NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



Livros Grátis - Ebooks Grátis Para Download www.LivrosGratis.net

Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

sábado, 31 de agosto de 2013

ESTUDANDO O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - capítulo XXVII - PEDI E OBTEREIS - item 22

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS
MANEIRA DE ORAR
22. O dever primordial de toda criatura humana, o primeiro ato que deve assinalar a sua volta à vida ativa de cada dia, é a prece. Quase todos vós orais, mas quão poucos são os que sabem orar! Que importam ao Senhor as frases que maquinalmente articulais umas às outras, fazendo disso um hábito, um dever que cumpris e que vos pesa como qualquer dever?
     A prece do cristão, do espírita, seja qual for o seu culto, deve ele dizê-la logo que o Espírito haja retomado o jugo da carne; deve elevar-se aos pés da Majestade Divina com humildade, com profundeza, num ímpeto de reconhecimento por todos os benefícios recebidos até aquele dia; pela noite transcorrida e durante a qual lhe foi permitido, ainda que sem consciência disso, ir ter com os seus amigos, com os seus guias, para haurir, no contacto com eles, mais força e perseverança. Deve ela subir humilde aos pés do Senhor, para lhe recomendar a vossa fraqueza, para lhe suplicar amparo, indulgência e misericórdia. Deve ser profunda, porquanto é a vossa alma que tem de elevar-se para o Criador, de transfigurar-se, como Jesus no Tabor, a fim de lá chegar nívea e radiosa de esperança e de amor.
     A vossa prece deve conter o pedido das graças de que necessitais, mas de que necessitais em realidade. Inútil, portanto, pedir ao Senhor que vos abrevie as provas, que vos dê alegrias e riquezas. Rogai-lhe que vos conceda os bens mais preciosos da paciência, da resignação e da fé. Não digais, como o fazem muitos: “Não vale a pena orar, porquanto Deus não me atende.” Que é o que, na maioria dos casos, pedis a Deus? Já vos tendes lembrado de pedir-lhe a vossa melhoria moral? Oh! não; bem poucas vezes o tendes feito. O que preferentemente vos lembrais de pedir é o bom êxito para os vossos empreendimentos terrenos e haveis com freqüência exclamado: “Deus não se ocupa conosco; se se ocupasse, não se verificariam tantas injustiças.” Insensatos! Ingratos! Se descêsseis ao fundo da vossa consciência, quase sempre depararíeis, em vós mesmos, com o ponto de partida dos males de que vos queixais. Pedi, pois, antes de tudo, que vos possais melhorar e vereis que torrente de graças e de consolações se derramará sobre vós. (Cap. V, nº 4.)
     Deveis orar incessantemente, sem que, para isso, se faça mister vos recolhais ao vosso oratório, ou vos lanceis de joelhos nas praças públicas. A prece do dia é o cumprimento dos vossos deveres, sem exceção de nenhum, qualquer que seja a natureza deles. Não é ato de amor a Deus assistirdes os vossos irmãos numa necessidade, moral ou física? Não é ato de reconhecimento o elevardes a ele o vosso pensamento, quando uma felicidade vos advém, quando evitais um acidente, quando mesmo uma simples contrariedade apenas vos roça a alma, desde que vos não esqueçais de exclamar: Sede bendito, meu Pai?! Não é ato de contrição o vos humilhardes diante do supremo Juiz, quando sentis que falistes, ainda que somente por um pensamento fugaz, para lhe dizerdes: Perdoai-me, meu Deus, pois pequei (por orgulho, por egoísmo, ou por falta de caridade); dai-me forças para não falir de novo e coragem para a reparação da minha falta?!
     Isso independe das preces regulares da manhã e da noite e dos dias consagrados. Como o vedes, a prece pode ser de todos os instantes, sem nenhuma interrupção acarretar aos vossos trabalhos. Dita assim, ela, ao contrário, os santifica. Tende como certo que um só desses pensamentos, se partir do coração, é mais ouvido pelo vosso Pai celestial do que as longas orações ditas por hábito, muitas vezes sem causa determinante e às quais apenas maquinalmente vos chama a hora convencional. – V. Monod. (Bordéus, 1862.)
 FONTE; http://www.espiritbook.com.br/profiles/blog/show?id=6387740%3ABlogPost%3A666646&xgs=1&xg_source=msg_share_post

A proibição de Moisés

Ao tempo de Moisés a evocação dos mortos não
se respaldava nossentimentos de respeito,
afeição, ou piedade para com eles

(Parte 1)

“(...) E entre vós ninguém haja que consulte os que têm o Espírito de
Píton e se propõem adivinhar, interrogando os mortos para
saber da verdade.”  - Moisés (Deuteronômio, 13:9 a 12.)


Além de proibir o intercâmbio indiscriminado com os Espíritos, Moisés manda, também, apedrejar a mulher adúltera; matar e enterrar o boi que machucou alguém... Será que nos dias de hoje essas leis ainda são obedecidas?

Allan Kardec ensina o seguinte[1]:

“Se a lei de Moisés deve ser tão rigorosamente observada num ponto, força é que o seja igualmente em todos os outros. Por que seria ela boa no tocante às evocações e má em outras partes? É preciso ser consequente. Desde que se reconhece que a lei mosaica não está mais de acordo com a nossa época e costumes em dados casos, a mesma razão procede para a proibição de que tratamos. Demais, é preciso expender os motivos que justificavam essa proibição e que hoje se anularam completamente: O legislador hebreu queria que o seu povo abandonasse todos os costumes adquiridos no Egito, onde as evocações estavam em uso e facilitavam abusos, como se infere destas palavras de Isaías: “O Espírito do Egito se aniquilará a si mesmo e eu precipitarei seu conselho; eles consultarão seus ídolos, seus adivinhos e seus pítons”.

Os israelitas não deviam contratar alianças com as nações estrangeiras, e sabido era que naquelas nações que iam combater encontrariam as mesmas práticas. Moisés devia, pois, por política, inspirar aos hebreus aversão a todos os costumes que pudessem ter semelhanças e pontos de contacto com o inimigo.   Para justificar essa aversão, preciso era que apresentasse tais práticas como reprovadas pelo próprio Deus, e daí estas palavras: “O Senhor abomina todas essas coisas e destruirá, à vossa chegada, as nações que cometem tais crimes”.

Existem duas partes distintas na lei de Moisés – A proibição de Moisés era assaz justa, porque a evocação dos mortos não se originava nos sentimentos de respeito, afeição, ou piedade para com eles, sendo antes um recurso para adivinhações, tal como nos augúrios e presságios explorados pelo charlatanismo e pela superstição. Essas práticas, ao que parece, também eram objeto de negócios, e Moisés, por mais que fizesse, não conseguiu desentranhá-las dos costumes populares.

Essas práticas supersticiosas perpetuaram-se até a Idade Média, mas hoje a razão predomina ao mesmo tempo em que o Espiritismo veio mostrar o fim exclusivamente moral, consolador e religioso das relações de além-túmulo.

Há duas partes distintas na lei de Moisés: a Lei de Deus propriamente dita, promulgada sobre o Sinai, e a lei civil ou disciplinar, apropriada aos costumes e ao caráter do povo. Uma dessas leis é invariável, ao passo que a outra se modifica com tempo, e a ninguém ocorre que possamos ser governados pelos mesmos meios por que o eram os judeus no deserto.

Quem pensaria hoje, por exemplo, reviver este artigo da lei mosaica[2]: “Se um boi escornar um homem ou mulher, que disso morram, seja o boi apedrejado e ninguém coma da sua carne; mas o dono do boi será julgado inocente”.

Este artigo nos parece absurdo, não tinha, no entanto, outro objetivo senão o de punir o boi e inocentar o dono, equivalendo simplesmente à confiscação do animal, causa do acidente, para obrigar o proprietário a maior vigilância. A perda do boi era a punição que devia ser bem sensível para um povo de pastores, a ponto de dispensar outra qualquer; entretanto, essa perda a ninguém aproveitava por ser proibido comer a carne.

Haveria Jesus modificado a lei mosaica? – Tudo tinha razão de ser na legislação de Moisés, vez que ela tudo prevê em seus mínimos detalhes, mas a forma, bem como o fundo, adaptava-se às circunstâncias ocasionais. Se Moisés voltasse em nossos dias para legislar sobre uma nação civilizada, decerto não lhe daria um código igual ao dos hebreus.

A esta objeção opõe a afirmativa de que todas as leis de Moisés foram ditadas em nome de Deus, assim como as do Sinai. Mas julgando-as todas de fonte divina, por que ao Decálogo limitam os mandamentos? Qual a razão de ser da diferença? Pois não é certo que se todas as leis emanam de Deus devem ser igualmente obrigatórias? E por que não conservam a circuncisão, à qual Jesus se submeteu e não aboliu? Ah! Esquecem que, para dar autoridade às suas leis, todos os legisladores antigos lhes atribuíram uma origem divina. Pois bem: Moisés, mais do que nenhum outro, tinha necessidade desse recurso, atento ao caráter de seu povo; e se, a despeito disso, ele teve dificuldades em se fazer obedecer, que não sucederia se as leis fossem promulgadas em seu próprio nome? Não veio Jesus modificar a lei mosaica, fazendo da Sua Lei o código dos cristãos? Não disse Ele: “Vós sabeis o que foi dito aos antigos, tal e tal coisa, e eu vos digo tal outra coisa?” Entretanto, Jesus não proscreveu, antes sancionou a Lei do Sinai, da qual toda a Sua Doutrina moral é um desdobramento.

