NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



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Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

A ciência já comprovou a reencarnação?

O Espírito realmente existe? E, se a resposta for positiva, será ele imortal? E, mais ainda: suscetível de retornar ao mundo por um novo nascimento, proposta esta da reencarnação? Tais perguntas são desprovidas de lógica para um espiritista convicto como eu, que não tenho fé em tais perspectivas, mas sim, algo de muito concreto, de certeza adquirida, tal como princípios muito bem resolvidos em mim mesmo, e, portanto, já não se trata de questões de ordem fideísta, e sim, de coisas inabaláveis, tão certas como a obviedade de que o Sol é o centro do nosso sistema de mundos, sistema, portanto, heliocêntrico, e não geocêntrico da ingênua postura anterior.

Ora, se a evolução, ao longo do tempo, tem como escopo o aperfeiçoamento da espécie, ou, das muitas espécies, qual seria o ponto culminante da mesma? Até onde seríamos levados, e por quem? Se a evolução se dá do menor para o maior, do verme ao homem, qual o ápice do homem? Não seria a Consciência, o Espírito? Penso que sim, que o cume da evolução seria este despertar do Ser Principal, e que evolve ainda, certamente, para planos éticos e conscienciais mui sublimados, conquanto, ainda, de nossa incompreensão.

Isto, pois, é o que o Espiritismo preceitua: que a evolução há de ser conduzida por algum princípio diretor e organizador da matéria, que, obviamente, vai se sutilizando na medida em que os grosseiros corpos se vão, também, e, como consequência, se substituindo e se embelezando na escala evolucional, desde os primeiros tipos ao homo sapiens, ápice de aperfeiçoamento a que chegamos desde as primeiras formas de remotíssimos tempos.

Do ponto de vista antropológico, ou, das mais diversas culturas humanas, o fato é que a reencarnação se patenteia como algo multimilenar, atingindo, no Cristianismo, sua forma confirmativa de máxima expressão nos termos seguintes: “É preciso que nasçais de novo” (Jesus).

Para se purificar e se elevar consoante expresso no: “sede perfeitos como vosso Pai Celestial é Perfeito”, sendo tais sentenças, esta e aquela outra, preceituadas antes mesmo do Cristo, nas antigas e sábias culturas gregas, afirmando, por exemplo, que:

“Depois da nossa morte, o gênio que nos fora designado durante nossa vida, nos conduz para um lugar onde se reúnem todos aqueles que devem ser conduzidos ao Hades, para aí serem julgados. As almas, depois de terem permanecido no Hades o tempo necessário, são reconduzidas a esta vida em numerosos e longos períodos”. (Sócrates).

Sendo “o gênio”, um anjo da guarda; o “Hades”, um local do mundo invisível; e, “são reconduzidas a esta vida”, pela reencarnação, por inúmeras vezes e por longos períodos, até que se dê a sua purificação. O que se confirma na mais completa, mais generosa e consoladora Doutrina de todos os tempos da humanidade, se firmando no mundo como Cristianismo Redivivo – ou Espiritismo - com seus filósofos e cientistas mais eminentes, tais como Kardec, Denis, Flammarion, Delanne, Crookes e muitos outros mais que lhe confirmaram sobejamente, ao âmbito da verdade, da mais rigorosa Ciência experimental.

Presentemente, cientistas renomados tais como os Drs. Banerjee, Hernani Andrade, Ian Stevenson têm deduzido que a reencarnação é hoje uma hipótese científica não descartável, a solucionar, por sua vez, o tão controverso problema da sobrevivência humana. Para que se possa apreciar como a Ciência vem tratando seriamente a questão, repisemos algo relativo ao trabalho do catedrático de psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade de Virgínia/EUA, Dr. Ian Stevenson: “Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação” (1970 – Edit. Difusora Cultural).

Nas décadas de pesquisas em que percorreu o mundo todo, o Dr. Stevenson conseguiu levantar mais de 3.000 casos mui bem detalhados que reforçam a Palingenesia, o retorno do Espírito à vida material, ou, simplesmente, Reencarnação. Dito pesquisador prestou-se ao trabalho de descobrir pessoas, de preferência crianças que, desde tenra idade, revelassem, aos de sua convivência, conhecer dados de um passado transcorrido, dados estes que surgiam no cérebro do infante como lembranças precisas de uma vida anterior.

Mas não se trata de brincadeiras ou de fantasias infantis, pois que tais elementos deram informações confirmantes de suas vidas passadas, com a menção de nomes de pessoas, parentes, datas, objetos de uso pessoal, lugares onde viviam etc., com uma precisão e uma firmeza admirável, a ponto de levar à convicção até mesmo os mais refratários a tal ideia. Com postura positivista, de quem busca a verdade de forma imparcial, o Dr. Stevenson foi constatando, após uma minuciosa apuração de dados e exaustivos labores de campo para a sua confirmação, que aqueles informes, envolvendo outras pessoas, outros lugares, ambientes e objetos do seu conhecimento e de uso pessoal, retratavam a mais fiel e surpreendente verdade: a de que o Espírito é um fato concreto, que tal já experienciara outras vidas, já reencarnara outras personalidades no curso do tempo-evolução.

Espírito este que, reencarnado, chega até mesmo aos prantos ao reencontrar-se com familiares e amigos do pretérito vivido; que se emociona, junto com os demais, ao trocar confidências íntimas só deles conhecidas e de mais ninguém; Espírito este que, reencarnado, tem a plena recordação de localidades, de fatos e ocorrências pormenorizadas absolutamente reais, extraídos do cotidiano vivido no mundo, da própria experiência do “sujet” que, no seu montante, dão o mais autêntico testemunho da Lei Palingenésica, da Reencarnação.

Negá-la, por uma fé simplista e cega, e, portanto, por ignorância, até se compreende; mas por vis interesses de casta, de grupos que pretendem esconder a verdade, é deveras baixo e extremamente reprovável.

Mas a recordação precisa de vidas passadas são casos eventuais; eles só se verificam pela permissão divina para que o homem pesquise, faça suas minuciosas observações e retire conclusões filosóficas do fato experimental. Tais casos, pois, servem para afastar o homem da ignorância, ampliando-lhe os horizontes da vida, constatando sua imortalidade, conquanto tenha de viver outras vidas, outras provas da reencarnação.

Com isto, o presente viver, o nosso hoje, parece não ter tido o seu início no berço, e sim, no longínquo ontem de eras passadas, pois que o homem, ao que tudo indica, e, por provas irrecusáveis, é um Ser palingenésico imortal.

Verdade que a Ciência moderna e, independente de quaisquer religiões ou posturas filosóficas de antanho, está descobrindo ou confirmando por suas próprias experienciações! 

Nota do articulista:

O Dr. Stevenson nunca foi espírita, mas deixou provas cabais que confirmam os postulados espiritistas; o seu livro, resumos e tudo o mais, já está disponibilizado na internet para quem tenha interesse em ampliar seus horizontes científicos e culturais, libertando-se das amarras do preconceito e da ignorância humanas.

                  Fernando Rosemberg Patrocínio

fonte: http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/a-ciencia-ja-comprovou-a-reencarnacao/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.Urt5AbRcXTI

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Valores Imortais

Olá amigos! É maravilhoso como os benfeitores continuam divulgando o Espiritismo, plantando sementes de luz pelos recantos do Brasil. Muitos olham sempre para os grandes centros esquecendo que a Espiritualidade não tem preferências. Até mesmo lugares remotos, cidades pequenas do interior do Brasil, são lugares onde a Doutrina Espírita vai se espalhando de forma empolgante.
A mensagem abaixo foi psicografada no Centro Espírita Caminhando com Jesus, fundado ano passado por orientação do Espírito Cairbar Schutel. Há pouco tempo foi fundado outro numa cidade vizinha, Mataraca-PB, com o nome Grupo Espírita Eurípedes Barsanulfo, se teve orientação do benfeitor não faço ideia, mas a possibilidade existe.
Muitos podem não acreditar que Espíritos de escol como estes podem estar trabalhando também em lugares pequenos sem popularidade, que devemos verificar a veracidade dos fatos em busca de provas e toda aquela desconfiança, que muitas vezes é estéril e fundada em pura vaidade e inveja. Sim, a possibilidade de embuste existe, porém, eu mesmo estive no Caminhando com Jesus e acompanhei o trabalho, vi que é um Centro Espírita atuante na região e fiel aos estudos da Codificação.
Os amigos desconfiados devem lembrar que Jesus trouxe a Boa Nova na região da Galiléia, lugar simples, de pescadores, que mal era citado em outros lugares, ou seja, é totalmente possível a atuação de Espíritos de alta envergadura que continuam na Erraticidade o trabalho Divino de divulgação, consolação e esclarecimento da Doutrina dos Espíritos.

Vamos à mensagem:

Valores Imortais

Uma vida melhor, um trabalho melhor, ou, até mesmo um trabalho.

Um casamento feliz, filhos sadios, realização pessoal.

É a esperança que movimenta o progresso e anda de mãos dadas com a
perseverança, necessária para manter a esperança ativa.

Porém, quando a consciência desperta para a convicção da vida além da
vida, essa esperança se reveste de novos ingredientes.

Não se contenta em investir apenas para uma existência, mas para a eternidade.

E neste aspecto, se sobressai como necessário, o cultivo da caridade,
do amor e do perdão.

A partir dos mundos físicos onde se processa o campo de lutas,
necessário a evolução.

Onde se vence os desafios e se conquista a liberdade do espírito.

