NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



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Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

segunda-feira, 30 de julho de 2012

A Alegria dos Outros

 


Um jovem, muito inteligente, certa feita se aproximou de Chico Xavier e indagou-lhe:

Chico, eu quero que você formule uma pergunta ao seu guia espiritual, Emmanuel, pois eu necessito muito de orientação.

Eu sinto um vazio enorme dentro do meu coração. O que me falta, meu amigo?

Eu tenho uma profissão que me garante altos rendimentos, uma casa muito confortável, uma família ajustada, o trabalho na Doutrina Espírita como médium, mas sinto que ainda falta alguma coisa.

O que me falta, Chico?

O médium, olhando-o profundamente, ouviu a voz de Emmanuel que lhe respondeu:

Fale a ele, Chico, que o que lhe falta é a “alegria dos outros”! Ele vive sufocado com muitas coisas materiais. É necessário repartir, distribuir para o próximo...

A alegria de repartir com os outros tem um poder superior, que proporciona a alegria de volta àquele que a distribui.

É isto que está lhe fazendo falta, meu filho: a “alegria dos outros”.

Francisco Candido Xavier
Nara Silva, Evamar Caetano, Luismar Ornelas de Lima, Lauro Escobosa Vallejo.

sábado, 28 de julho de 2012

BOM DE LER

Dona "Maria Jiló" é uma senhora de 92 anos,  miúda, e
tão elegante, que todo dia às 08 da manhã ela já está
toda  vestida, bem penteada e discretamente maquiada,
apesar de sua pouca visão.
E hoje ela se mudou para uma casa de repouso: o marido,
com quem ela viveu 70 anos, morreu recentemente, e não havia outra  solução.
Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de

visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando a atendente veio  dizer que seu quarto estava pronto. Enquanto ela manobrava o andador em  direção ao elevador, dei uma descrição do seu minúsculo quartinho,  inclusive das cortinas floridas que enfeitavam a janela.

Ela me  interrompeu com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um  filhote de cachorrinho.

- Ah, eu adoro essas cortinas...
-  Dona "Maria Jiló", a senhora ainda nem viu seu quarto... Espera um  pouco...
- Isto não tem nada a ver, ela respondeu,
felicidade é algo que você decide por  princípio. Se eu vou gostar ou não do meu quarto, não  depende de  como a mobília vai estar arrumada... Vai depender de como eu preparo  minha expectativa.

E eu já decidi que vou adorar. É uma decisão  que tomo todo dia quando acordo.


Sabe, eu  posso passar o dia inteiro na cama, contando as dificuldades que tenho  em certas partes do meu corpo que não funcionam bem..
Ou posso  levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.  

- Simples assim?
- Nem tanto; isto é para quem tem  autocontrole e todos podem aprender,  e exigiu de mim um certo 'treino' pelos anos afora, mas é  bom saber que ainda posso dirigir meus pensamentos e escolher, em  conseqüência, os sentimentos.


Calmamente ela continuou:


-  Cada dia é um presente, e enquanto meus olhos se abrirem, vou focalizar  o novo dia, mas também as lembranças alegres que eu guardei para esta  época da vida.  A velhice é como uma conta bancária: você só retira  aquilo que guardou. Então, meu conselho para você é depositar um monte  de alegrias e felicidade na sua Conta de Lembranças. E, aliás, obrigada  por este seu depósito no meu Banco de lembranças. Como você vê, eu ainda  continuo depositando e acredito que, por mais complexa que seja a vida,  sábio é quem a simplifica.


Depois me pediu para  anotar:

COMO MANTER-SE JOVEM

1. Deixe fora os números  que não são essenciais. Isto inclui a idade,o peso e a altura.
Deixe  que os médicos se preocupem com isso.

2. Mantenha só os amigos  divertidos. Os depressivos puxam para baixo.  
(Lembre-se disto se for um desses depressivos!)

3. Aprenda  sempre:
Aprenda mais sobre computadores, artes, jardinagem, o que  quer que seja. Não deixe que o cérebro se torne preguiçoso.

'Uma  mente preguiçosa é a oficina do Alemão.' E o nome do Alemão é  Alzheimer!


4. Aprecie mais as  pequenas coisas - Aprecie mais.

5. Ria muitas vezes, durante muito tempo e  alto. Ria até lhe faltar o ar.
E se tiver um amigo que o faça rir,  passe muito e muito tempo com ele /ela!


6.  Quando as lágrimas aparecerem
Aguente, sofra e ultrapasse.
A  única pessoa que fica conosco toda a nossa vida somos nós próprios.  
VIVA enquanto estiver vivo.

7. Rodeie-se das coisas que  ama:  
Quer seja a família, animais, plantas, hobbies, o que  quer que seja.
O seu lar é o seu refúgio. Não o descarte..


8. Tome cuidado  com a sua saúde:
Se é boa, mantenha-a.
Se é instável, melhore-a.  
Se não consegue melhora-la , procure ajuda.

9. Não faça  viagens de culpa. Faça uma viagem ao centro comercial, até a um país  diferente, mas NÃO para onde  haja culpa.

10.
Diga às pessoas que as ama e que  ama a cada  oportunidade de estar com elas.

E, se não mandar isto a pelo  menos quatro pessoas -
quem é que se importa?
Serão apenas menos  quatro pessoas que deixarão de sorrir ao ver uma mensagem sua.


Mas se puder, pelo menos, partilhe com alguém!


"O que de nós vale a pena se não tocarmos o coração das pessoas?"

" O mundo é de quem se atreve."

"Um dia você aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida."

sexta-feira, 27 de julho de 2012

NOSSO LAR FILME COMPLETO

Nos caminhos da Intriga

 

A intriga é uma forma de colocarmos o outro negativamente


em evidência, proporcionamos o julgamento de suas ações

e atitudes, e com isso nos tornamos cruéis e não damos

o direito da defesa, porque quando propagamos a intriga,

entramos num caminho onde nossa condição moral

é totalmente abalada e nos tornamos insensíveis ao sofrimento do outro.

 Desta forma trilhamos um caminho onde a falsidade

é nossa companheira e a maledicência é nossa amiga.

 Infelizmente este caminho de intrigas apenas nos dá

o prazer momentâneo de acharmos que estamos

no caminho correto, mas logo vemos que este caminho

só nos leva a solidão, porque todos se afastam de nós

e com isso não damos a nós a oportunidade da convivência

atrasando e muito a nossa evolução.

 Não teremos como evoluir, se pautarmos a nossa vida

em espionarmos as atitudes e ações alheias.

 Portanto se a intriga é um vício hoje em sua vida,

abandone este defeito, procure a harmonia entre todos

que convivem com você, pare de olhar a vida do outro

e veja como está a sua e faça as mudanças que forem

necessárias em você, para não entrar no caminho da intriga,

que só lhe trará transtornos morais, procure harmonizar

sua conduta no caminho do bem, se tiver algo a falar de alguém

que não seja benéfico faça a opção por calar-se,

que é a melhor forma de nos desviarmos dos caminhos da intriga.

Tranquilidade


André Luiz
Comece o dia na luz da oração.
O amor de Deus nunca falha.
Aceite qualquer dificuldade sem discutir.
Hoje é o tempo de fazer o melhor.
Trabalhe com alegria.
O preguiçoso, ainda mesmo quando se mostre num pedestal, de ouro maciço é um cadáver que pensa.
Faça o bem quando possa.
Cada criatura transita entre as próprias criações.
Valorize os minutos.
Tudo volta com exceção da hora perdida.
Aprenda a obedecer no culto das próprias obrigações.
Se você não acredita na disciplina, observe um carro sem freio.
Estime a simplicidade.
O luxo é o mausoléu dos que se avizinham da morte.
Perdoe sem condições.
Irritar-se é o melhor processo de perder.
Use a gentileza, mas, de modo especial dentro da própria casa.
Experimente atender os familiares como você trata as visitas.
Em favor de sua paz conserve fidelidade a si mesmo.
Lembre-se de que, no dia do Calvário, a massa aplaudia a causa triunfante dos crucificadores, mas o Cristo solitário era causa de Deus.