Ora, Jesus nunca aludiu em parte alguma à proibição de evocar os mortos, quando este era um assunto bastante grave para ser omitido nas Suas prédicas, mormente tendo Ele tratado de outros assuntos secundários.

Terão os diversos cultos receio das manifestações? – Se Moisés proibiu evocar os mortos, é que estes podiam vir, pois do contrário inútil fora a proibição. Ora, se os mortos podiam vir naqueles tempos, também o podem hoje. Se os Espíritos se perturbassem ou se agastassem com os nossos chamados, certo o diriam e não retornariam; porém, nas evocações, livres como são, se se manifestam é porque lhes convém.

Todas as razões alegadas para condenar as relações com os Espíritos não resistem a um exame sério. Pelo ardor com que se combate nesse sentido é fácil deduzir o grande interesse ligado ao assunto. Daí a insistência. Em vendo esta cruzada de todos os cultos contra as manifestações, dir-se-ia que delas se atemorizam.

O verdadeiro motivo poderia bem ser o receio de que os Espíritos, muito mais esclarecidos, viessem instruir os homens sobre os pontos que se pretende obscurecer, dando-lhes conhecimento, ao mesmo tempo, da certeza de um ou outro mundo, a par das verdadeiras condições para nele serem felizes ou desgraçados. A razão deve ser a mesma por que se diz à criança: – “Não vá lá, que há lobisomem”.  Ao homem dizem: “Não chameis os Espíritos: são o diabo”. Não importa, porém: – impedem os homens de os evocar, mas não poderão impedi-los de vir aos homens para levantar a lâmpada de sob o alqueire.

O culto que estiver com a verdade absoluta nada terá que temer a luz, pois a luz faz brilhar a verdade e o demônio (que, aliás, nem existe) nada pode contra ela.

Repelir as comunicações de além-túmulo é repudiar o meio mais poderoso de instruir-se, já pela iniciação nos conhecimentos da Vida Futura, já pelos exemplos que tais comunicações nos fornecem. 

Será benéfico aos Espíritos interdizer as comunicações? – A experiência nos ensina, além disso, o bem que podemos fazer, desviando do mal os Espíritos imperfeitos, ajudando os que sofrem a desprenderem-se da matéria e a se aperfeiçoarem. Interdizer as comunicações é, portanto, privar as Almas sofredoras da assistência que lhes podemos e devemos dispensar.

As seguintes palavras de um Espírito resumem admiravelmente as consequências da evocação, quando praticadas com fim caritativo:

“Todo Espírito sofredor e desolado vos contará a causa da sua queda. Os desvarios que o perderam. Esperanças, combates e terrores; remorsos, desesperos e dores, tudo vos dirá, mostrando Deus justamente irritado a punir o culpado com toda a severidade. Ao ouvi-lo, dois sentimentos vos acometerão: o da compaixão e o do temor! Compaixão por ele, temor por vós mesmos. E se o seguirdes nos queixumes, vereis, então, que Deus jamais o perde de vista, esperando o pecador arrependido e estendendo-lhe os braços compassivos logo que procure regenerar-se. Do culpado vereis, enfim, os progressos benéficos para os quais tereis a felicidade e a glória de contribuir, com a solicitude e o carinho do cirurgião acompanhando a cicatrização da ferida que pensa diariamente”.

Muitas criaturas que já frequentam as reuniões mediúnicas, quando perguntadas por que o fazem, respondem equivocadamente: “é para fazer a caridade”. Só que se esquecem de falar que a caridade é para com elas mesmas, porque vendo o que acontece com os Espíritos calcetas e entendendo por que eles caíram na situação infeliz, na certa não vão fazer o mesmo que eles, aprendendo, assim, com a situação dos infelizes.


[1] - KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. 51. ed. Rio: FEB, 2003, 1ª parte, cap. XI, itens 3 a 15.

[2] - Êxodo, cap. XXI, versículos 28 e seguintes. 

        
 Rogério Coelho
fonte: http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/a-proibicao-de-moises/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.UiHqnT-nuqA


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

ELA CUMPRIU SUA MISSÃO


Gostaríamos de prestar uma singela homenagem a Therezinha Oliveira, oradora e escritora espírita, que veio a desencarnar nesta quarta-feira, dia 28 de agosto.

Tivemos a oportunidade de estar com ela no começo deste mês para gravar alguns depoimentos para a nova temporada do Programa Transição e realizar a apresentação do programa Uma Nova Visão, com o tema de um de seus livros “Suicídio – Um Doloroso Engano”, que está disponível no Livestream.

Por todo seu conhecimento sobre a realidade espiritual e por ser uma pessoa notável, acreditamos que neste momento ela deve estar sendo bem amparada pelos bons espíritos.

Vamos pedir a todos vocês que nos acompanham que não lamentem, ao invés disso tirem um instante de seu dia para transmitir pensamentos de amor a ela.

Nossos sinceros agradecimentos a esta senhora, por suas contribuições para a divulgação da Doutrina Espírita, receba nosso carinho e siga com sua jornada de vida em paz!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O PERDÃO INTEGRAL


 O perdão é integral, quando aquele que perdoa o faz de fato, isto é, incondicionalmente, de coração, sem orgulho. É, num sentido mais amplo, a prática da misericórdia, quando se considera a miséria alheia extensiva a nós mesmos, porquanto, estamos propensos aos erros e, assim, passíveis de necessitarmos da misericórdia dos outros.
Por isso, Jesus nos ensinou a oração dominical, ou seja, em face da constância de nos considerarmos ofendidos por alguém. Evidentemente, se jamais ficássemos ofendidos, jamais teríamos que perdoar. Assim, Jesus, conhecedor das nossas imperfeições, entre as palavras sábias da referida oração, constou: "perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores", ou seja, assim como desejamos o perdão, temos que perdoar.
Existe confusão entre o nosso perdão de criaturas imperfeitas com o perdão de Deus; como ficou dito, o perdão cabe em face às ofensas recebidas.
Assim, há que se considerar o perdão humano e o perdão divino: o primeiro parte de alguém que se sentiu ofendido; o segundo, ao contrário, é próprio do nosso pai e criador que, evidentemente, jamais se sentiu ofendido por nós, seus filhos. Seu perdão tem outra conotação: é misericórdia da magnanimidade da sua lei imutável que não nos condena - Deus é Amor -, mas propicia as oportunidades para resgatarmos os nossos débitos perante a Justiça Divina; tais oportunidades estão contidas na Lei da Reencarnação.
Para a prática do perdão, temos: de um lado a vítima e do outro o agressor. O perdão deve partir da vítima; salvo o arrependimento e pedido de perdão do agressor. Se não houver o perdão, isto é, a composição amigável entre ambos e prevalecer o ódio, antítese do amor, teremos um campo vibratório negativo, onde os adversários só têm a perder desgastando-se mutuamente. Também, podemos imaginar um ciclo vibratório, onde A atinge B e vice-versa, o qual, apenas se interrompe, quando uma das partes, em prevalecendo o amor, perdoa. Eis, aqui, a origem das obsessões que podem ser sanadas a tempo...
É doutrinário que não existe obsessão unilateral, é, como num contrato, bilateral, isto é, um acordo de vontades, onde se verifica, no caso, a ausência do amor e do perdão, face às incompreensões e ódios mútuos, logo, é de bom alvitre e de bom senso, que cultivemos o perdão. Tal disposição é sábia, considerando-se que é medida de profilaxia, a fim de mantermos a saúde física e mental. É, também, para os males já instalados, uma terapia eficaz.
Vale lembrar que as doenças, de um modo geral, são psicossomáticas, estão na alma e refletem no corpo físico. Por exemplo, a depressão, efeito das mágoas e ressentimentos, corrosivos da alma, é ausência do perdão às ofensas que só podem provir de criaturas infelizes e carentes de amor.
"Você poderá estar pensando que é muito difícil perdoar sempre. E eu sei que em muitas ocasiões não é nada tão simples ou tão fácil de conduzir-se superiormente, mas (...) faça empenho, esforce-se, até conseguir perdoar com naturalidade, com espontaneidade. (...) Considere que o agressor é alguém tão infeliz ou perturbado, em si mesmo, que não necessita do seu ódio." (...) *
É sabido que das pequenas discórdias surgiram as grandes guerras, logo, pela paz e para seguirmos Jesus, só nos resta perdoar!


* Depressão: Causas, Consequências e Tratamento, Izaias Claro, pág. 135, 4ª Ed. O Clarim.
 Julio Laurentino de Lima -
(Artigo publicado no Jornal O Clarim, Julho/06, pág. 09, Editora O Clarim)

Fonte:  WWW.ADDE.COM.BR

sábado, 24 de agosto de 2013

USP CONFIRMA EFICÁCIA DO PASSE MAGNÉTICO

 
Um estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar.
O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela Igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o Espiritismo, que pratica o chamado “passe”.
Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos. “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp.
Segundo o cientista, durante seu mestrado foi investigado os efeitos da imposição em camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das células de defesa contra células que ficam os tumores. “Agora, no meu doutorado que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos.”
A constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata sobre esse efeitos. “A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’, e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou. As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e depressão.“O interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição”.
Neste estudo do mestrado foram utilizados 60 camundongos. Já no doutorado foram avaliados 44 idosos com queixas de stress.
O processo de desenvolvimento para realizar este doutorado foi finalizado no primeiro semestre do ano passado. Mas a Unifesp está prestes a iniciar novas investigações a respeito dos efeitos do Reiki e práticas semelhantes.
Lembremos que Jesus ao curar sempre estendia as mãos. Religiões Populares Brasileiras também estende as mãos a mais de quatro séculos, descendentes do africanismo. Os egípcios, já usavam esse método bem antes de Cristo. Outras Filosofias como diversas técnicas orientais também aceitam a imposição de mãos sobre o outro. Atualmente Religiões protestantes também praticam.


