NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



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Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

sexta-feira, 19 de junho de 2015

VIVER COM SERENIDADE

  No tumulto, que ruge desenfreado, precata-te na serenidade.
    Ante o clamor das mil vozes da anarquia, que engrossa as fileiras da alucinação, mantém-te em serenidade.
    Sob as tempestades da dor generalizada ou a coerção de aflições que pressionam, preserva a serenidade.

    No meio do vozerio, que reclama e blasfema sob falso fundamento de justiça ou não, vive com serenidade.
    Na conjuntura de expectativas malsãs, ante o desalinho que se faz lugar comum, insiste na serenidade.
    Porque todos se descontrolem, ameaçando a harmonia geral, não percas a serenidade.

    Serenidade em qualquer situação. Serenidade com Deus.
    Certamente não é fácil uma atitude pacifista quando se enfrenta a agressão asselvajada.
    Sem dúvida é um desafio sustentar o equilíbrio sob o açodar da violência primitiva.
    Ninguém nega a dificuldade em permanecer com nobreza em meio às viciações que grassam, dominadores.

    Quem, no entanto, conhece Jesus, tem um compromisso com a serenidade de que Ele deu mostras em todos os transes da Sua vida.
    A identificação com o Mestre impõe a consciência do discernimento em meio à malversação dos valores que se desatinam, em desconcerto.

    A afinidade com o Cristo reveste o indivíduo de fortaleza moral para permanecer no posto fiel da paz.
    Ninguém se justifique em face das armadilhas em que tomba.
    Ninguém se escuse do esforço que deve envidar, preservando a integridade.

    Ninguém procure desculpas para tombar no redemoinho das paixões dissolventes.

    Os mecanismos de evasão fazem-se uma atitude cômoda, amolentada, diante das dissonantes composturas morais que se estabelecem na Terra com o beneplácito dos cristãos...
    A serenidade em tudo, caracteriza o amadurecimento do Espírito na forja dos testemunhos, disposto, realmente, a atingir o ponto final da sua difícil trajetória.
    Só uma decisão finalista e argamassada no desejo honesto de não cair, de não desistir, de não asselvajar-se, leva o homem ao planalto da serenidade, em que o Mestre aguarda todos quantos se candidatam ao Reino.

    Considerando a gravidade do momento que se vive no planeta angustiado, a serenidade é uma eficiente medicação de emergência para evitar o contágio dos males que predominam nos corações.
    Com ela, todos teremos forças para os cometimentos elevados que a vida nos propõe em forma de testes para o nosso aprimoramento íntimo. E quando esta serenidade parecer desequilibrar-se, busca a oração que imana o homem ao Senhor numa sublime osmose, e absorverás o fluido pacificador que verte do Pai, recompondo-te, para prosseguir.

(Divaldo P. Franco por Joanna de Ângelis. In: Receitas de Paz)
fonte:  WWW.ADDE.COM.BR
          

Cirurgias Espirituais


 
A inefável misericórdia de Deus sempre proporcionou ao ser humano os recursos hábeis para que a paz, o bem-estar e a saúde o alcancem, embora os percalços existenciais.

Quando escasseiam os meios humanos convencionais, nunca faltam os valiosos contributos da oração, da inspiração, da ajuda espiritual direta ou indireta, proporcionando os tesouros incalculáveis do amor para tornar a vida mais suave e menos dorida.

Todos os dissabores e enfermidades de qualquer procedência encontram no Espírito as causas que os desencadeiam no corpo, na emoção ou no psiquismo. O ser real é sempre o responsável por quaisquer ocorrências no trânsito carnal. Em consequência, todas as providências saneadoras de distúrbios devem ser direcionadas às matrizes, ao veículo modelador orgânico.

Atendendo às necessidades evolutivas dos homens e mulheres reencarnados na Terra, o Senhor da Vida permite que os generosos Espíritos que desempenham o ministério médico no mundo retornem, a fim de os auxiliar durante o curso de enfermidades dolorosas e pungentes. Quando escasseiam os recursos técnicos e acadêmicos, não poucas vezes, eles vêm oferecer o contributo do auxílio fraternal, vitalizando a virtude da caridade, que é sempre a bandeira que desfraldam.

Espiritualmente, durante os desdobramentos parciais pelo sono, conduzem os enfermos às regiões de onde procedem, ali realizando transfusões de energias benéficas e curativas, que se incorporarão ao patrimônio celular.

Noutras oportunidades, mediante a bioenergia, revitalizam os chakras, ativando os centros de fixação do Espírito ao corpo e mudando a estrutura molecular enfermiça, que se renova e se reequilibra.

Vezes outras, ainda, mediante o atendimento homeopático, socorrem aqueles que os buscam, estimulando-os à mudança de comportamento moral e estimulando os núcleos energéticos através das tinturas-mães devidamente dinamizadas, mais especialmente quando se utilizam de médiuns portadores de faculdades de efeitos físicos ou de ectoplasmia, para procedimentos cirúrgicos com instrumentos próprios ou sem eles.

