proveito insensato.
Quando alguma pessoa nos indaga se somos incorruptíveis, normalmente a indignação nos invade a mente, só em ajuizar que alguém hesite de que somos honestos. Muitas vezes nos pronunciamos honrados, mas será que verdadeiramente o somos a todo instante ou é só de fachada essa virtude?
Se raspamos ou amassamos involuntariamente um automóvel no estacionamento, cujo dono não está presente, tendemos fugir do local, em vez de colocarmos um aviso do incidente, deixando nosso telefone num bilhete para contato. Quantos são os que não obedecem a ordem de uma fila dos bancos, cinemas, hospitais etc, e arquitetam  meios escusos para ocupar o local reservado aos que chegaram antes?
Habituamos aquilatar negativamente assaltantes vigaristas, homicidas, encarcerados de penitenciária de forma geral. Todavia, será que fora das prisões há superávit de gente honesta? Quantas vezes compramos produtos de origem duvidosa para sonegarmos impostos? Quantas vezes devolvemos o troco que o caixa do supermercado nos deu a mais? Quantos mecânicos de automóveis, técnicos de geladeiras, de televisão, máquinas de lavar, de computadores, mentem para cobrar mais caro?
Quantas vezes estacionamos na vaga de idoso ou deficiente sem sermos um idoso ou deficiente? Quantos usam de sua autoridade para anular multas de trânsito? Quantos bebem alcoólicos e assumem a direção de veículo nas estradas? Não assombra que administradores se apropriem das verbas publicas, e que empresários demitam para terem máximo lucro.
Segundo estatísticas consagradas, o Brasil é um dos países campeões mundiais em corrupção, fazendo associação a determinados países africanos diminutos. Que tipo de ambição exorbitante e estúpida está na base da deficiência de caráter capaz de olvidar todos os escrúpulos para com a consciência e arremessar-se tão sagazmente no cofre do Estado? Não somos o primeiro, o único ou o último a anunciar esse séquito de vícios, contudo a mídia, frequentemente, noticia e expõe tais fatos francamente execráveis e com grande repercussão negativa.
Algumas vezes pronunciamos da tribuna que o verdadeiro espírita é honesto em tudo que faz. Se for presidente de uma casa espírita, precisa apresentar as movimentações financeiras aos frequentadores. É indispensável haver transparência na prestação de contas, mensalmente, com os contribuintes da casa espírita. Cremos que é simples obrigação afixar, no “quadro de avisos” ao público, a comprovação da correta aplicação dos recursos recebidos. Os dirigentes que assim procedem veem patenteadas a credibilidade da instituição que administram e a pureza de suas intenções.
Quando os dirigentes são omissos e não prestam contas, é evidente que ficamos atônitos e envergonhados, principalmente quando sabemos, pela imprensa, que algumas instituições "filantrópicas" desviam recursos, emitem recibos forjados de falsas doações, deixam de pagar impostos etc...
É imperdoável haver instituições que recebem, à guisa de doações, roupas, calçados, alimentos, eletrodomésticos etc, e os administrantes se apropriem delas. É irredimível existir instituições que aceitem doações, até de objetos valiosos, e seus diretores se apropriem das melhores peças antes de os exporem em bazares ditos "beneficentes".
A prudência continua sendo a nossa melhor conselheira. Por questão de consciência ética, sabemos que um autêntico espírita tem que ser fiel aos princípios que a Doutrina dos Espíritos impõe e ter noção de que honestidade é prática obrigatória para todo ser humano, sobretudo para um cristão. Ou será que devemos reivindicar pedestais nos panteões terrenos por executarmos dignamente aquilo o que é nossa obrigação fazer? É imperiosa a quebra de valores invertidos, com o banho de ética, com a recuperação da honestidade.
Na condição de espíritas cristãos, sabemos que, para a consubstanciação da "Pátria do Evangelho", será imperativa uma renovação mental e comportamental urgente no País. Se quisermos viver um panorama social harmônico, devemos nos empenhar para promover uma reforma ética generalizada, entronizando a força da integridade moral.

Jorge Hessen
http://jorgehessen.net

domingo, 26 de agosto de 2012

 

Estaremos lançando em breve o opúsculo (livreto) Acompanhando a Transição Planetária, que trata de alguns temas essenciais para esta época, tais como:
1 – Como DEFENDER-NOS dos ambientes psíquicos da humanidade, que se encontram saturados com energias perturbadoras, agressivas, de teor tenebroso, quando não, lascivas, em sutis, mas poderosos processos de influenciação;
2 – QUE FAZER para agilizar nossa evolução espiritual e poder transitar junto com a Terra para o mundo de regeneração. OBS. Temos apresentado algumas dessas sugestões aqui no Face.
3 – Sugestões a CENTROS e GRUPOS ESPÍRITAS para campanhas e atividades voltadas à evolução espiritual de trabalhadores e freqüentadores, incluindo a CAMPANHA QUINZENAL que, além de outras ações, consta de 36 cartazes a serem afixados nos centros, sendo quatro a cada quinzena. Para facilitar, criamos os cartazes, em cores, que estamos disponibilizando no site:
www.mediunsespiritas.org

CENTROS ESPÍRITAS podem solicitar o envio GRATUITO de exemplares desse opúsculo (via correio) para serem emprestados aos trabalhadores da casa, pelo e-mail: caminhos2008@gmail.com devendo informar endereço completo e numero de trabalhadores que há na casa.
Esta oferta estará válida enquanto durar nosso estoque de opúsculos.
A distribuição é GRATUITA. Não pode ser comercializado.

Tanto o conteúdo do opúsculo, quanto os cartazes, podem ser baixados pelo site: www.mediunsespiritas.org
A doação desse opúsculo, quando feita a centros ou grupos espíritas, destina-se a ser EMPRESTADO aos trabalhadores da casa.
Alguns temas deste opúsculo e muitos outros, tais como: Meia hora de silêncio no céu, Um nó no caminho da evolução espírita, Transição planetária e energias incompatíveis, Um novo olhar, etc., estamos abordando com mais profundidade e abrangência no livro Chegou a hora... E agora? em fase de publicação pela Editora Aliança-SP.


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Kardec Foi um Filósofo?

