NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



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Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Perdoar a si mesmo

Perdoar a si mesmo é mais urgente que perdoar ao próximo. Se você não perdoar a si mesmo, como vai ter condições de perdoar a quem quer que seja? Se não perdoar seus próprios erros, suas próprias faltas, como conseguirá perdoar os erros e faltas alheias? Perdoe primeiro a si mesmo, logo, urgentemente, se possível ainda hoje, pois ninguém merece viver carregando culpas velhas de erros cometidos no passado. Não faça essa injustiça consigo mesmo, perdoe-se! O sentimento de culpa age como autopunição, mas a autopunição só é válida quando lhe faz querer reparar o mal cometido. Para chegar a esse ponto, você deve passar pelo estágio do remorso, que é o reconhecimento do mal realizado e consequente sofrimento; e do arrependimento, que é a ânsia de reparar ou compensar o mal que foi causado por você. Se você já passou desse ponto, a autopunição não tem mais serventia para você. É um peso morto. Se você não chegou a arrepender-se, não acha que seja necessário reparar ou compensar o mal que causou, talvez esteja entrando ou já entrou num processo de vitimização e auto piedade. Reconheça seus erros, levando em conta que muitas vezes erramos tentando fazer o que nos parece melhor em determinadas circunstâncias. Reconheça seus erros, reveja os sentimentos e valores que o levaram a cometer deslizes e adotar comportamentos errados, abra-se consigo mesmo. Você certamente já se deu conta disso, mas não custa perguntar: Você já se deu conta de que você mesmo é sua única companhia obrigatória? Que você vai acompanhar você para o resto dessa vida e para além dela, para sempre? Você já percebeu que você está com você em todos os momentos da sua vida, bons e maus, aproveitando os benefícios e sofrendo os malefícios? Se importe mais consigo mesmo. Respeite mais a si mesmo. E, acima de tudo, seja seu melhor amigo! Abra-se consigo mesmo, conte de seus velhos medos, de suas vergonhas, fraquezas que só você conhece. Cure essas feridas, seja amoroso consigo. Você precisa de você. Perdoe-se! Faça as pazes com você, e comece já a mudar seu padrão de pensamentos e sentimentos. Controle seus pensamentos, eles são determinantes para o que você faz de você. Ame mais, comece por amar a você mesmo. Se não amar a você, como vai amar a seu próximo? Devemos amar o próximo como a nós mesmos, e devemos amar muito ao nosso próximo. Isso quer dizer que você deve amar-se muito, muito mesmo. Devemos perdoar ao próximo: “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.” A quem você acha que está pedindo para perdoar as suas ofensas do mesmo modo que você perdoa a quem o ofendeu? Quem você acha que julga seus erros e ofensas? Deus? Não, Deus não julga, essa parte compete a nós mesmos, manifestações de Deus que somos. Somos nós que nos julgamos, somos nós que nos condenamos e somos nós que na maioria das vezes nos esquecemos de nós mesmos no fundo do cárcere da autopunição. Depois de já ter cumprido a pena a que inconscientemente nos impomos, ficamos esquecidos na masmorra suja do remorso inútil esperando por nossa própria clemência. Então tenha consideração por você mesmo, reveja seus conceitos, tome mais cuidado com suas atitudes para com você mesmo e para com o próximo. Acima de tudo, seja um vigilante atento dos seus pensamentos. Conduza seus pensamentos para o lado positivo das coisas, pois tudo na vida tem seu lado bom, quando queremos vê-lo. É muito importante que você perdoe ao próximo. Na verdade, é imprescindível. Mas antes disso, perdoe a si mesmo. Já está mais do que na hora. –        Morel Felipe Wilkon
fonte :  WWW.ADDE.COM.BR 
             
           

O ESTUDO DO ESPIRITISMO

De vez em quando é saudável fazermos alguns questionamentos capazes de nos estimularem no duro esforço do aprendizado, ao qual todos estamos submetidos. Por que estudar o Espiritismo? Esta é uma pergunta bem interessante e instigante, tanto para os espíritas quanto para aqueles que professam outras crenças.
Posso estudar o Espiritismo? Sim, claro que sim. Todos podem independente de sua religião. Allan Kardec costumava dizer que a Doutrina Espírita, quando bem compreendida, é uma grande aliada a todas as religiões, pois tira delas os excessos de origem humana e faz ressaltar a sua essência espiritual.
Devo estudar o Espiritismo? Sim, deve. Por quê? Porque a Doutrina Espírita é o Consolador Prometido por Jesus, cuja missão é relembrar suas lições e completá-las com esclarecimentos que, na época do Mestre, os homens não estavam em condições de compreender. [1] São através do seu estudo e, consequentemente, de sua vivência que vamos, paulatinamente, identificando as nossas dificuldades a serem sanadas, os conceitos a serem reformulados, bem como os valores morais e espirituais que precisamos adquirir.
O estudo da Doutrina codificada por Allan Kardec nos situa de volta aos cenários da antiga Palestina e nos coloca caminhando ao lado de Jesus, como se estivéssemos aprendendo diretamente com ele.
Segundo os registros de João Evangelista [2], certa feita ao passar pela Samaria Jesus travou com uma samaritana um dos mais belos diálogos da Boa Nova. Na passagem citada, o Mestre afirma que sua Doutrina é a água da verdade eterna: “(...) aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.” A samaritana, representando todo aquele que busca, com humildade e sinceridade, os verdadeiros valores da vida, pede sedenta a Jesus: “Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede (...)”.
Da mesma forma que a samaritana de outrora, a humanidade de hoje tem sede, mas não é qualquer sede. Assim como a água comum, as ilusões do mundo saciam os homens invigilantes apenas momentaneamente, preparando o caminho para as aflições que se sucedem.
O Espiritismo, representando Jesus de volta aos nossos corações, oferece-nos, não mais aos pés do poço de Jacó, mas sim em todos os cantos do planeta, a água viva das verdades espirituais, através de uma Doutrina que é amor, luz e vida; uma Doutrina capaz de nos consolar, esclarecer e orientar sem estar circunscrita aos limites de espaço ou tempo.
Se você sofre, mas não sabe por que e se sente injustiçado ou esquecido por Deus; se você sente um vazio existencial que não consegue preencher; se você busca o esclarecimento que outras filosofias, religiões ou a própria ciência não podem te oferecer... Então, meu amigo, é hora de abrir o seu coração e a sua mente, desarmar o seu espírito e receber o Consolador. Permita que o Enviado de Jesus te revele o Cristo.
Mãos à obra. Estude a Doutrina dos Espíritos e reforme-se interiormente. Seja firme na vivência dos ideais evangélicos, pois só assim será reconhecido como discípulo de Jesus. Conheça a Verdade que nos liberta das trevas da ignorância que ainda vige em nós [3].
Mas não aceite o Espiritismo cegamente, pois a fé cega já não é mais para o nosso tempo. Ela vigorou até os idos do século XIX. Pratique a fé raciocinada, aquela que não tem medo de encarar a razão face a face em qualquer época da humanidade, como ensinou Kardec. Leia, analise, estude, questione, pesquise, medite, compreenda, assimile e viva intensamente o legado do Mestre de Nazaré. Estude o Espiritismo e seja feliz!
Valdir Pedrosa - Fevereiro/2012
[1] Evangelho Segundo João 14:15-18 / 16:12-14.
[2] Evangelho Segundo João 4:1-43.
[3] Evangelho Segundo João 8:31-32.