PS. Que ótimo estarem descobrindo o que o espiritismo ja sabe desde a sua existencia.  Em pleno século XXI ainda vemos algumas religiões questionando esta doutrina.

Enfermidades



Consideremos as enfermidades sob três aspectos: do corpo, da mente e do Espírito.

As do corpo são resultado de infecções, traumatismos físicos, acidentes, degeneração celular.

As da mente englobam os fenômenos psicológicos e psiquiátricos, expressando-se em forma de conflitos, insatisfação, desajustes, alienações.

As do Espírito, com maior profundidade, relacionam-se com o próprio comportamento na atual ou em existências passadas, das quais procede no seu programa evolutivo.

As pessoas preocupam-se em demasia por solucionar os males que as afligem, sem uma preocupação mais consciente a respeito das causas que os desencadeiam, realizando uma terapia preventiva, pela morigeração dos hábitos e desregramentos dos abusos de toda natureza, tendo-se em vista que os fenômenos pungentes e dolorosos remontam às matrizes morais enraizadas no Espírito.

Instalada a enfermidade, faz-se inevitável o tratamento específico, recorrendo-se às terapias próprias, compatíveis com as circunstâncias.

Não obstante, para a saúde espiritual, e, portando, para as doenças que do Espírito derivam, torna-se imprescindível uma reprogramação dos valores da vida, alterando-se o comportamento em profundidade.

Entre as doenças mais graves da área do Espírito, destaquemos a indiferença, a soberba, o ódio, o ciúme, a falta de finalidade aplicada à existência, o esquecimento e desrespeito às divinas e às humanas leis.

Em todo processo de enfermidades, e mesmo nas que decorrem dos fatores morais e circunstanciais - acidentes, choques - há uma forte causalidade no ser espiritual.

A reparação das peças orgânicas e equipamentos psicológicos, sem uma correspondente alteração de conduta íntima, resulta inócua e de efêmero resultado.

Não removido o elemento causador do distúrbio, este muda de forma ou lugar, permanecendo inalterado.


Reforma o quadro das tuas aspirações humanas, considerando a tua realidade eterna, eliminando do teu mapa de comportamento o egoísmo, a ansiedade, a ira, o medo, o ódio, a luxúria.

Esses raios destrutivos, que deles emanam, produzem a degenerescência das células, em face do bombardeio mental que padecem.

A cegueira sistemática a respeito da finalidade transcendental da vida é também responsável por males incontáveis no corpo, na mente, na alma.

Indispensável combater essa virose insidiosa que destrói as defesas da existência, possuindo o poder de mutações constantes, que a apresentam com variadas e insuspeitáveis características.

O conhecimento e consequente respeito aos mecanismos de funcionamento da vida alterarão por completo a tua maneira de ser, brindando-te saúde real, partindo da emoção para o corpo com excelente harmonia interior.



Sobrepondo o Espírito ao corpo, Jesus jamais enfermou, demonstrando a grandeza da saúde verdadeira e conclamando-nos à vitória sobre os atavismos negativos e paixões inferiores.

Joanna de Ângelis  &  Divaldo P. Franco
Livro: Momentos de Alegria

ORAI PELOS QUE VOS PERSEGUEM

Compadecei-vos de quantos se consagram a instilar a peçonha da crueldade nos corações alheios, porque toda perseguição nasce da alma desventurada que a invigilância entenebreceu.

Monstro invisível, senhoreando idéias e sentimentos, é qual fera à solta, transpirando veneno, a partir das próprias vítimas que transforma em carrascos.

Quase sempre, surge naqueles que vascolejam o lixo da maledicência, buscando o lodo da calúnia para as telas do crime, quando não se levanta do charco ignominioso da inveja para depredar ou ferir.

De qualquer modo, gera alienação e infortúnio naqueles que lhes albergam as sugestões, escurecendo-lhes o raciocínio, para arrebata-los com segurança ao cárcere da agonia moral no inferno do desespero.

Ventania de lama, espalha corrente miasmáticas com o seu hálito de morte, agregando elementos de corrosão em todos os que lhe ofertam guarida.

É por isso que, ante os nossos perseguidores, é preciso acender a flama da caridade, a fim de que se nos não desvairem os pensamentos espancados de chofre.

Olhos e ouvidos empenhados à sombra dessa espécie; são rendições ao desânimo e à delinqüência, à deserção e à enfermidade.

Eis porque, Jesus, em Seu Amor e Sabedoria, não nos inclinou à lutar contra semelhante fantasma, induzindo-nos à bênção da compaixão, qual se fôssemos defrontados pela peste contagiante.
Perseguidos no mundo; mantenhamo-nos constante no trabalho do bem a realizar, e, ao invés do gládio da reação ou do choro inútil da queixa, aprendamos, cada dia, entre o perdão e o silêncio, a orar e esperar.



pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Trilha De Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013


SÍNDROME DO PÂNICO NA VISÃO ESPÍRITA - Divaldo Franco


Outro distúrbio que tem atingido níveis alarmantes é a síndrome do pânico. Qual a explicação que o Espiritismo oferece para esse transtorno?

Divaldo Franco: (...) O nome pânico vem do deus Pan, que na tradição grega apresenta-se com metade do corpo com forma humana e a outra com modulagem caprina. O deus Pan era guardador das montanhas da Arcádia e, quando alguém adentrava nos seus domínios, ele aparecia, produzindo no visitante o estado de pânico, palavra essa derivada do seu nome. Portanto, é um distúrbio muito antigo.

Invariavelmente a psicogênese do ponto de vista espírita encontra-se na consciência de culpa do paciente por atos perturbadores praticados na atual existência ou em existências pretéritas, o que proporciona um comportamento inseguro, desconfiado.

Trata-se de alguém que busca esconder-se no corpo para fugir dos problemas que foram praticados anteriormente. Quando irrompe a síndrome do pânico, a sensação é terrível, porque é semelhante à da morte.

É eminentemente um distúrbio feminino, embora atinja também, segundo os especialistas, o sexo masculino.

Segundo estou informado, faltando, naturalmente, confirmação científica, a síndrome do pânico nunca matou ninguém durante o surto, entretanto, aquela sensação horrorosa é praticamente igual à de morte.

Que fazer? Orar.

Ter a certeza de que ela é de breve curso, procurar respirar profundamente, acalmar-se, vincular-se a Deus, rogar a proteção dos Espíritos nobres.

Assim, lentamente, dá-se uma descarga de adrenalina, procedente das glândulas supra-renais, e o indivíduo refaz-se, passando aquele período mais doloroso, fazendo simultaneamente a terapêutica com um psiquiatra e, de acordo com a psicogênese, um psicólogo ou psicanalista.

Nada obstante, eu sugeriria pessoalmente que a pessoa procurasse também as terapêuticas espíritas, quais as das boas palavras, das reuniões doutrinárias, do conhecimento de si mesmo, dos passes ou bioenergia, da água magnetizada e, por extensão, do socorro que os bons Espíritos propiciam através das reuniões mediúnicas de desobsessão, que dispensam a presença dos pacientes.

fonte: http://www.espiritbook.com.br/profiles/blog/show?id=6387740%3ABlogPost%3A1312600&xgs=1&xg_source=msg_share_post

domingo, 18 de agosto de 2013

Transformação moral no mundo contemporâneo

A cada dia estamos observando muitas pessoas preocupadas em descortinar novos horizontes em relação à transformação moral, onde percebemos a preocupação incessante dos mesmos em buscar respostas profundas e seguras para as suas indagações. É bem verdade que as respostas só são contempladas a partir do momento em que desenvolvemos em nós a paciência necessária para adquirirmos as respostas desejadas nessa interação constante com o mundo interior que nós mesmos construímos.

Sabemos que não é uma tarefa fácil chegar a um resultado imediato, visto que nesse mundo contemporâneo as transformações morais não acontecem na mesma rapidez com que evoluiu a chamada tecnologia. O homem desenvolve sua inteligência, porém, não significa que Ele desenvolva de maneira interativa a sua própria moralidade. A questão da moralidade é algo que merece muita reflexão, principalmente nos dias atuais, haja vista que inteligência não é sinônimo de moralidade desenvolvida.

Diante desse processo aparecem algumas interrogações. Será que a transformação moral no mundo contemporâneo é algo que o ser humano poderá desenvolver a longo prazo no curso dos milênios? Ou será que o homem moderno não está preparado para as mudanças que ocorrerão no sentido de que a Terra passará para um mundo de regeneração?

Jesus deixou claro que a vida continua incessante em vários sistemas planetários, e Ele disse mais: “Meu reino não pertence a este mundo” e completa dizendo o seguinte: ”Há várias moradas na casa do Pai”. A doutrina Espírita reforça dizendo a todos que a Terra está passando de planeta de expiação e prova para planeta de regeneração. Fica evidente que temos muitas oportunidades para a evolução moral e espiritual na Terra e também em outros mundos habitados, e que os milênios são etapas gradativas de oportunidades para todos aqueles que buscam a evolução.