TESOURO ENFERRUJADO

“O vosso Ouro e a vossa Prata se enferrujaram.” –
(Tiago, capítulo 5, versículo 3.)
Os sentimentos do homem, nas suas próprias ideias apaixonadas, se dirigidos para o Bem, produziriam sempre, em consequência,  os  mais  substanciosos frutos para a obra de Deus.
Em quase toda parte, porém, desenvolvem- se ao  contrário, impedindo a concretização dos propósitos Divinos, com respeito à  Redenção das criaturas.
De modo geral ,vemos o amor interpretado  somente  à conta de Emoção  transitória dos sentidos materiais, a Beneficência produzindo perturbação  entre dezenas de pessoas para atender a  três ou quatro doentes, a Fé organizando    guerras sectárias, o zelo sagrado da existência criando Egoísmo fulminante.
Aqui ,o Perdão fala de dificuldades para expressar-se;
Ali, a Humildade pede a admiração dos outros.
Todos os sentimentos  que nos foram conferidos por Deus são sagrados.
Constituem o Ouro e a Prata da nossa herança, mas como assevera o  Apóstolo, deixamos que as dádivas  se enferrujassem, no transcurso do tempo.
Faz-se necessário trabalhemos, afanosamente, por eliminar a “ferrugem” que nos  atacou os Tesouros do Espírito.
Para isso, é indispensável que compreendamos no Evangelho a história da  Renúncia Perfeita  e do Perdão sem obstáculos, para que estejamos  caminhando, verdadeiramente, ao Encontro do Cristo.
Emmanuel
fonte:   http://blog.forumespirita.net/2012/07/24/tesouro-enferrujado/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+blogforumespirita+%28Blog+F%C3%B3rum+Esp%C3%ADrita%29

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Mediunidade de cura é fenômeno físico

A faculdade de cura é por assim dizer curioso fenômeno de efeitos físicos tal como a faculdade que gera formas opacas, ectoplásmicas, como a materialização de Espíritos, de objetos e outros fatos que dela decorrem. Mestre Allan Kardec afirmou que todo aquele que sente num grau qualquer a influência dos Espíritos é médium, cada qual segundo a sua tendência para diversos gêneros mediúnicos. A mediunidade de cura, no conceito de mestre Kardec, consiste no dom que certas pessoas possuem de curar doenças.

Esse fenômeno, no meu entender, é mais que um “simples toque”, ou “olhar”, ou “gesto”, de acordo com expressões de Kardec. Ele o é, tanto que o próprio codificador do Espiritismo preferiu referir-se-lhe de modo sucinto e genérico, pois, consoante deduziu, o assunto exigiria desenvolvimento excessivo para os limites de que dispunha naquele ensejo. 1 Médiuns de cura são ectoplastas por emitirem como os médiuns físicos o mesmo fluido observável sob diferentes aspectos a respeito do qual aqui trataremos.

Podemos incluir os médiuns de cura na categoria dos de efeitos físicos em face de certas características. Em substância, os fluidos comuns procedem de um princípio que preferimos continuar chamando de Fluido Cósmico Universal, 2 a despeito de opiniões e nomenclaturas de físicos da atualidade. O fluido emitido por médiuns de efeitos físicos, ou seja, o ectoplasma, também chamado de fluido psíquico, é aquele emitido pelos que possuem essa tendência inata. O jeito específico quanto a propriedades, o produto da fonte geradora e a sua vibração é o que faz a diferença.

Há outros atributos que torna distinta, referente à sua sensibilidade, essa disposição. Pela instintiva tendência para curar enfermidades ou de, ao menos, fazer com que as doenças sejam amenizadas, o médium curador pode debelar moléstias, restituir tecidos e órgãos lesados do corpo físico de quem a ele recorra, estimulado pela piedade nele despertada, o sofrimento, a doença do próximo, incluindo-se doenças de influenciação espiritual, consciente ou inconscientemente.

Esses fluidos são por ele irradiados sobre o doente, revigorando-lhe órgãos, normalizando funções e destruindo até placas e tumores de caráter fluídico, produzidos por auto-obsessão ou por influenciação externa. Por considerarmos certos médiuns de cura médiuns de efeitos físicos, afora o magnetismo que possui, ele é sensível fonte geradora de ectoplasma, cujo seu desempenho o faz naturalmente captar fluidos mais leves, mais sutilizados.

Por intermédio dele se verificam verdadeiros milagres, bem entendido, milagres, algo admirável, 3 os quais se processam através da concentração, da oração impulsionada pelo sublime desejo de sinceramente praticar aquele amoroso pedido de Jesus Cristo: “Restituí a saúde aos doentes”.4 E como a Lei de Caridade e Amor preside a todos os atos das esferas superiores, os bondosos e esclarecidos Espíritos, que se ligam a ele por simpatia, vêm em seu auxílio por causa do sentimento em benefício do próximo.

Sempre que o médium de cura se destina a exercer o seu ofício de modo desinteressado, ou seja, sem profissionalismo, já que Jesus também recomendou “dar de graça o que de graça se recebeu”, Espíritos benéficos, especialistas em química e operadores atuantes nesse campo, incumbem-se do uso dos fluidos. Eles submetem os fluidos irradiados pelo organismo do médium para esse fim a um transcendente processo químico, aprimorado em laboratórios da dimensão imponderável, menos grosseira que a nossa.

No que o médium se concentra pelo meio já referido, ele se ergue à maior altura. À medida que se exalça, capta além de tudo, os fluidos leves e benignos provindos das fontes da Natureza: irradia-os sobre a pessoa necessitada; interpenetra-lhe o corpo físico; bombardeia os átomos, além de atingir o campo celular. Ao fazer penetrar intensamente o fluido, as células revitalizam as funções do corpo físico, elevam a vibração íntima do paciente e restituem-lhe o equilíbrio mental.

Quando assim sucede, é porque houve uma combinação do fluido espiritual com o humano. 5 Há casos em que se pode empregar a força magnética, particularidade intrínseca mais ou menos ativa em cada um de nós. Neste caso, é prática espontânea os Espíritos perfazerem as qualidades que faltem no fluido humano, consoante explicou Kardec.

Como já percebemos, “ninguém faz absolutamente nada sem nada” (assim disse o Espírito Emmanuel). E recapitulando, o médium curador não se completa sem a atuação dos que o assistem, ou seja, os verdadeiros autores dos fenômenos: os Espíritos. Inicialmente, dissemos que o médium de cura é sensível fonte geradora de ectoplasma, esse curioso fluido de efeitos diversos e de aspectos particulares; todavia, sem o imprescindível vínculo com Entidades atuantes, do domínio da cura, sobretudo, sem a “ideia iluminada pela fé e pela boa vontade”, 6 nenhum médium logrará êxito através desse recurso concedido por Deus.

Mas, em se tratando de doação pelo meio e propósito do que até aqui interpretamos, preciso se torna levar em conta outra particularidade. Apesar de o fluido emitido pelos médiuns de efeitos físicos serem idêntico ao emitido pelos médiuns de cura, conforme o professor Edvaldo Kulcheski, ambos os ectoplasmas ainda assim diferem.7 Kulcheski, profundo conhecedor e pesquisador de fenômenos mediúnicos, disse existir uma dissimilitude entre os dois processos de desprendimento ectoplasmático que convém saber.

Por exemplo: a técnica de emprego do ectoplasma para se obter manifestações físicas, tais como: transporte, tiptologia, voz e escrita direta, materialização de Espíritos, etc., difere da empregada para fins de cura. Por se constituir de fluidos próprios para a prática de efeitos tangíveis ele é denso, ao passo que os aplicados para finalidade de cura são constituídos de uma sutileza admirável, cujo primor é vibratoriamente favorável. Há um outro aspecto do fenômeno de cura que não podemos deixar de registrar, as operações cirúrgicas, assunto de que trataremos na próxima vez.