fonte: WWW.ADDE.COM.BR
          

SE TENS FÉ

Em doutrina espírita, fé representa dever de raciocinar com responsabilidade de viver.

Desse modo, não te restrinjas à confiança inerte, porque a existência em toda parte nos honra, a cada um, com a obrigação de servir.

Se tens fé, não permitirás que os eventos humanos te desmantelem a fortaleza do coração.

Transitarás no mundo, sabendo que o Divino Equilíbrio permanece vigilante e, mesmo que os homens transformem o lar terrestre em campo de lodo e sangue, não ignoras que a Infinita Bondade converterá um e outro em solo adubado para que a vida refloresça e prossiga em triunfo.

Se tens fé não registrarás os golpes da incompreensão alheia, porquanto identificarás a ignorância por miséria extrema do espírito e educarás generosamente a boca que injuria e a mão que apedreja.

Ainda que os mais amados te releguem à solidão, avançarás para a frente, entendendo e ajudando, na certeza de que o trabalho te envolverá o sentimento em nova luz de esperança e consolação.

Se tens fé, não te limitarás a dizê-la simplesmente, qual se a oração sem as boas obras te outorgasse direitos e privilégios inadmissíveis na Justiça de Deus, mas, sim, caminharás realizando a vontade do Criador, que é sempre o bem para todas as criaturas.

Se tens fé, sustentarás, sobretudo, o esforço diário do próprio burilamento, através das pequeninas e difíceis vitórias sobre a natureza inferior, como sendo o mais alto serviço que podes prestar aos outros, de vez que aperfeiçoando a nós mesmos, estaremos habilitando a consciência para refletir, com segurança, o amor e a sabedoria da Lei.

Do livro: Espírito da Verdade, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira, FEB.

fonte: WWW.ADDE.COM.BR
          

Rivalidades Entre as Sociedades ?

Se o Espiritismo, conforme foi anunciado, tem que determinar a transformação da Humanidade, claro é que esse efeito ele só poderá produzir melhorando as massas, o que se verificará gradualmente, pouco a pouco, em consequência do aperfeiçoamento dos indivíduos. 
    Que importa crer na existência dos Espíritos, se essa crença não faz que aquele que a tem se torne melhor, mais benigno e indulgente para com os seus semelhantes, mais humilde e paciente na adversidade? 
    De que serve ao avarento ser espírita, se continua avarento; ao orgulhoso, se se conserva cheio de si; ao invejoso, se permanece dominado pela inveja?  

        Assim, poderiam todos os homens acreditar nas manifestações dos Espíritos e a Humanidade ficar estacionaria.
        Tais, porém, não são os desígnios de Deus. Para o objetivo providencial, portanto, é que devem tender todas as Sociedades espíritas sérias, agrupando todos os que se achem animados dos mesmos sentimentos.  Então, haverá união entre elas, simpatia, fraternidade, em vez de vão e pueril antagonismo, nascido do amor-próprio, mais de palavras do que de fatos; então, elas serão fortes e poderosas, porque assentarão em inabalável alicerce: o bem para todos; então, serão respeitadas e imporão silêncio à zombaria tola, porque falarão em nome da moral evangélica, que todos respeitam.
        Essa a estrada pela qual temos procurado com esforço fazer que o Espiritismo enverede.  A bandeira que desfraldamos bem alto é a do Espiritismo cristão e humanitário, em torno da qual já temos a ventura de ver, em todas as partes do globo, congregados tantos homens, por compreenderem que ai é que está a âncora de salvação, a salvaguarda da ordem pública, o sinal de uma era nova para a Humanidade.
        Convidamos, pois, todas as Sociedades espíritas a colaborar nessa grande obra. Que de um extremo ao outro do mundo elas se estendam fraternalmente as mãos e eis que terão colhido o mal em inextricáveis malhas.

Os agrupamentos espiritistas necessitam entender que o seu aparelhamento não pode ser análogo ao das associações propriamente humanas.
        Um grêmio espírita-cristão deve ter, mais que tudo, a característica familiar, onde o amor e a simplicidade figurem na manifestação de todos os sentimentos.
        Em uma entidade doutrinária, quando surgem as dissensões e lutas internas, revelando partidarismos e hostilidades, é sinal de ausência do Evangelho nos corações, demonstrando-se pelo excesso de material humano e pressagiando o naufrágio das intenções mais generosas.
        Nesses núcleos de estudo, nenhuma realização se fará sem fraternidade e humildade legítimas, sendo imprescindível que todos os companheiros, entre si, vigiem na boa-vontade e na sinceridade, a fim de não transformarem a excelência do seu patrimônio espiritual numa reprodução dos conventículos católicos, inutilizados pela intriga e pelo fingimento.

referencias: www.guia.heu.nom.br

Obra: "O Livro dos Médiuns", de Allan Kardec, pág. 442, item 350;
Obra: "O Consolador", pág. 204, de Emmanuel, pelo Médium Chico Xavier;

Romeu L. Wagner, Belém, Pará

fonte:  http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/rivalidades-entre-as-sociedades/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.U62iPLF9sZY


Nota do autor do Blog : O Livro Aconteceu na Casa Espírita retrata com clareza as consequências geradas pela imprudência de seus dirigentes. Delegue poderes mas nunca deixe a liberdade sem vigilância.  (Carlos Muller)

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A Infância e a superação de conflitos





A infância é caracterizada por duas qualidades especiais, que são a inocência e a liberdade.