Diante dessa regeneração, a doutrina espírita nos faculta a dar uma dimensão ainda maior e necessária a partir das suas obras, dizendo o seguinte: Quem somos? Para onde vamos? O que estamos fazendo aqui? Sabemos que não estamos na Terra a passeio, temos muitos projetos a serem desenvolvidos que estão escritos principalmente em nossa consciência. É verdade que nem sempre nos lembramos desses projetos que assumimos antes da reencarnação, muitas vezes as promessas realizadas diante dos amigos espirituais não são de imediato colocadas em prática devido ao esquecimento natural durante o processo reencarnatório. É bem verdade que em um determinado momento da nossa existência tudo isso pode aflorar e o despertamento espiritual acontecer.

As ideias do passado surgem como vagas lembranças no inconsciente das pessoas. Muitos são levados a se perguntarem: “Já estive aqui neste lugar?”.  Outros poderão dizer: “Tenho alguma percepção de que já morei nesta cidade”. Esses questionamentos geralmente são elaborados por aqueles que querem buscar respostas seguras para as suas indagações. Motivados pelas lembranças do passado, buscam a doutrina espírita por acreditarem no seu potencial explicativo, creditando a Ela a chave para consolar todos aqueles que buscam as respostas racionais, dando ao homem segurança sobre a sua destinação futura.

Portanto, para alcançarmos a transformação moral nesse mundo contemporâneo e desenvolvermos o entendimento necessário em relação à destinação futura do homem, é imprescindível entender que temos que desenvolver os nossos projetos morais e espirituais assumidos durante o nosso planejamento reencarnatório, levando em consideração que a meta a ser atingida dependerá do nosso esforço como Espíritos imortais, que temporariamente habitamos um corpo.

             Marco Antonio Pinho

fonte: http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/transformacao-moral-no-mundo-contemporaneo/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.UhDAQz-nuqA

Pai Nosso, Que Estás nos Céus


 Quando Jesus começou a prece dominical, satisfazendo ao pedido dos companheiros que desejavam aprender a orar, iniciou a rogativa, dizendo assim:
- Pai Nosso, que estás nos céus...
O Mestre queria dizer-nos que Deus, acima de tudo, é nosso Pai.
Criador dos homens, das estrelas e das flores.
Senhor dos céus e da Terra.
Para Ele, todos somos filhos abençoados.
Com essa afirmativa, Jesus igualmente nos explicou que somos no mundo uma só família e que, por isso, todos somos irmãos, com o dever de ajudar-nos uns aos outros.
Ele próprio, a fim de instruir-nos, viveu a fraternidade pura, auxiliando os homens felizes e infelizes, os necessitados e doentes, mostrando-nos o verdadeiro caminho da perfeição e da paz.
Na condição de aprendizes do nosso Divino Mestre, devemos seguir-lhe o exemplo.
Se sentirmos Deus como Nosso Pai, reconheceremos que os nossos irmãos se encontram em toda parte e estaremos dispostos a ajudá-los, a fim de sermos ajudados, mais cedo ou mais tarde. A vida só será realmente bela e gloriosa, na Terra, quando pudermos aceitar por nossa grande família a Humanidade inteira.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.
19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.
=================================================
formatação e pesquisa: MILTER - 18-08-2013

fonte: WWW.ADDE.COM.BR
 

sábado, 17 de agosto de 2013

Somos instrumentos de Deus. O Eu é ilusão.

O único e verdadeiro caminho através do qual Deus pode ser percebido em Sua Palavra, Essência e Vontade, é quando o homem alcança um estado de unidade consigo mesmo, e quando – não só em sua imaginação, mas em sua vontade, possa deixar tudo o que é eu pessoal, ou o que pertence ao eu: dinheiro e bens, pai e mãe, irmão e irmã, esposa e filhos, corpo e vida, quando o seu próprio eu se transforma num nada. Ele deve entregar tudo e se tornar mais pobre que um pássaro no ar, que possui um ninho. O homem não deve ter um ninho para o seu coração neste mundo. Não que se deva fugir de casa, abandonar esposa, filhos ou parentes, cometer suicídio, ou jogar fora suas propriedades, a fim de não estar corporalmente presente; deve-se matar e anular a vontade própria, aquela que clama por todas essas coisas como sua possessão. O homem deve entregar tudo isso ao seu Criador, e dizer com todo consentimento de seu coração: ‘Senhor, tudo é seu’! Sou indigno de governar tudo isso, mas como Tu me colocastes ali, devo cumprir meu dever entregando minha vontade a Ti, de forma total e completa. Aja através de mim da forma que quiseres, a fim de que a Sua vontade seja feita em todas as coisas e em tudo que eu seja chamado a fazer para o benefício de meus irmãos, a quem sirvo segundo o teu mandamento. Aquele que penetra neste estado de resignação suprema entra em união divina com Cristo, a fim de ver ao Próprio Deus. Ele fala com Deus e Deus fala com ele, ele sabe qual é a Palavra, a "Essência, e a Vontade de Deus". (Mysterium, XLI. 54-63).

"Siga meu conselho, deixe de buscar o conhecimento de Deus, através da sua vontade egoísta e de teu raciocínio; jogue fora tua razão imaginária, aquela que teu eu mortal pensa que possui, então tua vontade será a vontade de Deus. Se Ele encontrar a Sua vontade como sendo a sua vontade na Dele, então a Sua vontade irá se manifestar em sua vontade, como se fosse em Sua própria propriedade. Ele é Tudo, e o que quer que desejes saber no Tudo está Nele. Não há nada oculto diante Dele, e tu verás em Sua própria luz." (Forty Questions, I.36).

"Tudo o que se busca e se investiga sobre os mistérios divinos num espírito de egoísmo é inútil. A vontade própria não pode compreender nada de Deus, porque essa vontade não está em Deus, mas é externa à Ele. A vontade num estado de tranqüilidade divina, compreende o divino, porque é um instrumento do Espírito, e é o espírito em que a vontade é tranqüila que tem a faculdade de tal compreensão. Há muitas coisas, sem dúvida, que podem ser investigadas, aprendidas e compreendidas num espírito de egoísmo, mas a concepção assim formada pela mente não passa de uma aparência externa, e não há compreensão do fundamento essencial." (Signature 15,33)

"A vontade deve buscar ou desejar nada mais do que a misericórdia de Deus no Cristo; deve entrar continuamente no amor de Deus, e não permitir que nada a afaste deste objetivo. Se a razão externa triunfa e diz: ‘Eu tenho o verdadeiro conhecimento’ então a vontade deve fazer a razão carnal curvar-se à terra, fazendo com que entre num estado mais elevado de humildade, e com que repita sempre para si mesma as palavras: ‘És tola. Tu nada possuis senão a misericórdia de Deus’. Tente penetrar essa misericórdia e tornar-se um nada em si mesmo, e afaste-se de todo o seu próprio conhecimento e desejo egoísta, reconhecendo-os como algo inteiramente impotente. Então a vontade própria natural, irá entrar num estado de abandono, e o Espírito Santo de Deus irá tomar uma forma viva dentro de ti, inflamando a alma com suas chamas de amor divino. Assim, o conhecimento elevado e a ciência do Centro de todo ser irá surgir. O eu humano irá começar a perceber o Espírito de Deus, tremulamente e na alegria da humildade, e será capaz de ver o que está contido no tempo e na eternidade. Tudo está perto de uma alma nesse estado, pois a alma não é mais propriedade sua, mas um instrumento de Deus. Em tal estado de calmaria e humildade a alma deve permanecer, como uma fonte permanece em sua própria origem, ela deve, sem cessar, atrair e beber daquele poço, e nunca mais desejar deixar o caminho de Deus". (Calmness, 1, 24).(J. Boehme)


Goste das pessoas

Kent não era mais do que um adolescente quando aprendeu, com seu amigo da mesma idade, uma das lições que mais lhe encheram de prazer a vida.

Ambos estavam estudando e, da janela, observaram um dos professores atravessando o estacionamento.

Kent explicou a Craig que não gostaria de reencontrar aquele instrutor. No semestre anterior, ele e o professor tinham se desentendido.

O cara não gosta de mim - finalizou.

Craig observou o professor e falou:

Talvez você esteja se afastando porque tenha medo de ser rejeitado. E ele provavelmente acha que você não gosta dele, por isso não é simpático com você. Por que não vai falar com ele?

Hesitante, Kent desceu as escadas, cumprimentou o professor e perguntou como tinha sido seu período de férias.

Ele se mostrou surpreso, mas respondeu. Juntos caminharam um pouco e conversaram.

O amigo tinha lhe ensinado algo simples. As pessoas gostam de quem gosta delas. Quando se mostra interesse por elas, elas se interessam por nós.

A partir daquele dia, o mundo se transformou para Kent numa grande descoberta.

Certa vez, viajando de trem pelo Canadá, ele começou a conversar com um homem que todos evitavam, porque cambaleava e enrolava a língua, ao falar. Todos pensavam que ele estivesse bêbado. Em verdade, ele estava se recuperando de um derrame.

Tinha sido engenheiro naquela mesma linha férrea e passou a viagem contando histórias fascinantes passadas naquela ferrovia.

Quando o trem foi se aproximando da estação, ele segurou a mão de Kent e agradeceu por ele ter ouvido, com tanta atenção.

Mas Kent sabia que o prazer tinha sido muito maior para ele próprio.

Em um outro momento, em uma esquina barulhenta, numa cidade da Califórnia, uma família o parou pedindo informações. Eram turistas da isolada costa norte da Austrália.