Em conclusão, a terapia mediúnica acontece pelo emprego da energia fluídica, engendrada por Espíritos incumbidos desse procedimento. Ainda que as curas se realizem pela força magnética, mesmo assim, podem ser acrescidas de fluidos manipulados por técnicos e operadores do âmbito espiritual, Entidades felizes e bondosas que, em nome de Cristo, sempre atentas e dispostas, ajudam a quem sinceramente deseja ajudar o próximo; por isso, ser médium de cura é possuir um nobre e grandioso compromisso.

A mediunidade de cura é um meio de resgate de débitos morais de existências passadas, resume-se numa tarefa de incansável esforço pela conquista do maior grau possível de virtudes. E para quem busca a cura espiritual, aqui temos precioso lembrete dos bons Espíritos: jamais a obteremos sem o necessário reajustamento íntimo. E que reajustamento é esse, senão o de nos tornarmos melhores, dia a dia, conforme os preceitos de Jesus que propõem uma conduta saudável e exemplar como a que Ele teve?!

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Notas:

1 -       KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, 21. ed. São Paulo, Lake — Livraria Allan Kardec Editora, 2001, capítulo 14, item 175, página 149.


2 -       IDEM, O Livro dos Espíritos, 62. ed. São Paulo, Lake, 2001, capítulo 2 .o  , questão 27, p. 62.


3 -       IDEM, A Gênese, 20. ed. São Paulo, Lake, 2001, capítulo 13, item 19, p. 230.


4 -       IDEM. O Evangelho segundo o Espiritismo, 62. ed. São Paulo, Lake, 2001, capítulo 26, item 1 e 2, p. 295.


5 -       IDEM, A Gênese, 20. ed. São Paulo, Lake, capítulo 14, item 33, p. 251.


6 -       XAVIER, Francisco C. Nos Domínios da Mediunidade, 22. ed. Rio de Janeiro, Federação Espírita Brasileira (FEB), 1994. Capítulo 17, p. 165.


7 -       KULCHESKI, Edvaldo. A Mediunidade de cura e a mediunidade de efeitos físicos, http://www.feap.udesp.org.br/. Página acessada em 29/11/ 08, às 15h10.



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           Davilson Silva

Felicidade, Jesus e a Alegria de Viver - Nazareno Feitosa - Barretos 2012

O que é ser manso e pacífico?

Muitos acreditam que ser manso e pacífico é estar predisposto a aceitações permanentes das intempéries naturais que a existência possa oferecer ao indivíduo. Acreditam ainda que ser manso e pacífico é ser subserviente a qualquer proposta, sem relutar, reclamar, propor, modificar.

Vejamos o exemplo de Jesus: Ele andou como um homem simples em meio a um povo cheio de lágrimas, opulências e maldades. Em momento algum deixou de ser o espírito altaneiro e virtuoso que é. Sua mansuetude encanta a todos que estuda Suas lições, comportamentos e propostas. A paz que Ele transmitiu referenda toda a Sua mensagem e ações. Assim sendo, ser manso e pacífico tem outros atributos que precisam ser pesquisados.

A mansidão, segundo os dicionários, é a brandura de índole, mas também é atributo do gênio. Um espírito genial não necessita sobrepor-se a nada ou a ninguém para mostrar suas qualidades. Elas são suas marcas, seus aparatos, seu espelho. A serenidade lhes é peculiar, pois sabem dar o passo certo para o local exato. Sabem esperar, sabem propor, sabem praticar seus misteres com tranquilidade porque conscientes de si mesmos. Os gênios são aqueles que já romperam as barreiras do ego inferior e buscam com permanência os status superiores do existir, permitindo igualmente que o irmão ou irmã ao lado faça o mesmo. Neles busca seus pares, semelhantes que lhe possa enriquecer numa espetacular projeção de crescimentos do self. Olha o mundo não como uma gaiola de loucos ou uma jaula para humanos e sim como uma feliz oportunidade de manipular todas as informações contidas na natureza e suas leis. O manso olha para a tempestade em fúria e vê nela a ação do puro se fazendo. Olha para o fogo abrasador de um incêndio e vê nele a restauração de um ouro perdido, presto a modificações salutares e revitalizadoras.

O manso não é aquele que deita numa rede de balanço e olha para o céu como um ser estático perante a grandiosidade cósmica. Se deita numa rede o faz para meditar enquanto se enriquece das presenças dos raios que emanam de Deus através da Sua Augusta e perene criação. O manso não é aquele que aceita propostas indecorosas para manter-se vivo perante as modalidades fétidas e passageiras de ações infelizes impetradas por espíritos belicosos que nada produzem de útil para a sociedade. Antes, sugam dela seus legítimos direitos, envolvendo-se em deveres atrozes que lhes cobrarão ações hercúleas num futuro. Muitas vezes em dores lancinantes da culpa, do arrependimento, através torturas físicas e morais difíceis de serem descritas.

O manso entende que o dinamismo próprio para as solturas espirituais demanda tolerância, indulgência e bondade. Assim ele se estabelece como um ser em busca da sua própria plenitude. Somente o ser pleno consegue atingir os atributos da reta consciência. Pela questão 615 de “O Livro dos Espíritos” somos informados de que a Lei de Deus é eterna e imutável. Enquanto não a praticamos sofremos as injunções das nossas rebeldias. Sabemos hoje que somente a prática do bem e a consciência reta podem nos garantir os avanços à plenitude espiritual. Sem mansuetude isto é impossível. Sem mansuetude nossos olhares continuarão travessos; nossas mãos, garras perigosas, nossos pés buscarão trilhas e escarpas ao invés de caminhos. A mansuetude é luz que guia que promove o indivíduo a patamares onde as observações podem ser feitas com maiores profundidades. Na mansuetude respiramos ares benfazejos porque nos é possível seleciona-los sem atropelos. Na mansuetude os esgares cedem espaços a tudo que é convicto porque pensado com parcimônia. Somente na mansuetude é possível buscar nos seres e propostas seus reais valores e credibilidades. Por isto o gênio é manso.

Na cadência mansa do cordeiro Jesus estabeleceu Seu aprisco. Na cadência mansa dos astros a rolarem peremptórios pelos espaços cósmicos, Deus estabeleceu a Casa para morada dos Seus filhos. Na cadência feliz dos espíritos que se auto descobrem a centelha divina vai se expandido, enriquecendo o indivíduo, tornando-o livre. O espírito livre vê mais distante, vê as entrelinhas, vê as essências – fundamentos primeiros das coisas e causas, tornando-se diferenciado, respeitado, um dínamo propulsor do progresso, genial! Sabe de antemão que o orgulho e o egoísmo representam o maior obstáculo ao progresso. E reunidos criam no ser um estado de inconstância e apreensões, medos e inseguranças que o fazem retrógrado, muitas vezes avançado intelectualmente e estirado num lamaçal no campo da moralidade. Isto não é plenitude que promove a mansuetude. São desvarios que promovem guerras internas e externas.

O manso sabe que o entrelaçamento dos valores intelectuais e morais promovem a corrente do bem e avança por ele e, através dele, atinge os cumes dos seus ideais para entendê-los além numa feliz sucessão de probidades espirituais. Sabe que os bens terrenos são apenas passageiros e não conduzem os seres aos próprios “vir-a-ser” de excelências. Ele estudou a questão 785 de “O Livro dos Espíritos” e aprendeu que a humanidade ainda não atingiu o apogeu da perfeição, mas que ela é perfectível, portanto, ele próprio é um ser perfectível por pertencer à raça humana.