Embora o espírito, em si mesmo, tenha experienciado muitas existências corporais, o estado de infância é de aquisição de conhecimentos, de superação de conflitos antigos, de preparação para o esquecimento.

Nessa fase, em que o processo da reencarnação se faz em maior profundidade, muitas lembranças pairam nebulosas na área do inconsciente, que lentamente se vão apagando, a fim de facultar a aquisição de novos e valiosos recursos para o autocrescimento moral e intelectual.

No período infantil, por isso mesmo, instalam-se os pródomos dos futuros conflitos que aturdem a criatura humana nas diferentes etapas de desenvolvimento psicológico, se a verdadeira afetividade e respeito pelo ser em formação não se fizerem presentes.

Herdeiro das próprias realizações, o Eu superior renasce em conjunturas sociais, econômicas, orgânicas e psíquicas a que faz jus ante os Soberanos Códigos da Divina Justiça, face ao comportamento vivenciado nas reencarnações anteriores.

Desde o momento em que mergulha nos fluidos mais densos do corpo físico, imprimem-se-lhe os impositivos do processo de evolução, dando curso ao restabelecimento do equilíbrio que se descompensou anteriormente. A pouco e pouco, o encontro ou o reencontro com o grupo familiar, no qual deverá construir a harmonia pessoal e a do clã, produz injunções predisponentes ao êxito ou ao fracasso, conforme lhe pesem na consciência os débitos morais pelos quais se sente responsável.

Por isso dispõe de um largo período de infância - o mais longo entre todos os animais - a fim de que se fixem os fatores que se irão transformar em condições próprias da existência corporal.

Quando renasce num ninho de paz, mais facilmente se lhe estruturam as perspectivas de triunfo, face às cargas emocionais de tranquilidade e amor com que as robustece, podendo seguir sob o amparo e, ao mesmo tempo, liberdade.

Em situações opostas, o martírio se lhe insculpe no inconsciente em expressões de ressentimento e medo, ódio e humilhação, perdendo o sentido elevado da existência, pela qual se desinteressa, fugindo para estados mórbidos da personalidade.







Pais irresponsáveis, perversos e castradores - doentes emocionalmente que são - inseguros de si mesmos, quase sempre descarregam os sentimentos destrutivos nos filhos incapazes de defender-se, traumatizando-os de maneira quase irreversível.

Agressões verbais e físicas constantes, através de expressões chulas e ofensivas, surras e punições outras por mônadas, bem como violências sexuais, irão constituir o infortúnio existencial daqueles que se lhes tornam vítimas indefesas.

Normalmente, quem assim age, punindo, estuprando, violentando, transfere do seu passado próximo os próprios sofrimentos que lhes pareceram injustos, e os atingiram com represálias de outrem, nesse gerando por sua vez medo e rancor, frustração sexual e insegurança. Torna-se um verdadeiro círculo vicioso de infelicitações.

Não tendo condições psicológicas para enfrentar a fragilidade pessoal interna, faz-se algoz dos filhos, através de cujo comportamento adquire poder - força de dominação - e amor desequilibrado.

A agressão física à criança é também uma forma de estupro sexual, por ocultar um conflito de desejo e de ódio, de necessidade e desprezo.

A criança - masculina ou feminina - vitimada pela ocorrência do estupro sexual, permanecerá profundamente marcada pelo sentimento de humilhação a que foi submetida, perturbando-se no desenvolvimento da própria sexualidade, que se lhe apresentará como mecanismo afligente, empurrando-a a partir desse momento e quase sempre, para uma conduta desequilibrada.

A eleição do comportamento sexual torna-se-lhe muito difícil, por não saber discernir qual a opção correta para uma existência saudável, porquanto teve os sentimentos violentados no período mais significativo do desenvolvimento das aptidões que devem manter a harmonia entre a anatomia física e a função psicológica desestabilizada.

Sentindo-se usurpada no seu direito de escolha, anula emocionalmente, a função sexual, que lhe causou o tormento, vivendo sem experienciar o prazer nem a emoção elevada que a comunhão saudável com o seu parceiro deveria proporcionar.

O sentimento de vergonha estará sempre presente, assinalando o seu desenvolvimento e conspirando contra o seu equilíbrio emocional.

Somente através de uma psicoterapia muito cuidadosa, na qual o perdão desempenhará um papel preponderante, essencial, é que se conseguirá restabelecer a integridade do indivíduo, reajustando-lhe a personalidade fissurada pelos golpes das agressões sofridas.

A infância é, sem dúvida, o período experimental para a construção de um comportamento espontâneo, sinalizado pela alegria de viver e pela disposição para crescer, desenvolvendo todos os valores que dormem no âmago do ser.







Joanna de Ângelis / Divaldo P. Franco
Texto extraído do livro “Encontro com a Harmonia”
 

Resumo de deveres

A Regra de Ouro ou Ética da Reciprocidade, “fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam” (Mt, 7:12), não é exclusividade do Cristianismo, mas máxima aproveitada, com variantes na formulação,  pelo Zoroastrismo, Judaísmo, Confucionismo, Islamismo, Budismo, Hinduísmo e também na filosofia. (Wikipédia).

* * *

Não há nas Sagradas Escrituras exemplo mais contundente sobre o assunto do que a parábola do Bom Samaritano, narrada com exclusividade por Lucas (10: 30-37):

“Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando foi assaltado e deixado semimorto”: Almas ‘por atender’ a nós não importa suas identidades. Basta-nos que possuam a cor do socorro e nós o RG da compaixão.

“Sacerdote e levita, ante o episódio, passaram ao largo”: No Plano Espiritual não será levado em conta se usávamos batina, a cor dela, se túnica ou paramento, paletó e gravata... Ser-nos-á considerado se ‘não passamos ao largo’.