Três questões serão debatidas neste trabalho:
1.) Como conciliar o fato de o Espiritismo se declarar, simultaneamente, uma revelação e uma filosofia;
2.) É possível caracterizar a obra de Kardec como uma obra filosófica?
3.) Como resolver o paradoxo da fé raciocinada?
O objetivo final é provar que o Espiritismo é uma filosofia.
I
  No livro “A Gênese”, Allan Kardec afirma que o Espiritismo é uma revelação e procura mostrar o seu caráter. Mas, também, ao longo de sua obra e de forma taxativa, caracteriza-o como uma filosofia.
  Devemos, pois, em primeiro lugar, tentar compreender o que sejam filosofia e revelação. Comecemos por filosofia.
  Não tem sido fácil definir o que seja filosofia. Entretanto, existe um conceito espontâneo de que a filosofia é uma parte essencial da atividade do homem. Ligada à sabedoria, ao exame e à discussão exaustiva, embora não conclusiva, das causas e dos seres, a filosofia tem sido caracterizada como uma atividade superior do homem, um exercício indispensável ao saber e à certeza.
  Historicamente, distinguem-se duas formas de exercício da filosofia: de um lado a socrático-platônica, que exprime uma concepção do eu, isto é, uma autorreflexão do espírito sobre os seus supremos valores teóricos e práticos, sobre os valores do verdadeiro, o bom e o belo. De outro, a aristotélica, que apresenta, antes de tudo, uma concepção do universo. Embora tenha havido uma regularidade pendular entre essas duas concepções, tende-se a uma acumulação, a uma conjugação desses pontos, pois a filosofia é simultaneamente as duas coisas: uma concepção do eu e uma concepção do universo.
  Em síntese, pode-se compreender que a filosofia é uma autorreflexão do espírito sobre seu comportamento e, ao mesmo tempo, uma aspiração ao conhecimento das últimas ligações entre as coisas.
  Quanto à revelação, analisaremos, ainda que rapidamente, as colocações feitas por Allan Kardec no capítulo I de “A Gênese”, servindo-nos da tradução de Guillon Ribeiro (edição da FEB). Nele, o autor define revelação como “dar a conhecer uma coisa secreta ou desconhecida”. Logo, “deste ponto de vista, todas as ciências que nos fazem conhecer os mistérios da Natureza são revelações e pode dizer-se que há para a Humanidade uma revelação incessante” (item 2). E adiante: “O que de novo ensinam aos homens (os grandes gênios, messias, missionários) quer na ordem física, quer na ordem filosófica, são revelações (grifo de Kardec). “Se Deus suscita reveladores para as verdades científicas, pode, com mais forte razão, suscitá-las para as verdades morais, que constituem elementos essenciais do progresso. Tais são os filósofos, cujas ideias atravessam os séculos” (item 6). No tocante à revelação religiosa, diz Kardec: “implica a passividade absoluta e é aceita sem verificação, sem exame e discussão” (item 7).
  Finalmente, quanto ao Espiritismo, afirma Kardec: “é uma verdadeira revelação, na acepção científica da palavra”, isto é, dá “a conhecer o mundo invisível que nos cerca e no meio do qual vivemos sem o suspeitarmos, assim como as leis que o regem, suas relações com o mundo visível, a natureza e o estado dos seres que o habitam e, por conseguinte, o destino do homem depois da morte” (item 12).
  Kardec coloca o Espiritismo como uma “revelação científica” que é caracterizada por ser “divina a sua origem e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem”. É uma revelação científica, enfatiza: “por não ser ensino (dos Espíritos) privilégio de indivíduo algum, mas ministrado a todos do mesmo modo; por não serem os que o transmitem e os que o recebem seres passivos, dispensados do trabalho da observação e da pesquisa, por não renunciarem ao raciocínio e ao livre-arbítrio; porque não lhes é interdito o exame, mas, ao contrário, recomendado; enfim, porque a doutrina não foi ditada completa, nem imposta à crença cega; porque é deduzida pelo trabalho do homem, da observação aos fatos que os Espíritos lhe põem sob os olhos e das instruções que lhe dão, instruções que ele estuda, comenta, compara, a fim de tirar ele próprio as ilações e aplicações” (item 13 - grifos de Kardec).
  Isso fica mais claro ainda quando ele analisa a questão: “qual a autoridade da revelação espírita, uma vez que emana de seres de limitadas luzes e não infalíveis?” Nessa aparente fragilidade, o Codificador aponta sua característica básica, ao afirmar que o Espiritismo é fruto da elaboração entre pessoas de dois planos de vida. Os Espíritos propõem, mas os homens concorrem com o seu raciocínio e seu critério, tudo submetem ao cadinho da lógica e do bom senso. Isto é, o homem se beneficia dos conhecimentos especiais que os Espíritos dispõem pela posição em que se acham, sem abdicar do uso da própria razão (item 57).
  Esse caráter específico da revelação espírita é, também, uma inovação no campo filosófico, antes dominado apenas pela cogitação a partir de um ponto de observação unilateral, isto é, da busca e da inquietação do homem perante o mistério e as contradições do ser, diante de si mesmo, da existência e do universo. Agora, esse mesmo cogitar é enriquecido pela contribuição de homens que passaram a existir numa dimensão diferente, — os Espíritos — mas dentro da humanidade.
  Sendo, em lato senso, urna elaboração da razão humana — encarnada e desencarnada — o Espiritismo é uma reflexão sobre o ser e o universo, abrangendo a totalidade e não se detendo no particular. A palavra “revelação” é, num primeiro sentido, uma contradição nesse quadro e só é aceita por Kardec a partir de uma visão didática, para que a intervenção das inteligências desencarnadas seja compreendida no processo.
II
  Poderá a obra de Allan Kardec ser categorizada como filosófica? Ou melhor seria considerá-la uma obra didática? Encontramos no seu transcorrer uma reflexão sobre o ser, o belo, o bom? Há, em seu bojo, cogitações sobre a natureza essencial das coisas, uma visão do universo e das relações últimas entre os objetos? Sim, a resposta é afirmativa.
  Entretanto, o fato desses temas serem abordados não significa, necessariamente, que a obra seja filosófica. O que caracteriza esse aspecto é o fato de apresentar uma reflexão, propor soluções e inovar na abordagem de temas que, sendo universais e se constituírem razão da cogitação da inteligência, se enquadrem num quadro amplo da inquietação do homem.
  Analisada sob esse ângulo, a obra de Kardec é, em seu conjunto, uma reflexão filosófica. O próprio “O Livro dos Espíritos” é um filosofar dialético entre duas inteligências humanas, reunidas no ato de refletir sobre os fundamentos do ser, do destino e de Deus. Semelhante ao diálogo do Banquete, de Platão, Kardec e o Espírito da Verdade, maieuticamente confabulam num mesmo nível de inquietude. Esse debate dialético não espelha um superior ministrando lições a um inferior. Mas, duas potências do saber dialogam, exprimindo visões específicas que resultam na síntese doutrinária do Espiritismo. A partir desse diálogo, Kardec, seja nos comentários que aduz às questões ou em capítulos inteiros de “O Livro dos Espíritos”, evidencia o tratamento filosófico das ideias.
  O que caracteriza, por outro lado, a filosofia kardecista, se assim podemos falar, é a sua praticidade. Marx afirmou que “os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diferentes maneiras; trata-se é de transformá-lo”, exigindo a crítica radical, que vai às raízes e à práxis, isto é, à ação revolucionária. Essa tese foi lançada por Marx por volta de 1845, doze anos antes de “O Livro dos Espíritos”. Pode-se dizer que Kardec também realizou, a seu modo, uma filosofia de ação, de pratos, transformadora e revolucionária, ao propor uma nova reflexão sobre os fundamentos da vida, do ser e do mundo, inaugurando a visão espírita. E, também, promoveu a elevação dos Espíritos à categoria de seres existentes e não potenciais, ao abrir, por assim dizer, a cortina que separava o homem vivente no plano corpóreo ao homem vivente no plano extrafísico.