E o ser pacífico, quem seria ele? Um pregador ermitão morando nas alturas do mundo, confortando almas em desalinho que de quando em vez o procura? Ou um intérmino dialogador silencioso conversando infinitamente com os vegetais numa atitude quase ante social? Seria um andarilho de cajado liso a andar pelas estradas à procura do seu “eu” superior? Seria ainda o mediador das contendas a promover as bondades em meias partes iguais? Afirmamos que o ser pacífico é maior e mais aparelhado dinamizador do progresso real da humanidade. Passividade não representa compassividade para com o erro ou o atraso moral e intelectual de quem quer que seja e em qual civilização for. Há um provérbio chinês que diz: “Em plena paz deves agir com intensa atividade e, em intensa atividade, deves agir com intensa paz”. Um é perfeito corolário do outro. Um complementa o outro. O pacífico é, pois aquele que vislumbra o belo e a perfeição, a face do bem em todas as moedas que encontra pelo caminho. Sabe das temporalidades dos eventos. Sabe das distorções promovidas pelos incautos, sabe das propostas promissoras ao surgimento de novas alianças com a luz. Somente o pacífico pode ver a luz. Somente o pacífico pode agir com justiça, solidariedade e amor pelas pessoas e circunstâncias. Porque somente naquele estado as intuições saudáveis podem penetrar-lhe o ser buscando suas profundidades de filho de Deus.

Por isso que Jesus disse: “Felizes são os mansos e os pacíficos porque eles herdarão a Terra”. Ver em Mateus Cap. 5 Vv.  4 e 9. E que Terra eles herdarão? Juntemos aqui outra palavra do Mestre Jesus: “Meu Reino ainda não é deste mundo”. Ver João Cap. 18 Vv. 33 a 37. Ora, Ele estava defronte Pilatos ali representando o poder temporal. O mesmo poder que todas as nações do mundo estabelecem ainda hoje como critérios de representatividades. Roma era o máximo. Isto, na pura concepção da transitoriedade. Jesus O representante do Poder Divino que rege toda a Criação através das suas leis imutáveis porque absolutamente justas. Roma e Jesus o mesmo que os reinos atuais e o Reino Futuro. No Reino de Jesus os brandos e os pacíficos aprendem com Ele, convivem com Ele, trabalham para Ele. Gradativamente a Terra vem sendo saneada pelas propostas da mansuetude e da paz. Cada gênio que aqui nasce ou renasce estabelece novas diretrizes, novos caminhos, criando pilares para que o projeto do Senhor desta humanidade possa, enfim, estabelecer-se nos sítios inferiores do planeta Seu reinado é de eficácia e luz, liberdade para todos e responsabilidade aliada. Assim, os murros, socos, pontapés, lixos orais ou grafados, atividades bélicas, corrupções, negociatas, infidelidades, drogas lícitas ou não, mentiras e um sem conta de propostas e comportamentos, filhos eficientes do orgulho e do egoísmo, estão com seus dias contados neste mundo. Como no futuro não haverá cidades fantasmas, esses agêneres infelizes terão que ser remanejados. Para onde? Para onde suas consciências indicarem, suportar e aninhar dentro dos seus propósitos de egos inflados ou subservientes.




        Guaraci de Lima Silveira                                                    ( continua )

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domingo, 22 de julho de 2012

A Casa Espírita e os Problemas Sociais

 Reflexão
A ação social é sem dúvida o melhor instrumento para a terapêutica espírita, possibilitando a vivência prática de nossas conquistas e a transmissão do conhecimento adquirido aos nossos irmãos necessitados.


O tema mais constante hoje, em todas as conversas, é a violência física, moral e intelectual que invade nossos lares, transforma nossos hábitos e modifica nossas vidas.

Buscando refletir sobre o tema encontrei, nas palavras de Joana de Angelis, um caminho para reflexão:

“A volúpia pela velocidade, em ânsia indomada de desfrutar-se mais prazer, ganhando-se o tempo, que se converte em verdadeiro algoz dos sentimentos e das aspirações, vem transformando o ser humano em robô, que perdeu o sentido existencial e vive em função das buscas, cujas metas nunca são conseguidas, face à mudança que se opera no significado de cada uma”.

Sem dúvida nos robotizamos atrás de um “PRAZER” efêmero e sem rumo e que nos joga em um emaranhado de conflitos e frustrações.

“A superpopulação das cidades, desumanizando-as, descaracteriza o indivíduo, que passa a viver exclusivamente em função do poder que pode oferecer comodidade e gozo, considerando as demais pessoas como descartáveis, pelo receio que mantém de ser utilizado e esquecido, em mecanismo inconsciente sobre o comportamento que conserva em relação aos outros”.

O PODER, como meta e objetivo, vivemos de perto esse processo, quando nos envolvemos nos meandros da corrupção, ativa ou passiva, e nos permitimos levar pela ganância, pelo orgulho e pelo egocentrismo exacerbado.

“O Egoísmo passa a governar a conduta humana, e todos se engalfinham em intérmina luta de conquistar o melhor e maior quinhão, mesmo que isso resulte em prejuízo calculado para aqueles que partilham do seu grupo social”.

“Nesse campo, eivado dos espinhos da insensibilidade pela dor do próximo, pelo abandono das multidões esfaimadas e enfermas, pelo desconforto moral que se espraia, os valores éticos, por sua vez, passam também a ser contestados pelos que se consideram privilegiados, atribuindo-se o direito de qualquer conduta que o dinheiro escamoteia e a sociedade aceita”.

Não é exatamente a realidade que vivemos, no momento político em que estamos mergulhados, nas relações sociais e profissionais que vivenciamos, e muitas vezes no seio de nossas próprias famílias?

A inversão de conteúdos psicológicos individuais e coletivos demonstra a imaturidade moral e espiritual de indivíduos e grupos sociais, cujos objetivos existenciais vinculados durante a formação da personalidade, no utilitarismo, na conquista do poder para usufruir, na construção do ego que se insensibiliza, a fim de fugir à responsabilidade dos deveres da solidariedade e da participação.

A falência dos valores é inegável, tornando-se inadiável uma mudança filosófica e de conduta psicológica humana.

A Meta da Casa Espírita é a Edificação dos Valores, através do estudo continuado e do exemplo na conduta proativa de seus membros.

A Assistência Fraterna deve se desenvolver dentro de uma proposta Informativa e Formativa, possibilitando a diminuição das carências do momento, ao mesmo tempo que orienta e possibilita condições para que próximas crises possam ser de menor intensidade e que os companheiros tenham maior estrutura para enfrentá-las.

O desenvolvimento das atividades deve estar essencialmente focado no trabalho de educação preventiva e profilática, possibilitando a criação de importantes fontes de disseminação do bem.

Sobre esses conceitos, nos diz Joanna de Angelis:

“Aprendamos lidar com o desequilíbrio social e sua decorrência, drogas, alcoolismo, violência, sexolatria, desagregação da família etc., e possibilitarmos aos nossos irmãos o apoio necessário, nos exige uma profunda reflexão pessoal e institucional, que propicie a validação dos valores que abraçamos e a avaliação de nossa conduta, enquanto indivíduos, enquanto membros de uma comunidade e principalmente enquanto participantes de um movimento espiritual/assistencial”.

Enfrentar os nossos medos, dúvidas e ansiedades, avaliar a nossa conduta pessoal, familiar, profissional e social, aprendermos trabalhar em equipe e solidariamente, encararmos nossa vaidade, orgulho, ambição, preconceitos, comodismo, orgulho. Sermos coerentes com a filosofia doutrinária que abraçamos. São os primeiros passos para enfrentar o desequilíbrio social e começarmos a criação de uma sociedade mais justa e mais humana.

A Casa Espírita, em sua missão, nos propicia um dos mais sérios e importantes processos terapêuticos, em que somos acompanhados por terapeutas fraternos e pacientes sempre prontos a nos auxiliar e com uma enorme paciência em nos ouvir e nos estimular a melhora, sem nos impor comportamentos, mas nos convidando sempre à reflexão.