Em pouco tempo, tomando café, eles encheram de conhecimento a sua cabecinha, com histórias sobre lugares e costumes que possivelmente ele nunca teria conhecido.

Cada encontro se tornou uma aventura. Cada pessoa, uma lição de vida. Ricos, pobres, poderosos e solitários: ele percebeu que todos tinham tantos sonhos e dúvidas quanto ele mesmo.

Todos tinham uma história única para contar. Bastava alguém querer ouvir.

Uma jovem esteticista lhe confidenciou a alegria que tinha sentido ao ver os moradores de um asilo, sorrindo, depois que ela cortou e penteou seus cabelos.

Um guarda de trânsito revelou como tinha aprendido alguns dos seus gestos, observando toureiros e maestros.

Até mesmo um andarilho, com a barba por fazer, lhe contou como tinha conseguido alimentar sua família durante o período da depressão, nos Estados Unidos, recolhendo peixes atordoados que flutuavam na superfície, depois de explosões na água.

Em suma, todas as pessoas tinham histórias para contar. Histórias ricas de experiências. E todas sonhavam com alguém que as quisesse ouvir.

Pensamento

Parafraseando Francisco de Assis, poderíamos pensar em uma oração, mais ou menos assim:

Senhor, permita que eu procure muito mais ouvir do que ser ouvido; muito mais ver do que desejar ser visto.

Finalmente: que eu aprenda a gostar das pessoas primeiro, e faça as perguntas depois, para que eu possa descobrir, com alegria, que a luz que projeto nos outros, se reflete em mim mesmo, multiplicada por cem.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. Goste das pessoas primeiro, do livro Histórias para aquecer o coração dos adolescentes, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Kimberly Kirberger, ed. Sextante.
fonte: http://www.reflexao.com.br/?sect=mensagens&t=ler&id=1402 
 

Invisíveis, mas não ausentes

Quando morreu, no século XIX, Victor Hugo arrastou nada menos que dois milhões de acompanhantes em seu cortejo fúnebre, em plena Paris.

Lutador das causas sociais, defensor dos oprimidos, divulgador do ensino e da educação, o genial literato deixou textos inéditos que, por sua vontade, somente foram publicados após a sua morte.

Um deles fala exatamente do homem e da imortalidade e se traduz mais ou menos nas seguintes palavras:

A morte não é o fim de tudo. Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra. Na morte o homem acaba, e a alma começa.

Que digam esses que atravessam a hora fúnebre, a última alegria, a primeira do luto. Digam se não é verdade que ainda há ali alguém, e que não acabou tudo?

Eu sou uma alma. Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu eu, o meu ser. O que constitui o meu eu, irá além.

O homem é um prisioneiro. O prisioneiro escala penosamente os muros da sua masmorra, coloca o pé em todas as saliências e sobe até ao respiradouro.

Aí, olha, distingue ao longe a campina, aspira o ar livre, vê a luz.

Assim é o homem. O prisioneiro não duvida que encontrará a claridade do dia, a liberdade. Como pode o homem duvidar se vai encontrar a eternidade à sua saída?

Por que não possuirá ele um corpo sutil, etéreo, de que o nosso corpo humano não pode ser senão um esboço grosseiro?

A alma tem sede do absoluto e o absoluto não é deste mundo. É por demais pesado para esta Terra.

O mundo luminoso é o mundo invisível. O mundo do luminoso é o que não vemos. Os nossos olhos carnais só vêem a noite.

A morte é uma mudança de vestimenta. A alma, que estava vestida de sombra, vai ser vestida de luz.

Na morte o homem fica sendo imortal. A vida é o poder que tem o corpo de manter a alma sobre a Terra, pelo peso que faz nela.

A morte é uma continuação. Para além das sombras, estende-se o brilho da eternidade.

As almas passam de uma esfera para outra, tornam-se cada vez mais luz, aproximam-se cada vez mais e mais de Deus.

O ponto de reunião é no infinito.

Aquele que dorme e desperta, desperta e vê que é homem.

Aquele que é vivo e morre, desperta e vê que é Espírito.

* * *

Muitos consideram que a morte de uma pessoa amada é verdadeira desgraça, quando, em verdade, morrer não é finar-se nem consumir-se, mas libertar-se.

Assim, diante dos que partiram na direção da morte, assuma o compromisso de preparar-se para o reencontro com eles na vida espiritual.

Prossiga em sua jornada na Terra sem adiar as realizações superiores que lhe competem, pois elas serão valiosas, quando você fizer a grande viagem, rumo à madrugada clarificadora da eternidade.

Redação do Momento Espírita, a partir do cap. Palavras do autor e cap.A França chora seu maior poeta, do livro Victor Hugo e seus fantasmas, de Eduardo Carvalho Monteiro, ed. Eme
fonte: http://www.reflexao.com.br/?sect=mensagens&t=ler&id=204
 

Infância espiritual

É muito famosa a passagem evangélica na qual Jesus afirma: Deixai que venham a  Mim as criancinhas.

O Mestre divino aproveitava as menores ocorrências da vida para ministrar sublimes lições.

A primeira idéia que se extrai da passagem refere-se à imagem de pureza que as crianças apresentam.

Sendo todas elas Espíritos que já encarnaram inúmeras vezes, algumas são mais bondosas e puras do que outras.

Mas a candura é inerente à infância, a fim de inspirar nos adultos os cuidados necessários ao atendimento de sua fragilidade.

Justamente desse aspecto de fragilidade surge uma importante lição das palavras do Cristo.

As crianças necessitam de orientação e cuidados.

Elas são frágeis e impressionáveis.

Quem convive com crianças necessita de uma certa dose de abnegação, a fim de gastar o tempo necessário ensinando-as e amparando-as em suas dificuldades.

Ocorre que a fragilidade material que caracteriza a infância é bastante breve.

Há outro gênero de fragilidade bem mais duradoura e penosa.

Trata-se da infância espiritual das criaturas.

Os Espíritos que habitam o planeta Terra não se encontram todos no mesmo nível evolutivo.

Muitos deles já compreendem seus deveres essenciais em face da vida.

Sabem que é impossível construir a própria felicidade sobre a desgraça alheia.

Entendem que não há felicidade sem paz e nem paz sem consciência tranqüila.

Assim, jamais se permitem fazer o mal ao próximo.

Quem já internalizou o respeito à lei divina atingiu a maturidade espiritual.

Entretanto, uma parcela muito substancial dos Espíritos vinculados à Terra permanece infantil, sob esse aspecto.

Eles apresentam no mundo, muitas vezes, uma imagem odiosa.

Não importa a posição social que ocupem, sua fragilidade moral sempre se evidencia.

Onde quer que estejam, buscam levar vantagem, às custas dos outros.

Se poderosos e sofisticados, envolvem-se em vergonhosas negociatas.

Se pobres, também lesam o próximo, embora em menor grau.

Embora suscitem muita antipatia, na verdade são lamentáveis, em sua inconsistente moral.

Seus atos apartados da ética lhes preparam dias de dor e decepção.

Afinal, a Lei Divina é perfeita e ninguém jamais a consegue burlar.

*   *   *

A respeito desses irmãos infantilizados, convém refletir sobre a mensagem de Jesus.

Não é digno do cristão o desejo de exterminar quem segue na retaguarda.

Todos somos ovelhas do rebanho do Cristo e nenhum de nós se perderá.

É preciso corrigir esses irmãos e deter os seus atos, inclusive para que não se atolem em seus desatinos.

Mas nunca devemos odiá-los ou abandoná-los.

Ainda mais do que as crianças, eles necessitam de orientação.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
 

A arte de envelhecer

Conta um jovem universitário que, no seu primeiro dia de aula, o professor se apresentou e pediu que todos procurassem conhecer alguém que não conheciam ainda.

Ele ficou de pé e olhou ao redor, quando uma mão lhe tocou suavemente no ombro. Deu meia volta e viu uma velhinha enrugada, cujo sorriso lhe iluminava todo seu ser.

Ela lhe falou sorrindo: "Oi, gato. Meu nome é Rose. Tenho oitenta e sete anos. Posso lhe dar um abraço?"

O moço riu e respondeu com entusiasmo: "Claro que pode!"

Ela lhe deu um abraço muito forte.

"Por que a senhora está na Universidade, numa idade tão jovem, tão inocente?" perguntou-lhe o rapaz.

Rindo, ela respondeu: "Estou aqui para encontrar um marido rico, casar-me, ter uns dois filhos, e logo me aposentar e viajar."

"Eu falo sério", disse seu jovem colega. "Quero saber o que a motiva a enfrentar esse desafio na sua idade."

Rose respondeu gentil: "Sempre sonhei em ter uma educação universitária e agora vou ter."

Depois da aula, ambos caminharam juntos, por longo tempo, e se tornaram bons amigos.

Todos os dias, durante os três meses seguintes, saíam juntos da classe e conversavam sem parar.

O jovem universitário estava fascinado em escutar aquela "máquina do tempo". Ela compartilhava com ele sua sabedoria e experiência.

Durante o curso, Rose se fez muito popular na Universidade. Fazia amizades onde quer que fosse.

Gostava de se vestir bem e se alegrava com a atenção que recebia dos outros estudantes.

Ao término do último semestre, Rose foi convidada para falar na festa de confraternização. Naquele dia, ela deu a todos uma lição inesquecível.

Logo que a apresentaram, ela subiu ao palco e começou a pronunciar o discurso que havia preparado de antemão. Leu as primeiras frases e derrubou os cartões onde estavam seus apontamentos.