  A filosofia que Kardec desenvolveu foi discursiva-racional, não considerando a intuição como uma fonte autônoma de conhecimento. Embora reconhecendo a totalidade emocional, volitiva e cognitiva do Espírito, não poderia deixar de cingir-se à razão como juíza do saber. Não nega a intuição como uma das formas de apreensão da realidade. Todavia, “toda intuição tem que legitimar-se perante o tribunal da razão”.
  Embora seguindo, sob certos aspectos, um esquema muito ligado às preocupações teológicas, Kardec manteve-se numa linha de equilíbrio racional, definindo, por fim, o Espiritismo como filosofia moral, com o que se libertou das amarras de uma teologia. A reflexão sobre a reencarnação, como instrumento de desenvolvimento das potências do Espírito, define a filosofia espírita, em oposição à teologia.
  Na verdade, o esquema kardecista seguiu, em linhas gerais, a própria estrutura do pensamento filosófico da época. Foi a partir do século 19 que as ciências se libertaram definitivamente da filosofia, mudando esta seu campo de atividade e atuação formal.
  O didatismo de Kardec não prejudica a sua obra, nem lhe descaracteriza a fundamentação filosófica. Exprime, apenas, uma face da capacidade de comunicação própria do autor, cujo estilo sem adjetivação excessiva, o torna objetivo, desprendido de palavras e formulações tortuosas. Deve-se ter em mente que o professor Rivail mostrou em sua obra — cerca de 21 volumes — um poder de objetividade, de concisão ainda não suficientemente estudado, antecipando-se aos progressos da linguagem atuais tanto da informática, quanto da linguística. O fato de escrever numa linguagem direta, limpa, inova mais uma vez, enriquecendo o conteúdo filosófico.
  Se acompanharmos o pensamento kardecista, não apenas nos livros fundamentais, mas ao longo das edições da “Revista Espírita”, haveremos de reconhecer a posição de Kardec como homem prático, jornalista, administrador, pesquisador, orador, líder, polemista, escritor, o que naturalmente não lhe poupava tempo para elucubrações excessivamente teóricas. No espaço de apenas 14 anos escreveu mais de 20 livros, incluindo as edições da “Revista Espírita”, que redigiu sozinho e desenvolveu uma atividade realmente exaustiva. Realizou, todavia, uma teorização sobre os fatos, de modo que não se perdessem os resultados das pesquisas e das observações.
  Flammarion chamou-lhe de “Bom Senso Encarnado”, mas negou-lhe o caráter de cientista. Todavia, com o desenvolvimento das ciências humanas, já não se pode negar a Kardec, também, esse título porque realizou, como Bozzano, embora em menor escala, é verdade, um árduo trabalho de pesquisa, observações pessoais e coleta de dados. Com todo esse material, deduziu um conjunto de ideias e fundamentos. Foi filósofo do real, da ação, da prática, apoiando-se em dados experimentais. Deduziu sobre os fundamentos morais do universo — refletindo sobre a natureza do homem, suas dimensões físico-espirituais, o processo evolutivo a que está submetido, sua imortalidade e seu destino. Especulou sobre o absoluto, Deus, como centro de interesse e equilíbrio do Universo.
  Mesmo nos livros que numa falsa visão cultural são chamado de “religiosos”, manteve essa postura filosófica. Tanto no “Evangelho Segundo o Espiritismo”, como no “O Céu e o Inferno”, que abordam temas da teologia, comportou-se de maneira coerente com sua visão filosófica e é sob este ângulo que examina, tanto a contribuição de Jesus de Nazaré, que libera dos aspectos místicos, para concentrar-se no conteúdo moral de seu ensino, quanto os aspectos da Justiça Divina, em “O Céu e o Inferno”.
III
  Se Allan Kardec estruturou a Doutrina Espírita como uma filosofia moral, porque, contraditoriamente, adotou o tema “Fé raciocinada”? Se, como ele repetidas vezes afirmou, o Espiritismo é uma doutrina positiva, repudiando todo o misticismo, qual o motivo que o teria levado a mencionar a fé como uma condição importante para o homem?
  Mostramos que a estrutura filosófica do Espiritismo é discursiva-racional e que abrange tanto uma concepção do ser, como uma concepção do universo e, mais ainda, projeta-se como uma práxis, atuando no mundo para modificá-lo. Trata-se como se vê, de tentativa para sintetizar a angústia humana, convergindo, inevitavelmente, para o campo moral. Ora, as religiões sempre se colocaram como guardiãs da moralidade, embora, quase sempre, decaindo para um moralismo. Kardec não podia negligenciar o fato de que a moralidade é a meta principal do Espiritismo — embora enfocada sob uma visão libertadora. Daí o ter afirmado que o Espiritismo é forte por tocar os pontos principais das religiões: Deus, o espírito e as penas futuras. Chegou mesmo a tentar colocar o Espiritismo como o elo, a aliança entre a ciência e a religião.
  E aí se situa a sabedoria da proposta espírita. Não é uma postura inflexível porque é progressiva e isso lhe garante a mobilidade, abrindo-se para compreender as múltiplas formas de expressão do Espírito em sua caminhada evolutiva. E, nessa caminhada, a religião tem sido um fator marcante, embora nem sempre positivo, ao contrário, o que levou Kardec a lamentar que “infelizmente as religiões hão sido sempre instrumentos de dominação” (“A Gênese”, cap. I, item 8).
  No domínio da fé, temos uma atitude específica do Espírito. Ela é intuitiva, é a apreensão da totalidade, a germinação da certeza interna, surgida da vivência, dos valores. David Hume, filósofo inglês, definiu-a dessa forma: “a fé é muito mais um ato da parte afetiva de nossa natureza do que de sua parte pensante”.
  Ao postular a “fé raciocinada”, Kardec inseria um paradoxo, considerando as bases da filosofia espírita, chamando-nos à reflexão. Definindo essa contradição, Kardec afirma: “fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da humanidade” (“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, tradução de Guillon Ribeiro - FEB). Quer dizer, ele afirma que a inabalavidade da fé depende da razão, ou seja, que a apreensão intuitiva da totalidade, como uma certeza interna, pode ser falsa, incorrer em erro de interpretação, se não passar pelo crivo da razão. Dessa atitude surge uma nova fé que seria motivadora, totalizadora, porque submetida ao juízo racional.
  Dentro dessa perspectiva, o Espiritismo se propõe a aliar a ciência e a religião, mas, todavia, não se reduz nem a uma nem a outra, mas transcende-as. Dialeticamente, aceitando a ciência e a religião como posições reais no conhecimento e vivência humanas, o Espiritismo procura transformá-las. De um lado, sendo ciência do Espírito, completa a ciência convencional cujo objeto é o conhecimento do meio físico como o único concreto e possível. De outro, destruindo o sobrenatural em que a religião se assenta, liberta o homem de um conceito estreito e falacioso da vida, propondo-se como filosofia moral, onde os conceitos morais coexistem com a racionalidade e desataviados dos prejuízos do culto.
  Kardec rejeitou o fato de que o homem crer em Deus e orar se caracterizasse como um ato místico. Ao contrário, afirmou ser uma atitude positiva, decorrente da abertura que o Espiritismo, filosoficamente, promove. Logo, a fé que Kardec aborda é, sobretudo, saber, crença baseada na razão. E se estrutura como uma nova postura do homem perante a vida, pois que não nega o impulso da experiência interna na apreensão da totalidade, mas indica o caminho da crítica e da atividade construtiva, para que a fé não continue sendo contemplação e alienação místicas.
IV
  Sendo o Espiritismo uma nova visão do homem e do mundo, caracteriza-se como um pensar filosófico, como uma filosofia estruturada na pesquisa do conhecimento, do ser e do universo. Tendo base experimental, seu filosofar é existencial, atua no mundo para modificá-lo. O pensamento kardecista — isto é, espírita — apresenta-se como um sistema de ideias claramente definido e eficientemente deduzido. Essa afirmativa nos leva à conclusão de que o professor Hipollyte Léon Denizard Rivail — Allan Kardec — pode ser conceituado como um autêntico filósofo, na lídima acepção do termo.