“Samaritano, que ia de viagem viu-o e moveu-se de compaixão”: Na Palestina Antiga Samaritanos eram ‘persona non grata’ aos demais povos e tratados com diferença. Mas que importava isso ao socorrista já que a ninguém se identificaria?!

“Tratou suas feridas, colocou-o sobre o animal, levou-o até hospedaria próxima, cuidou-o”: Sem medo da exposição, usando de seu tempo e de seus linimentos como primeiros socorros, instalou-o em hospedaria. Caracterizados aqui a caridade moral e material, a isenção e o desprendimento.

“Pela manhã entrega ao estalajadeiro dois denários e recomenda-o a cuidar bem do ferido, pois em sua volta ao estabelecimento o ressarciria se algo a mais gastasse”: Sem cobrar tributos de gratidão, abonando o ferido como se fora um familiar e sem identificar-se ao ferido e ao hospedeiro, o samaritano segue sua viagem. Tudo o que fez foi agir, auxiliar e passar...

* * *

Sintética a regra de ouro ou ética da reciprocidade das religiões, culturas e da filosofia; dilatadas suas aplicações. Ante o resumo de deveres, um leque de opções.

A indulgência é o zíper sob o qual se fecha um fato, nossas opiniões e as considerações alheias.

(Sintonia: Cap. Psicologia da Caridade, pg. 86, Livro da esperança, de Emmanuel/Chico, CEC Editora) – (Outono frio de 2014) - www.blogdovelhinho.com.br

fonte: http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/resumo-de-deveres/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.U6LdDCh9sZY 

Cristianismo e assistencialismo


 
A caridade é um tema central no evangelho de cristo, Jesus nos ensinou a necessidade da prática da caridade em muitos momentos, como no exemplo do óbolo da viúva e também na parábola do bom samaritano.

O espiritismo nos recorda os ensinamentos de cristo e reforça a necessidade da caridade de forma ainda mais enfática, conforme podemos verificar no capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo intitulado: “Fora da caridade não há salvação”.

Sem dúvida, a obrigação de ajudar o próximo em dificuldades é individual, uma responsabilidade pessoal de cada um de nós no momento em que nos vemos numa posição em que podemos oferecer socorro a um irmão necessitado, seja ao nos depararmos com um acidente de transito, numa situação de catástrofe ou quando oferecemos uma simples palavra de apoio a uma pessoa desesperada. E nos encontramos no momento vivendo em um mundo material onde todos os espíritos (apesar de encarnados com a missão de se aperfeiçoarem moralmente) possuem necessidades materiais e onde devido às imperfeições das instituições humanas, comandadas por seres ainda imperfeitos, muitos espíritos sofrem devido à falta de recursos materiais básicos.

Apesar desta responsabilidade individual de praticar a caridade também se aplicar em relação à caridade material, não temos dúvida de que a assistência é muito mais eficaz quando praticada de forma institucionalizada pelo governo. A assistência governamental, sendo derivada de um direito estabelecido em lei, pode ser praticada de forma muito menos humilhante para aquele que recebe, que em vez de implorar pode exigir o seu direito de ver suas necessidades básicas atendidas, necessidades estas que jamais deixariam de ser atendidas caso ele vivesse em uma sociedade realmente justa.

A assistência governamental instituída pela lei não é fruto do oportunismo político de dirigentes que desejam fazer caridade com o dinheiro dos outros, nem fruto de concessão daqueles que possuem mais em favor de uma classe de “pedidores” oportunistas. A assistência governamental representa na verdade a vontade coletiva de uma sociedade cristã, que deseja praticar os princípios cristãos e que são traduzidos pelos legisladores em forma de lei que garanta condições mínimas de sobrevivência aos mais necessitados.

Mas sendo a sociedade composta por seres humanos ainda imperfeitos, a assistência governamental sempre se depara com dois problemas: o egoísmo dos que podem ajudar e não desejam ajudar e o egoísmo daqueles que não precisam de ajuda (ou precisaram e já não precisa mais) e que querem se acomodar recebendo esta ajuda.

Então qual a saída? Devemos ou não implementar políticas assistenciais (contra a vontade de alguns) em favor de pessoas dentre as quais algumas talvez nem precisem de ajuda?

O discurso contrário às políticas sociais, tanto no Brasil como em outros países como os EUA, prega que uma sociedade com um forte sistema de assistência social descambaria rapidamente para a condição de uma nação de acomodados. Mas os dados obtidos em pesquisas realizadas por instituições sérias e independentes mostram que as sociedades com sistemas assistenciais mais fortes são justamente as sociedades mais pacíficas, como os melhores índices de qualidade de vida e menor propensão para a criminalidade, sendo que também possuem altos índices de emprego da força de trabalho, ou seja, justamente o oposto do que pregam as teorias mais pessimistas.

Constatações como estas, confirmadas por todo tipo de pesquisas, não devem ser surpresa alguma para um cristão consciente de que a solidariedade, ao contrário do egoísmo, cria sempre um ambiente de cooperação e boa vontade, seja num círculo pequeno de pessoas ou quando abrange toda uma nação.

Diferentemente do discurso político contrário às ideias de assistência e solidariedade e que prega a ideia do “cada um por si”, a prática da assistência mútua dentro das famílias é absolutamente normal, sendo mesmo uma obrigação, não apenas fornecer esmolas e auxílio mínimo, mas ampla ajuda financeira para prover a melhor assistência à saúde e a melhor educação possível, dentre várias outras coisas que pais e filhos em diferentes épocas de suas vidas fornecem uns aos outros.

É neste ponto que percebemos a incoerência do discurso individualista, pois os próprios defensores destas ideias são, dentro dos seus círculos familiares, grandes exemplos da prática da assistência aos desamparados. O egoísmo predominante em relação à aqueles irmãos que nesta encarnação não se encontram dentro das relações de parentesco, não subsiste em relação à aqueles outros irmãos que no momento se encontram dentro da família consanguínea.

Conforme evolui o homem e a sociedade dos homens, podemos prever que o egoísmo tende a se enfraquecer e as teorias que pregam a solidariedade geral tendem a se fortalecer, desta forma a sociedade do futuro se parecerá cada vez mais com uma família, com responsabilidades e obrigações morais de ajuda mútua.