Neste último caso, têm por meta chamar a atenção para a imortalidade da alma e para os mecanismos ainda desconhecidos por muitos acadêmicos que teimam em permanecer na cômoda atitude da negação sistemática, procurando explicações esdrúxulas ou complicadas para ocultar aquilo que ignoram, mesmo antes de intentarem qualquer investigação séria e descomprometida.

Embora devamos ter grande respeito pelos investigadores honestos e devotados, aqueles que se dedicam a pesquisar o que ignoram antes de assumirem atitude de hostilidade, não cabe a mesma consideração em referência aos que negam tomados de vã presunção, numa postura injustificável na atualidade como magister dixit.







Os fenômenos mediúnicos e espíritas ocorrem amiúde, quer desejem as criaturas ou não, sendo de todos os tempos e sucedendo em toda parte, faltando somente interesse e seriedade para seu estudo.

Todos os procedimentos espirituais que têm por meta a recuperação orgânica são realizados no perispírito, o campo onde se encontram registradas as necessidades de evolução para o Espírito. Conforme se haja conduzido no transcurso das reencarnações, fixam-se-lhe nos tecidos sutis e etéreos desse delicado revestimento do Espírito, todos os atos que se irão impor como exigências do processo iluminativo, sejam de natureza elevada ou de recuperação.

Desse modo, as cirurgias espirituais ou mediúnicas não têm necessidade de ser realizadas no corpo somático, muitas vezes através de comportamentos agressivos e chocantes, violentando os dispositivos da técnica, da higiene, da precaução às infecções.

Assim sucedem, para chamar a atenção dos cépticos, face à violação dos cânones estabelecidos nas Academias de Medicina.

Hemostase, insensibilidade, assepsia, refazimento dos tecidos cirurgiados, decorrem, portanto, da ação fluídica dos Espíritos-cirurgiões sobre o perispírito dos pacientes, que absorvem essas saudáveis energias impregnando a estrutura molecular das células e imprimindo-lhes novo comportamento.

Ademais, pretendem esses Amigos generosos do mundo espiritual facilitar filmagens e gravações outras como fotografias, o tato dos assistentes, de maneira a demonstrar a intervenção que os chamados mortos conseguem no comportamento dos chamados vivos.

A gravidade desse cometimento torna-se mais grandiosa quando os seus médiuns, compreendendo a alta magnitude do ministério, dedicam-se em regime de gratuidade, jamais esquecendo as dadivosas messes da caridade que dimana do Pai Criador, vitalizada pelo amor universal.

Preparados antes da reencarnação para esse mister elevado, os médiuns que se dedicam às atividades curadoras não podem menosprezar a vigilância, a oração, a conduta exemplar, a fim de continuarem sempre encarregados de confirmar a sobrevivência à morte e as consequências inevitáveis do comportamento de cada qual durante a vilegiatura física.

Os resultados que se podem obter através dos procedimentos cirúrgicos por meio dos médiuns operadores, também se podem conseguir por meio da oração, da terapia dos passes, da água fluidificada, dos inesgotáveis recursos de que dispõem os missionários do Bem no plano espiritual.







Eis porque, ante a necessidade de qualquer terapia acadêmica, alternativa ou mediúnica, torna-se imprescindível a transformação moral do paciente para melhor, a fim de, mediante as ações de enobrecimento, contabilizar valores que possam anular aqueles negativos que lhe pesam na economia espiritual, emergindo em forma de enfermidades, dissabores, transtornos psicológicos ou psiquiátricos.

O servo do centurião que lhe rogara ajuda para a enfermidade que o afligia, recebeu do amoroso Terapeuta a cura à distância, enviando-lhe os fluídos renovadores necessários para o seu refazimento orgânico.

Ao homem da mão mirrada, mesmo sendo num dia de Sábado, ante a hipocrisia sacerdotal, Ele pediu ao deficiente que Lhe estendesse o braço e sem o sequer tocar, restitui-lhe a mão igual à outra.

Ao cego de nascença, compadecido do seu sofrimento, Ele cuspiu sobre o pó, fez lama, passou-a nos olhos apagados do desconhecido e mandou-o lavá-los no poço de Siloé, permitindo-lhe em júbilo a bênção da visão.

À mulher hemorroíssa que Lhe tocou a fímbria das vestes ensejou a cura da grave doença que a infelicitava.

Para cada caso, o Benfeitor utilizava-se de um processo, agindo certamente nos tecidos sutis e etéreos do perispírito.

É sempre o amor que age em todas as circunstâncias que assinalam a presença do Bem.
 







Pensamentos extraídos da mensagem Cirurgias Espirituais,
recebida em Viena, Áustria, em 24 de maio de 2001.
ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografado por Divaldo Pereira Franco
livro Nascente de Bênçãos


fonte :  http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria/cirurgias-espirituais-52778/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.VYQuDFLdi9c

A nova “esquina de pedra”

O inolvidável Wallace Leal V.Rodrigues publicou em 1975 a portentosa obra A esquina de pedra. Fundamenta-se em textos de Job, dos Salmos e de Isaías, respectivamente, sobre a “pedra de esquina”, “a cabeça da esquina” e a “pedra preciosa de esquina”. Passa por Atos: “Esta é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina” (Atos, 4,11) e focaliza Pedro: “É uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados” (I Pedro, 2:6-8).