Frustrada e um pouco envergonhada, se inclinou sobre o microfone e disse simplesmente:

"Desculpem que esteja tão nervosa. Não vou poder voltar a colocar meu discurso em ordem. Assim, permitam-me simplesmente dizer-lhes o que sei."

Enquanto todos riam, ela limpou a garganta e começou:

"Não deixamos de brincar porque estamos velhos; ficamos velhos porque deixamos de brincar.

Há alguns segredos para manter-se jovem, ser feliz e triunfar.

Temos que rir e encontrar o bom humor todos os dias.

Temos que ter um ideal. Quando perdemos de vista nosso ideal, começamos a morrer.

Há tantas pessoas caminhando por aí, que estão mortas, e nem sequer sabem!

Há uma grande diferença entre estar velho e amadurecer. Se vocês têm dezenove anos e ficam um ano inteiro sem fazer nada produtivo, se converterão em pessoas de vinte anos.

Se eu tenho oitenta e sete anos e fico por um ano sem fazer nada de útil, completarei oitenta e oito anos.

Todos podemos envelhecer. Não requer talento nem habilidade para isso. O importante é amadurecer, encontrando sempre a oportunidade na mudança.

Não me arrependo de nada. Nós, de mais idade, geralmente não nos arrependemos do que fizemos, mas do que não fizemos.

E, por fim, os únicos que temem a morte são os que têm remorso."

Terminou seu discurso cantando "A rosa". Pediu a todos que estudassem a letra da canção e a colocassem em prática em suas vidas.

Rose terminou seus estudos e, uma semana depois da formatura, morreu tranqüilamente, enquanto dormia.

Mais de dois mil estudantes universitários assistiram as honras fúnebres, para render tributo à maravilhosa mulher que lhes ensinou, com seu exemplo, que nunca é demasiado tarde para chegar a ser tudo o que se pode e deve ser.

* * *

O importante não é acumular muitos anos de vida, mas adquirir sabedoria em todos os momentos que os anos nos oferecem.

Afinal, envelhecer é obrigatório, amadurecer é opcional.

Pense nisso!

Texto da Redação do Momento Espírita, baseado em história de autor ignorado
fonte:  http://www.reflexao.com.br/?sect=mensagens&t=ler&id=252

Tirai a pedra

Naquele entardecer, em Betânia, o sol já buscava a linha do horizonte, quando Jesus, atendendo ao pedido das amigas Marta e Maria, irmãs de Lázaro, dirige-se até o túmulo onde fora sepultado o amigo.

Uma pequena multidão rodeava a sepultura. Amigos de Lázaro, curiosos, cépticos.

Muitos talvez para lá se dirigiram porque sabiam que o Mestre estaria presente.

Quiçá quisessem testar a capacidade do carpinteiro de Nazaré, pois falava-se que Ele realizava prodígios.

Restituía a visão a cegos, limpava leprosos, levantava paralíticos, reanimava desalentados e sofredores.

O meigo Rabi, de olhar sereno, caminha até a porta do túmulo onde estava Lázaro morto havia vários dias.

Entre Jesus e o morto havia uma pedra.

Entre a claridade e a sombra havia uma barreira, um obstáculo enorme e pesado.

No estreito cubículo onde Lázaro começava a apodrecer, e no amplo mundo exterior, onde o Cristo meditava, duas estranhas realidades se defrontavam.

Estranhas, diferentes, antagônicas... A vida e a morte.

Fora, a luz do sol, a natureza em festa...

Dentro, no estreito cubículo onde estava Lázaro, a escuridão e a inércia...

Lázaro, separado da vida, mergulhado na morte, não podia, evidentemente, ouvir de Jesus a palavra renovadora, suave e enérgica, ao mesmo tempo.

Não tinha olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, nem sentidos para perceber a realidade que o procurava.

Apelou então Jesus para a cooperação dos seus amigos: Tirai a pedra!

Em outras palavras: Tirai o entulho mental que impede a visão dos magníficos panoramas da vida imortal.

Os amigos do morto retiraram a pedra sob a inspiração de Jesus.

A claridade do sol que descambava penetrou, como uma réstia de esperança, no fundo da caverna onde tinham posto o irmão de Marta e Maria, o amigo do Senhor...

Lázaro, sai para fora!

E Lázaro saiu. Da morte para a vida, da sombra para a luz...

* * *

Quando estamos mortos para a verdade, insensíveis ante o esplendor da imortalidade gloriosa, a palavra do Mestre não consegue ressoar em nosso universo íntimo, tornando-se indispensável, à maneira de Lázaro, que outras mãos nos ajudem.

E tantos amigos espirituais retransmitem ao nosso coração a mensagem renovadora do Cristo, reeducam-nos para a vida melhor, afastando de nossa sepultura espiritual a pedra do egoísmo que há milênios nos ofusca a consciência, enregela-nos o coração e petrifica-nos o sentimento.

Ainda assim, é preciso que façamos a nossa parte: levantarmos e sairmos em busca da luz, permitindo que ela penetre a nossa intimidade e ilumine os mais profundos escaninhos da nossa alma.

* * *

Lázaro não estava realmente morto.

Quando os laços que prendem o Espírito ao corpo se rompem, não há mais possibilidade de reanimá-lo.

Lázaro, possivelmente, fora acometido por uma crise de letargia.

A letargia é uma enfermidade na qual há suspensão das forças vitais em geral, dando ao corpo todas as aparências da morte.

Jesus sabendo disso, chama-o de volta à vida.

Redação do Momento Espírita, com base no livro Estudando o Evangelho, de Martins Peralva, ed. Feb.

Você sentirá saudades?

Um famoso pensador, ao ser entrevistado, afirmou que uma das perguntas de maior teor filosófico que mais o fez pensar nos últimos tempos, tinha vindo de sua filha, uma menina de poucos anos de idade.
Afirmava o entrevistado que, certa feita, ao dar o beijo de boa noite para sua pequena, ela o surpreendeu com a seguinte pergunta: Pai, quando você morrer, irá sentir saudades de mim?
A pergunta da menina, longe da ingenuidade infantil, traz no seu bojo profundos questionamentos filosóficos. Você mesmo já se surpreendeu pensando naqueles que lhe antecederam na viagem de retorno ao mundo espiritual?
Já se perguntou onde estarão eles? Sentirão saudades de mim?
Ou já pensou em algum momento: Como pode o manto da morte ser capaz de destruir sonhos, romper laços fraternos, separar aqueles que se amam?
E já se questionou se aqueles a quem queremos bem, que nos são caros ao coração, que convivemos anos a fio, compartilhando anseios, dúvidas, desafios, medos, com a morte ficam irremediavelmente afastados de nós?
É comum dizermos: Perdi meu pai, ou Perdi meu filho, quando esses se vão com o fenômeno da morte. Será verdade que os perdemos?
A razão nos diz que não. Como pode a morte vencer os laços construídos ao longo dos dias, dos anos, feitos no olhar, na dedicação, na cumplicidade, no compartilhar de dores e felicidades?
Como pode o fenômeno biológico vencer os sentimentos verdadeiros, que nascem nos refolhos da alma e são guardados no coração?
Pensar dessa forma é imaginar que Deus pouca importância daria para o amor. Afinal, de que valeria amar alguém, se isso tudo nos levaria ao nada?
Já que a morte do corpo é inevitável, inevitável seria então perder nossos amores.
A lógica nos conduz ao entendimento das Leis de Deus, a nos explicar que os laços de amor vencem as distâncias provocadas pelo tempo e pelo espaço.
Aqueles que se amam, onde estiverem, continuarão se amando, mesmo que momentaneamente apartados.
E é isso que a morte do nosso corpo físico nos provoca. Temporariamente, ficamos apartados daqueles a quem amamos.
No entanto, logo mais, em um tempo que a vida nos dirá, nos reencontraremos, com as saudades daqueles que, após longa viagem, se reencontram para reviver o carinho, afeto e sentimentos que sempre existiram.
Quem parte de retorno ao mundo espiritual, pelo fenômeno da morte do corpo físico, é alguém que nos antecede na viagem de volta.
Como nos ama, de lá fica nos aguardando, para um reencontro inevitável. Naturalmente sente saudades como nós, sente nossa falta, como sentimos nós a dele.
* * *
Quando a saudade dos amados apertar nosso peito, que nossos pensamentos sejam de carinho, com a certeza de que nos encontraremos.
Aguardemos sem revolta pois afinal, dia desses lá estaremos nós, a revê-los, no retorno que também faremos ao mundo espiritual.
Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Religião Espírita


Cultura é a herança social de um povo. É o conhecimento que um determinado grupo acumulou, e está acumulando, à medida que enfrentou e enfrenta situações, dificuldades, desafios. Essa herança é mantida através dos valores, dos conceitos, da mentalidade das pessoas, que, em constante mudança, fazem adaptações que atendem às necessidades do grupo.

A religião é um segmento particular dessa cultura. Os conhecimentos construídos através das experiências e vivências da pessoa, e do grupo ao qual pertence, quando enfrenta questões básicas como o significado do sofrimento, da dor, do Universo, da existência, da vida, de Deus, determinam um conjunto que é chamado de religião. Portanto, as diversas correntes religiosas que existiram, e as existentes, refletem diferentes necessidades, diferentes escolhas de questões prioritárias, diferentes interpretações, diferentes respostas, diferentes atitudes e comportamentos.
As respostas não são dadas, mas construídas pela pessoa ao enfrentar as situações que a sua trajetória de vida apresenta. A visão religiosa é, portanto, uma ferramenta que facilita a construção de respostas.
A visão de Deus, por exemplo, e a relação Dele com os homens, foram se modificando à medida que o homem foi tendo entendimentos e vivências que permitiram novas interpretações.