Mas, da mesma forma como a ajuda governamental distribuída sem critério pode se tornar um problema, a ajuda financeira distribuída sem critério entre membros de uma família pode incentivar a acomodação, a sociedade e as famílias correm o risco de se tornarem sistemas onde uns se apoiam indefinidamente sobre os outros. Por isso, devemos tentar criar bons sistemas que verifiquem as reais necessidades e que incentivem o trabalho, pois a solução para os desvios de um sistema baseado na solidariedade não pode ser a destruição do sistema e o prevalecimento do egoísmo e da indiferença. Comparando as práticas governamentais com as relações familiares, percebemos que as políticas e leis que tentam diminuir ou impedir o acesso à ajuda governamental aos mais necessitados, equivalem a leis absurdas que tentassem proibir pais e filhos de se ajudarem. O discurso enraivecido daqueles que pregam o fim das políticas assistenciais acaba se parecendo com o discurso daquele pai que abandona a família passando por necessidades e ainda se revolta contra qualquer tentativa de obriga-lo a arcar com suas responsabilidades.

Como cristãos, devemos nos guiar pelo amor em cada atitude, pensamento e opinião que expressamos. Devemos nos vigiar e sempre nos questionar se determinada ideologia não carrega mais ódio do que amor pelos que enfrentam dificuldades, se não estamos embarcando numa corrente de pensamento que é fruto mais do egoísmo do que da verdadeira preocupação pelo futuro dos nosso irmãos.

Como já foi dito, o modelo perfeito de sociedade existe e é conhecido de todos, o modelo a ser seguido é o da família. Nas boas famílias, os bons pais não incentivam a acomodação dos filhos, assim como também, em uma boa família, bons pais jamais deixam seus entes queridos desamparados.

download gratuito do livro - Janela de Luz
http://pt.slideshare.net/josedasilvadejesus9/janela-de-luz-formatado-capa-p-pdf

fonte: http://www.forumespirita.net/fe/artigos-espiritas/cristianismo-e-assistencialismo/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.U6LbnCh9sZY

ESCOLHAS - Meimei / Chico Xavier



É possível te admires das alterações que, por vezes, te desafiam o entendimento nas criaturas amadas.
Aqui determinada jovem terá sido preparada, com vistas a encargos artísticos, pelo carinho doméstico, no entanto, terá preferido os serviços de culinária, tão dignos de consideração quanto à música.
Além, certo rapaz, a quem se ofertou condições positivas para o destaque na ciência, se aconchegou, de inesperado, aos labores do campo.
Assim ocorre na vida sentimental.
Se tens o ânimo defrontado por essa espécie de surpresa, enuncia com bondade o teu diverso ponto de vista. Entretanto, ainda mesmo nos casos em que a escolha dos entes queridos se incline para estradas claramente inferiores, compadece-te e não violentes a confiança daqueles que a Divina Providência te confiou.
Não estraçalhes o nó afetivo nessa ou naquela alma que te desfruta a convivência, porque a Sabedoria da Vida saberá como e quando desatá-lo.
Nem todos te possuem a compreensão amadurecida, tanto quanto nem todos vieram ao mundo para a liderança espiritual ou para o amanho do solo.
Aceita os outros, tais quais são, sem o propósito de modificá-los, a menos que se encontrem na condição da criança que se ergue por argila de Deus em tuas mãos.
Cada criatura caminha na direção das experiências de que se reconhece necessitada.
Ampara-os, sem exigência, para que os teus sentimentos não se tisnem com a dor ou com a revolta, por vezes, imanifestas de quantos se arrastam sob as correntes invisíveis dessa ou daquela imposição.
Ama somente, agindo e servindo para o bem, porque todo coração que verdadeiramente ama, pelas leis do destino, alcançará a colheita do amor que semeia, em plenitude de união e de alegria sem fim.
pelo Espírito Meimei
Do livro: "Sinais de Rumo"
Médium: Francisco Cândido Xavier
Fonte: CACEF

sábado, 14 de junho de 2014

"Como Acontece a Reencarnação", com Drª Anete Guimarães


Esquecendo ofensas

Amir e Farid eram dois mercadores árabes muito amigos.
Sempre viajavam juntos. Cada qual com seus camelos, mercadorias, escravos e empregados.
Numa das viagens em que o calor se apresentava abrasador, pararam às margens de um grande rio.
Farid resolveu tomar um banho e para isso mergulhou nas águas caudalosas. Um momento de distração e acabou sendo arrastado pela correnteza do rio.
Amir, pressentindo o risco que corria o amigo, atirou-se no rio e o salvou, embora com esforço.
Muito agradecido, Farid chamou um dos seus escravos e lhe ordenou que escrevesse numa pedra próxima, em letras grandes e profundas:
Aqui, com risco de perder sua própria vida, Amir salvou o seu amigo Farid.
A viagem prosseguiu. Os negócios se realizaram e no retorno, pararam no mesmo local para um descanso rápido.
Recomeçando a conversar, iniciaram uma discussão por divergência de opiniões.
Com os ânimos acirrados, Amir esbofeteou Farid.
Então Farid se aproximou da margem do rio, escolheu uma pequena vara e escreveu na areia:
Aqui, por motivos tolos, Amir esbofeteou Farid.
O escravo que escrevera na rocha a frase anterior, ficou intrigado e perguntou: Senhor, quando fostes salvo, mandastes gravar o feito numa pedra. Agora escreveis na areia a ofensa recebida. Por que agis assim?
Farid olhou o escravo e respondeu com sabedoria:
Os atos de bondade, de amor e de abnegação devem ser gravados na rocha para que todos os que tiverem oportunidade de tomar conhecimento deles, procurem imitá-los.
Porém, quando recebermos uma ofensa, devemos escrevê-la na areia, bem perto das águas, para que seja por elas levada. Assim procedendo, ninguém tomará conhecimento dela. E, acima de tudo, para que qualquer mágoa desapareça de pronto do nosso coração.
Sábia ponderação de Farid.
Se agíssemos todos desta forma teríamos menos ódio e malquerenças no mundo.
A gratidão seria a nota constante nos relacionamentos, humanos. Ninguém esqueceria o bem recebido.
Igualmente, os gestos de bondade se espalhariam, pois seriam causa de imitação por muitos.
Em contrapartida, menos doenças e indisposições seriam geradas pelos homens, pois não alimentando mágoa, nem rancores, viveriam mais serenamente, o que equivale a menos propensão a enfermidades.
A mágoa é sempre geratriz de infortúnios para si e de infelicidade para os outros.
* * *
Por ser o mais sábio terapeuta, Jesus recomendou o perdão aos inimigos.
E mais: Ele recomendou que pagássemos o mal com o bem.
Isso porque o bem felicita sempre aquele que o pratica.
Redação do Momento Espírita, com base em história publicada no Jornal Correio Fraterno do ABC, de janeiro/1997. Disponível no cd Momento Espírita, v. 2, ed. Fep.