O autor romancea ou se recorda de fatos que se passam no período do imperador Constantino, focalizando momentos em que ocorreram as descaracterizações do Cristianismo primitivo e puro, época de muitos sacrifícios de cristãos e tendo como pano de fundo a benquerença do romano Prisco e da cristã Galla, em Sebastes, na região da Capadócia. Depois de muitas enxertias na prática rotineira dos cultos, “uma divergência ameaça dividir a igreja [...] a questão é esta: devemos considerar Jesus Cristo como um Deus que assumiu forma humana ou simplesmente como um homem que atingiu uma perfeição quase divina?” (1). Estavam às vésperas do Concílio de Nicéia: “Verás o Cristianismo desaparecer e ceder lugar a uma nova doutrina à qual denominarão Catolicismo” [...] Mas um dia o Cristianismo se erguerá das cinzas” (2)

Passados séculos, vivemos o momento do “reerguimento das cinzas”. A marcante Codificação Espírita e obras clássicas marcaram presença, bem como exemplos de dedicação e de renúncia de lidadores de um autêntico “exército de formiguinhas”. O Movimento Espírita brasileiro cresceu, mas ao mesmo tempo está cheio de ideias e ações personalistas e que representam um grande potencial para se desfigurar a proposta essencial da Doutrina Espírita, calcada no ensino moral do Cristo.

Evidentemente que tudo tem seu momento e dosagem. Os cursos foram e são necessários, mas é notório um excesso de “escolarização”, de requisitos e de pré-requisitos. O potencial trabalhador tem dificuldade de se integrar com espontaneidade nos centros espíritas. A própria mediunidade está “engessada” e há espíritas e centros que nem contam com a atuação de médiuns porque estes se tornaram quase de “especializados” e raros. Se se somar a quantidade de anos desde os momentos iniciais dos ciclos de infância e juventude, até os demais cursos, ultrapassa-se o tempo de formação de um profissional de nível superior. É hora de se fazer um reestudo sensato e sério de todo o processo.

Numa série de quatro seminários intitulados “Educação & Atividades Espíritas” realizados na FEB em 2014 e no início de 2015, concluiu-se que há necessidade de algumas mudanças que possam levar a transformações, como: “criar espaços interativos e dialógicos nos encontros de aprendizagem (mais conversa, menos exposição; os participantes têm muito com que contribuir); organizar espaços de aprendizagem atrativos e diversificados (jardins, excursões, visitas culturais e assistenciais); promover mais momentos informais de confraternização; conhecer o perfil do grupo e considerá-lo na escolha de abordagens didático-pedagógicas, as quais devem ser criativas e diversas; desenvolver acolhimento e zelo nas relações interpessoais; abordar o conhecimento doutrinário como apoio à transformação moral e social e não como um fim em si mesmo; considerar os saberes anteriores e atuais dos participantes no desenvolvimento do conteúdo; desenvolver acolhimento e zelo nas relações interpessoais; abordar o conhecimento doutrinário como apoio à transformação moral e social e não como um fim em si mesmo; considerar os saberes anteriores e atuais dos participantes no desenvolvimento do conteúdo; trabalhar com problemas e não somente com temas”.(3)

Ou seja, há necessidade de se trabalhar não apenas em nível cognitivo, mas com os valores e sentimentos.
Por outro lado há uma exagerada comercialização dos chamados “produtos espíritas”, como os livros, e, muitas instituições perdendo o caráter espírita, inclusive no texto do Estatuto, para manterem convênios com governos.
É chegado o momento para se realizar estudos e profundas reflexões sobre o Movimento Espírita: o que pretendemos? Para onde vamos?
Valores como os da simplicidade, fraternidade e solidariedade legítimos andam pouco valorizados. Nos centros espíritas, como anda o atendimento espiritual dos que chegam, como o acolhimento, consolo, esclarecimento e orientação?

Entre as importantes Obras Básicas de Allan Kardec, O evangelho segundo o espiritismo é utilizado para estudos e reflexões, com vistas à internalização e roteiro de vida ou simplesmente empregado como “leitura preparatória” de reuniões ou temas de algumas palestras?

Vivemos a época do “Consolador Prometido” pelo Cristo e será que não estaríamos correndo o risco de que o “Cristianismo que se erguerá das cinzas” se comprometer como uma “uma pedra de tropeço e rocha de escândalo”?
Interessante é que na história, há registro do ex-doutor Saulo de Tarso, ao visitar a Casa do Caminho após suas conversão sentiu-se “torturado pela influência judaizante. Tiago dava a impressão de reingresso, na maioria dos ouvintes, nos regulamentos farisaicos. Suas preleções fugiam ao padrão de liberdade e do amor em Jesus Cristo” (4) e optou em deixar a tradicional e pioneira ecclesia de Jerusalém, iniciando sua grande tarefa de divulgador do Evangelho. Quase dois milênios depois, Chico Xavier optou em deixar a Comunhão Espírita Cristã, de Uberaba, da qual foi um dos fundadores, e deu início a um novo e simples ponto de referência: o Grupo Espírita da Prece, de Uberaba.