A ação social é sem dúvida o melhor instrumento para essa terapêutica, possibilitando a vivência prática de nossas conquistas e a transmissão do conhecimento adquirido aos nossos irmãos necessitados.

Mas frente à enorme demanda da sociedade, necessitamos integrarmo-nos aos companheiros de movimento de forma ativa e objetiva, para que possamos atender à mesma, e principalmente sermos ativos junto à comunidade em que estamos inseridos, participando dos seus movimentos e apoiando os serviços que ela oferece no sentido da promoção social.
Não podemos e nem devemos estar isolados de todo o movimento social que tenha como proposta uma sociedade mais justa e que lute pela erradicação da ignorância, pelo atendimento à saúde, pela requalificação profissional, pelo exercício honesto e construtivo da cidadania.

Unamo-nos nesse esforço pela Fraternidade e pela Esperança e tornemo-nos trabalhadores da Caridade, gerando a profilaxia do mal e construindo a ideologia do AMOR.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Resignação e Resistência

 


De fato, há que se estudar a resignação para que a paciência não a venha trazer resultados contraproducentes.
Um lavrador suportará corajosamente aguaceiro e granizo na plantação, mas não se acomodará com gafanhoto e tiririca.
Habitualmente, falamos em tolerância como quem procura esconderijo à própria ociosidade. Se nos refestelamos em conforto e vantagens imediatas, no império da materialidade passageira, que nos importam desconforto e desvantagens para os outros?
Esquecemo-nos de que o incêndio vizinho é ameaça de fogo em nossa casa e, de imprevisto, irrompem chamas junto de nós, comprometendo-nos a segurança e fulminando-nos a ilusória tranqüilidade.
Todos necessitamos ajustar resignação no lugar certo.
Se a Lei nos apresenta um desastre inevitável, não é justo nos desmantelemos em gritaria e inconformação. É preciso decisão para tomar os remanescentes e reentretecê-los para o bem, no tear da vida.
Se as circunstâncias revelam a incursão do tifo, não é compreensível cruzar os braços e deixar campo livre aos bacilos.
Sempre aconselhável a revisão de nossas atitudes no setor da conformidade.
Como reagimos diante do sofrimento e do mal?
Se aceitamos penúria, detestando trabalho, nossa pobreza resulta de compulsório merecimento.
Civilização significa trabalho contínuo contra a barbárie.
Higiene expressa atividade infinitamente repetida contra a imundície.
Nos domínios da alma, todas as conquistas do ser, no rumo da sublimação, pedem harmonia com ação persistente para que se preservem.
Paz pronta ao alarme. Construção do bem com dispositivo de segurança.
Serenidade é constância operosa; esperança é ideal com serviço.
Ninguém cultive resignação diante do mal declarado e removível, sob pena de agravá-lo e sofrer-lhe clava mortífera.
Estudemos resignação em Jesus – Cristo. A cruz do Mestre não é um símbolo de apassivamento à frente da astúcia e da crueldade e sim mensagem de resistência contra a mentira e a criminalidade mascaradas de religião, num protesto firme que perdura até hoje.

Texto extraído do livro “Estude e Viva” – Emmanuel e André Luiz
Psicografado por Francisco C. Xavier e Waldo Vieira

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Dominio

 

Se você já pode dominar a intemperança
mental…
Se esquece os próprios
constrangimentos, a fim de cultivar o
prazer de servir…

Se sabe cultivar o comentário infeliz, sem passá-lo adiante…
Se vence a indisposição contra o estudo e continua, tanto quanto possível, em contato com a leitura construtiva…
Se olvida mágoas sinceramente,
mantendo um espírito compreensivo e
cordial, à frente dos ofensores…
Se você se aceita como é, com as
dificuldades e conflitos que tem,
trabalhando com tudo aquilo que não
pode modificar…
Se persevera na execução dos seus
propósitos enobrecedores, apesar de
tudo que se faça ou fale contra você…
Se compreende que os outros têm o
direito de experimentar o tipo de
felicidade a que se inclinem, como nos
acontece…
Se crê e pratica o princípio de que
somente auxiliando o próximo, é que
seremos auxiliados…
Se é capaz de sofrer e lutar na seara do bem, sem trazer o coração amargoso e intolerante…
Então, você estará dando passos largos
para libertar-se da sombra, entrando, em definitivo, no trabalho da
autodesobsessão.
André Luiz
Psicografia de Chico Xavier. Da obra “Passos da Vida”. Do site “O Espiritismo

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sábado, 14 de julho de 2012

Sementes de felicidade


Você sabe o que é felicidade? Ou você será daquelas pessoas que afirmam nunca terem sido felizes?
Será mesmo que a felicidade só alcança algumas pessoas ou será que você não descobriu o que é felicidade? Será que você pensa que felicidade deve ser total, irrestrita, ampla?

A felicidade existe. Ocorre que, comumente, não nos damos conta de fatos felizes. Não atentamos para coisas pequenas, mas importantes, que deveriam ser motivo de felicidade.
Recordamos de duas meninas cambojanas. Uma delas era uma criança miúda, vestindo farrapos. Estava tão coberta de fuligem que, num primeiro contato, não se conseguia ver se era menino ou menina.
Chamava-se Rithy e tinha doze anos. Nunca fora à escola. Vivia a revirar o lixão da capital cambojana, à procura de algo que pudesse render alguns trocados.
A outra tinha nove anos, chamava-se Nich. Ambas cheiravam muito mal.
Um homem se aproximou e disse que gostaria de conhecer a mãe delas. Combinou um encontro para o dia seguinte num café, à beira do rio, em um bairro turístico.
Deu-lhes dinheiro e, no dia seguinte, sentado à uma mesa, viu se aproximarem duas crianças.
Estavam tão limpas, tão transformadas que ele não as reconheceu.
Conversou com as mães e se propôs a lhes pagar uma mensalidade, caso mandassem as meninas para a escola, retirando-as do lixão, com o que concordaram.
A alegria iluminou o rosto das garotas. E mais ainda quando ele lhes comprou sorvete. Elas jamais haviam provado sorvete em sua vida.
O coração do homem também sorriu. Ele descobrira quão pouco bastava para provocar felicidade na vida de duas crianças.
Sim, para quem sabe apreciar cada momento da vida, cada gesto, cada dádiva, é fácil sorrir. Mesmo que toda sua vida tenha sido de dores e dificuldades.
E é o que as meninas faziam, ali, deliciando-se com o sorvete. Sorriam, felizes.
Como passou a sorrir Eang, de nove anos, encontrada imunda e coberta de feridas. Sua felicidade é ter saúde e frequentar a escola, onde alimenta um sonho: ser professora de inglês.
Também sorri aquele rapaz de dezessete anos, órfão desde os três e que morou no lixão quase toda sua vida. Depois de aprender inglês, trabalha como chef em elegante café.
Sempre feliz, sonha alto: abrir seu próprio restaurante.
E que se dizer da garota Leng, de seis anos, que jamais ganhara um presente ou bolo de aniversário!?
Ao redor de um enorme bolo, com seu nome escrito em cima, centenas de catadores de lixo cantaram Parabéns pra você.
Ela chorou, muitos choraram. Emoção geral.
Quando retornou para seu barraco, depois que todos tinham voltado para suas moradias, seu coração extravasou pelos lábios, cantarolando: Parabéns para mim. Parabéns para Leng. Parabéns para mim.
*   *   *
Se você acha que não é feliz, pense nessas crianças para as quais tudo que recebem é felicidade.
E descubra quantos motivos você tem para ser feliz: sua saúde, sua casa, seu lar, seus amores, a escola, o trabalho. A felicidade de ouvir este texto.
A alegria de ler, de concatenar ideias, a possibilidade de se emocionar…
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo Grande Scott,
de Robert Kiener, de Seleções Reader´s Digest, de junho de 2010.
Em 30.04.2012.

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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Em relação à Angústia



Acautela-te quanto às injunções da angústia.

À semelhança de erva daninha, ela se entranha suavemente nas raízes do sentimento, estrangulando-as com vigor.