Gostou da mensagem? Ela está disponível no CD:

R$ 20,00

CD - Momento Espírita - Vol. 02
Seleção das melhores mensagens
EQUIPE FEP
Contém a coletânea das mensagens mais solicitadas pelo público, já veiculadas através do programa de rádio Momento Espírita. Título das faixas do CD Volume 2: 1) Bom dia! 2) O perdão 3) Poder e Vaidade 4) Socorro do céu 5) Gratidão 6) Jóias devolvidas 7) A ponte 8) Oração atendida 9) Educação 10) Esquecendo ofensas 11) Perda de afetos 12) A delinquência 13) Dia de luz 14) Deus na natureza 15) Perfil do otimismo. Tempo de duração 1 h e 6 min.

domingo, 1 de junho de 2014

Pequenas trocas – Grandes mudanças



 
Imagino um neófito (pessoa recém-entrada numa nova cultura, num novo conhecimento) querendo se tornar espírita. Chega a qualquer Casa Espírita do País e certamente se deparará com algumas informações e práticas interessantes.
     Certamente ouvirá que o Espiritismo se fundamenta em Allan Kardec, que essa Doutrina é o Cristianismo redivivo, que ela aborda três aspectos dos quais não nos afastamos sem prejuízos (a ciência, a filosofia e a moral ou religiosidade), que dentro de seus postulados se destacam Deus, a pluralidade dos mundos habitados e das existências, o intercâmbio entre os seres humanos e os Espíritos desencarnados, a figura magistral de Jesus e o progresso espiritual; tudo isso sem falar na grande verdade de que precisamos crescer em amor e sabedoria.
     Tudo isso está corretíssimo, mas atualmente algumas “pequenas trocas” têm favorecido que grandes mudanças no entendimento gerem preocupações.
     Vejamos alguns exemplos.
     Allan Kardec é a base e, portanto, toda a sua obra espírita; mas a preocupação parece ser de apenas se divulgar o “pentateuco”, como se as demais obras dele não fizessem parte do contexto.
     O Cristianismo, para ser considerado redivivo, deve não só explicar o que não foi dado a entender aos povos antigos, mas, sobretudo ser exemplificado, no dia a dia, como viver-lhe os postulados, tanto administrativamente como em termos de vida pessoal, mormente dos que se põem a apresentá-lo e defendê-lo. Ou seja: acima de tudo o Espiritismo precisa ser cristão, no seu sentido amplo, e não só na literalidade de algumas frases.
     O Codificador foi pródigo em deixar claro o aspecto trino da Doutrina Espírita, mas parece que quem mergulha nas feições científicas e/ou filosóficas dessa abençoada fonte de luzes é quase sempre encarado como “um ser à parte”, como se pesquisas e filosofias fossem avessas aos princípios básicos do Espiritismo. Haja vista o que se tem feito para se desmotivar o estudo em torno do Magnetismo ou a quase prevenção existente contra os questionadores, filósofos, portanto.
      No bojo de tudo isso, adaptamos termos, improvisamos outros e desconfiguramos outros mais. Magnetizador e magnetismo trocamos para passista e passes, levando o neófito a não encontrar nada a respeito na obra de Kardec; a vontade foi substituída pela frágil boa vontade; no lugar da necessidade de estudarmos e fazermos com sabedoria o que nos cabe, veio a frase “os Espíritos fazem tudo”, levando a maioria ao improdutivo cruzar de braços; os insucessos dos estudos ou das terapias ditas espíritas são apontados como “falta de merecimento” da parte de quem não se sai bem; as dores e mazelas das pessoas, normalmente são apontadas como originadas de antigas encarnações, como se a lei de reencarnação fosse muito mais voltada para punir do que para oferecer oportunidade de recuperação dos seres; os contatos com os Espíritos só serão possíveis se Eles quiserem, derrogando o que Allan Kardec preconizou acerca das evocações, pois mais forte do que o ensinado pelo Mestre Lionês vinga uma simplória frase: “o telefone só toca de lá pra cá”; e a fé, aquela que enfrenta a razão em todos os tempos e lugares, é tratada como se não nos permitisse discordar de ideias que vem não se sabe de onde, não abre espaço para que tenhamos pontos de vista diferentes, não enfrenta qualquer razão, posto que é de todo emocional…
     A Doutrina Espírita é magistral, grandiosa, linda e frondosa, nos permitindo viver a vida como uma grande bênção e não como um enorme castigo ou ameaças deste. E o que temos feito para que ela seja o que deve ser? Será que deixar como está é suficiente para seu ressurgimento? Se Allan Kardec fosse espírita nos dias atuais deixaria tudo como está ou procuraria resgatar o que parece estar escapando de nossas mãos, de nossas vidas?
     Que nossos roteiros de estudos tragam de volta Allan Kardec e Jesus, do contrário, de tão pálido, o Espiritismo será apenas mais um movimento, tão-somente mais uma igreja. 

(Correio Espirita -site)
fonte:  WWW.ADDE.COM.BR
          

Refletindo sobre o amor ao próximo

O tema de reflexão em nosso grupo de estudo era: o amor ao próximo como a si mesmo e, também, o relato de Lucas: Tratai todos os homens como quereríeis que eles vos tratassem. (Lucas, cap. 6, v. 31.)