Em nossos dias, são muito necessárias profundas reflexões e análises sobre os rumos do Movimento Espírita, sendo sugestivas as ilustrações da “esquina de pedra”, o rompimento com o farisaísmo feito por Paulo e a opção pela simplicidade de Chico Xavier.
Referências:
1) Rodrigues, Wallace Leal V. A esquina de pedra. 9. ed., Cap. XIII. Matão: Ed. O Clarim, 2009. p. 139.
2) Rodrigues, Wallace Leal V. A esquina de pedra. 9. ed., Cap. XXIX. Matão: Ed. O Clarim, 2009, p.399.
3) http://www.febnet.org.br/blog/geral/noticias/material-do-seminario-... (acesso em 23/03/2015).
4) Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Paulo e Estêvão. 1. ed.esp. 2ª. parte, cap. III, Brasília: FEB, 2012, 257.
Transcrito de:
Revista Internacional de Espiritismo, Ano XC, No.4, maio de 2015, p. 182-183.

fonte: http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/a-nova-esquina-de-pedra/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.VYQtGFLdi9c

JULGAMENTOS

Observando os atos dos outros, é importante lembrar que os outros igualmente estão anotando os nossos. Sabemos, no entanto, de experiência própria que, em muitos acontecimentos da vida, há enorme distância entre as nossas intenções e nossas manifestações.
         Quantas vezes somos interpretados como ingratos e insensíveis, por havermos assumido atitude enérgica ante determinado setor de nossas relações, após atravessarmos, por longo tempo, complicações e dificuldades, nas quais até mesmo os interesses alheios foram prejudicados em nossas mãos? E quantas outras vezes fomos considerados relapsos ou pusilânimes, à vista de termos praticado otimismo e benevolência, perante aqueles com os quais teremos chegado ao extremo limite da tolerância?
         Em quantas ocasiões estamos sendo avaliados por disciplinadores cruéis, quando simplesmente desejamos a defesa e a vitória dos entes que mais amamos, e em quantas outras passamos por tutores irresponsáveis e levianos, quando entregamos as criaturas queridas às provas difíceis que elas mesmas disputam, invocando a liberdade que as Leis do Universo conferem a cada pessoa consciente de si?
         Reflete nisso e não julgues o próximo, através de aparências. Deixa que o AMOR te inspire qualquer apreciação, e, quando necessites pronunciar algum apontamento, num processo de emenda, coloca-te no lugar do companheiro sob censura e encontrarás as palavras certas para cooperar na obra de ilimitada misericórdia com que DEUS opera todas as construções e todos os reajustes.
         Corrige amando o que deve ser corrigido e restaura servindo o que deve ser restaurado; entretanto, jamais condenes, porque o Senhor descobrirá meios de invalidar as posições do mal para que o bem prevaleça, e, toda vez que as circunstâncias te exijam examinar os atos dos outros, recorda que os nossos atos, no conceito dos outros, estão sendo examinados também.

( Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Alma e Coração)
fonte:  WWW.ADDE.COM.BR
          

ESPIRITISMO EM SUA VIDA

André Luiz

Reflita na importância do Espiritismo em sua encarnação. Confrontemo-lo com as circunstâncias diversas em que você despende a própria existência.
Corpo — Engenho vivo que você recebe com os tributos da hereditariedade fisiológica, caráter de obrigatoriedade, para transitar no Planeta, por tempo variável, máquina essa que funciona tal qual o estado vibratório de sua mente.
Família — Grupo consanguíneo a que você forçosamente se vincula por remanescentes do pretérito ou imposições de afinidades com vistas ao burilamento pessoal.
Profissão — Quadro de atividade constrangendo-lhe as energias à repetição diária das mesmas operações de trabalho, expressando aprendizado compulsório, seja para recapitular experiências imperfeitas do passado ou para a aquisição de competência em demanda do futuro.
Provas — Lições retardadas que nós mesmos acumulamos no caminho, através de erros impensados ou conscientes em transatas reencarnações, e que somos compelidos a rememorar e reaprender.
Doenças — Problemas que carregamos conosco, criados por vícios de outras épocas ou abusos de agora, que a Lei nos impõe em favor de nosso equilíbrio.
Decepções — Cortes necessários em nossas fantasias, provocados por nossos excessos, aos quais ninguém pode fugir.
Inibições — Embaraços gerados pelo comportamento que adotávamos ontem e que hoje nos cabe suportar em esforço reeducativo.
Condição — Meio social merecido que nos facilita ou dificulta as realizações, conforme os débitos e créditos adquiridos.
Segundo é fácil de concluir, todas as situações da existência humana são deveres a que nos obrigamos sob impositivos de regeneração ou progresso. Mas a Doutrina Espírita é o primeiro sinal de que estamos entrando em libertação espiritual, à frente do Universo, habilitando-nos, pela compreensão da justiça e pelo serviço à Humanidade, a crescer e aprimorar-nos para as Esferas Superiores.
Pense no valor do Espiritismo em sua vida. Ele é a sua verdadeira oportunidade de partilhar à imortalidade desde hoje.
André Luiz
Psicografia de Waldo Vieira
Do livro “ESTUDE E VIVA”
fonte:  www.ceecal.com