Insinuante, encontra fáceis argumentos para instalar-se na mente e emaranhar-se no coração, tornando-se infortúnio de difícil erradicação.





Afirma-se que a angústia é resultado de sofrimentos íntimos mal digeridos.

Às vezes, aí se origina, invariavelmente, porém, torna-se desdita que consome, tendo a sua procedência em nonadas que tomam vulto e são aceitas como fatores de alta consideração.





Não te impressiones com os insucessos nas atividades que empreendes. Eles fazem parte dos cometimentos e são lições preciosas, a fim de que aprendas a não reincidir nos seus gravames.

Quem desconhece o fracasso não tem condições de viver êxitos.

Demorar-se no malogro, entre lamentações e rebeldias, é abrir-se ao desequilíbrio, à angústia.

Perder é fenômeno natural em todo empreendimento, de modo a poder-se lucrar depois, satisfatoriamente.

A existência carnal, por isso mesmo, é um investimento que experimenta todos os tipos de riscos existentes.

Enfrentá-los com naturalidade, eis o dever de todos, nunca se deixando atemorizar ou fugir da responsabilidade que apresentam.





Entre os antídotos eficazes para a angústia, o trabalho edificante e nobre de toda procedência, tem primazia.

Elel estabelece motivações para continuar-se a viver e a lutar, emulando ao contínuo esforço de crescimento com vistas ao progresso social, moral e espiritual.

Ao seu lado, a leitura instrutiva, consoladora, e a prece constituem terapias eficazes, substituindo, na mente, os clichês viciosos e pessimistas por idéias novas, construtivas.

Abrindo espaços para conjunturas e realizações saudáveis, reeduca os hábitos mentais negativos, facultando entusiasmos, renovação interior, libertação.

A ação do bem a favor do próximo é, também, de valor inestimável, por gerar simpatia e desenvolver o amor que restabelecem a paz íntima restituindo a alegria existencial.





Habitua-te com a felicidade e não a desprezes aceitando as insinuações da angústia que te espreita.

Faze sol íntimo e esparze-o onde te encontres.

Jamais tropeçarás em trevas se o mantiveres.





(Espírito Joanna de Ângelis  &  Divaldo P. Franco)
Obra: Momentos de Esperança

Mediunidade e Evangelho - Palavra de Sabedoria

Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência...
Há diversas formas de um Espírito se manifestar a um médium. Além dos tipos diversos de mediunidade, há também diversidade quanto ao conteúdo das mensagens.
Isto tudo não esquecendo, é claro, a orientação de um Espírito superior dada ao Codificador:
Com um médium, cuja inteligência atual, ou anterior, se ache desenvolvida, o nosso pensamento se comunica instantaneamente de Espírito a Espírito, por uma faculdade peculiar à essência mesma do Espírito. Nesse caso, encontramos no cérebro do médium os elementos próprios a dar ao nosso pensamento a vestidura da palavra que lhe corresponda e isto quer o médium seja intuitivo, quer semimecânico, ou inteiramente mecânico. Essa a razão por que, seja qual for a diversidade dos Espíritos que se comunicam com um médium, os ditados que este obtém, embora procedendo de Espíritos diferentes, trazem, quanto à forma e ao colorido, o cunho que lhe é pessoal.1
Assim aprendemos que todo médium, sem exceção, interfere de certo modo na comunicação, por isso a necessidade de estudo e de elevação moral do médium.
Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; afirmando assim aos seus pupilos de Corinto, o apóstolo convidava-os à elevação espiritual, pois se o Espírito comunicante encontrasse condição no medianeiro, poderia confiar-lhe a palavra de sabedoria.
Segundo o dicionário, sabedoria é qualidade de sábio, caráter do que é dito ou pensado sabiamente, acúmulo de muitos conhecimentos2. É também sinônimo de ciência.
Porém, o apóstolo neste texto diferencia a palavra de sabedoria da de ciência.
No capítulo 2 desta mesma carta, ele assim se expressa:
Todavia, falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.
Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam.
Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.
Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.
Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.
As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.
Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.3
Deste modo aprendemos que, por sabedoria quer o autor da epístola expressar o conhecimento do que vem direto da Mente Divina através de Cristo e de Seus prepostos. É o ensinamento superior relativo às coisas do Espírito; e só os que estão em plena harmonia com as questões espirituais podem perceber.
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.4
Desta forma, se quisermos receber os ensinamentos superiores vindo diretamente da Alma do Universo, estejamos atentos ao Amai-vos uns aos outros, pois só conhecendo a Verdade Universal do Amor seremos libertos de todas as ilusões materiais.
E a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; se a uns pela sua superioridade espiritual pode ser revelada a sabedoria, a outros nem tanto elevados, mas ainda assim superiores, pode o mesmo Espírito revelar a palavra da ciência.
Por ciência aqui devemos entender então o conhecimento que já pode o homem acessar pelas vias do raciocínio ou da razão. Se a sabedoria vem pelas vias da intuição daquele que já se harmonizou com as leis diretoras do cosmos, esta, a ciência, também é selecionada àqueles de boa elevação espiritual, porém que se acham na fase racional.
Muito podemos descobrir tendo por guia a fé racional, todavia para isso há de o Espírito ter amadurecimento para saber pesquisar usando as faculdades conquistadas pelos caminhos da evolução.
O que Paulo quer mesmo demonstrar com estes versículos que ora estamos estudando é que a todos nós poderão os Espíritos tudo revelar, mas eles o farão de acordo com as possibilidades de cada um. Por isso mais uma vez lembramos a importância do estudo e do constante aperfeiçoamento moral do médium e de todos nós que desejarmos ser, ostensivamente ou não, intermediários entre os dois planos da vida.
...seja qual for a diversidade dos Espíritos que se comunicam com um médium, os ditados que este obtém, embora procedendo de Espíritos diferentes, trazem, quanto à forma e ao colorido, o cunho que lhe é pessoal.5
Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.6
1 O Livro dos Médiuns, item 225
2 Dicionário Eletrônico Houaiss
3 Coríntios, 2: 6 a 16
4 Mateus 5:8
5 O Livro dos Médiuns, item 225
6 João, 14: 12

Claudio Fajardo de Castro

sexta-feira, 6 de julho de 2012

LOUVEMOS A DOR



O tempo é  um  calmante e um amigo, um remédio e uma bênção.
A existência  na  carne  é  simples passagem  por um túnel escuro.
E  a nossa  felicidade nasce, não dos anos que despendemos ao atravessar o mundo, mas sim dos bens  que dentro dele conseguimos improvisar.
Tudo  na carne é como vemos um dia.
Manhã cheia de  sol, crepúsculo de sombras e noite  cerrada ao nosso olhar.
Felizes daqueles que acendem  estrelas no  firmamento do próprio coração,
Para que  a jornada  se torne menos dolorosa, no nevoeiro noturno, que  precede  a  alvorada seguinte.
Perdoemos  a vida e as criaturas  pelas angústias que impuseram à nossa   sensibilidade.
As mãos feridas  são mais seguras  do que os braços habituados  a dominar.
As grandes torturas são grandes bênçãos.
Nomundo, o nosso sentimento de personalismo não nos permite essa  realidade.
Sem a luta, dormiríamos  na matéria densa, sem qualquer proveito.
Deus, porém, que  é  o nosso Pai  de Infinita Bondade, permite  que  a aflição os   acompanhe,  no mundo, na  condição  de abnegação instrutora  e, com o decurso do tempo,  a paz se  converte em nossa  companheira  para  todas  as  situações  e  problemas terrestres.
Estudemos e  trabalhemos  sempre mais.
Jamais nos arrependeremos  da obra que vamos levantando, no terreno do  nosso próprio coração.
Obra de Amor, Entendimento, Humildade  e Perdão.
A vida  responde ao nosso esforço na mesma intensidade donosso impulso, na  criação do bem.
Esperemos a passagem dos dias.
Trabalhemos na sementeira da nossa  Consoladora Doutrina, nas duas margens  da nossa  estrada para Jesus e guardemos a certeza de que não nos faltará o amparo do Senhor.
Chegaremos um dia à praia segura, depois da tempestade.
Não será, contudo, oporto enganoso  da vitória na terra, mas o refugio doce da  serenidade  e da compreensão, onde  o nosso  espírito  poderá  realmente  repousar  e preparar-se,  ante  o futuro que se desdobrará no amanhã.
As sementes  do Evangelho, caídas das nossas mãos, um dia serão árvores  robustas  e preciosas, proporcionando-nos  alegrias  que a nossa imaginação não poderá  avaliar, por  enquanto.