Observação: No tocante às definições de filosofia, usamos expressões do livro “Teoria do Conhecimento”, do professor Johannes Hessen, 3a edição - Armênio Amado Editor, Coimbra - Portugal.

Fonte: revista “A Reencarnação”, n º 401 - Ano L - outubro de 1984, órgão de divulgação da Federação Espírita do Rio Grande do Sul.

Jaci Regis (1932-2010), psicólogo, jornalista, economista e escritor espírita, foi o fundador e presidente do Instituto Cultural Kardecista de Santos (ICKS), idealizador do Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita (SBPE), fundador e editor do jornal de cultura espírita “Abertura” e autor dos livros “Amor, Casamento & Família”, “Comportamento Espírita”, “Uma Nova Visão do Homem e do Mundo”, “A Delicada Questão do Sexo e do Amor”, “Novo Pensar - Deus, Homem e Mundo”, dentre outros.
Fonte Original desta Postagem
PENSE
"Pensamento Social Espírita"
http://viasantos.com/pense/arquivo/1359.html

COMPLEMENTO DO AUTOR DESTE BLOG: 

Nunca é demais lembrar esse tremendo equívoco, fruto talvez de um preconceito do que é espiritismo. Muitos dizem: -"Sou Espírita Kardecista", pois querem que sejam diferenciados de outras doutrinas que também se utilizam da mediunidade para comunicação com os espíritos. Esse termo é preconceituoso e merece mesmo ser combatido e esclarecido.
  Espiritismo é único, portanto nenhuma outra doutrina é Espírita, mesmo aquelas que venham a introduzir seus conceitos em suas respectivas doutrinas ou religiões, possuem seus próprios princípios. Nem todo médium é espírita e mediunidade é independente de religião ou doutrina. Portanto é provável que haja médiuns inclusive nas igrejas evangélicas e até médiuns ateus e nem por isso esses médiuns tornam-se Espíritas. A Umbanda e o Candomblé são exemplos claros de Doutrinas mediúnicas que podem adotar o espiritismo, como forma de compreender o fenômeno da Mediunidade. Mas estas possuem seus próprios conceitos e princípios doutrinários e por isso possuem definições próprias.
  Então é sempre bom lembrar que:
ESPIRITISMO = ESPÍRITA   ( Kardecismo e Kardecista NÃO EXISTEM)
UMBANDA= UMBANDISTA
CANDOMBLÉ=CANDOMBLECISTA

TEMA ABORDADADO NO FORUM ESPÍRITA POR  ᒎULIO CᕮSⒶR

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

PROMESSAS MATRIMONIAIS

No ato do casamento, os cônjuges realizam algumas promessas: prometem amar e respeitar um ao outro, na saúde e na doença,
na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe.
Muitas vezes os votos formulados são esquecidos em pouco tempo.
Esposos se antagonizam. Criam dificuldades um para o outro e o que começa como um lindo sonho de amor, em muitos casos, acaba em rompimento dos laços, em meio a muita mágoa.
Onde ficam as promessas do casamento?
Onde o amor eterno jurado tantas vezes, durante o namoro?
Talvez se devesse pensar em algumas promessas diferentes para o momento em que as pessoas decidem se casar e de forma mais explícita, entender o que é amar e respeitar um ao outro.
Eis algumas delas:
Promete não desejar assumir o controle da vida do outro?
Promete ter em mente que ele é um ser que, antes de conhecer você, fazia parte de uma família, tinha amigos e ideais?
Promete respeitar os seus gostos musicais, mesmo que você
não aprecie o tipo de música que a pessoa gosta?
Afinal, vocês poderão fazer um acordo de forma a que cada um ouça,
em determinado tempo, e em volume condizente, a música que aprecie.
Promete acompanhar seu par quando este desejar
ir ao cinema, ao teatro ou à praia?
Pode ser que você prefira o futebol, a conversa com os amigos, mas sempre há possibilidades de se dialogar e estabelecer um momento
para cada coisa, sem que nada fique esquecido ou desprezado.
Promete ser paciente quando encontrar a toalha de banho molhada sobre a cama e pedirá outra vez e uma vez mais para que o fato não se repita?
Você promete que deixará seu par dirigir o automóvel, sem ficar a todo instante dizendo que engatou a marcha errada, que deve andar mais rápido, que agora deve ir mais devagar, que não sabe dirigir?
Você promete que, mesmo que a comida não seja a melhor do
mundo, você agradecerá a que foi feita?
Você promete não esbravejar quando as contas se acumularem no
final do mês, embora ambos tenham feito o possível para apertar
o cinto, diminuir as despesas?
Você promete que amará os filhos que gerarem
ou que adotarem, sem jamais deixar de amar ao outro?
Você promete jamais esquecer de dizer “eu te amo ?”
E também “você é importante em minha vida”?
Você promete que não descuidará de si, simplesmente porque casou? Que continuará a usar perfume, pentear o cabelo, preparar-se para o outro, exatamente como nos dias do namoro?
Você promete que não deixará o amor esfriar, a paixão for embora?
Você promete que não contará todos os dias as rugas
que forem marcando o rosto do outro?
Nem fará comentários desagradáveis com seus amigos sobre as dificuldades do seu par?
Você promete que, ao menos no dia do aniversário de casamento,
tentará surpreender o outro com um delicioso café na cama?
Você promete, enfim, ser eterno namorado, mesmo que não haja
lua ou estrelas brilhando no céu?
Com chuva, frio ou tempestade, ficará com seu par?
Enfim, você promete que vai se esforçar para
cumprir todas essas promessas?
Se a tudo isso, um ao outro disser sim, então,
com certeza, o casamento durará muito tempo,
porque ambos não serão somente marido e mulher.
Serão duas pessoas maduras, cientes de que ambos têm defeitos. Também virtudes. E, cada dia, um no outro buscará descobrir
a virtude ainda não desvelada.
Um incentivará o outro naquilo em que ainda não é tão bom.
E um ao outro pedirá “por favor, me ajude”, quando precisar.
E dirá obrigado, toda vez que receber uma dádiva,
um carinho, uma atenção.
Quem quer que adentre o barco matrimonial e não deseje ceder vez ou outra, entender e auxiliar, dificilmente chegará ao porto da felicidade.