É um investimento que diante do infinito se faz em curtíssimo prazo,
mas que repercute indefinidamente na vida do espírito.

Por isso é preciso definir bem as escolhas, pois elas determinarão o
vosso futuro.

Escolhei, tende em mente o bem do próximo, investimento seguro para a
vida imortal.

E dessa forma, estareis atendendo as expectativas daquele que se
ofertou por vós e alimenta a esperança de que sereis vencedores.

Muita paz


Mensagem recebida pelo médium Raimundo na reunião mediúnica do Centro Espírita
Caminhando com Jesus, em 26/11/2013. Jacaraú-PB.

fonte: http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/valores-imortais/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.UrCcW-JcXTI 

PROVÉRBIOS ANTIGOS

Trabalha, atendendo a Deus,
Seja inverno ou primavera,
Recorda que o dia findo
Nunca mais se recupera.

Desconfia da bondade
De todo e qualquer irmão,
Que passa o dia a queixar-se
De espinhos da ingratidão.

Equilibra-te na estrada.
Não guardes excesso algum,
O lobo farto, igualmente,
No outro dia faz jejum.

Entende, primeiramente,
O que diga o companheiro,
Escuta silencioso
E fala por derradeiro.

Entre os servos de Jesus
Que sabem honrar seus brios,
Jamais há necessidade
De lisonjas e elogios.

O excesso de solidão.
Nas lutas da humanidade,
Pode ser muita virtude
Ou muita perversidade.

Não te esqueças que, entre os maus,
Enquanto há passas e figos,
Terás sempre, em derredor,
Bons vinhos e bons amigos.

Não te queixes contra a sorte,
No serviço edificante.
Não existe boa terra
Sem lavrador vigilante.

Enfrenta a luta sem medo...
Há muito pobre mortal
Que foge à fumaça negra
E cai no fogo infernal.

Guarda a língua no caminho
Usando a misericórdia...
O silêncio da humildade
Acende a luz da concórdia.

Aprende a ser venturoso
Com teus préstimos e dons.
Nem todos podem ser grandes
Mas todos podem ser bons.

Procede zelosamente
Na imitação de Jesus.
O demônio, muitas vezes,
Esconde-se atraz da cruz.




pelo Espírito Casimiro Cunha - Do livro: Coletâneas do Além, Médium: Francisco Cândido Xavier.

NO CAMPO ESPÍRITA

Amigos, Jesus nos ampare.

Em verdade, partilhamos no Espiritismo os júbilos de uma festa.

Assemelhamo-nos a convivas privilegiados num banquete de luz.

Tudo claro.

Tudo sublime.

No entanto, ninguém se iluda.

Não somos trazidos à exaltação da gula.

Fomos chamados a trabalhar.

A Terra de agora é a Terra de há milênios.

E somos, por nossa vez, os mesmos protagonistas do drama evolutivo.

Remanescentes da animalidade e da sombra...

Ossuários na retaguarda, campos de luta no presente...

Meta luminosa por atingir no futuro distante.

Somos almas transitando em roupagens diversas.

Cada criatura renasce no Planeta vinculada às teias do pretérito.

Problemas da vida espiritual são filtrados no berço.

E, por isso, na carne, somos cercados por escuros enigmas do destino.

Obsessões renascentes.

Moléstias congeniais.

Dificuldades e inibições.

Ignorância e miséria.

Em todos os escaninhos da estrada, o serviço a desafiar-nos.

Cristo em nós, reclamando-nos o esforço. A renovação mental rogando a renovação da existência.

O Evangelho insistindo por expressar-se. Mas, quase sempre, esposamos a fantasia.

Cegos, ante a Revelação Divina, suspiramos por facilidades.

E exigimos consolações e vantagens, doações e favores.

Suplicamos intercessões indébitas. Requisitamos bênçãos imerecidas. Nossa Doutrina, porém, é um templo para o coração, uma escola para o cérebro e uma oficina para os braços.

Ninguém se engane.

Não basta predicar.

Não vale fugir aos problemas da elevação.

Muitos possuem demasiada ciência, mas ciência sem bondade.

Outros guardam a bondade consigo, mas bondade sem instrução.

No trabalho, porém, que é de todos, todos devemos permutar os valores do concurso fraterno para que o Espiritismo alcance os seus fins.

Precisamos da coragem de subir para aprender.

Necessitamos da coragem de descer dignamente para ensinar.

Caridade de uns para com os outros.

Compreensão incansável e auxílio mútuo.

Em nossos lares de fé, lamentamos as aflitivas questões que surgem...

As rogativas extravagantes, exibindo mazelas morais.

As frustrações domésticas.

Os desequilíbrios da treva.

Os insucessos da luta material.

As calamidades do sentimento.

As escabrosas petições.

E proclamamos com azedia que semelhantes assuntos não constituem temas espíritas.

Realmente, temas espíritas não são.

Mas são casos para a caridade do Espiritismo e de nós outros que lhe recolhemos a luz.

Problemas que nos solicitam a medicina espiritual preventiva contra a epidemia da obsessão.

Mais vale atender ao doente, antes da crise mortal, que socorrê-lo, em nome do bem, quando o ensejo da cura já passou.

Em razão disso, o trabalho para nós é desafio constante.

Trabalho que não devemos transferir a companheiros da Vida Espiritual, algumas vezes mais necessitados de luz que nós mesmos.

O serviço de amparo moral ao próximo é das nossas mais preciosas oportunidades de comunhão com Jesus, Nosso Mestre e Senhor, porque, comumente, uma boa conversação extingue o incêndio da angústia.

Um simples entendimento pode ajudar muitas vidas.

No reino da compreensão e da amizade, uma prece, uma frase, um pensamento, conseguem fazer muito.

Quem ora, auxilia além do corpo físico.

Ao poder da oração, entra o homem na faixa de amor dos anjos.

Mas, se em nome do Espiritismo relegamos ao mundo espiritual qualquer petição que aparece, somos servidores inconscientes, barateando o patrimônio sagrado, transformando-nos em instrumentos da sombra, quando somente à luz nos cabe reverenciar e servir.

Também fui médium, embriagado nas surpresas do intercâmbio.

Deslumbrado, nem sempre estive desperto para o justo entendimento.

Por esse motivo, ainda sofro o assédio dos problemas que deixei insolúveis nas mãos dos companheiros que me buscavam, solícitos.

Ajudemos a consciência que nos procura, na procura do Cristo.

Só Jesus é bastante amoroso e bastante sábio para solucionar os nossos enigmas.

Formemos, assim, pequenas equipes de boa-vontade em nossos templos de serviço, amparando-nos uns aos outros e esclarecendo-nos mutuamente.

Assim como nos preocupamos no auxílio às crianças e aos velhos, aos famintos e aos nus, não nos esqueçamos do irmão desorientado que a guerra da treva expia.

Doemos, em nome do Espiritismo, a esmola de coração e do cérebro, no socorro à mente enfermiça, porque se é grande a caridade que satisfaz aos requisitos do corpo, em trânsito ligeiro, divina é a caridade que socorre o Espírito, infatigável romeiro da Vida Eterna.




pelo Espírito Pascoal Comanducci - Do livro: Instruções Psicofônicas, Médium: Francisco Cândido Xavier.

Veja Deus como se fosse um sol

Veja Deus como se fosse um sol

Ao orar, procure ver Deus como um sol que envia
raios fortíssimos sobre você.
Sinta-os penetrando em todo o seu ser e dando-lhe saúde física,
vigor intelectual e energia espiritual.
Detenha-se a "admirá-lo".
Esteja certo de que coisas boas lhe estão sendo carreadas.
Veja-se curado de enfermidades.
Reconheça-se livre de embaraços, dúvidas e problemas.
Agradeça de coração.
Reverencie essa fonte de alegria e paz.
Toda prática que ensina a bem viver é aprovada por Deus.
Gotasdepaz

Sofredores


"O meu reino não é deste mundo."
João: 18-26.



 



Um sem número deles transitam, ainda, pelas faixas do instinto, adquirindo melhores experiências para o sentimento.

Trazem na face os profundos sulcos da miséria em que rebolcam, assinalados pelo desinteresse de progredir, e, assoberbados pelas prementes necessidades da sensação, brutalizados, se demoram...

Expressiva quantidade expunge os equívocos em que se comprazem, padecendo as necessárias limitações de que precisam para avançar e crescer.

Outros tantos recebem as consequências da imprudência da atualidade mesma, passando a sofrer as constrições a que fazem jus por indisciplina e leviandade.

Todos, porém, estão ansiosos por adquirir paz e sequiosos de encontrar socorro.

Passam e assinalam a senda com as pegadas da tristeza ou do desespero, como se constituíssem infinita legião de desventurados.

Raros, somente, conseguem alcançar os valores da resignação e da fé, de modo a sustentarem as forças debilitadas, nos sublimes requisitos da coragem em forma de humildade e resistência na luta.

A larga maioria, sem os tesouros do amor que lhes falta, deixa-se arrastar às trilhas do desconforto moral ou cai nos abismos da revolta em que se aniquilam, demandando o túmulo em lamentável estado espiritual...




 



Não constituem, apenas, sofredores, os que estão nas fileiras dos colhidos pela miséria econômica. Também os que experimentam enfermidades de vária ordem, os que suportam aflições morais, os que aspiram a ideais nobilitantes e deparam empecilhos, os que amam e não encontram resposta afetiva...

Sem dúvida mais sobrecarregados de agonias, e, todavia, convidados a avançar, desdobrar recursos de progresso onde estejam e para onde sigam...