 fonte:
http://blog.forumespirita.net/2012/07/06/louvemos-a-dor/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+blogforumespirita+%28Blog+F%C3%B3rum+Esp%C3%ADrita%29 

A CONSCIÊNCIA E A VERDADE

“Aos quinze anos, minha inteligência se consagrava ao estudo. Aos trinta, mantinha-me firme. Aos quarenta, não tinha dúvidas. Aos cinqüenta, conhecia os decretos o Céu. Aos sessenta, o meu ouvido era um órgão obediente para a recepção da verdade. Aos setenta, podia fazer o que me desejasse o coração sem transgredir o que era justo”. –  Confúcio (Kongtzeu).
 

Duas coisas predominam e todo o Universo: a Consciência – que é Deus e os seres criados à sua imagem e semelhança; e a Lei, que é a vontade de Deus governando os seres e a Natureza.

A Lei significa a ordem, o equilíbrio, a harmonia. A Consciência significa inteligência, pensamento, ação, emoção, realização, auto-controle, responsabilidade e convivência.

O contrário da Lei é o caos, o mal, a escuridão, o medo e a ignorância, a incerteza, a insegurança e o sofrimento.  O contrário da Consciência é a alienação e a loucura.

Quando a Lei e a Consciência não se chocam e andam juntas significam sempre o Bem, a Luz, a fé, a confiança, a sabedoria, a resignação, a tranqüilidade, a confiança e a felicidade.

A união da Lei com a Consciência resulta no conhecimento gradual da Verdade. Quando conhecemos a Verdade a nossa vida se transforma incessantemente.

A Verdade total ainda está bem longe do nosso alcance: ainda não temos maturidade para conhecê-la como um todo. Por isso vamos conhecendo-a em partes. Se conhecêssemos a Verdade de uma só vez entraríamos em desequilíbrio. Por isso, assim como as crianças que aprendem a andar por si próprias, vamos dando passos lentos, até adquirirmos segurança para pisarmos nesse terreno, para nós ainda tão  assustador e inseguro.

Em várias épocas Deus permitiu a manifestação na Terra, e em muitos outros mundos físicos, de seres sábios para mostrar a Verdade aos homens. Mostraram muitas coisas verdadeiras, mas não puderam mostrar tudo por completo. Krishna e Buda na Índia, Zoroastro na Pérsia,  Lao-tsé , Fo-Hi e Confúcio (Kong-Teseu) na China, Sócrates na Grécia,  Moisés e Jesus na Palestina. Todos eram legisladores morais e ampliadores da Consciência humana.

Todos eles falavam da Lei e da necessidade de praticarmos essa lei desenvolvendo a Consciência. Krishna e Buda ensinavam: amem os seres da Natureza e controlem os desejos; Moisés alertava: respeitem a Deus não matando e não roubando; Os mestres da China recomendavam: Cultivem a paciência e a bondade; Zoroastro explicava a importância do livre-arbítrio falando da luta constante entre o Bem e o mal; Sócrates refletia: sei que nada sei e recomendava: conhece-te a ti mesmo; Jesus pedia: sejam humildes, perdoem seus inimigos. Este, como o último grande sábio que se manifestou em nosso planeta, tinha plena consciência de sua responsabilidade e do momento histórico que estava inaugurando para a Humanidade: “Não pensei que vim destruir a lei ou destruir os profetas; eu não vim destruí-los, mas dar-lhes cumprimento; porque eu vos digo que o céu e a Terra passarão antes que tudo o que está na Lei não seja cumprido perfeitamente, até um único jota e um só ponto”.

Quando falavam da Consciência esses sábios convidavam todos para conhecer as maravilhas do nosso mundo interior, que uns chamavam de Nirvana, de Plenitude ou ainda o Reino de Deus.

Uma Consciência é a prova viva da existência de Deus, sua própria imagem e semelhança. A Consciência não pode jamais ignorar a Lei ou fugir de si mesmo agredindo sua natureza espiritual divina.

A Lei diz que somos todos iguais em Espírito, na origem, na raiz, que  é a nossa Consciência. Somos diferentes no pensar, no agir e no sentir porque temos a liberdade de escolha dos caminhos que vamos percorrer. Mas somos iguais naquilo que queremos atingir como finalidade.

Nossas diferenças nunca devem servir de motivos de conflitos e de violência. Pelo contrário, as diferenças existem para que pratiquemos a lei da convivência, conhecendo a Verdade única do Amor Universal.

Por Isso Jesus ensinava: aquele que se humilhar será exaltado, ou seja, aquele que respeitar a simplicidade e a ignorância do seu semelhante será sempre maior porque ficará com a consciência limpa e com o coração leve. Na sua enorme experiência espiritual, Jesus dizia: Vinde a mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque meu jugo é suave e um fardo leve.

Quem tem a consciência limpa pelo senso de justiça e o coração leve pela humildade jamais sofre diante das dificuldades e da provas da Vida. Jesus já conhecia plenamente essa realidade do mundo interior e ensinava: Sejam inteligentes como as serpentes e simples como as pombas. A serpente é a necessidade de sobrevivência do corpo e a pomba a salvação da alma.

A humildade é o segredo para estarmos sempre quites com a Lei e paz com a nossa Consciência. Já o orgulho é a rebeldia, o egoísmo, a causa da manifestação de todos os nossos defeitos morais. Esses defeitos nos afastam da Lei, escurecem a nossa Consciência, nos tornam infelizes e derrotados.

A humildade não é covardia. É preciso muita coragem e disposição para ser humilde. O orgulho é sim uma covardia, porque incentiva o ser humano a mentir para si mesmo. Quem é mais covarde: aquele se enfrenta ou aquele foge de si próprio?

A Ciência humana desconhece as origens da consciência. Opinam muitos pesquisadores especulando que ela é produto da transformação dos organismos, vendo nisso somente o fenômeno visível e exterior. Não conseguem, portanto, estabelecer uma correta e clara relação de causa e efeito. Sabem que ela existe, pois carregam dentro de si mesmo essa prova viva, mas, contraditoriamente, não têm como prova-la objetivamente, segundo os paradigmas científicos que cultuam. Tanto a Consciência como a Mente continuam sendo considerados nas academias materialistas como uma crença. Até mesmo as clássicas experiências e teorias do Dr. Sigmund Freud são incluídas neste rol. No entanto ela aí está, seja como crença, seja como fato objetivo o u subjetivo, servindo sempre como referência no esforço que fazemos para compreender e aceitar a realidade.

Como percebemos, este é o assunto que mais incomoda e fascina aqueles que sentem a necessidade de explicar as coisas e, por isso, está presente em todas a atividades nas quais os ser humano estão envolvido. É só conferirmos nos dicionários [1] para constatar a enorme incidência de conceitos e circunstâncias em que a palavra “consciência” aparece como base nas definições filosóficas.

Mas uma coisa é certa: é indiscutível ela é a principal porta de acesso à Verdade, que todos nós buscamos ansiosamente. Trata-se de um termômetro e ao mesmo tempo uma bússola que utilizamos para navegar no imenso oceano do Desconhecido.

As leis Universais

O conhecimento sobre as Leis Universais não é simples produto teórico das elucubrações e dos ensaios teológicos e filosóficos do ser humano.