Redação do Momento Espírita

FONTE:  http://blog.forumespirita.net/2012/08/19/promessas-matrimoniais/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+blogforumespirita+%28Blog+F%C3%B3rum+Esp%C3%ADrita%29


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A-doutrina-espirita-e-o-conceito-de-tempo-uma-revolucao-em-silencio

De que modo existem aqueles dois tempos – o passado e o futuro – se o passado já não existe e o futuro ainda não veio? Quanto ao presente, se fosse sempre presente e não passasse para o pretérito, já não seria tempo, mas eternidade!

Foi dessa maneira devastadora para todos os filósofos e que até hoje não teve contestação, à altura, que Santo Agostinho, no Livro XI de Confissões, nos colocou o problema de definir o que é o tempo.

O presente artigo tem por objetivo apresentar algumas considerações a respeito desse problema fundamental para Filosofia e as oportunidades e desafios que o Espiritismo nos oferece ao abordá-lo.

Cada vez que nos perguntamos o que vem a ser exatamente o tempo ficamos impressionados – a quantidade de respostas é inversamente proporcional à capacidade de esclarecimento. Desde as condições meteorológicas até o processo de envelhecimento, passando pelas piadas daqueles que nos mostram seus relógios, as pessoas nos dão longas explicações que a rigor não têm significado algum. Mais do que isso, nos impressionamos com a convicção de respostas que frequentemente apelam para noção de "senso comum" e que demonstram aquela que talvez seja a única verdade sobre a questão – também estabelecida pelo bispo de Hipona –: se nos perguntam o que é o tempo, sabemos; se tivermos que explicar o que é, já não sabemos.

É a partir deste ponto que eu gostaria de começar este breve exercício de entendimento. O conceito de tempo como uma espécie de "ordem interna" do processo racional foi magistralmente tratado por Kant em sua Crítica da Razão Pura. Na parte que toca à Estética Transcendental, parece ser evidente que a simples noção daquilo que venha a ser o tempo prescinde de uma experiência prévia, e ele é definido como uma espécie de "verdade intuída". Sem ser um filósofo profissional e muito menos ter a certeza de ter compreendido bem um livro como esse, me parece que o tempo funciona como uma espécie de "pano de fundo" para um teatro em que o ator principal é a nossa própria razão. Parto aqui da ideia de que tudo aquilo que entendemos como racional precisa ser entendido no tempo e não a partir dele. Tudo que nos cerca nos parece passível de ser analisado racionalmente à medida que estabelecemos relações de causa e efeito entre os fenômenos que observamos. Sem a noção de antes e depois, não é, a meu ver, possível ser racional em sentido algum. 

A verdadeira revolução que a Doutrina Espírita coloca para esse problema (definição do que é o tempo) é a ideia da reencarnação. Toda nossa vida é pautada pela ideia de finitude. Aceitando ou não, todos nós sabemos que um dia vamos morrer e o universo moral em que vivemos tem seus conceitos inevitavelmente fundados nisso. Nossa espécie construiu seus ideais de beleza, amor, verdade, e, acima de tudo, justiça em função de sermos mortais. Extrapolamos nossas noções de certo ou errado conforme o tempo em que estivemos aqui. Conversando com amigos ou simples conhecidos, nos surpreendemos às vezes dizendo de forma amarga: – Não há justiça nesse mundo. Veja o exemplo de "fulano", que trabalhou toda vida, nunca fez mal a ninguém, sofreu como um cão e morreu na miséria. Não é fácil ser filósofo num momento assim, mas num exercício muito rápido é possível ver que toda essa "verdade" exposta de maneira tão cruel depende de aceitar como resolvido um problema que não está nem próximo disso. Se não, vejamos: como posso dizer que não há justiça nesta vida quando não sei exatamente o que é o tempo? Se a própria noção geral do que é justiça depende unicamente da minha vida aqui nessa Terra, e que essa vida é a única que eu tenho, como posso aceitar um Deus que me faz nascer, morrer, e viver na mais perfeita injustiça? Coloca-se aí o problema de que, se Deus existe, ele não é justo, mas, se ele não é justo, então, não é Deus.

A revolução a que faço referência no título deste trabalho é o advento da noção de reencarnação. Resgatada e codificada de forma tão brilhante por Kardec, ela não é nova na história humana, pois a necessidade que todos nós temos de dar um sentido ao sofrimento e entender aquilo que vivemos é anterior ao Espiritismo.

Iluminados pela mensagem deixada por Cristo, que tem como fundamento o princípio filosófico de que o fim do corpo não é o do espírito, temos na ideia de reencarnação toda uma verdadeira "revolução" naquilo que entendemos como justiça. Este é o fato fundamental, pois eu afirmo que todo ser humano, acreditando ou não em Deus, sabendo ou não o que é o tempo, está, como diria Sartre, "condenado a ser livre" e, para isso (acréscimo meu), a buscar aquilo que pensa ser justo.

"Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei" é o lema desta revolução que se fez em silêncio, que mudou o que pensamos sobre o que é a justiça e o que é o tempo, e nos mostra, de maneira quase geométrica, que fora da caridade não há salvação.


       Milton Simões Pires

fonte:  http://www.forumespirita.net/fe/artigos-espiritas/a-doutrina-espirita-e-o-conceito-de-tempo-uma-revolucao-em-silencio/?PHPSESSID=9aae904b15d10900cead5380ada85c7e

MESMO ASSIM.....