Para a Doutrina espírita, a interpretação religiosa resulta da soma do conhecimento de várias pessoas, encarnadas e desencarnadas, que superam os seus entendimentos anteriores, propiciando respostas que sejam aperfeiçoadas, ampliadas e sustentem um comportamento diferenciado. A interpretação não é definitiva, acabada, absoluta. É aberta, permitindo que novas sínteses sejam realizadas à medida que o conhecimento das pessoas envolvidas se amplie. A religião espírita, portanto, não tem dogmas, não tem posições a serem defendidas com o sacrifício da razão, da compreensão. A Doutrina não pede que se sustente o que não se entende pois essa atitude não resultará em ato consciente e responsável.
A religião espírita não é a religião do maravilhoso, do sobrenatural, do mágico, do oculto, do mistério, pois “toda a sua extensão é alcançável através do conhecimento” (A. Grimm).
Na visão espírita, a interpretação religiosa não está isolada de outros segmentos de entendimento humano, como a ciência e a filosofia. A ciência, a filosofia e a religião são interdependentes e se completam, resultando em um quadro muito mais amplo de entendimento do ser humano e da vida do que cada uma delas consideradas isoladamente.
Para a Doutrina, a religião não necessita de templos, de cultos, de cerimônias, de rituais, de fórmulas, de prescrições, de sacrifícios, de promessas, de sacramentos. Ser religioso, para a Doutrina, não é pertencer a uma igreja, a uma instituição formal. Não há necessidade de sacerdotes; não há intermediários na ligação entre pessoa, creatura, e o seu Creador, Deus.

O Espiritismo não vincula à religião os conceitos de salvação, de culpa, de castigo, de pecado, mas sim aos de consciência, responsabilidade, avaliação crítica dos atos praticados.
A religião espírita é uma religião interior. É transformação individual; é intensa e extensa modificação de comportamento da pessoa segundo valores que ampliam a consciência de sua unidade com o Creador.

A Doutrina espírita afirma a sua singularidade na fé como sendo “sempre a razão através do conhecimento” (L.J.Correia); na esperança, como empenho de construir melhor o futuro; na prece, como exercício de identidade com o Creador; na dor, como reflexão para mudanças; no livre-arbítrio, como fundamental para a evolução; na evolução, como o significado da vida; na moral, como defesa da vida; na morte, apenas como transição entre o polissistema material e o polissistema espiritual; em Jesus, como exemplo, referencial maior para o cotidiano; em Deus, como “a unidade que se revela todos os dias quando nos procuramos” (A. Grimm); na Religião, como comportamento sempre em transformação.
O Espiritismo é a religião da compreensão alcançada, do entendimento construído, dos valores vivenciados, da modificação consciente do comportamento através do conhecimento renovado de si mesmo, do conhecimento renovado do significado e da unidade da vida, do conhecimento renovado da identidade com o Creador.
A postura do religioso espírita é a que faz “…reflexão sobre a realidade em que se vive para alcançar o conceitual da sua origem, da significação do espiritual, da natureza, do semelhante, da finalidade evolutiva da vida, do exemplo sublime e benevolente de Cristo, da grandeza, da bondade, da justiça de Deus.” (Marina Fidelis)

O religioso espírita é o que sustenta pensamento, linguagem, comportamento, que o aproximam, cada vez mais, do agenciar conscientemente a organização, o ordenamento, a harmonia, a estruturação inteligente do Universo.

fonte:  http://blog.forumespirita.net/2012/10/28/religiao-espirita/

A Porta Aberta

3030357644_1_18_Z1juFstO
Foi na escócia, em Glasgow, que esta história aconteceu. A adolescente tinha problemas em casa, vivendo revoltada com os limites impostos por seus pais.
Ela queria liberdade plena.
Seus pais lhe ensinaram a respeito de Deus e de suas leis justas e imutáveis. Um dia, ela declarou: não quero seu Deus. Desisto, vou embora.

Saiu de casa, alcançou os jardins do mundo e almejou ser uma mulher do mundo. Logo descobriu que não era tão fácil viver sozinha, tendo que arcar com sua própria subsistência.
O alimento, as roupas, um lugar para viver. Tudo era extremamente caro.
Frágil e só, incapaz de conseguir um trabalho, ela acabou por se prostituir para sobreviver.
Os anos se passaram. Seu pai morreu. Sua mãe envelheceu. E ela nunca mais tentou qualquer contato com os seus.
Certo dia, a mãe ouviu falar do paradeiro da filha. Foi até a zona de prostituição da cidade, tentando resgatá-la, mas não a encontrou.
No caminho de volta, tomou uma resolução. Parou em cada uma das igrejas e templos e pediu licença para deixar ali uma foto sua. Era uma foto daquela mãe grisalha e sorridente, com uma mensagem manuscrita: eu ainda amo você. Volte para casa.
Os meses se passaram. Nada aconteceu. Então, um dia, a jovem foi a um local onde se distribuía sopa para os carentes. Sentou-se, enquanto ouvia alguém falar algo sobre aquelas coisas que ela ouvira durante toda sua infância.
Em dado momento, seu olhar se voltou para o lado e viu o quadro de avisos.
Pareceu reconhecer aquela foto.
Seria possível?
Não se conteve. Levantou-se e leu a mensagem: eu ainda amo você. Volte para casa.
Reconheceu sua mãe no retrato. Era bom demais para ser verdade.
Ela desejara tantas vezes voltar, mas temia não ser recebida. Afinal, ela se transformara numa vergonha para os seus pais. Era uma mulher perdida. Objeto de tantos homens.
Era noite, mas, tocada por aquelas palavras, ela foi caminhando até sua casa. Amanhecia o dia, quando chegou. O sol se espreguiçava em sua cama de nuvens e seus raios escorriam, radiantes, inundando a terra de pequeninos pontos de luz.
Tímida, ela se aproximou de sua casa. Não sabia bem o que fazer. Beu’>ateu na porta e esta se abriu sozinha. Ela se assustou.
Alguém arrombara a casa, pensou. Preocupada com sua mãe, correu para o quarto e a viu dormindo.
Acordou-a, chamando-a: mãe, sou eu. Voltei para casa.
A mãe mal podia acreditar. Abraçou-se à filha, em lágrimas.
Fiquei tão preocupada, mãe. A porta estava aberta. Pensei que alguém tinha entrado e ferido você.
Enquanto passava as mãos, docemente, pelos cabelos da filha, a mãe disse: filha querida. Desde o dia em que você se foi, a porta nunca mais foi fechada.
Alguém escreveu certa vez ao seu filho: “quando você era pequeno e bastava estender a mão para tocá-lo, eu usava cobertores para protegê-lo do frio da noite. Mas agora que você cresceu e está fora do alcance, junto minhas mãos e cubro você com minhas orações.”
De todos os amores, o mais próximo de Deus é, possivelmente, o amor de mãe, pois ele sempre está pronto para estender as mãos e erguer o filho tombado, não importa se no abismo da desonra, no pântano da indignidade ou na noite das incertezas.

fonte: http://blog.forumespirita.net/2013/08/15/a-porta-abert/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+blogforumespirita+%28Blog+F%C3%B3rum+Esp%C3%ADrita%29

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Comprometimento com a Causa Espírita


Estamos todos envolvidos com a salutar e extensa rede de atividades espíritas, em diferentes áreas que nos proporcionam ajudar, participar, mas principalmente aprender. Sim, é no contato uns com os outros que aprendemos nas experiências mútuas. Em toda parte nota-se o envolvimento com nossas instituições, em diferentes focos de aprendizado e auxílio às dificuldades humanas. De uma forma ou de outra, estamos ligados a alguma instituição, contribuindo e somando para que a mensagem espírita alcance o coração e proporcione à proposta espírita concretizar-se em ações nobres para nosso próprio bem e para o bem da coletividade.