 



De alguma forma estás incurso no programa dos sofredores da Terra.

Ninguém se encontra em clima de exceção.

Espírito algum vive em caráter especial.

Sendo a Terra o "planeta das provas e expiações", os que nos vinculamos às suas matrizes, constituindo a sua humanidade, estamos sob o crivo de mil necessidades que nos impelem a seguir, buscando libertação.

O sofrimento, pela nossa própria responsabilidade, faz-se o aguilhão que desperta o espírito e o impele a marcha.

Enquanto o amor discretamente convida e inspira, a dor realiza esse mister imediato, em chamado urgente para a realidade espiritual.

Por isso, os sofredores se encontram em regime de felicidade, enquanto os que fomentam o sofrimento, comandam as condições que geram a dor e se constituem fatores de aflição, transformam-se, verdadeiramente, em desventurados.

Faze, porém, a tua parte, a melhor que te está destinada.





 



Disse Jesus: "O meu reino não é deste mundo." No entanto, aqui se encontram os recursos valiosos e inapreciáveis para a vida futura, na qual, libertado das constrições afligentes, a felicidade será a plenitude do teu espírito, passando o sofrimento a ser lembrança ditosa, graças ao qual conseguirás a vitória real.



pelo Espírito Joanna de Ângelis / médium Divaldo P. Franco
obra: Celeiro de Bênçãos

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Crônica de Natal





 Desde a ascensão de Herodes, o Grande, que se fizera rei com o apoio dos romanos, não se falava na Palestina senão no Salvador que viria enfim...

Mais forte que Moisés, mais sábio que Salomão, mais suave que David, chegaria em suntuoso carro de triunfo para estender sobre a Terra as leis do Povo Escolhido.

Por isso, judeus prestigiosos, descendentes das doze tribos, preparavam-lhe oferendas em várias nações do mundo.

Velhas profecias eram lidas e comentadas, na Fenícia e na Síria, na Etiópia e no Egito.

Dos confins do Mar Morto às terras de Abilena, tumultuavam notícias da suspirada reforma...

E mãos hábeis preparavam com devotamento e carinho o advento do Redentor.

Castiçais de ouro e prata eram burilados em Cesaréia, tapetes primorosos eram tecidos em Damasco, vasos finos eram importados de Roma, perfumes raros eram trazidos de remotos rincões da Pérsia... Negociantes habituados à cobiça cediam verdadeiras fortunas ao Templo de Jerusalém, após ouvirem as predições dos sacerdotes, e filhos tostados do deserto vinham de longe trazer ao santuário da raça a contribuição espontânea com que desejavam formar nas homenagens ao Celeste Renovador.

Tudo era febre de expectação e ansiedade.

Palácios eram reconstruídos, pomares e vinhas surgiam cuidadosamente podados, touros e carneiros, cabras e pombos eram tratados com esmero para o regozijo esperado.

Entretanto, o Emissário Divino desce ao mundo na sombra espessa da noite.
Das torres e dos montes, hebreus inteligentes recolhem a grata notícia... Uma estrela estranha rutila no firmamento.

O Enviado, porém, elege pequena manjedoura para seu berço de luz.

Milícias angelicais rejubilam-se em pleno céu...

Mas nem príncipes, nem doutores, nem sábios e nem poderosos da Terra lhe assistem a consagração comovente e sublime.

São pastores humildes que se aproximam, estendendo-lhe os braços.

Camponeses amigos trazem-lhe peles surradas.

Mulheres pobres entregam-lhe gotas de leite alvo.

E porque as vozes do Céu se fazem ouvir, cristalinas e jubilosas, cantam eles também...

- "Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os Homens!..."

Ali, na estrebaria singela, estão Ele e o povo...

E o povo com Ele inicia uma nova era...








É por isso que o Natal é a festa da bondade vitoriosa.

Lembrando o Rei Divino que desceu da Glória à Manjedoura, reparte com teu irmão tua alegria e tua esperança, teu pão e tua veste.

Recorda que Ele, em sua divina magnificência, elegeu por primeiros amigos e benfeitores aqueles que do mundo nada possuíam para dar, além da pobreza ignorada e singela.

Não importa sejas, por enquanto, terno e generoso para com o próximo somente um dia...

Pouco a pouco, aprenderás que o espírito do Natal deve reinar conosco em todas as horas de nossa vida.

Então, serás o irmão abnegado e fiel de todos, porque, em cada manhã, ouvirás uma voz do Céu a sussurrar-te, sutil:

- Jesus nasceu! Jesus nasceu!...

E o Mestre do Amor terá realmente nascido em teu coração para viver contigo eternamente.







Pelo Espírito Irmão X
Do livro Antologia Mediúnica do Natal. De Francisco Candido Xavier, por Espíritos Diversos. FEB.

NATAL, CONVITE PARA NASCER DE NOVO

Houve um tempo na terra, um tempo absolutamente fantástico no qual, em cumprimento de profecias longamente anunciadas, ocorreriam enormes transformações. Profetas muito respeitáveis e antigos tinham anunciado que, nesse tempo, profundas limpezas seriam realizadas. Esse tempo em que vivemos não é assim? Em 2012, profecias muito antigas que falam justamente em momentos de profunda transição na terra entre eras muito diferentes foram erradamente interpretadas e se pensou que o mundo iria se acabar. Como sempre a morte, que é transformação, foi interpretada como fim e quase ninguém entendeu.  Entre os que entendem, resta, soberana a grande questão: como devemos agir na Transição?

Aquele tempo nos oferece modelos que nos devem fazer refletir. Um deles, Herodes, representa todos os que estão acomodados, em nichos grandes ou mesquinhos de poder. Quem se julga no poder, por cima, quer mudanças? Herodes, apavorado com a mudança, mandou matar a mudança, anunciada como uma criança de zero a dois anos, mandando passar a fio de espada todas as crianças com essa idade. Como nós agimos com a mudança, com essa mudança que vem na roupagem da dor? Pedimos, imploramos pelo seu afastamento, pela sua eliminação, tentamos também matar a mudança. Mas será esse nosso melhor modelo?

Naquele mês fundamental, havia gente que estudava. Mas naquele tempo, tanto quanto neste em que vivemos, quase a totalidade da terra vive a vida sem refletir, e acaba passando a vida sem viver. Entre os que estudavam a vida não apenas refletindo, mas ouvindo os sábios e, principalmente, tentando ver os sinais da vida havia três, apenas três entre milhões, que estudavam a vida com as vistas voltadas para o céu. E foi assim que souberam dos anúncios, que perceberam o sinal que veio, creram nele, seguiram-no e foram os únicos três estudiosos a estar no mais importante lugar do mais importante momento da Terra. Nós também estudantes, também num mês especial, estaremos com nossas vidas voltadas ao alto?

Naquela noite, muitos milhões de pessoas trabalham. A quase totalidade de nós trabalhamos  fechados em nós mesmos, pensando nos ganhos, nos cargos, no destaque. Aqueles, no entanto, trabalhavam na seara do Senhor, em meio a um labor comum mas, com sua atitude, sua atividade tornava-se um hino de louvor a Deus. E foi assim mesmo que ouviram cânticos, viram os mensageiros, creram na mensagem que dizia da grande transformação, e conseguiram ser os únicos três trabalhadores que assistiram o mais importante fato histórico da terra. Entre os bilhões de trabalhadores de nossos tempos, quantos trabalharão assim?

Meses antes, uma jovem muito nova, uma noiva que estava prestes a se casar soube que estava grávida. Eram tempos de muita opressão e vigilância contra a mulher e uma noiva que engravidasse antes do tempo seria repudiada, expulsa, rejeitada por todos. Ela sabia que não estava grávida do seu noivo, o que agravava muito mais sua situação. Mas a notícia, segura, era que esperava um filho, e que seu filho seria o centro de toda a grande transformação que se iria operar na Terra. Terrível sua situação. Pois ela teve a confiança extrema de, primeiro, acreditar na mensagem, segundo, de aceitá-la, com a seguinte frase luminosa: Faça-se na escrava a vontade do Senhor.

A maioria dos seres da terra foge apavorada das lições espirituais mais preciosas de suas vidas. Deixamo-nos tomar por uma cultura do terror que situa os fantasmas como terríveis monstros que nos infernizam a vida. Pois o Espiritismo vei nos dizer que um dia seremos apenas fantasmas, pois todos iremos morrer e se viermos à Terra, com saudades ou tristezas, poderemos ser vistos como entes assustadores por aqueles a quem mais amamos. E o medo, pior ainda, o terror, são poderosas trancas que fecham as nossas almas para maravilhosas lições que o mundo espiritual nos tenta, o tempo todo, ensinar.

O que há emcomum entre os reis magos, os pastores e Maria? E o que eles têm a ver conosco? Todos eles viviam vidas comuns, com atitudes comuns e o mundo espiritual se lhes abriu para transformar suas vidas com o momento mais especial não só de suas existências, mas nas de toda a história da humanidade. A luz se abriu para eles, no entanto, como se abre todos os dias para nós e não vemos. Para eles o resultado foi muito diferente porque suas atitudes foram muito diferentes daquelas adotadas pela maioria da humanidade. Por que num momento tão solene foram escolher uma adolescente simples, um carpinteiro humilde? Porque humildade e simplicidade são valores poderosos, capazes de nos abrir todas as possibilidades. Por que, entre dezenas de milhões de trabalhadores, centenas de milhares de estudiosos, somente aqueles seis homens presenciaram a poderosa aurora espiritual da humanidade? Porque suas atitudes devotadas e confiantes os tornaram os únicos seres capazes de aproveitar aquele precioso momento do mundo.