Vivemos um momento na face da Terra que, por vezes, parece que todos os valores morais estão em baixa.
E você, que está buscando construir suas mais nobres virtudes, em muitos momentos se sente enfraquecido pelo próprio mundo à sua volta.
Quando age com honestidade, comentam que você é tolo, que está remando contra a maré, em vez de fazer o que todo mundo faz. Mas se você quer ser grande perante sua consciência, seja honesto mesmo assim.
Se procura balizar seus atos na justiça, ouve que essa atitude é a de a um alienado, vivendo num mundo em que vence sempre o mais forte. No entanto, se você confia na Justiça Divina, seja justo mesmo assim.
Se está construindo um lar apoiado nas colunas sólidas da fidelidade, é comum ouvir gargalhadas insanas ou comentários maldosos a respeito do seu comportamento. Seja fiel mesmo assim.
Quando seu coração se compadece diante dos infelizes de toda sorte, não falta a zombaria daqueles que pensam que cada um deve pensar em si próprio, ignorando os sofrimentos dos irmãos de caminhada. Tenha compaixão mesmo assim.
Se você dedica algumas horas do seu dia, voluntariamente, em favor de alguém, rico ou pobre, que precisa da sua atenção e do seu carinho, percebe as investidas da maldade daqueles que pensam que nos seus atos há uma segunda intenção. Seja fraterno e solidário mesmo assim.
Quando você age com sinceridade, com lealdade, é comum ser taxado de insensato, fugindo do comum em que muitos usam de subterfúgios mesquinhos para conseguir o que desejam. Seja sincero e leal mesmo assim.
Se diante das circunstâncias do dia-a-dia você revela sua fé em Deus e em Suas soberanas leis, e é chamado de piegas ou crédulo, mantenha sua fé mesmo assim.
Se em face de tantos desatinos no campo da sensualidade e na falta de decoro que assola grande parte dos seres, você deseja manter-se íntegro e recatado e é chamado de louco, mantenha-se íntegro e recatado mesmo assim.
Quando aqueles que se julgam acima do bem e do mal tentam apagar a chama da esperança que você acalenta no íntimo, afirmando que a esperança é a ilusão da mediocridade, mantenha a esperança mesmo assim.
E, por fim, mesmo que alguém tente roubar a sua coragem de continuar lutando e acreditando em dias melhores, mantenha sua coragem e continue acreditando mesmo assim.
Ao findar sua jornada terrestre, e só então, você poderá contemplar a ficha de avaliação do seu desempenho. Somente você será responsabilizado por seus atos. E tenha a certeza de que todos aqueles que tentaram desviá-lo do caminho reto não estarão lá para lhe dar apoio...
***
Madre Teresa de Calcutá, dentre tantos conselhos preciosos que legou à Humanidade, deixou um conselho especial para aqueles que desejam construir na intimidade as mais nobres virtudes:
Muitas pessoas são irracionais, ilógicas e egocêntricas. Ame-as, mesmo assim.
Se você tem sucesso em suas boas realizações, ganhará falsos amigos e verdadeiros inimigos. Tenha sucesso, mesmo assim.
O bem que você faz será esquecido amanhã. Faça o bem, mesmo assim.
A honestidade e a franqueza o tornam vulnerável. Seja honesto, mesmo assim.
Aquilo que você levou anos para construir, pode ser destruído de um dia para o outro. Construa, mesmo assim.
Os pobres têm verdadeiramente necessidade de ajuda, mas alguns deles podem atacá-lo se você os ajudar. Ajude-os, mesmo assim.
Se você der ao mundo e aos outros o melhor de si mesmo, você corre o risco de se machucar. Dê o que você tem de melhor, mesmo assim.

Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais de Madre Teresa de Calcutá.
Em 23.12.2010.
FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER - 19-08-2012
fonte:  www.adde.com.br 
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Mensagem de Augusto Cury

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

ESPIRITISMO SEM CHICO XAVIER

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Algumas pessoas vêm colocando a questão sobre o que seria um Espiritismo sem Jesus. E a acepção filosófica nos parece clara de que o caráter universal do Espiritismo não aceita a centralização em uma única figura. O Espiritismo é de todos e para todos que possam compreendê-lo, seja de cultura cristã, muçulmana, hindu, etc.
  Por seu caráter universal, a única figura de que o Espiritismo não pode abrir mão é de Deus. Daí o fato de não ser possível entender um Espiritismo ateu.
  Mas, no movimento espírita, feito por homens bem ou mal inspirados, todos em condição falível, vimos uma derrocada de seus princípios científicos e filosóficos quando ele foi desviado para um viés religioso atrasado e estagnador. Não há conhecimentos novos apesar de haverem fatos novos; não há respostas novas para novas perguntas. E quanto mais o aspecto filosófico da DE é exercido, mais descobrimos o quanto a ausência de pesquisa cientifica e de metodologia de aferição prejudicam e jogam o ME para o atraso.
  E o ME acomodou-se em Chico Xavier e seus derivados seguintes. Certamente bem intencionado, este escritor profícuo não conseguiu destacar ou pelo menos estimular entre os espíritas que admiram seus escritos essa necessidade das pesquisas. Chico, por exemplo, salvo engano nosso JAMAIS mencionou o CUEE em seus escritos e tampouco a necessidade de aferição de suas próprias obras. Exatamente pelo tamanho de sua reputação, agrava-se o tamanho de sua responsabilidade em não retornar o Espiritismo ao seu foco de origem idealizado pelos espíritos superiores e compilado por Kardec.
  O Espiritismo popularizou-se com Chico Xavier? Eu prefiro dizer que a expressão "Espiritismo" é que tomou fama e que seus conceitos se vulgarizaram. Os defensores de Chico diriam que ele foi uma figura ímpar, um exemplo moral e etc... Mas, exemplos morais e figuras impares existem em todos os cantos do planeta e nem precisamos citar alguns. O que não existiu foi o papel de liderança para conter os desvios. E ao contrário, os desvios se multiplicaram.
  O que difere o Espiritismo de toda crença ou filosofia não é sua capacidade de produzir "lindas mensagens de amor" e "exemplos de caridade". Ninguém precisa ser espirita para escrever lindas mensagens de amor e muito menos ser exemplo de caridade. Nem mesmo foi o Espiritismo quem ensinou ou estimulou essa prática. Isso compõe um dos fundamentos das leis morais e naturais que o homem traz inscrito na consciência. O que difere o Espiritismo é sua capacidade de fornecer respostas cognitivas, informações, dados, parâmetros para que o individuo PENSE e aprimore sua capacidade moral, acelerando sua evolução espiritual.
  Exemplos morais são fáceis de achar. As pessoas em geral subestimam seus pais, seus amigos, o vizinho, o pedinte da rua, o trabalhador, a dona de casa, em suma, as pessoas de bem que estão espalhadas em todo canto. Lá está o mendigo que não maldiz sua sorte e sempre sorri para os transeuntes; acolá está o pai de cinco filhos que acorda pela madrugada para honrar seus compromissos de trabalho no meio ao sofrimento de criar sua prole; ao nosso lado está o sujeito que vai ajudar seu vizinho que teve a casa inundada... Ou seja, há sempre exemplos morais que podemos seguir e testemunhar, sem a necessidade de nos deslumbrarmos com fenômenos de mídia ou pessoas cuja vida intima não pudemos, de fato, acompanhar.
  Então, Chico Xavier, como exemplo moral, é tão importante quanto qualquer trabalhador pelo bem. Aliás, ao menos em publico, ele jamais disse o contrário. Por que protestaria contra isso, então, um admirador deste escritor? Se ele não se considerava melhor do que ninguém, que autoridade qualquer pessoa tem para dizer que ele é melhor?
  Mas, exemplos de estimulo ao conhecimento... Quantos temos?... Quantos são os pesquisadores espíritas?... Quantos são os catedráticos que se interessam em ciência espírita?... Onde estão estas pessoas?...
  A resposta é que tais pessoas foram substituídas por fenômenos de mercado derivados de Chico Xavier. Estão aí os "autores espiritas" que acumulam fama e fortuna com peças literárias que nada possuem de inéditas, senão persistir e prolongar a fantasia das colônias espirituais tão divulgadas por Chico Xavier. Ao menos sabemos que Chico não procurou usufruir de sua fama e não auferiu lucros pessoais com seus escritos, ao passo de que seus discípulos preferiram as luzes do estrelato.
  Se exemplos morais nós temos, mas exemplos intelectuais nem tanto, e sabendo que as obras de Chico promoveram uma situação de comodismo entre os espiritas, em especial nos espiritólicos, tanto quanto promoveram a contrainformação e desvios doutrinários, no meu conceito fica muito claro que o Espiritismo sem Chico Xavier estaria melhor.
  Melhor em números? Bem, COM Chico Xavier somente 1,4% da população do maior país espirita do planeta se declara, de fato, espírita. Então, Chico não influenciou, DE FATO, na divulgação do Espiritismo no Brasil.
  Melhor em pesquisas cientificas? Sob influência das obras de Chico, o Brasil não produziu pesquisas espíritas de alguma monta.
  Melhor em atitudes morais?... Bem... As pessoas REALMENTE seguem o exemplo moral de Chico Xavier?... É isso o que vemos?...
  Acredito que o ME não estaria tão acomodado. Sem os desvios doutrinários, o meio acadêmico não veria o Espiritismo como religião - o que de fato não é - e certamente o interesse oficial nas pesquisas e na obtenção de novas respostas para as novas perguntas já se teria feito fazer.
  O bem que Chico Xavier fez para algumas pessoas somente tais pessoas podem dizer. Mas, o mal para o Movimento Espírita resultou no caos e no marasmo por que passamos, na criminosa deturpação do que nos ensina a codificação espírita, no misticismo, no sincretismo catolicista que jamais fez este planeta avançar. E com isso, se o Espiritismo veio CONSOLAR pela capacidade de fornecer respostas, quantas pessoas, de fato, deixaram de ser ajudadas?
  Bem mais do que 1,4% da população deste país, certamente.
  Não crucificamos Chico. Ele fez o que fez, mas faltou a intenção de quem o promovia - e citamos a FEB em especial - de submeter seus escritos ao rigoroso critério de aferição da verdade. Chico, então, poderia escrever o que desejasse desde que quem publicasse se preocupasse com a verdade. Estes irresponsáveis hoje são anônimos. Sobrou, portanto, a cruz para ser carregada por Chico Xavier. Foi uma boa pessoa? Tudo indica que sim. Foi um bom divulgador da Doutrina Espírita? Certamente que não. Foi usado e manipulado pelos roustanguistas da FEB?
  Sem a menor dúvida, sim.