AGENTE DO PERDÃO

Todos os ensinamentos de Jesus são para serem utilizados em nossas vidas. A lição do perdão talvez seja das mais difíceis de assimilarmos e colocarmos em prática.
No entanto, é regra de felicidade. Quem se equivoca e se arrepende, necessita da oportunidade de redenção.
Todo aquele que se levanta da queda, encontra apoio em Deus.
O Pai Criador não desampara filho algum e, no rebanho de Jesus, sempre haverá um lugar para as ovelhas que retornam e desejam avançar.
Pensemos nisso e sejamos agentes do perdão.
Todos os ensinamentos de Jesus são para serem utilizados em nossas vidas. A lição do perdão talvez seja das mais difíceis de assimilarmos e colocarmos em prática.
No entanto, é regra de felicidade. Quem se equivoca e se arrepende, necessita da oportunidade de redenção.
Todo aquele que se levanta da queda, encontra apoio em Deus.
O Pai Criador não desampara filho algum e, no rebanho de Jesus, sempre haverá um lugar para as ovelhas que retornam e desejam avançar.
Pensemos nisso e sejamos agentes do perdão.
(Redação do Momento Espírita, trecho do texto "Agente do Perdão", de 15/08/2011.)
 fonte: www.ceecal.com

AUXÍLIO AOS DESENCARNADOS

Considera o coração que te antecedeu na grande viagem da morte, não como a criatura aniquilada, mas como alguém que continua a viver.

Se ainda ontem, no mundo, em lhe retendo o corpo enfermo ou agonizante, desfazias-te em carinhosa assistência, hipotecando-lhe solidariedade e ternura, por que razão lhe infligirás, agora, o nominável suplício do desespero, atirando-lhe brasas ao coração?

Se a saudade e a distância te flagelam a alma, não te esqueças de que invisibilidade não quer dizer ausência.

Fortalece-te para o ministério da fé que vence a dúvida e lembra-te de que o viajor amado te requisita socorro e compreensão.

Por vezes, vagueará nas trevas transitórias do próprio “eu”, entre as paixões que ainda o subjugam...

Oferece-lhe o clarão silencioso da prece calma e sincera, através da qual as almas se comunicam, vencendo o espaço além.

Terá deixado problemas na retaguarda, agrilhoando-se a eles, no círculo desilusões a que se afeiçoa...

Ajuda-o, amparando-lhe as penas e os dissabores, para que siga, valoroso, ao encontro da Luz Divina.

Em muitas ocasiões, terá legado ao lar pobreza e provação, desalento e infortúnio...

Alivia-o, envolvendo-lhe os entes amados no clima de tua amizade pura a exprimir-se em valiosas migalhas de carinho e reconforto.

Em muitas circunstâncias, permanecerá enovelado nas teias do arrependimento tardio.

Liberta-o, com teu devotamento amigo, auxiliando-o a colocar a bênção do amor onde, imprevidente, terá situado o espinheiro do ódio.

Recorda que serás amanhã o morto imaginário entre os vivos da Terra e estende a oração e a bondade, em favor dos que partem antes de ti, para que a bondade e a oração dos outros estejam contigo, no dia em que te ausentares também.




pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Intervalos, Médium: Francisco Cândido Xavier.
Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Uma falsa noção de humildade

Trago aos leitores página preciosa do estudioso Deolindo Amorim (1906 – 1984), que foi jornalista, sociólogo, publicitário e escritor, nascido na Bahia. Pelo oportunismo do texto, bem adequado aos dias que vivemos, onde muitos nos escondemos em diferentes máscaras e diante da crise moral que se abate sobre o país, sempre é bom refletir sobre essas questões. Peço ao leitor atenta leitura, embora a transcrição abaixo seja parcial:

“(...) Muita gente pensa que ser humilde é não ter personalidade. O próprio Cristo, que foi o Cristo, o bom, o justo por excelência, não abriu mão de Suas ideias, não recuou diante das dificuldades... Se Ele não tivesse personalidade, naturalmente ficaria acomodado à situação e não teria suportado o que suportou em defesa do ideal que O iluminava. No entender de muitas pessoas, o que, aliás, está muito errado, ser humilde é dizer amém a tudo, é ficar bem com todos, ainda que tenha de sacrificar as mais fortes razões da consciência. Não foi isto o que o Cristo ensinou. Nem foi isto o que Ele praticou.
Veja-se bem que o Evangelho reprova o procedimento dos que, calculadamente, ocultam os seus pensamentos, isto é, não dizem o que pensam nem o que sentem, porque preferem agir na sombra! Tanto é certo que o Cristo valorizava a personalidade, que ele mesmo disse, e de modo direto, que a criatura deve ser quente ou fria; ninguém deve ser morno. Que significa isto? Significa ter personalidade, no mais alto sentido humano e espiritual. Ficar morno é ficar indeciso, de caso pensado, é não se definir de propósito, para tirar algum partido próximo ou remoto. Isto, porém, não é procedimento compatível com a ética cristã. Não tenho receio das pessoas que tomam atitudes francas, para um lado ou para outro; mas tenho muito cuidado com os que ficam mornos, pois foi para estes que o Cristo chamou a atenção de Seus seguidores.
Se o Cristo disse que o nosso falar deve ser sim-sim-não-não, é claro que, com isto, reconheceu que o homem deve ter personalidade. Vejo e ouço, constantemente, citar-se o Evangelho, mas também noto que muita gente ainda não compreendeu o sentido de certas máximas fundamentais do Evangelho. Vou dar um exemplo disto: quando alguém toma atitude, porque tem personalidade, e não está conformado com isto ou aquilo, logo se diz que é um antifraternista, que é um demolidor, etc. Pouco falta para se chamar o companheiro de um herético ou pecador público, simplesmente porque é sincero, é idealista, e diz o que pensa.
É preciso que se compreenda a situação de cada um de nós, em face da responsabilidade própria. Tomar uma atitude contra qualquer coisa venha de onde vier, não quer dizer que se pretenda destruir seja o que for. É agir sinceramente, de acordo com a consciência. Já é tempo de se acabar com a suposição ou com o sofisma de que, para praticar a humildade, é necessário curvar-se a tudo ou abdicar do direito de pensar e falar abertamente. Há, entre nós, uma noção muito falsa de humildade, para encobrir muita coisa ruim.”.

Coincidência ou não, o texto foi publicado em 1964 e parece-nos precisa ser republicado novamente, face à excessiva valorização de valores transitórios, com desprezo aos valores reais e morais, aqueles que permanecem.

fonte: http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/uma-falsa-nocao-de-humildade/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.VYLle1Ldi9c

Convite ao Exame - Joanna de Ângelis

 

“Ponde tudo à prova, retende o que é bom.” (1º Tessalonicenses: capítulo 5-21.)
A vida submete-te a cada instante a rigorosos exames, severas provas, através de cujos resultados credencias-te a investimentos maiores e à utilização de valores mais expressivos.
Nem sempre consegues discernir quando estás sob testes, tão sutis se apresentam ou em currículo de aprendizagem, tão profundos e insondáveis são os misteres da Lei Divina.
Justo que estejas vigilante, em atitude de cuidadoso comportamento.
O rio das oportunidades passa com suas águas sem que retornem nas mesmas circunstâncias ou situação.
O milagre da hora azada não se repete como seria de desejar, impelindo o homem ao salutar aproveitamento do instante.
Conveniente examinar, também, as ocorrências, as concessões, as lições do caminho, de modo a retirar o que seja de bom, para aproveitamento que armazenarás a benefício próprio.
Não impeças a informação de alguém interessado em auxiliar-te, mesmo que isto te pareça desagradável. Todos temos algo a ensinar a outrem.
Não sejas aprioristicamente contra isto ou aquilo, antes de conhecer o conteúdo. Sábio verdadeiramente, é todo aquele que consegue descobrir o lado útil das pessoas e das coisas.
Não negues a atenção a um problema que te chega, embora a solução possa esperar um pouco. A cada labor seu necessário cuidado.
Enquanto na Terra todos nos encontramos em reparos, reformas, aprendizagens.
Examinar o que nos chega, como nos chega e penetrar na fonte do conhecimento, para, conforme o Apóstolo Tarsense, reter o que é bom, representa valiosa conquista que nos não cabe subestimar.
Jesus, não obstante a grandeza da Sua tarefa entre os homens, examinou todos os problemas que lhe chegavam, apresentando soluções simples e carinhosas, comparando e atendendo às solicitações diversas, perscrutando tudo e tecendo a túnica nupcial do seu perene noivado com a Humanidade, através das coisas mais insignificantes a que emprestava beleza e magnitude, conseguindo, inclusive, transformar a cruz da desonra em símbolo de estoicismo e nobreza, depois que transitou carregando-a e nela deixando-se martirizar.
*****
Divaldo Pereira Franco

Pelo Espírito JOANNA DE ÂNGELIS
Eu, Espírita


ORIGEM DO BEM E DO MAL

1. Sendo Deus o princípio de todas as coisas e sendo todo
sabedoria, todo bondade, todo justiça, tudo o que dele procede
há de participar dos seus atributos, porquanto o que é
infinitamente sábio, justo e bom nada pode produzir que
seja ininteligente, mau e injusto. O mal que observamos
não pode ter nele a sua origem.

2. Se o mal estivesse nas atribuições de um ser especial,
quer se lhe chame Arimane, quer Satanás, ou ele seria igual
a Deus, e, por conseguinte, tão poderoso quanto este, e de
toda a eternidade como ele, ou lhe seria inferior.