É o que todos desejamos, não há dúvida. A proposta espírita é clara, lúcida e nos convida ao trabalho. Tanto no trabalho em favor uns dos outros como no trabalho de aprimoramento interior na área do intelecto, da moral, das emoções.
E isto nos conclama à palavra comprometimento, derivada de compromisso, que pode significar um ajuste ou acordo em favor de uma causa ou meta, por exemplo.
Em nosso caso, considerando o conjunto das instituições espíritas numa cidade, região ou Estado e até mesmo no país, sentimos e temos um compromisso moral – seja pelos benefícios que temos recebidos, seja pela consciência que vamos adquirindo – com a grandeza e beleza da extraordinária Doutrina Espírita. A consciência adquirida e os benefícios percebidos – da divulgação e da vivência espírita – conclamam-nos a um comprometimento natural com a causa do Espiritismo, atualmente organizada através de órgãos que representam o movimento e a união de casas e adeptos. Sem imposições ou desejo de comando, objetivo é facilitar a tarefa de expansão do pensamento espírita, unindo forças e recursos para realizar o que dificilmente apenas uma instituição conseguiria.
Organizados com o mesmo objetivo em todo o país, embora as adaptações ao perfil de regiões ou Estados, referidos órgãos se fortalecem com a presença e participação das instituições que a formam, já que todas buscam o mesmo objetivo. Inclusive a equipe diretiva é formada pela base das instituições representadas.
É comum que ocorram intensas atividades durante o mandato de uma diretoria e, seguindo o acordo estabelecido, ocorra a renovação dos membros diretivos, com as eleições que ocorrem em períodos determinados, embora possa ocorrer reeleições.
É o que vamos viver agora no início de 2009 em alguns Estados, mais exatamente no mês de abril, quando se renovam as diretorias. Algumas regiões até já se anteciparam na questão, todavia, o compromisso com a causa aí está.
Há que se considerar, todavia, seja nas reuniões rotineiras para programação de atividades durante um mandato ou nas reuniões de eleição de nova diretoria, a importância de que a instituição representada nas reuniões envie representante ativo, com poder de decisão e principalmente comprometido com a causa espírita. Pois é exatamente do dinamismo dos componentes e participantes que teremos órgãos ativos, produtivos e com ações que beneficiem o movimento e exatamente as instituições que o formam.
Se enviarmos alguém apenas para figurar como representante, que não traga propostas, nem igualmente leve o dinamismo e efeitos da reunião para beneficiar a atividade da instituição que representa, de que valerá enviá-lo? Apenas para fazer número?
Alguém que não conheça o perfil da instituição que ou esteja indiferente ao dinamismo da causa espírita, distante da proposta trazida pelo Espiritismo, de que valerá sua participação? Poderá bem representá-la?
O cuidado com a escolha do representante, a motivação para participação, o aproveitamento das idéias e decisões e, óbvio, o comprometimento com a causa são elementos vitais para fortalecimento exatamente daquela consciência citada no início da presente abordagem.
Mais do que representação num órgão de união, a consciência da instituição de sua importância no contexto geral, unindo-se e fortalecendo-se com as demais, é sinal claro, evidente mesmo, de que seus diretores entenderam a proposta espírita. Afinal, as portas continuam abertas, trabalhando com afinco e a única maneira de não perder a referência é manter permanente intercâmbio com aqueles que lutam pelo mesmo ideal.
http://blog.forumespirita.net/2012/08/22/comprometimento-com-a-causa-espirita/

A Inveja

apegosVocê tem inveja do seu colega de trabalho? Você é daqueles que costuma vasculhar as folhas de pagamento dos colegas, na ânsia de descobrir injustiças cometidas pelo seu patrão?
Você sente inveja quando um colega é promovido? Ou quando recebe um pequeno aumento salarial? Acredita que você seja um injustiçado, que seu esforço não está sendo visto?
Então conheça a história de Álvaro, um desses funcionários insatisfeitos com seu patrão.
Ele trabalhava em uma empresa há 20 anos. Funcionário sério, dedicado, cumpridor de suas obrigações.
Um belo dia, ele foi ao dono da empresa para fazer uma reclamação. Disse que trabalhava ali há 20 anos com toda dedicação, mas se sentia injustiçado. O Juca, que havia começado há apenas três anos, estava ganhando muito mais do que ele.
O patrão fingiu não ouvir e lhe pediu que fosse até a barraca de frutas da esquina. Ele estava pensando em oferecer frutas como sobremesa ao pessoal, após o almoço daquele dia, e queria que ele verificasse se na barraca havia abacaxi.
Álvaro não entendeu direito mas obedeceu. Voltando, muito rápido, informou que o moço da barraca tinha abacaxi.
Quando o dono da empresa lhe perguntou o preço ele disse que não havia perguntado. Como também não sabia responder se o rapaz tinha quantidade suficiente para atender todos os funcionários da empresa. Muito menos se ele tinha outra fruta para substituir o abacaxi, neste caso.
O patrão pediu a Álvaro que se sentasse em sua sala e chamou o Juca. Deu a ele a mesma missão que dera para Álvaro:
- Estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal hoje. Aqui na esquina tem uma barraca. Vá até lá e verifique se eles têm abacaxi.
Oito minutos depois, Juca voltou com a seguinte resposta: eles têm abacaxi e em quantidade suficiente para todo o nosso pessoal. Se o senhor preferir, têm também laranja, banana, melão e mamão. O abacaxi está r$ 1,50 cada, a banana e o mamão a r$ 1,00 o quilo, o melão r$ 1,20 a unidade e a laranja r$ 20,00 o cento, já descascada.
Como falei que a compra seria em grande quantidade, ele dará um desconto de 15%. Deixei reservado. Conforme o senhor decidir, volto lá e confirmo.
Agradecendo pelas informações, o patrão dispensou Juca. Voltou-se para Álvaro e perguntou:
- O que é mesmo que você estava querendo falar comigo antes?
Álvaro se levantou e se encaminhando para a porta, falou:
- Nada sério, patrão. Esqueça. Com sua licença.
Muitas vezes invejamos as posições alheias. Sem nos apercebermos que as pessoas estão onde estão e têm o que têm porque fizeram esforços para isso.
Invejamos os que têm muito dinheiro, esquecidos de que trabalharam para conseguir. Se foi herança, precisam dar muito duro para manter a mesma condição.
Invejamos os que se sobressaem nas artes, no esporte, na profissão. Esquecemos das horas intermináveis de ensaios para dominar a arte da dramatização, da música, da impostação de voz. Não nos recordamos dos treinamentos exaustivos de bailarinos, jogadores, nem das horas de lazer que foram usadas para estudos cansativos pelos que ocupam altos cargos nas empresas.
O melhor caminho não é a inveja. É a tomada de decisão por estabelecer um objetivo e persegui-lo, até alcançá-lo, se esforçando sem cessar.

fonte:  http://blog.forumespirita.net/2013/08/12/a-inveja/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+blogforumespirita+%28Blog+F%C3%B3rum+Esp%C3%ADrita%29

sábado, 10 de agosto de 2013

DIA DO PAI (por Maurício de Araújo Zomignani)


 
Houve um tempo na história da humanidade, nós sabemos, e também na vida de cada um, pelo menos dos mais velhos, que se procurava ficar longe do Pai. O Pai era distante, rígido, um grande vigia do comportamento que punia rigorosamente os filhos, uma relação baseada no medo. Todos ensinavam que os melhores filhos eram os tementes ao Pai, enquanto que aos piores só cabia o sofrimento.
Mas houve um tempo, e disso nós também sabemos, em que tudo isso mudou. Contam que veio uma luz para a alma das pessoas que lhes disse ser momento de estabelecer uma nova relação. O Pai agora era presente, muitíssimo próximo, suas condenações não eram eternas e irrevogáveis, a punição já não era a marca de sua presença, a relação com ele agora era baseada no afeto. Ensinava, aquela luz, que os melhores filhos tinham carinho pelo Pai, os piores eram sempre perdoados e novamente ensinados.
Foi um momento excepcional na vida do ser humano, aprendizado que divide toda a sua história em antes e depois. A Mãe foi fundamental para tal mudança. Seu afeto foi quem abriu os corações e proporcionou, a todos os filhos, a possibilidade de compreender o cuidar e o servir como o novo padrão para essa fundamental relação.
Era o Dia do Pai. Depois de viver longo período em função de filhos carentes e ególatras, revelava-se aos filhos, pedia-lhes respeito e consideração, mas lhes ensinava que o fizessem através do respeito de um irmão pelo outro. Nada deixa o Pai mais feliz que ver os irmãos cooperando e se apoiando. Hoje sabemos que não interessa a experiência que você teve, se muito errou com ele, não importa que você ficou paralisado de medo, se você o tem acusado por injustiças. Não importa nem o nome que o Pai tenha para você, ele só nos pede respeito aos irmãos.     
E hoje é, novamente, o Dia do Pai. Dia de você abrir o coração para perdoar e pedir perdão, para entender um pouco mais de sua lógica, sua natureza, das ideias que ele tem para você, momento de abrir mão definitivamente do medo, da culpa e do rancor. Hoje você será apresentado mais uma vez ao novo Pai, na verdade o mesmo, mas que agora você, na sua maturidade, pode ver e tentar compreender. Hoje é dia para começar a viver uma nova relação, que vai limpar o padrão competitivo que você sempre viveu com seus irmãos, libertá-lo da relação de dependência que você desenvolveu com sua Mãe, a relação de menosprezo que alimentou consigo mesmo.
Hoje, finalmente, é o dia do Amor. É a hora de tornar à casa do Pai, depois de longo período vivendo para o prazer e para si mesmo. Nada mais necessário às pessoas e a esses tempos em que vivemos que se reconciliar com ele. Sujo, estropiado, condenado pelo mundo, indigno de si mesmo, hoje você poderá conhecer a verdade: que não importa o que tivermos feito para ele nós sempre estaremos em seu coração, que se pudermos colocá-lo também no centro de nosso coração, retirando todo o lixo e sujeira que temos acumulado, ganharemos a condição de sermos novamente chamados Filhos do Pai como um dia, em seus braços, nós fomos. Felizes em ser.
Maurício de Araújo Zomignani é membro da Rede Amigo Espírita, assistente social por formação e um dos responsáveis pelo curso Aprendizes do Evangelho no Centro Espírita Semente de Luz em São Vicente - SP. Vem cumprindo a função de palestrista nesse e em mais uma dúzia de Centros das cidades de Praia Grande, São Vicente, Santos e Guarujá. Vem contribuindo, há mais de 20 anos, com artigos dos mais variados temas no maior jornal da região, com privilégio para a temática espiritualista.
E-mail:mauzomi@ig.com.br
fonte:  http://www.redeamigoespirita.com.br/group/artigosespiritas/forum/topic/show?id=2920723%3ATopic%3A1117681&xgs=1&xg_source=msg_share_topic