Em meio aos comentários foi lembrado um texto já oriundo dessas reflexões, que José Antonio tirou de sua pasta e, com aprovação de todos, passou a ler:

O Evangelho de Lucas relata em seu capítulo 15, versículos 25 a 37, um episódio muito interessante, quando Jesus fala sobre o amor ao próximo.

Na linguagem dos dias atuais a ocorrência seria assim:

Jesus estava cercado por um grupo de pessoas que ouvia os seus ensinamentos.

Dentre eles levantou-se um homem que seria doutor da lei, autoridade para interpretar as Escrituras, que o interrogou, com o objetivo de tentá-lo.

- Mestre, que preciso fazer para ganhar a vida eterna?

Jesus olhou para ele, naturalmente penetrou o seu íntimo, sondou as suas intenções e tranquilamente respondeu-lhe:

- O que está escrito na Lei? O que você lê nela?

O doutor da Lei, possivelmente, empertigou-se, e com o seu “saber”, respondeu:

- Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e de todo o teu espírito, e a teu próximo como a ti mesmo.

Disse-lhe então o Mestre Jesus:

- Respondeste  muito bem. Faze isso e viverás a vida eterna.

No entanto, o doutor da Lei, querendo mostrar a sua sabedoria, quis, mais uma vez, testar Jesus.

- Quem é o meu próximo?

Jesus contemplou-o, passou o olhar pela multidão e esclareceu:

- Um homem que ia de Jerusalém para Jericó foi assaltado por ladrões que o roubaram e agrediram, deixando-o semimorto.

Passado algum tempo um sacerdote passava pelo mesmo local, viu o homem caído ao lado da estrada, porém seguiu adiante.

Em seguida, passou pelo local um levita (também incumbido do culto) observou o homem caído e espoliado e seguiu adiante.

Um samaritano (habitante da Samaria, portanto, não era judeu) vindo em sua viagem chegou ao mesmo local.

Olhou a vítima estirada no chão, encheu-se de compaixão, aproximou-se dele, colocou óleo e vinho nas suas feridas, delas cuidando.

Depois o colocou no seu cavalo, levou-o a uma hospedaria e cuidou dele.

No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro, dizendo:

- Trate muito bem desse homem e o que gastares a mais eu te pagarei quando regressar.

Então Jesus interrogou:

- Qual desses três te parece ter sido o próximo daquele homem que foi assaltado?

O doutor da Lei respondeu:

- Aquele que usou de misericórdia com ele.

Concluiu Jesus:

- Então, vai e faze o mesmo.

Sem dúvida essa história de Jesus é muito emblemática para exemplificar o amor ao próximo.

Um judeu é assaltado, o sacerdote judeu (homem de Deus) olha e não o acode.

Um levita (judeu descendente da tribo de Levi, construtor de tabernáculos) também observa, mas não socorre.

Um samaritano (habitante da Samaria, por quem os judeus tinham inimizade) é quem socorre o homem semimorto e se constitui no exemplo de amor ao próximo.

Jesus quebrava paradigmas: o fanatismo e o fundamentalismo religioso; a rigidez e hierarquia religiosa; a hipocrisia manifesta na exterioridade religiosa.

Por outro lado, demonstra a verdadeira religiosidade como forma de manifestação do amor ao próximo, de maneira concreta e adequada, seja no contexto individual ou coletivo.

Durante algum tempo os membros do grupo trocaram ideias a respeito desse ensinamento tão profundo do Mestre Jesus e sua aplicação de forma concreta. 

Aylton Paiva

Obsessão e Reciprocidade

A obsessão corresponde a certa influência perniciosa na mente. Etimologicamente o termo tem sua origem no vocábulo obsessione, palavra latina que significa impertinência, perseguição. Os dicionaristas costumam definir a palavra como sendo uma preocupação com determinada ideia, que domina doentiamente o espírito, resultante ou não de sentimentos recalcados. A terminologia obsessão é usada, comumente, para denotar ideia fixa em alguma coisa, tique nervoso, gerador de manias, atitudes estranhas etc. Na perspectiva espírita, o termo tem uma acepção e explanação mais amplas. Consubstancia-se na influência maléfica relativamente inflexível que desencarnados e/ou encarnados, tão ou mais atrasados que nós mesmos, podem exercer sobre a nossa estrutura psicofísica.
Kardec elucida que "se os médicos são malsucedidos, tratando da maior parte das moléstias, é que tratam do corpo, sem tratarem da alma. Ora, não se achando o todo em bom estado, impossível é que uma parte dele passe bem". (1) O psiquiatra tradicional por exemplo, diz que obsessão é um pensamento ou um impulso persistente ou recorrente, indesejado e aflitivo, que vem à mente involuntariamente, a despeito de tentativa de ignorá-lo ou de suprimi-lo.
Os ortodoxos da medicina, sob os antolhos do materialismo decrépito, não admitem nada fora da matéria, portanto, não podem entender uma causa oculta (espiritual). Quando a academia científica tiver saído da extemporânea rotina mecanicista, ela reconhecerá na ação do mundo invisível que nos cerca e no meio do qual vivemos uma força que reage sobre as coisas físicas tanto quanto sobre as coisas morais. Esse será um novo caminho aberto ao progresso e a chave de uma multidão de fenômenos mal compreendidos pela escola psiquiátrica.
Não há razão para que a Psiquiatria condene os processos espíritas no tratamento dos casos de obsessão e auto-obsessão. É muito importante ampliar o entendimento das causas originais de uma esquizofrenia sob o impacto da obsessão e considerar imprescindível o tratamento espiritual [desobsessão, passe, água fluidificada, oração] oferecido pela Doutrina Espírita, com base nos ensinamentos do Cristo, que um dia, inevitavelmente, constará nas propostas científicas para o tratamento de todas as doenças humanas.
Nosso mundo mental é como um céu, contudo do firmamento descem raios de sol e chuvas benéficas para a vida planetária, assim como, no instante do atrito de elementos atmosféricos, desse mesmo céu procedem faíscas elétricas destruidoras. Da mesma forma funciona a mente humana. Dela se originam as forças equilibrantes e restauradoras para os trilhões de células do organismo físico, mas quando perturbada, emite raios magnéticos de elevado teor destrutivo para a nossa estrutura psíquica.
Como máquina, nosso corpo se encontra sujeito a desgastes naturais, até porque muitos obsidiados não sabem usufruir do corpo de forma correta. Nesse sentido, os obsessores (encarnados e desencarnados) sabem explorar, até que o enfermo chegue à patologia de difícil diagnóstico. O estado obsessivo procede da intimidade do homem, exteriorizando-se em forma de tormentos físicos, mentais e emocionais. Suas causas quase sempre remontam a vidas passadas.
Paixões, ódios, fanatismo, avareza e muitos outros fatores são as fontes geradoras da obsessão, que atualmente se constitui um dos mais terríveis flagelos da humanidade. A mente transmite ao corpo, a que se ajusta durante a encarnação, todos os seus estados felizes ou infelizes, equilibrando ou conturbando o ciclo de causa e efeito, portanto, a obsessão é uma patologia que guarda a sua origem profunda no Espírito que delinquiu.
O melhor processo para nos livrarmos de um obsessor é nos tornarmos bons. Chico Xavier disse não “adiantar ao diabo ficar soprando onde não há brasas”. É verdade! As trevas exteriores se ligam pelas sombras interiores. O que nos algema a um obsessor é a iniquidade que alimentamos nas atitudes e intenções. O que nos vincula a um obsessor vingativo é a nossa obstinação de não perdoar. O que nos conecta a um obsessor infeliz é o desgosto que cultivamos no coração.
Muitas vezes procurado pelos obsidiados, Jesus adentrava mentalmente nas causas da sua inquietude e, usando de sua autoridade moral, libertava tanto os obsessores quanto os obsidiados, permitindo-lhes o despertar para a vida animada rumo à recuperação e à pacificação da própria consciência. Entretanto, Jesus não libertou os obsidiados sem lhes impor a intransferível necessidade de renovação íntima, nem ejetou os perseguidores inconscientes sem fornecer-lhes o endereço de Deus.
Em resumo, identificamos sempre na obsessão (espiritual) o resultado da invigilância e dos desvios morais. Para garantirmo-nos contra a sua influência, urge fortalecer a fé pela renovação mental e pela prática do bem nos moldes dos códigos evangélicos propostos por Jesus Cristo, não nos esquecendo da narrativa de Mateus: “vigiai e orai para que não entreis em tentação”. (2)