No primeiro caso, haveria duas potências rivais, incessantemente
em luta, procurando cada uma desfazer o que
fizesse a outra, contrariando-se mutuamente, hipótese esta
inconciliável com a unidade de vistas que se revela na
estrutura do Universo.

No segundo caso, sendo inferior a Deus, aquele ser lhe
estaria subordinado. Não podendo existir de toda a eternidade
como Deus, sem ser igual a este, teria tido um começo.

Se fora criado, só o poderia ter sido por Deus, que, então,
houvera criado o Espírito do mal, o que implicaria
negação da bondade infinita. (Veja-se: O Céu e o Inferno,
cap. IX: “Os demônios”.)

3. Entretanto, o mal existe e tem uma causa.
Os males de toda espécie, físicos ou morais, que afligem
a Humanidade, formam duas categorias que importa
distinguir: a dos males que o homem pode evitar e a dos
que lhe independem da vontade. Entre os últimos, cumpre
se incluam os flagelos naturais.

O homem, cujas faculdades são restritas, não pode penetrar,
nem abarcar o conjunto dos desígnios do Criador;
aprecia as coisas do ponto de vista da sua personalidade,
dos interesses factícios e convencionais que criou para si
mesmo e que não se compreendem na ordem da Natureza.

Por isso é que, muitas vezes, se lhe afigura mau e injusto
aquilo que consideraria justo e admirável, se lhe conhecesse
a causa, o objetivo, o resultado definitivo. Pesquisando a
razão de ser e a utilidade de cada coisa, verificará que tudo
traz o sinete da sabedoria infinita e se dobrará a essa sabedoria,
mesmo com relação ao que lhe não seja compreensível.

4. O homem recebeu em partilha uma inteligência com cujo
auxílio lhe é possível conjurar, ou, pelo menos, atenuar os
efeitos de todos os flagelos naturais. Quanto mais saber ele
adquire e mais se adianta em civilização, tanto menos desastrosos se tornam os flagelos. Com uma organização sábia
e previdente, chegará mesmo a lhes neutralizar as conseqüências, quando não possam ser inteiramente evitados.

Assim, com referência, até, aos flagelos que têm certa utilidade
para a ordem geral da Natureza e para o futuro, mas
que, no presente, causam danos, facultou Deus ao homem
os meios de lhes paralisar os efeitos.

Assim é que ele saneia as regiões insalubres, imuniza
contra os miasmas pestíferos, fertiliza terras áridas e se
industria em preservá-las das inundações; constrói habitações
mais salubres, mais sólidas para resistirem aos ventos
tão necessários à purificação da atmosfera e se coloca
ao abrigo das intempéries. É assim, finalmente, que, pouco
a pouco, a necessidade lhe fez criar as ciências, por meio
das quais melhora as condições de habitabilidade do globo
e aumenta o seu próprio bem-estar.

5. Tendo o homem que progredir, os males a que se acha
exposto são um estimulante para o exercício da sua inteligência,
de todas as suas faculdades físicas e morais, incitando-
o a procurar os meios de evitá-los. Se ele nada houvesse
de temer, nenhuma necessidade o induziria a procurar
o melhor; o espírito se lhe entorpeceria na inatividade; nada
inventaria, nem descobriria. A dor é o aguilhão que o impede
para a frente, na senda do progresso.

6. Porém, os males mais numerosos são os que o homem
cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do
seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo. Aí a causa das guerras e das calamidades
que estas acarretam, das dissenções, das injustiças, da
opressão do fraco pelo forte, da maior parte, afinal, das
enfermidades.

Deus promulgou leis plenas de sabedoria, tendo por
único objetivo o bem. Em si mesmo encontra o homem tudo
o que lhe é necessário para cumpri-las. A consciência lhe
traça a rota, a lei divina lhe está gravada no coração e, ao
demais, Deus lha lembra constantemente por intermédio
de seus messias e profetas, de todos os Espíritos encarnados
que trazem a missão de o esclarecer, moralizar e melhorar
e, nestes últimos tempos, pela multidão dos Espíritos
desencarnados que se manifestam em toda parte.

Se o homem se conformasse rigorosamente com as leis divinas,
não há duvidar de que se pouparia aos mais agudos males e
viveria ditoso na Terra. Se assim procede, é por virtude do
seu livre-arbítrio: sofre então as conseqüências do seu
proceder. (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, nos 4,
5, 6 e seguintes.)

7. Entretanto, Deus, todo bondade, pôs o remédio ao lado
do mal, isto é, faz que do próprio mal saia o remédio. Um
momento chega em que o excesso do mal moral se torna
intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de
vida. Instruído pela experiência, ele se sente compelido a
procurar no bem o remédio, sempre por efeito do seu
livre-arbítrio. Quando toma melhor caminho, é por sua vontade
e porque reconheceu os inconvenientes do outro. A
necessidade, pois, o constrange a melhorar-se moralmente,
para ser mais feliz, do mesmo modo que o constrangeu
a melhorar as condições materiais da sua existência (nº 5).