Texto de autoria do Randy, originalmente postado em uma comunidade do Orkut

fonte:  http://kardeconline.com.br/profiles/blog/show?id=4717287%3ABlogPost%3A426791&xgs=1&xg_source=msg_share_post

ESPERANÇA CONSTANTE

O pessimismo é uma espécie de taxa pesada e desnecessária sobre o zelo que a responsabilidade nos impõe, induzindo-nos à aflição inútil.

Atenção, sim.
Derrotismo, não.

Para que nos livremos de semelhante flagelo, no campo íntimo, é aconselhável desfixar o pensamento, muitas vezes, colado a detalhes ainda sombrios da estrada evolutiva.

Para que sustente desperto o entendimento, quanto à essa verdade, recordemos as bênçãos que excedem largamente às nossas pequenas e transitórias dificuldades.

É inegável que o materialismo passou a dominar muita gente, perante o avanço tecnológico da atualidade terrestre: contudo existem admiráveis multidões de criaturas, em cujos corações a fé se irradia por facho resplendente, iluminando a construção do mundo novo.

As enfermidades ainda apresentam quadros tristes nos agrupamentos humanos; no entanto, é justo considerar que a ciência já liquidou várias moléstias, dantes julgadas irreversíveis, anulando-lhes o perigo com a imunização e com as providências adequadas.

Destacam-se muitos empreiteiros da guerra, tumultuando coletividades; todavia, os obreiros da paz se movimentam em todas as direções.

Muitos lares se desorganizam; mas outros muitos se sustentam consolidados no equilíbrio e na educação, mantendo a segurança entre os homens.

Grande número de mulheres se ausentam da maternidade; entretanto, legiões de irmãs abnegadas se revelam fiéis ao mais elevado trabalho feminino no Planeta, guardando-se na condição de mães admiráveis no devotamento ao grupo doméstico.

Os processos de violência aumentam, quase que em toda parte; ampliam-se, porém, as frentes de amor ao próximo que os extinguem.

Anotando as tribulações que se desdobram no Plano Fiasco, não digas que o mundo está perdido.
Enumera as bênçãos de Deus que enxameiam, em torno de ti.

E se atravessas regiões de trevas, que se te afiguram túneis de sofrimento e desolação, nos quais centenas ou milhares de pessoas perderam a noção da luz, é natural que não consigas transformar-te num sol que flameje no caminho para todos, mas podes claramente acender um fósforo de esperança.



pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Atenção, Médium: Francisco Cândido Xavier.

fonte:  Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

O Porquê das Deficiências Físicas, Mentais e Anencefalia. Aborto e Suicí...

Aprender a florescer

Ela era uma jovem das famílias mais ricas de Los Angeles. Prestes a se casar, seu noivo foi convocado para o Vietnã. Antes, deveria passar por um treinamento de um mês.

Enamorada, ela optou por antecipar o casamento e partir com ele. Ao menos poderia passar o mês do treinamento próximo dele, antes de sua partida para terras tão longínquas e perigosas.

Próximo à base do deserto da Califórnia onde se daria o treinamento, havia uma aldeia abandonada de índios Navajos e uma das cabanas foi especialmente preparada para receber o casal.

O primeiro dia foi de felicidade. Ele chegou cansado, queimado pelo sol de até 45 graus. Ela o ajudou a tirar a farda e deitar-se. Foi romântico e maravilhoso.

Ao final da semana, ela estava infeliz e ao fim de dez dias estava entrando em desespero.

O marido chegava exausto do treinamento, que começava às cinco horas da manhã e terminava às dez horas da noite. Ela era viúva de um homem vivo, sempre exaurido. Escreveu para a mãe, dizendo que não aguentava mais e perguntando se deveria abandoná-lo.

Alguns dias depois, recebeu a resposta. A velha senhora, de muito bom senso, lhe enviou uma quadrinha em versos livres que dizia mais ou menos assim:

Dois homens viviam em uma cela de imunda prisão. Um deles olhava para o alto e enxergava estrelas. O outro, olhava para baixo e somente via lama. Abraços. Mamãe.

A jovem entendeu. Ela e o marido estavam em uma cela, cada um a seu modo. Ver as estrelas ou contemplar a lama era sua opção.

Pela primeira vez, em vinte dias de vida no deserto, ela saiu para conhecer os arredores.

Logo adiante, surpreendeu-se com a beleza de uma concha de caracol. Ela conhecia conchas da praia, mas aquelas eram diferentes, belíssimas.

Quando seu marido chegou naquela noite, quase que ela nem o percebeu, tão aplicada estava em separar e classificar as conchas que recolhera durante todo o dia.

Quando terminou o treinamento e ele foi para a guerra, ela decidiu permanecer ali mesmo. Descobrira que o deserto era um mar de belezas.

De seus estudos e pesquisas resultou um livro que é considerado a obra mais completa acerca de conchas marinhas, porque o deserto da Califórnia um dia foi fundo de mar e é um imenso depósito de fósseis e riquezas minerais.