Também nesses nossos tempos críticos de transição planetária, como anunciado por Jesus, nós trabalhamos, estudamos, nos relacionamos, mas com que olhos, ouvidos, com que atitude?

Pois trinta e três anos depois daquela inesquecível noite, a Mudança veio à casa de duas irmãs. Jesus e seus seguidores vieram sem avisar e, nessa situação, quais seriam nossas preocupações e ações? Pois uma das irmãs, Maria, ficou sentada ao pé de Jesus ouvindo suas estupendas lições enquanto a outra limpava, arrumava, cozinhava, atrapalhadíssima, acabando por vir se queixar ao Mestre. Não te importas que só eu trabalhe? Diga a Maria que venha servir comigo! Pediu ela, obtendo como resposta: Marta, Marta, tu te perturbas com muitas coisas...  Maria escolheu a melhor parte e essa não lhe será tirada!

Vem agora nosso próprio mês especial, dezembro. Nesse mês, espíritos de luz em mutirão vêm à Terra e produzem o que se convencionou chamar de “espírito de natal”.  Uma espécie de Oasis no imenso deserto em que transformamos nossas vidas, uma brisa refrescante nesse terrível calor materialista que nos sufoca. Nessa época como que um perfume maravilhoso se espalha em todos os ambientes tentando instalar em nossas vidas um momento diferente, feliz, amoroso a nos incentivar a buscar a felicidade e o amor.

É mês de Natal e quais são nossas preocupações e ações? Presentes, preparações e comidas? A criança imediatista pensa o Natal em função dos presentes materiais. Vigia os embrulhos nas mãos dos convidados como se as pessoas não existissem, sequer os cumprimentando se seus embrulhos não trazem os brinquedos que tanto desejam. Os adultos materialistas pensam o natal em função dos empregos que, nessa época, efetivamente aumentam, sem perceber as oportunidades mais amplas que para eles se abrem. Pois, como disse Paulo, quando eu era menino agia e pensava como menino, mas agora que eu cresci penso e ajo como homem.

Quantos de nós estaremos vivendo com os olhos voltados ao mundo espiritual que se abre para nós de forma tão espetacular? Pois é ele, ele mesmo que bate à nossa porta nessa noite tão especial: Papai Noel? É ele que, através de seus iluminados emissários, nos vem trazer frescores, perfumes, presentes essenciais à nossa autotransformação. Nos quintais, crianças brincam imitando seus ídolos, assumindo seus nomes. E nós, o que faremos, quem seremos, Herodes ou Reis Magos, Marta ou Maria? Temos uma grande decisão a tomar.

Pois esse é o convite de todos os natais, mas muito especialmente do natal da transição planetária. Se você não se deixar amesquinhar pelos interesses, vaidades e mal entendidos produzidos pelo orgulho, você certamente se deixará envolver pelo espírito de natal e então, como aquele mesmo trabalhador que melhor desempenha suas funções durante o trabalho temporário, você poderá ser efetivado e ter harmonia e paz do mundo regenerado por toda a eternidade.
           Mauricio de Araujo Zomignani

fonte:  http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/natal-convite-para-nascer-de-novo/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.Uq824OJcXTI

Mensagem de Natal de 2013

O Dia de Natal é a data mais importante de nosso calendário, obviamente pelo marco do cristianismo, personificado na figura do Cristo. Elegeram a data de 25 de Dezembro para o nascimento de Jesus. Mas pouco importa a data, uma convenção humana, pois o mais importante é sabermos que Ele nasceu e veio estar entre nós, com a tarefa missionária de nos conduzir para Deus, Nosso Pai. Talvez, a maior demonstração de amor de Deus, por nós, seja a permissão Dele, para que Jesus viesse das mais altas esferas e conviver conosco. A sua preocupação maior era de nos mostrar o caminho de volta ao seio de Deus. Falou com muita propriedade sobre o reino a ser implantado em nossos corações, pela vivencia da verdade, da justiça e do amor. Infelizmente, estamos tão longe desta realidade. A verdade é o que a nossa consciência nos fala. Independente do nível intelectual ou nacionalidade, todos sabem o que devem fazer. A justiça está no princípio de que devemos fazer ao outro o que gostaríamos que o outro nos fizesse. Disse-nos um espírito benfeitor: que jamais poderemos nos sentir justos enquanto houver miséria material e moral na terra, lavando as nossas mãos, indiferente a tudo e a todos. O amor é a tônica da vida, o hálito Divino, que impregna toda a Sua criação. Somente através do amor nos libertaremos de nossas mazelas e nos adequaremos às benesses Divinas preparadas para todos nós.  Todavia, o que nos consola, é sabermos que isto irá se concretizar um dia. Agora nos resta continuarmos acreditando Neste real aniversariante, ilustre pelos seus feitos de amor, justiça e verdade, procurando segui-lo. Pensemos nisso.  Feliz Natal a todos.
São os desejos do Grupo Espírita Mensageiros da Luz
Texto extraído do  www.adde.com.br
autor: Aguinaldo de Paula Vasconcelos

WWW.ADDE.COM.BR

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

"Recursos Magnéticos na Casa Espírita", com Eliomar Borgo Cypriano

Caridade, A Meta

Guarda, na mente, que a caridade em teus atos deve ser a luz que vence a sombra.
Enquanto não compreendas que a caridade é sempre a bênção maior para quem a realiza, ligando o benfeitor ao necessitado, estarás na fase primária da virtude por excelência.
Poderás repartir moedas, a mãos-cheias; todavia, se não mantiveres o sentimento da amizade em relação ao carente, não terás logrado alcançar a essência da caridade.
Repartirás tecidos e agasalhos com os desnudos; no entanto, se lhes não ofertares compreensão e afabilidade, permanecerás na filantropia.
Atenderás aos enfermos com medicação valiosa; entretanto, se não adicionares ao gesto a gentileza fraternal, estarás apenas desincumbindo-se de um mister de pequena monta.
Ofertarás o pão aos esfaimados; contudo, se os não ergueres com palavras de bondade, não alcançaste o sentido real da caridade.
Distribuirás haveres e coisas com os desafortunados do caminho; não obstante, sem o calor do teu envolvimento emocional em relação a eles, não atingiste o fulcro da virtude superior.
A caridade é algo maior do que o simples ato de dar.
Certamente, a doação de qualquer natureza sempre beneficia aquele que lhe sofre a falta. Todavia, para que a caridade seja alcançada, é necessário que o amor se faça presente, qual combustível que permite o brilho da fé, na ação beneficente.
A caridade material preenche os espaços abertos pela miséria socioeconômica, visíveis em toda parte.
Além deles, há todo um universo de necessidades em outros indivíduos que renteiam contigo e esperam pela luz libertadora do teu gesto.
A indulgência, em relação aos ingratos e agressivos;
a compaixão, diante dos presunçosos e perversos;
a tolerância, em favor dos ofensores;
a humildade, quando desafiado ao duelo da insensatez;
a piedade, dirigida ao opressor e déspota;
a oração intercessora, pelo adversário;
a paciência enobrecida, face às provocações e à irritabilidade dos outros;
a educação, que rompe as algemas da estupidez e da maldade que se agasalham nas furnas da ignorância gerando a delinquência e a loucura...
A caridade moral é desafio para toda hora, no lar, na rua, no trabalho.
Exercendo-a, recorda também da caridade em relação a ti mesmo.
Jesus, convivendo com os homens, lecionou exemplificando todas as modalidades da caridade, permanecendo até hoje como o protótipo mais perfeito que se conhece, tornando-a a luz do gesto, que vence a sombra do mal, através da ação do amor.
Caridade, pois, eis a meta.
* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Vigilância.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
1a edição. Salvador, BA: LEAL, 1987.
fonte:   WWW.ADDE.COM.BR
           

Como exercitar a generosidade...



  Vivemos em um tempo individualista, mas todo esse esforço cai por terra se não enxergarmos o outro, se não formos capazes de nos sensibilizar com os dramas e necessidades alheias. Fazemos parte de uma rede que precisa da generosidade para não arrebentar.

Essa virtude é exaltada pelas mais diferentes religiões do planeta, despontando, inclusive, como um elo entre elas. “Nas mais antigas tradições, as práticas da solidariedade e do amor ao próximo não caminham separadas das práticas da justiça e da espiritualidade”, afirma o teólogo Rafael Rodrigues da Silva, professor do Departamento de Teologia e Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

A psicoterapeuta familiar Mônica Genofre, professora do Instituto de Terapia Familiar de São Paulo (ITFSP), concorda. “Cuidar do outro é cuidar de nós mesmos, assim como cuidar do planeta é necessário para a sobrevivência. Trata-se de corresponsabilidade na construção de nossas relações e do mundo no qual desejamos viver.”

Ao longo da vida, ela explica, quanto mais experiências generosas presenciamos, mais natural é o ato altruísta. Essa ética se infiltra em nosso repertório, guiando escolhas e atitudes. “Quando pratico a generosidade, o outro pode aprender e praticar também. O efeito, então, se propaga e o entorno se fortalece”, enfatiza ela.




Mas não se trata apenas de zelar pela ordem coletiva e, no final do dia, dormir com a consciência limpa. Ser cordial e solidário com aqueles que estão à nossa volta é, acima de tudo, a expressão de um coração livre de qualquer interesse. Um exercício que nos torna mais humanos e, de quebra, neutraliza o individualismo que tende a nos afastar de nossos semelhantes.