8. Pode dizer-se que o mal é a ausência do bem, como o frio
é a ausência do calor. Assim como o frio não é um fluido
especial, também o mal não é atributo distinto; um é o negativo
do outro. Onde não existe o bem, forçosamente existe o
mal. Não praticar o mal, já é um princípio do bem. Deus
somente quer o bem; só do homem procede o mal. Se na criação
houvesse um ser preposto ao mal, ninguém o poderia
evitar; mas, tendo o homem a causa do mal em SI MESMO,
tendo simultaneamente o livre-arbítrio e por guia as leis divinas,
evitá-lo-á sempre que o queira.

Tomemos para termo de comparação um fato vulgar.
Sabe um proprietário que nos confins de suas terras há um
lugar perigoso, onde poderia perecer ou ferir-se quem por
lá se aventurasse. Que faz, a fim de prevenir os acidentes?
Manda colocar perto um aviso, tornando defeso ao transeunte
ir mais longe, por motivo do perigo. Aí está a lei, que
é sábia e previdente. Se, apesar de tudo, um imprudente
desatende o aviso, vai além do ponto onde este se encontra e
sai-se mal, de quem se pode ele queixar, senão de si próprio?

Outro tanto se dá com o mal: evitá-lo-ia o homem, se
cumprisse as leis divinas. Por exemplo: Deus pôs limite à
satisfação das necessidades: desse limite a saciedade adverte
o homem; se este o ultrapassa, fá-lo voluntariamente.
As doenças, as enfermidades, a morte, que daí podem
resultar, provêm da sua imprevidência, não de Deus.

9. Decorrendo, o mal, das imperfeições do homem e tendo
sido este criado por Deus, dir-se-á, Deus não deixa de ter
criado, se não o mal, pelo menos, a causa do mal; se
houvesse criado perfeito o homem, o mal não existiria.

Se fora criado perfeito, o homem fatalmente penderia
para o bem. Ora, em virtude do seu livre-arbítrio, ele não
pende fatalmente nem para o bem, nem para o mal. Quis
Deus que ele ficasse sujeito à lei do progresso e que o progresso
resulte do seu trabalho, a fim de que lhe pertença o
fruto deste, da mesma maneira que lhe cabe a responsabilidade
do mal que por sua vontade pratique. A questão,
pois, consiste em saber-se qual é, no homem, a origem da
sua propensão para o mal.1

(1 O erro está em pretender-se que a alma haja saído perfeita das mãos do Criador, quando este, ao contrário, quis que a perfeição resulte da depuração gradual do Espírito e seja obra sua. Houve Deus por bem que a alma, dotada de livre-arbítrio, pudesse optar entre o bem e o mal e chegasse a suas finalidades últimas de forma militante e resistindo ao mal. Se houvera criado a alma tão perfeita quanto ele e, ao sair-lhe ela das mãos, a houvesse associado à sua beatitude eterna, Deus tê-la-ia feito, não à sua imagem, mas semelhante a si próprio. (Bonnamy, A Razão do Espiritismo, cap. VI.)

10. Estudando-se todas as paixões e, mesmo, todos os vícios,
vê-se que as raízes de umas e outros se acham no
instinto de conservação, instinto que se encontra em toda
a pujança nos animais e nos seres primitivos mais próximos
da animalidade, nos quais ele exclusivamente domina,
sem o contrapeso do senso moral, por não ter ainda o
ser nascido para a vida intelectual. O instinto se enfraquece,
à medida que a inteligência se desenvolve, porque esta
domina a matéria.

O Espírito tem por destino a vida espiritual, porém,
nas primeiras fases da sua existência corpórea, somente
às exigências materiais lhe cumpre satisfazer e, para tal, o
exercício das paixões constitui uma necessidade para o efeito
da conservação da espécie e dos indivíduos, materialmente
falando. Mas, uma vez saído desse período, outras necessidades
se lhe apresentam, a princípio semi-morais e
semi-materiais, depois exclusivamente morais.

É então que o Espírito exerce domínio sobre a matéria, sacode-lhe o jugo, avança pela senda providencial que se lhe acha traçada e se aproxima do seu destino final. Se, ao contrário, ele se deixa dominar pela matéria, atrasa-se e se identifica com o
bruto.

Nessa situação, o que era outrora um bem, porque
era uma necessidade da sua natureza, transforma-se num
mal, não só porque já não constitui uma necessidade, como
porque se torna prejudicial à espiritualização do ser. Muita
coisa, que é qualidade na criança, torna-se defeito no adulto.

O mal é, pois, relativo e a responsabilidade é proporcionada
ao grau de adiantamento.

Todas as paixões têm, portanto, uma utilidade providencial,
visto que, a não ser assim, Deus teria feito coisas
inúteis e, até, nocivas. No abuso é que reside o mal e o
homem abusa em virtude do seu livre-arbítrio. Mais tarde,
esclarecido pelo seu próprio interesse, livremente escolhe
entre o bem e o mal.

Fonte - Allan Kardec, A Gênese, do Cap.III "O Bem e o Mal"

fonte: http://www.espiritbook.com.br/profiles/blog/show?id=6387740%3ABlogPost%3A2160294&xgs=1&xg_source=msg_share_post