Referências:
[1] Kardec, Allan. Evangelho Segundo o Espiritismo, RJ: Ed. FEB, 2001, Introd., item XIX
[1] Mt 26,41

Jorge Hessen
fonte:  http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/obsessao-e-reciprocidade/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.U4vXqih9sZY

Se a vida fosse uma estrada.


Cada um de nós caminha pela vida como se fosse um viajante que percorre uma estrada.
Há os que passam pouco tempo caminhando e os que ficam por longos anos.
Há os que veem margens floridas e os que somente enxergam paisagens desertas.
Há os que pisam em macia grama e os que ferem os pés em pedras pontudas e espinhos.
Há os que viajam em companhias amigas, assinaladas por risos e alegria. E há os que caminham com gente indiferente, egoísta e má.
Há os que caminham sozinhos - inclusive crianças - e os que vão em grandes grupos.
Há os que viajam com pai e mãe. E os que estão apenas com os irmãos. Há quem tenha por companhia marido ou esposa.
Muitos levam filhos. Outros carregam sobrinhos, primos, tios. Alguns andam apenas com os amigos.
Há quem caminhe com os olhos cheios de lágrimas e há os que se vão sorridentes.
Mas, mesmo os que riem, mais adiante poderão chorar. Nessa estrada, nunca se conheceu alguém que a percorresse inteira sem derramar uma lágrima.
Pela estrada dessa nossa vida, muitos caminham com seus próprios pés. Outros são carregados por empregados ou parentes.
Alguns vão em carros de luxo, outros em veículos bem simples. E há os que viajam de bicicleta ou a pé.
Há gente branca, negra, amarela. Mas se olharmos a estrada bem do alto, veremos que não dá para distinguir ninguém: todos são iguais.
Há gente magra e gente gorda. Os magros podem ser assim por elegância e dieta ou porque não têm o que comer.
Alguns trazem bolsas cheias de comida. Outros levam pedacinhos de pão amanhecido.
Muitos gostam de repartir o que têm. Outros dão apenas o que lhes sobra. Mas muita gente da estrada nem olha para os viajantes famintos.
Há pessoas que percorrem a estrada sempre vestidas de seda e cobertas de joias. Outros vestem farrapos e seguem descalços.
Há crianças, velhos, jovens e casais, mas quase todos olham para lugares diferentes.
Uns olham para o próprio umbigo, outros contemplam as estrelas, alguns gostam de espiar os vizinhos para fofocar depois.
Uma boa parte conta o dinheiro que leva e há os que sonham que um dia todos da estrada serão como irmãos.
Entre os sonhadores há os que se dedicam a dar água e pão, abrigo e remédio aos viajantes que precisam.
Há pessoas cultas na estrada e há gente muito tola. Alguns sabem dizer coisas difíceis e outros nem sabem falar direito.
Em geral, os sabichões não gostam muito da companhia dos analfabetos.
O que é certo mesmo é que quase ninguém na estrada está satisfeito. A maioria dos viajantes acha que o vizinho é mais bonito ou viaja de forma bem mais confortável.
É que na longa estrada da vida, esquecemos que a estrada terá fim.
E, quando ela acabar, o que teremos?
Carregaremos, sim, a experiência aprendida durante o tempo de estrada e estaremos muito mais sábios, porque todas as outras pessoas que vimos no caminho nos ensinaram algo.
A estrada de nossa existência pode ser bela, simples, rica, tortuosa. Seja como for, ela é o melhor caminho para o nosso aprendizado.
Deus nos ofereceu essa estrada porque nela se encontram as pessoas e situações mais adequadas para nós.
Assim, siga pela estrada ensolarada. Procure ver mais flores. Valorize os companheiros de jornada, reparta as provisões com quem tem fome.
E, sobretudo, não deixe de caminhar feliz, com o coração em festa, agradecido a Deus por ter lhe dado a chance de percorrer esse caminho de sabedoria.


Redação do Momento Espírita
fonte: WWW.ADDE.COM.BR