A generosidade renova as energias

A psicologia é categórica no que se refere às relações interpessoais: o outro espelha nossa própria imagem. Quando deixamos de lado, por alguns momentos, nossos problemas e frustrações e nos mobilizamos para ajudar alguém, empreendemos uma viagem de volta à nossa própria essência.

“Interessar-se genuinamente pelo outro possibilita encontrar caminhos para superar nossos próprios obstáculos”, avalia Mônica. “Doar possibilita realimentar, renovar nossas energias. Não será isso que nos move?”, indaga.

E ela se manifesta em qualquer pequeno gesto. Ser generoso é: respeitar o espaço de trabalho de um colega; dar atenção a um filho; ceder numa negociação visando o entendimento mútuo... A família, nosso núcleo teoricamente mais próximo, é um bom ponto de partida para treinarmos e, com sorte, expandirmos nossa capacidade de doação.




Outro exercício é aprender a ser generosa consigo mesma. Afinal, o que adianta se esforçar para melhorar a vida alheia se você é incapaz de proferir uma palavra de incentivo diante do espelho ou de respeitar seus limites no dia a dia?

O amor pelo voluntariado

Quando o assunto é voluntariado, basta a vontade de ajudar o próximo. Quem exerce a generosidade por essa via garante que, em troca, colhe um bem enorme. Aproximar-se de uma realidade difícil de ser digerida, como a da miséria e do abandono, exige determinação. Mas a ação traz satisfação para todos os envolvidos

Que tal começar agora a colocar esse plano em prática? “Se pudermos estar no mundo com a consciência voltada para um ‘nós’, no lugar de ‘eu e os outros’, talvez o sentimento de solidão que acompanha tantas pessoas se dissipe e possamos contribuir para uma sociedade mais generosa e justa”, torce Mônica.



Conteúdo do site: mdemulher - bem-estar, por Raphaela de Campos Melo

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Afirmação Espírita

Afirmação Espírita
Escreve: José Rodrigues
Discussões e apreensões sobre o substantivo "espiritismo" e o adjetivo "espírita" têm nos desafiado. É salutar que isso aconteça, como fruto do caráter libertário do espiritismo, em nome do qual há ampla diversidade de entendimento e práticas, por paradoxal, após os avanços conceituais sobre o velho espiritualismo, o mesmerismo, o magnetismo, com diversas denominações, até o novo espiritualismo. Allan Kardec conseguiu, por um método próprio, construir um conjunto de saberes a que deu o nome de espiritismo e o de espírita, aos seus seguidores.
  Essa trademark inscrita por Allan Kardec no mercado de ideias e do conhecimento balizou o nascimento de nova abordagem de um mundo, antes especulativo, impreciso e, não raro, manipulado, para outro, dimensionado, comprovado e sujeito ao método investigativo. No limite da argumentação, trata-se de uma propriedade intelectual da pessoa física nascida Hippolyte León, o professor Rivail.
  Dentre esses fatos, hoje, pela cor branca de meus cabelos, talvez ofereça aos companheiros e companheiras, um pouco de história, pois desde os anos de minha juventude, e que bons anos! Dediquei parte substancial de meu tempo à causa espírita, em momentos bem diversos do atual.
  Já naquele tempo, pouco depois da metade do século passado, quando era generalizado o conceito de religião, fazíamos uma série de exceções para “a religião espírita”, que não continha isto e aquilo, para diferenciar das demais. Um esforço hercúleo. Era um núcleo coeso, trabalhador e idealista. Nas semanas espíritas, para a sua divulgação, preparavam-se faixas para colocar nos postes e entre árvores da cidade; afixavam-se cartazes, com cola que nós mesmos preparávamos cozinhando farinha de trigo. Escrevíamos notícias para jornais e por ocasião das palestras, vendíamos livros. Acolhíamos oradores em nossas casas, para baratear os custos. Algo como bater o escanteio e ir à área para cabecear. Só gente religiosa era capaz disso.
  Dentre nossas inconformações havia, à época, um episódio marcante: a Festa de Iemanjá, promovida pela União Espírita Santista, cuja líder ocupava uma cadeira na Câmara Municipal. Batemos de frente, várias vezes contra os umbandistas, sob o pretexto de usarem indevidamente o nome espírita. Pagamos matéria em jornal de circulação regional para definir posições e certa vez, em pleno programa de rádio daquele grupo, telefonei à emissora "denunciando" o que seria uma apropriação indébita.
  Ainda no século passado, realizei, por motivos profissionais, várias viagens a Londres, onde colhi muito material dos espiritualistas de lá, conheci as "churches" e os “médiuns” britânicos que lidavam com o objeto espírita, a maioria com consultas pré-marcadas e mediante cobrança. Fiz entrevista com um dos líderes intelectuais da época, Maurice Barbanell, publicada no periódico "Espiritismo e Unificação", então editado pela União Municipal Espírita de Santos. O destaque: a reencarnação era posta em dúvida pelo "espiritismo" inglês. Mostra que o inconformismo de hoje, manifestado por companheiros, já extrapolava o plano nacional e de longa data.
  Em um lance contemporâneo, lançam-se no mesmo mercado os termos kardecismo e kardecista, propostos substitutos de espiritismo e espírita. Até então, esses termos poderiam vir como ênfase a uma ideia, encontráveis na literatura do ramo, mas agora se trata mesmo de troca. Espíritas estariam desconfortáveis ou mesmo envergonhados com o substantivo e o adjetivo criado por Allan Kardec, ante um sem número de distorções, sob esses suportes.
  Em tempos recentes, ainda que a conexão espiritismo/religião não seja fácil de ser desfeita, pelos próprios fundamentos post-mortem do estatuto espírita, vive-se, hoje, o melhor tempo do trato desse conhecimento, particularmente no Brasil, com irradiação para outros países, sob o generalizado conceito de espiritismo laico.
  Não dá para enterrar a história e deixar de reconhecer que há importantes etapas vencidas, com diferenciações mais claras em torno do mesmo foco. A liberdade de expressão, ganhos de independência e descomprometimentos com o passado, evidenciam campos distintos entre conservadores e progressistas.
  O “renascimento” da Confederação Espírita Pan-Americana (CEPA), seguido da criação, por este imenso Brasil, de novas instituições direcionadas ao estudo e à pesquisa espírita, são fatos históricos, altamente positivos, ante poucas décadas atrás. Uma nova literatura produzida pelos encarnados afirma posições, em linguagem livre, com aproveitamento dos princípios do espiritismo. São minoria? Sim, mas quais mudanças houveram no mundo que não partiram de minorias?
  Novas gerações, descendentes ou não de espíritas, já encontram uma bandeira de pé, a de um espiritismo aberto, contraposto ao igrejismo, ao misticismo e ao sectarismo, desfrutando dos bônus do laicismo, como deve ser uma filosofia de bases científicas.
  Essa nova abordagem tem ampliado seu raio de ação, turbinada pela utilização dos meios eletrônicos, gerada por pessoas sem interesse hegemônico.
  Um terceiro argumento em prol do novo estágio da ideia espírita é dado pela mídia em geral, com crescente abordagem de temas correlatos, com força de cidadania para algo que foi censurado, boicotado e proibido, em tempos idos.
  Com essa plataforma, analiso o termo espírita, que significa a aceitação do espírito, de sua origem aos seus ilimitados fins. Nada há mais universal que o termo espírito e, por derivações, espiritismo e espírita. Sob uma visão de mercado, tem tudo para fácil aceitação, é um achado genial. O espírito "sopra onde quer", é real em qualquer quadrante do mundo, como parte da natureza. Na sua essência, partidariamente apolítico, tanto pode renascer em um país democrático, quanto de regime ditatorial; não tem carimbo nacional e tampouco precisa de visto de entrada. O espírito é, e o nome da filosofia científica que trata de sua natureza e relações com o chamado plano físico chama-se espiritismo, termo sujeito às adaptações de linguagem e grafia de cada povo.
  O mestre de Lyon, com toda sua grandeza e sabedoria, abriu mão de substantivar-se para a história, preferindo aceitar as sugestões dos espíritos, a fim de nominar a estrutura nascente.
  Detenhamo-nos, além disso, na importância do tempo. As ciências reconhecidas de hoje, várias anteriormente mescladas com outras, levaram séculos para obtenção de seus espaços próprios. Astronomia, física, química, precisaram ultrapassar estágios de crendices, experimentos arriscados, do empirismo, de teorias de curta duração, para obterem reconhecimento da academia.
  No campo essencialmente teórico, a filosofia, de uma elite de pensadores, engravidada por inúmeras divisões, chegou à praça pública, a ágora, para se tornar, depois, disciplina curricular desde o nível médio escolar. Assim também com a cidadania.
  Sob os pontos de vista de civilização e cultura, entendo que temos muito chão a percorrer. Talvez a nossa condição de país emergente, pelo critério econômico, reflita uma natureza ávida por mudanças, no campo das ideias.
  Mas, se testarmos o conhecimento do espiritismo, como o concebemos, em relação a culturas, como a europeia e a asiática, que antes da chegada de Cabral já eram consideradas antigas, temos resultados pífios.
  Sobre este ponto tenho um fato curioso. Refere-se a uma conversa que mantive com jornalista francês, em Londres. Cobríamos um mesmo evento, ele como correspondente de uma agência internacional de notícias. Num intervalo entre as entrevistas perguntei-lhe se, como francês, conhecia ou ouvira falar no nome Allan Kardec. Para meu espanto e até desaponto, respondeu-me que não. Ainda citei o nome do professor Rivail, com o mesmo resultado negativo. E se tratava de um jornalista.
  Mais recentemente, no Brasil, outro fato chamou-me a atenção, pelo vínculo com propostas de mudanças. Um atleta do Santos Futebol Clube, Adailton, foi objeto de entrevista. Em dezembro de 2008 o site do clube, reproduzido na imprensa, deu breve história do atleta, que nascera com um problema de saúde e fora curado em um centro espírita de Salvador-BA. Parte do texto, sob o título: “Espiritualismo move a fé de Adailton", dizia: "Desde que obtive essa cura, pratico o kardecismo. Com o passar do tempo, me aprofundei na espiritualidade e fui aprendendo coisas novas. A partir do momento que conheci a umbanda, intensifiquei o estudo dessa religião e me apaixonei. Tenho certeza que tudo provem do divino, inclusive todas as religiões".
  Nas fotos que ilustravam a matéria, capas de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", do romance mediúnico "Paulo e Estevão" e do "Código de Umbanda", de Rubens Saraceni.
  Observei que o termo kardecismo ganhava em cidadania, mas não passível de ser deturpado por um senso que poderá ser comum. Nesse ritmo não será surpresa se entidades deste imenso país venham a denominar-se "centro kardecista de umbanda". Sem donos, chefias ou controles centralizados, como convém a uma filosofia, essas criações têm campo livre para se manifestar o que não se circunscreve à umbanda.
  A contraposição a esse quadro está no desenvolvimento de um espiritismo afirmativo, em ilimitados campos do conhecimento, nos quais a imortalidade e seus contornos entram como diferenciador. Teses acadêmicas recentes estão neste caminho, ainda que com menor ênfase para o flanco científico. A fase do que "não é" deve ser ultrapassada, um peso que se tira das costas para uma caminhada positiva em direção ao futuro.
  Entendo que a denominação espirita kardecista, seria a mais abrangente e bem posta. O kardecista reafirma uma escola, é mais rígido e definidor do seu conteúdo, mas eis que se institui uma variedade de espiritismo. E aí se colide com o trademark do fundador.
  Agregue-se outro fator de importância histórica. Continuadores de Kardec, de antigos e contemporâneos tempos, os Léon Denis, Delanne, Bozzano, junto a pensadores e idealistas, como Porteiro, Herculano Pires, Deolindo Amorim, que somaram nos termos espíritas e espiritismo, estariam com seus fundamentos comprometidos? A partir de qual momento, e com que autoridade, se substituiriam as denominações de origem, por novas?
  São algumas contribuições que julgo de interesse a esse debate. Oportunamente pretendo externar meus pontos de vista sobre o termo "atualização". Bom é que sigamos com a liberdade de propor nomes, conceitos e métodos, lançando-os no mercado do tempo.