Mais tarde, com o retorno do esposo do Vietnã, ela voltou a Los Angeles, com a vida enriquecida por experiências salutares. Tudo porque ela aprendera a florescer onde Deus a colocara.

* * *

Existem flores nos jardins bem cuidados. Existem flores agrestes em pleno coração árduo do deserto.

Existem flores perdidas pelas orlas dos caminhos, enfeitando veredas anônimas.

Muitas sementes manifestam sua vida florescendo a partir de um pequeno grão de terra, perdido entre pedras brutas, demonstrando que a sabedoria está em florescer onde se é plantado.

Florescer, mesmo que o jardineiro sejam os ventos graves ou as águas abundantes.

Florescer, ainda que as condições de calor e umidade nem sempre sejam as favoráveis...

Redação do Momento Espírita, com base na palestra Floresça onde for plantado, proferida por Divaldo Pereira Franco.

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domingo, 12 de agosto de 2012

Visão Espírita do Dia dos Pais

Dia dos Pais - Conheça a visão espírita da paternidade

O Dia dos Pais teve origem na antiga Babilônia, há mais de 4 mil anos. Um jovem chamado Elmesu moldou em argila o primeiro cartão para o Dia dos Pais com mensagens em que desejava sorte, saúde e longa vida ao seu pai.

Em 1909, a data surgiu nos Estados Unidos por Sonora Luise1 motivada pela admiração que sentia pelo seu pai, William Jackson Smart. O interesse pela data difundiu-se da cidade de Spokane para todo o Estado de Washington e daí tornou-se uma festa nacional, oficializada em 1972 pelo então presidente Richard Nixon, sendo comemorada sempre no terceiro domingo do mês de junho.

No Brasil, o Dia dos Pais surgiu em meados da década de 50, pelo publicitário Sylvio Bhering2 celebrada inicialmente no dia 28 de fevereiro, dia em que comemora-se o dia de São Joaquim, patriarca da família e, segundo a tradição da igreja católica, também o Dia do Padrinho. Atualmente, o Dia dos Pais é comemorado sempre no segundo domingo do mês de agosto.

A Paternidade

Em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, Parte Segunda – Capítulo 10 - "Ocupações e missões dos espíritos", encontramos a seguinte explicação sobre a paternidade:

582 - Pode se considerar como missão a paternidade?

"É, sem dúvida, uma missão, e é ao mesmo tempo um dever muito grande que obriga, mais que o homem pensa, sua responsabilidade diante do futuro. Deus colocou a criança sob a tutela de seus pais para que esses a dirijam no caminho do bem, e facilitou a tarefa, dando à criança um organismo frágil e delicado que a torna acessível a todas as influências. Mas há os que se ocupam mais em endireitar as árvores de seu pomar e as fazer produzir bons frutos do que endireitar o caráter de seu filho. Se esse fracassa por erro deles, carregarão a pena e os sofrimentos do filho na vida futura, que recairão sobre eles, porque não fizeram o que deles dependia para seu adiantamento no caminho do bem".

Segundo o livro “Nos Domínios da Mediunidade”, André Luiz3 , através da psicografia do médium Chico Xavier a paternidade vai além da missão de educador; é abordada com enfoque maior ao progresso moral, como evidencia o trecho a seguir [...] "A paternidade e a maternidade, dignamente vividas no mundo, constituem sacerdócio dos mais altos para o Espírito reencarnado na Terra, pois através dela a regeneração e o progresso se efetuam com segurança e clareza" [...]

A paternidade, segundo o espiritismo, significa receber preciosos talentos, que conforme o ensino da Parábola dos Talentos encontrada em O Evangelho de Mateus (25:14-29), devem ser movimentados com inteligência para que produzam os juros devidos, ou seja, o adiantamento daqueles por cuja educação nós tenhamos sido responsáveis, é o momento de transição em que o homem deixa de ser filho para ser pai, com responsabilidades com um outro ser.

José Herculano Pires4 aborda a questão da paternidade num enfoque maior à responsabilidade de educar em bases cristãs:

“A Educação Cristã reformou o mundo, mas os homens a complicaram e deturparam. A consciência do pecado pesou mais nas almas do que a consciência da libertação em Cristo. Tomás de Aquino5 ensinou: ´...Mães, os vossos filhos são cavalos!´ Educar transformou-se em domar, domesticar, subjugar. A repressão gerou a revolta e reconduziu o mundo ao ateísmo e ao materialismo, à loucura do sensualismo. A Educação Espírita é a Renascença da Pedagogia Cristã. É nela que o exemplo e o ensino do Cristo renascem na Terra em sua pureza primitiva. Precisamos reformar os nossos conceitos de educação à luz dos princípios espíritas e dos grandes exemplos históricos. Dizia uma grande figura espiritualista inglesa, Annie Besant6 , que cada criança e cada adolescente representam planos de Deus encarnados na Terra e endereçados ao futuro. Aprendemos a respeitar essas mensagens divinas. Lembremo-nos de nossa própria infância e se por acaso verificamos que nossa mensagem se perdeu ao longo da existência, que nosso plano divino foi prejudicado pelos homens, pelos maus exemplos e pelos ensinos falsos, juremos perante o nosso coração que havemos de evitar esse prejuízo para as novas gerações. Pais, sejamos mestres! Mestres, sejamos pais! Que cada rostinho de criança aberto à nossa frente, como uma flor que desabrocha, nos desperte no coração o melhor de nós mesmos, o impulso do amor. Que cada adolescente, na sua inquietude e na sua irreverência - jovem ego que se afirma pela oposição ao mundo - não provoque a nossa compreensão e a nossa ternura. Para domar o potro precisamos de sela e das esporas, mas para educar o jovem só necessitamos de amor. A educação espírita como no lar como uma fonte oculta e deve ganhar a planície como um rio tranquilo em busca do mar” (PIRES, J. Herculano - Pedagogia Espírita, Edicel, 1985

1Sonora Louise Smart - (Arkansas), filha do agricultor William Jackson Smart e sua esposa Victoria Ellen Cheek Smart,membro da artilharia First Light Arkansas que lutou na 1862 Batalha de Pea Ridge, durante a Guerra Civil.

2 Sylvio Bhering - Publicitário e um dos fundadores da Associação Brasileira de Propaganda, ajudou a criar o código de ética da propaganda.

3 André Luiz - Médico sanitarista (século XX – Rio de Janeiro), segundo suas próprias palavras, optou pelo anonimato, quando da decisão de enviar notícias do além-túmulo, por compreender que "a existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade".

4 José Herculano Pires (1914 – 1979) – Jornalista, filósofo, educador e escritor espírita, nasceu em Avaré, interior de São Paulo .

5 Tomaz de Aquino - Roccasecca, (1225-1274) foi um padre dominicano, filósofo e teólogo de Fossanova,

6 Annie Wood Besant – (1847-1933), Teósofa, militante socialista de Londreshttp://www.radioboanova.com.br

fonte:  http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/visao-espirita-do-dia-dos-pais/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29