José Rodrigues (1938-2010), economista e jornalista, foi um dos fundadores e editores do site Pense - Pensamento Social Espírita e fundador da ARS - Ação de Recuperação Social, de Santos-SP.
Fonte: Jornal “Opinião”, julho de 2009, órgão de divulgação do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre-RS.

fonte: http://kardeconline.com.br/profiles/blog/show?id=4717287%3ABlogPost%3A550392&xgs=1&xg_source=msg_share_post#axzz2mc5uWDIX

ESPIRITISMO VERSUS PROSELITISMO ENRUSTIDO

Precisamos de ajuda uns dos outros. Ninguém prescinde disso. O amor, a compaixão são sempre o que são se verdadeiros. A fé toma parte em quase tudo, entretanto se diferencia caso raciocinada em termos espíritas. Por exemplo... O Espiritismo traz uma variável nova e fundamental: a existência de uma escala espírita. Jesus seria um espírito de mesmo nível doutros “mestres”? O Espírito de Verdade, que é um ente espiritual, assumiu as palavras de Jesus, não importando aqui se foi ou não Jesus quando esteve na Terra. Por que não se reportou a Buda, ou Maomé? Determinismo etnocêntrico? Por que então a Revelação Espírita não veio de início na China, ou na Índia?
  Parece-me que não devemos nos preocupar em falar a essas outras culturas religiosas senão da mesma forma que se preocupem em falar a nós outros. A reciprocidade é o padrão nisso, como em tudo. Os budistas se preocupam em não nos impor Buda? Os muçulmanos se preocupam em não nos impor Maomé? Ora! O Espiritismo não quer ser aceito senão por convicção, como dizia Kardec. Não se deve torná-lo pílula mais dourada a fim de ser mais prontamente engolido por determinados pacientes.
  O que um budista irá pensar do Espiritismo não é um problema com o qual temos de nos preocupar, ou como o Espiritismo teria que se dirigir a budistas. Conheço um “espírita” que se tornou budista. O contrário também é perfeitamente possível. E tudo bem. O mais me parece preocupação proselitista enrustida. As pessoas devem conhecer tudo e aderir livremente às propostas, ou não. Liberdade de escolha. Que “vença” a melhor proposta para cada caso individualmente, conforme suas necessidades personalíssimas.
  Por outro lado, se é verdade que existe evolução do espírito, a que termos as religiões tradicionais deverão chegar? Continuarão ignorando quase que por completo as reais condições da vida espiritual? Em face disso, o Espiritismo é que se deveria preocupar com mudanças? Ou seriam essas religiões mais necessitadas delas? Devemos ser convictos, deixando que os demais igualmente o sejam a seu modo, respeitados os limites legais.

  O Espiritismo não descobriu nem inventou os Espíritos, como não descobriu o mundo espiritual, no qual se acreditou em todos os tempos; todavia, ele o prova por fatos materiais e o apresenta em sua verdadeira luz, desembaraçando-o dos preconceitos e ideias supersticiosas, filhos da dúvida e da incredulidade.[1]
Sergio Aleixo
fonte: http://kardeconline.com.br/profiles/blog/show?id=4717287%3ABlogPost%3A317216&xgs=1&xg_source=msg_share_post#axzz2mc5uWDIX

domingo, 1 de dezembro de 2013

Esclarecendo a obsessão

Muito se fala em obsessão no meio espírita, mas poucos sabem de fato como acontece o mecanismo de tal doença. Doença? Isso mesmo, a obsessão pode ser considerada uma doença do Espírito que, atingindo graus adiantados, acaba por aniquilar a matéria, ocasionando depressão, loucura e até mesmo o suicídio.

Com nomes diferentes, os fenômenos de obsessão têm atravessado épocas. Até mesmo a bíblia relata alguns acontecimentos nos tempos antigos. Existem casos famosos e outros que se escondem no anonimato. O fato é que a obsessão ainda é frequente nos dias atuais.

Entendendo a obsessão - Allan Kardec em O Livro dos Médiuns define a obsessão como sendo o domínio que alguns Espíritos procuram exercer sobre outros Espíritos, sejam encarnados ou desencarnados. Esta influência sempre acontece de forma negativa, onde o obsidiado (Espírito dominado) é prejudicado de alguma forma, pois aquele que exerce o domínio é sempre um Espírito de tendências nocivas.

Como se desenvolve - De maneira geral a obsessão acontece porque somos Espíritos em evolução necessitando de aperfeiçoamento moral. Sentimentos menos dignos como o egoísmo, o rancor, o ódio, o materialismo e o desejo de vingança ainda estão arraigados em muitos de nós. Aliás, boa parte dos casos de obsessão está relacionada à vingança. Geralmente, aqueles que prejudicamos outrora tendem a nos cobrar o mal que causamos, iniciando assim um processo obsessivo.

A obsessão é desencadeada por nossas próprias condutas viciosas. Nossos pensamentos e atitudes atraem para junto de nós Espíritos afins. É como se abríssemos a porta para o "inimigo":

“(...) criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório perispirítico, como num espelho; toma nele corpo e aí de certo modo se fotografa. (...) Desse modo é que os mais secretos movimentos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma pode ler noutra alma como num livro e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo”. (A Gênese, Allan Kardec, capítulo 14º, Item 15.)

Nestes casos, devemos considerar as recomendações do Cristo: "Vigiai e orai [...]" (Mateus, 26:41).

É importante ressaltar que a obsessão não é necessariamente a influência de um Espírito desencarnado sobre um Espírito encarnado. Ela pode acontecer de diversas maneiras:

Encarnado para Encarnado: Pode parecer estranho, mas esse tipo de obsessão é uma das mais frequentes. Consiste na capacidade que certas pessoas possuem de manipular as outras, sequestrando de alguma forma a sua subjetividade, como, por exemplo, o marido que restringe a liberdade da esposa por ciúmes ou manifesta um "amor doentio", anulando de alguma forma a sua personalidade.

Desencarnado para Desencarnado: Nas literaturas espíritas podemos encontrar vários relatos deste tipo de obsessão. Um Espírito desencarnado passa a obsediar um outro Espírito por vingança ou pelo simples desejo de escravizá-lo. Os recém-desencarnados, atormentados pela própria consciência culpada, como homicidas, suicidas, dependentes químicos etc. são mais vulneráveis à investida de falanges maléficas.

Encarnado para Desencarnado: Você deve estar pensando como um Espírito encarnado pode exercer influência sobre um Espírito desencarnado, entretanto, esta situação é mais comum do que imaginamos. É natural sofrermos quando um ente querido retorna para a vida espiritual, todavia, nossas lágrimas produzidas pela dor e revolta contra as leis do Criador provocam aflição no Espírito que partiu. Estas circunstâncias podem atormentar o desencarnado, que passa a ser atraído pelo sofrimento daquele que chora, provocando uma obsessão mútua.

Desencarnado para Encarnado: Este é o que nos parece mais incidente. Caracteriza-se pela influência de um Espírito desencarnado sobre um Espírito encarnado. O obsessor dispõe de recursos que o obsidiado não pode ver por estar limitado ao corpo físico. Ambos tornam-se ligados pela ação do pensamento.

Auto-Obsessão: Nestes casos, o homem apresenta um estado doentio do próprio Espírito, que é capaz de lhe proporcionar graves consequências. Sentem-se doentes fisicamente, entretanto, procuram diagnósticos na medicina convencional e não o encontram. Trazem impressos no seu espírito patologias adquiridas em existências pretéritas, que voltam à tona e passam a produzir uma auto-obsessão. Esta condição pode desencadear no indivíduo transtornos de ansiedade como depressão, bipolaridade e síndrome do pânico.

“O homem não raramente é o obsessor de si mesmo.” (Obras Póstumas - Allan Kardec.)

Estágios da obsessão - Para fins de estudo, Kardec classificou a obsessão em estágios, sendo muito difícil definir onde termina um estágio e inicia-se o outro. Alguns casos de obsessão são tão complexos que os estágios podem aparecer em alternância. Vejamos:

Obsessão Simples - É aquela onde o obsessor tenta insistentemente constranger sua vítima de alguma forma. Em alguns casos, o obsidiado tem condições de perceber a ação daquele que o pretende dominar.

Fascinação - Neste estágio, o Espírito dominado passa a sofrer ação direta do obsessor, que tenta manipular seus pensamentos para provocar ações nocivas.

Subjugação - O Espírito dominante passa a exercer o controle das vontades do obsidiado. Na linguagem popular é conhecida como possessão. O indivíduo fica sob o jugo de seu algoz.

Como tratar - O primeiro passo para se livrar da dominação é a mudança de atitudes. A transformação moral é fator preponderante para o sucesso do tratamento da obsessão. É necessário exercer o domínio dos próprios pensamentos, a fim de que possa elevar o padrão vibratório e se desvencilhar dos domínios inferiores.

 “No que diz respeito ao problema das obsessões espirituais, o paciente é, também, o agente da própria cura.” (Grilhões Partidos, Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco, “Prolusão”.)

Recomenda-se a realização da prece frequentemente, o evangelho no lar para purificar o ambiente, a vigilância dos hábitos e pensamentos nocivos, a prática da caridade e o trabalho edificante. Esses mecanismos devem proporcionar a aproximação dos benfeitores espirituais e consequentemente o afastamento de Espíritos ignorantes.

Aprender a perdoar e pedir perdão também consiste em terapia renovadora e eficaz contra os domínios da obsessão. É necessário entender que a maldade não é um estado definitivo do Espírito. Como Espíritos imperfeitos, somos passíveis de erros e, assim como desejamos ser compreendidos quando erramos, devemos ser complacentes com os erros alheios.

A família do obsediado deve participar do processo de desobsessão, sendo esclarecida acerca da situação para que possa ajudar a vítima em seu restabelecimento. Não raros são os casos de obsessão que se estendem aos outros membros da família. O seio familiar costuma reunir Espíritos unidos pelos mais profundos laços do passado.

Em casos mais complexos é necessário buscar ajuda de uma casa espírita, que poderá aplicar no obsidiado a fluidoterapia e, se for o caso, através de grupos mediúnicos, realizar o trabalho de esclarecimento do Espírito obsessor, conscientizando-o de suas ações e, ao mesmo tempo, oferecer-lhe uma oportunidade de regeneração.

É possível prevenir a obsessão? - Sim. É perfeitamente possível evitar a instalação de um processo obsessivo.

Como dissemos anteriormente, a chave para a cura da obsessão está nas mãos do próprio obsidiado, sendo assim, na prevenção, os mecanismos não são diferentes.

A retidão moral constitui vacina eficaz contra a obsessão. É necessário manter a mente ocupada com bons pensamentos, colocar-se em contato com Deus através da prece e dedicar-se ao trabalho digno. A fé, o amor e a caridade são fontes renovadoras de boas energias e nos mantêm em contato com a alta espiritualidade. A obsessão só acontece quando permitimos.

Referências:

A Gênese - Allan Kardec.

Dramas da Obsessão - Yvonne A. Pereira e Espírito de Bezerra De Menezes.

Obsessão e Desobsessão - Suely Caldas Schubert.

O Evangelho segundo o Espiritismo - Allan Kardec.

O Livro dos Médiuns - Allan Kardec.
 

 André Luiz Alves Jr.
fonte:  http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/esclarecendo-a-obsessao/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.UpswBOJcXTI

Ser espírita

Há quem diga que ser Espírita é muito difícil, que é só para quem já é santo. Allan Kardec, no entanto, vai dizer que o espírita é reconhecido pelo esforço que faz pela sua transformação moral e para vencer suas tendências... para o mal.

Fazer esforço é bem diferente de ser santo. Ainda nos falta um longo caminho.

Alguns companheiros dizem que estão tentando ser espírita. Estes estão em dúvida e temem assumir a responsabilidade de afirmar: sou espírita. Nosso desafio, porém, é buscar ser hoje, melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje.

Na natureza nada dá saltos. Todos nós que estamos hoje ligados à doutrina espírita, já estivemos no catolicismo, no protestantismo, no budismo entre outras religiões. Mesmo nessa encarnação foram poucos que nascemos num lar espírita. Viemos de outros caminhos religiosos, mas ao encontrar o Espiritismo descobrimos o Consolador prometido por Jesus, que veio ensinar todas as coisas e fazer compreender o que o Cristo havia dito por parábolas. Neste porto seguro, encontramos a fé raciocinada, a crença da imortalidade da alma, a certeza da reencarnação e a da comunicabilidade com os espíritos.

Que bom que podemos dizer que somos espíritas, que estamos buscando vencer nossas más inclinações. É o autoconhecimento e a autotransformação que nos tornam homens e mulheres melhores. Essa postura vai refletir na família, onde cada um testemunhará a luz interior, a sua transformação moral, pelo comportamento equilibrado e amoroso. No trabalho, sendo um exemplo de bom funcionário ou de bom patrão. Na sociedade, sendo um bom cristão, alguém que é lembrado pelo amor ao próximo e suas atitudes corretas. Portanto, somos espíritas 24 horas por dia. Não dá para vestir a capa de humildade, de fraternidade somente quando estamos no Centro Espírita.

Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo.”
O Espírito de Verdade nos convida a demonstrarmos quem somos, pelas atitudes de amor, de fraternidade e caridade.  Olhar o outro como um irmão que devemos aprender a amar, apesar dos defeitos e imperfeições, que só pela prática das virtudes e da busca constante da iluminação através do estudo, que iremos nos libertar desse homem velho que ainda trazemos dentro de nós.

O desafio não é vencer o outro, ser melhor, mais poderoso, é nos conhecermos, domarmos nossas imperfeições e “só por hoje” nos aproximarmos de nosso modelo e guia que é Jesus.

Para aqueles que acham que essa postura é difícil, é porque ainda não compreenderam que somente escolhendo a porta estreita, se libertarão das imperfeições.  É esse o caminho para a plenitude e a paz íntima.

Angela C. Furiati
fonte:  WWW.ADDE.COM.BR
 

Evangelizar

Ao término do século XX, o século chamado das luzes, estamos convocando os obreiros de boa vontade para a tarefa divina de evangelizar.

Evangelho é sol nas almas, é luz no caminho dos homens, é elo abençoado para união perfeita!

Evangelizemos nossos lares doando à nossa família a bênção de hospedarmos o Cristo de Deus em nossas casas.

A oração em conjunto torna o lar um santuário de amor onde os espíritos mais nobres procuram auxiliar mais e mais, dobrando os talentos de luz que ali são depositados.

Evangelizemos nossas crianças, espíritos forasteiros do infinito em busca de novas experiências, à procura da evolução espiritual.

Sabemos que a Terra é um formoso Educandário e o Mestre Divino, de sua cátedra de Amor, exemplifica pela assistência constante, o programa a ser tratado.

Evangelizemos nossos companheiros de trabalho, pelo exemplo na conduta nobre, pelo perdão constante.

Evangelizemo-nos, guardando nossas mentes e nossos corações na bênção dos ensinos sublimes.

Estamos na Terra mas alistamo-nos nas fileiras do Cristianismo para erguemos bem alto a bandeira de luz do Mestre Divino: “Amai-vos uns aos outros como vos tenho amado”.

Evangelizemos.

Os tempos são chegados, os corações aflitos pedem amparo, os desesperados suplicam luz.

Há um grito que ressoa pelo infinito!

Pai, socorre-nos!

Filhos, somente através do Evangelho vivido à luz da Doutrina Espírita, encontrará o homem a paz, a serenidade e o caminho do amor nobre.

Conclamamos os corações de boa vontade:

Evangelizem;

Evangelizemos.

Acendamos a luz dos ensinos divinos para que a Terra se torne um sol radioso no infinito, conduzindo uma Família humana integrada nos princípios da vida em hosanas ao seu Criador.

Filhos, peçamos ao Pai inspiração e prossigamos para o alto porquanto somente Cristo com o Seu saber e o Seu coração de luz poderá iluminar nossos caminhos.




Bezerra

(Mensagem psicografada pela médium Maria Cecília Paiva na
Federação Espírita Pernambucana, em reunião pública do dia 18 de julho de 1979).

A fraca e estéril fé da educação e a forte e fértil fé da instrução

nstrução e educação são duas palavras dadas como sinônimas pelos dicionários, mas não é bem assim. Toda educação é instrução, mas nem toda instrução é educação. Instrução é dar conhecimento de matemática, de português, química, religião etc. A educação está mais ligada à moral, ao bom comportamento, a atitudes de respeito, ao bom senso e também à própria religião etc. Para Huberto Rohden, o Ministério da Educação deveria chamar-se Ministério da Instrução.

A fé da educação é aquela de berço, que pode ser ensinada também pelos professores, principalmente pelos exemplos. Se a escola for católica, os alunos são geralmente católicos. Se for espírita, eles são geralmente espíritas, o que vale também para as outras religiões.

Mas a religião oriunda da educação nem sempre será igual àquela oriunda da instrução buscada e estudada pelo indivíduo. Essa religião que ele descobre, pelo seu estudo e pesquisas, torna-se a sua religião preferida e estável, pois é baseada no seu estudo, na lógica e no bom senso, deixando para trás a sua religião de berço adquirida pela educação e não pelo seu próprio estudo. Uma parte dessas pessoas costuma tornar-se sem religião, mantendo apenas algumas tradições daquela de berço. É o que acontece muito no mundo de pós-modernidade, com os católicos, principalmente, com os intelectuais, pois eles têm dificuldades em aceitar alguns dogmas. O problema da Igreja é, pois, de fé.

Pela Bíblia, “a fé é a certeza das coisas que são esperadas, a convicção de fatos que se não veem” (Hebreus 11: 1).  Fé, pois, no futuro, ou seja, na vida do Espírito imortal que não morre quando o corpo morre, mas apenas deixa o corpo. Não é, portanto, a fé em qualquer doutrina “bolada” pelos teólogos que são a causa do declínio, confusão e divisão do Cristianismo.

O apóstolo Paulo ensina que convém reduzir a cativeiro todo o entendimento, para que obedeça a Cristo, mostrando que a fé é um ato da inteligência, do entendimento, e não da vontade (2 Coríntios, 10:5). Mas Jesus diz que o ato de fé tem mérito, pois quem crê será salvo (Marcos 16: 16). Para Jesus, pois, a fé é um ato livre da vontade. Ficamos com Jesus. E como o sentido de “crer”, de acordo com a sua etimologia greco-latina equivale a “ter fé” e “ter fidelidade” (“pistis” do grego e fides do latim), a tradução mais racional deveria ser: “Quem tem fidelidade a Jesus será salvo”, pois, acreditar em Jesus, até os maus demônios acreditam, só não Lhe sendo fiéis.

Como ficou esclarecido, a fé da instrução, do estudo, ou raciocinada – que é a fé espírita – sobrepuja a fé da educação de berço, que, às vezes, é cega e inútil, pois não torna melhor o indivíduo. Parte dos adeptos do Cristianismo está tendo uma fé cega e estéril, ou seja, a da educação e não a fé raciocinada da instrução, fértil e útil, pois nos leva a ser melhores, realmente, mais cristãos!

 José Reis Chaves

O ensino espírita

Uma nova filosofia requer uma nova pedagogia que, por sua vez, requer uma nova educação e uma nova metodologia. Assim é com o Espiritismo, que é uma filosofia espiritualista racional, que apela à razão e tem uma nova visão do homem, do mundo e da vida. E mais: as consequências da filosofia espírita podem ser comprovadas através de experimentos observáveis em eventos externos, assim como podem ser sentidas e rememoradas intimamente, daí ser o Espiritismo também uma ciência.

Não se pode confundir o ensino espírita com o tradicional ensino religioso. Em Espiritismo não temos catequese, não temos imposição de ideias. Quando promovemos a educação espírita, temos que transcender o simples ensino de normas, preceitos e interpretações de textos. O ensino espírita deve fazer pensar e levar o educando ao encontro de uma nova visão de si mesmo e do significado da vida. Deve permitir o desenvolvimento do senso moral para que a criança e o jovem tenham o discernimento necessário para fazer face às diversas situações existenciais com que se deparam no cotidiano.

Verbalismo e experiência prática

O ensino espírita solicita ao educador que não fique apenas com o compartilhamento verbal do conhecimento que possua. Ele deve permitir que o educando levante hipóteses, questione as informações e reflita sobre as conclusões. Para isso, a criação de novas estratégias e oportunidades de ampliação do conhecimento e da sensibilização dos sentimentos é imprescindível.

Não se deve fazer da aula um tempo para passar informações, e sim um tempo para abordagens críticas, para realizar questionamentos, para instigar descobertas, levando o educando a pensar sobre situações práticas, que são vividas no dia a dia.

Um bom referencial é a didática de Kardec ao elaborar O Livro dos Espíritos. Diálogos inquiridores com os Espíritos sobre os mais variados assuntos, sempre procurando a razão das coisas e as consequências práticas dos conhecimentos revelados.

O educador deve sempre fazer perguntas, levar os educandos a pensar sobre o que estão estudando, promovendo debates, pesquisas e a construção individual do conhecimento, tudo relacionando com a vida, ou seja, não permitindo que o conhecimento seja apenas teórico, pois as novas gerações necessitam fazer a descoberta da empatia, do saber se colocar no lugar do outro, com visão de futuro, ou seja, o que estamos construindo e o que vamos colher.

Levemos para a sala de aula os fatos do mundo, as descobertas científicas, as questões sociais para que os educandos compreendam que o ensino espírita é aplicável a tudo, revelando a universalidade das leis que regem a vida. Compreender e vivenciar, eis a fórmula do verdadeiro ensino espírita, fazendo com que o Espiritismo não fique distante, ou mesmo divorciado, da realidade em que estamos mergulhados, a qual a doutrina nos faz compreender e, portanto, melhor lidar.

Esclarecimento espiritual

O Espiritismo não tem por objetivo a divulgação de uma visão religiosa, ou de uma determinada prática devocional. O ensino espírita visa realizar o esclarecimento espiritual do indivíduo. Para isso estabelece que esse esclarecimento deva:

1 - Partir da observação;

2 - Ter a experimentação individual e coletiva;

3 - Utilizar a reflexão;

4 - Provocar a interiorização de princípios;

5 - Levar à comprovação da veracidade dos ensinos;

6 - Respeitar o desenvolvimento intelectual e moral do educando.

Todos estamos reencarnados para dar continuidade ao progresso intelectual e moral, tanto individual quanto coletivo, devendo deixar aflorar em nós a condição espiritual de que somos essência, com a continuidade da vida após a morte, mas não porque assim o Espiritismo ensina, e sim porque vamos pensar sobre a alma, pesquisar os fatos e chegar à conclusão de que somos imortais, que isso consegue responder as mais variadas questões existenciais.

Com o esclarecimento espiritual teremos forças para mudar hábitos, para lutar contra o egoísmo e para ter um encontro com Jesus, quando seus ensinos e exemplos passam a ter sentido e serem aplicáveis em nós e na vida.

Do que necessitamos para educar

Vamos agora abordar a questão do ensino espírita na família, o que os pais devem fazer para melhor cumprir sua missão de educadores do Espírito reencarnante.

Primeiro, necessitamos compreender que somos Espíritos imortais, que há em nós e, portanto, em cada ser humano, um componente a mais do que o corpo biológico, ou seja, a alma. Compreender a espiritualidade humana é fundamental para melhor educar.

Segundo, como decorrência do primeiro enunciado, compreenda que a criança – e também o adolescente e o jovem – é um espírito, ou uma alma. Ela não é um brinquedo, uma boneca e nem mesmo um adulto em miniatura. É gente como a gente, para utilizar a expressão do educador brasileiro Paulo Freire, portanto, deve ser respeitada na sua condição intelectual e moral.

Terceiro, para melhor educar é preciso amar esse ser que Deus confiou para nós. Não existe verdadeira educação fora do amor. Mas não esse amor que se dissipa um minuto depois, quando passamos a tratar nosso filho de "coisa" que atrapalha nossa vida. O amor, acima de tudo, compreende e renuncia.

Quarto enunciado: a melhor educação é aquela realizada através dos nossos próprios exemplos. Se você fuma, fala palavrão, grita, fofoca a vida alheia, é egoísta, age com violência, e tantas outras coisas que caracterizam vícios do caráter e maus hábitos, como pode querer que seu filho seja diferente?

E, finalmente, deixe seu filho ter suas próprias experiências. Não faça as coisas no lugar dele. Interaja com ele e delegue tarefas. Deixe ele compreender o que são limites, responsabilidades, deveres. Se você sempre limpar onde ele sujou, sempre guardar as roupas que ele espalhou, sempre desculpar os erros que ele cometeu, a deseducação estará instalada.

Lembre-se que a missão de educar significa formar o caráter, fazer com que o filho adquira o senso moral, saiba distinguir entre o bem e o mal, pois ele é um Espírito imortal, e a única bagagem trazida do mundo espiritual, quando do nascimento, e que será levada de volta ao mesmo mundo espiritual, quando da morte, é a bagagem das conquistas morais e intelectuais com a respectiva aplicação da mesma. Não importa para Deus o diploma universitário a ser apresentado, mas sim a caridade desenvolvida, o amor ao próximo praticado. O Espírito reencarnante necessita dos pais (ou dos responsáveis) para melhora do seu caráter, para bom encaminhamento das suas tendências inatas.

Marcus De Mario é educador, escritor, consultor educacional e empresarial. Atua no C.E. Humildade e Amor, da cidade do Rio de Janeiro.

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