Trata-se de algo que está muito mais além das nossas cogitações mentais,  bastante limitadas pelas nossas atuais condições morais  e incapacidade de visualizar complexidade do Universo que nos rodeia.

Vivemos mergulhados neste imenso mar cósmico de estrelas e nebulosas, na verdade um Grande Oceano Mental  do qual somos parte indiscutível e inalienável.

O saber dessa verdade universal vem de longa data, através da revelação gradual do mundo e da realidade.

A revelação, como a própria verdade, tem muitos caminhos de manifestação e diferentes formas de se comunicação ao seu principal alvo, que o ser humano. O Homem é o primeiro estágio  de uma enorme escala consciencial na qual se realiza a revelação das coisas dos seres e da Vida.

Os caminhos da religiosidade, das artes e das ciências são os meio mais comuns para que a Verdade se manifeste em forma de revelação. E é principalmente através desses três campos de experiências que apareceram em todos os grupos humanos, de todas as épocas, os conceitos sobre as leis universais. Muitos diferem na forma, mas são idênticos na essência, provando que brotaram da mesma fonte e que cumprem a mesma finalidade de promover o crescimento e a felicidade das consciências que animam  a Criação.

Um antigo aforismo oriental afirma que “Dormimos no mineral, sonhamos no vegetal e acordamos no animal”. Já um recente axioma ocidental confirma que “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Não são também provas irrecusáveis da legislação e do equilíbrio universal? Também, não é verdade a relação entre o macrocosmo da realidade Universal e o microcosmo da realidade humana?

A tomada de consciência é, portanto, o início da imensa jornada de descobertas dos mistérios do Cosmos; e conhecimento das leis que regulam esse universo é o primeiro passo para compreendermos o que é o Caminho(que é o Conhecimento), o que é a Verdade (que é o Criador) e finalmente o que é a Vida (que somos nós, as Criaturas). 
  • Lei da EVOLUÇÃO: é imperiosa em todo o Cosmo e nenhum ser escapa à sua ação transformadora, tanto na forma, como na essência. 
  • Lei da RELATIVIDADE: toda forma é relativa, toda essência é absoluta. Deus no plano absoluto é inacessível, imponderável, invisível;  mas no plano relativo torna-se manifestado através dos universos materiais, tornando-se objetivo, ponderável, visível.
  • Lei da ORDEM:  é o equilíbrio universal absoluto resultante da perfeição e da harmonia do conjunto e da cada uma das partes em separado. O inverso disso seria o caos.
  • Lei da UNIDADE: Deus é unidade, por isso é absoluto e uno; no plano relativo manifesta-se fragmentado de forma dupla ou trina. O homem é  semelhante a Deus porque é  duplo e triplo: visível e invisível,  estável e transformável, mortal e imortal; é também triplo porque é espírito, energia e matéria.
  • Lei das UNIDADES COLETIVAS: nada existe individualmente isolado, independente. Toda individualidade resulta de agregados de individualidades ainda menores e até o infinito negativo, sendo, ao mesmo tempo, parte integrante de individualidades maiores, que o são de outras ainda maiores e assim até o infinito positivo.
  • Lei do TRANSFORMISMO: por esta lei toda a unidade do Universo se mantém inalterada, nada desaparecendo do Todo, mas unicamente se transformando através da evolução. O Espírito se transforma moralmente e mantém inalterada a sua essência.
  • Lei do RITMO:  o Universo todo funciona por meio de ritmos, desde os fenômenos astronômicos aos psíquicos, desde os químicos aos sociais. Tudo tem fluxo e refluxo.
  • Lei da CAUSALIDADE: não o acaso, tudo está concatenado pelo princípio de causa e efeito. Acaso é somente aquilo cujas causas desconhecemos.
  • Lei da POLARIDADE: tudo é duplo; tudo tem dois pólos. Tudo tem seus opostos e seus opostos são idênticos em natureza, porém diferentes no grau de vibração. Espírito e matéria são dois pólos opostos da mesma coisa; calor e frio, ódio e amor, masculino e feminino, perto e longe, luz e trevas, alto e baixo. Uma nota musical numa oitava abaixo é idêntica à mesma nota uma oitava acima, diferindo somente no grau vibratório.
  • Lei de VIBRAÇÃO: nada está parado no universo. Tudo se move, tudo vibra. As diferenças entre as diversas manifestações da matéria, energia e espírito resultam das diferenças vibratórias.
  • Lei do GÊNERO: o gênero está em tudo, manifestando-se em todos os planos. Tudo tem o seu princípio masculino e feminino, e isto se dá tanto no plano físico como no espiritual. No plano físico é o sexo, que é geração, no plano mental é regeneração, e no espiritual é criação.
  • Lei do LIVRE ARBÍTRIO: só aplicável aos Espíritos, encarnados e desencarnados; é o direito de ação individual pela liberdade com a recíproca da responsabilidade: é a ferramenta de ingresso na razão e na consciência. Seu uso ou abuso é que define a evolução ou a estagnação, o equilíbrio ou o desequilíbrio, a felicidade ou infelicidade dos Espíritos.
Sobre as leis secundárias temos uma série delas que complementam as primeiras nos casos específicos. São as chamadas manifestações morais das leis maiores e estão inter-relacionadas entre si:
  • Lei do TRABALHO: lei que permite a produção, a sobrevivência e a realização de inúmeras necessidades individuais e coletivas;
  • Lei de SOCIEDADE: compartilhar socialmente as experiências  para a aprendizagem e a evolução.
  • Lei da REENCARNAÇÃO: segundo a tradição oriental  é a lei que permite o retorno aos mundos físicos para a realização de novas experiências. A renovação orgânica, pelas múltiplas existências, facilita a renovação espiritual.
  • Lei da JUSTIÇA : é a expressão moral da lei de Causa e Efeito, também conhecida como lei do Carma;
  • Lei de ADORAÇÃO : é a relação natural entre a criatura e o Criador, manifestada segundo a evolução dos seres.
  • Lei de REPRODUÇÃO: são os recursos genésicos que  garantem a  perpetuação das espécies.
  • Lei de CONSERVAÇÃO : a manutenção da integridade física e moral.
  • Lei de DESTRUIÇÃO: é um recurso extremo, permitido pela própria necessidade de transformação.
  • Lei do PROGRESSO: nada impede o progresso, pois é uma necessidade impulsionada pela transformação e evolução; no plano relativo nada é definitivo.
  • Lei da IGUALDADE: as diferenças só ocorrem nas vibrações e não na essência; os seres são iguais perante a lei por isso são iguais em essência; a aplicação da lei lhes são diferentes na medida que são diferentes as suas necessidades e capacidades decompreensão.
  • Lei de LIBERDADE:  ser livre é atributo natural; o abuso da liberdade é que reduz e limita a sua atuação.
A Lei das Leis

Esta é a  lei que resume todas as outras e que pode ser definida como um “sentimento” superior. É um sentimento espontâneo e esclarecido que impulsiona a criatura a ser útil ao próximo, auxiliando-a na sua evolução, visando, não somente o seu bem, mas o bem de toda a coletividade da qual faz parte. É a Lei do Amor. Todos os Iluminados que ensinaram a realidade das leis universais deram a ele um destaque especial, pois tinha plena consciência de que para ela não existem teorias, mas somente a exemplificação.

Jesus, que é considerado, pela sua exemplificação vivencial, uma expressão máxima dessa lei no mundo físico, sabia da dificuldade que ser humano tem de compreender intelectual e espiritualmente as leis universais e, por isso optou pela simplicidade das parábolas e da exemplificação pessoal para ensinar algo tão complexo.  Nas suas bem-aventuranças estão resumidas  as principais leis do Universo e, se elas forem seguidas à risca, se transformarão em poderosas habilidades da inteligência espiritual. É o jeito mais prático de nos manter em sintonia com as leis do universo, senão vejamos:

1. Bem-aventurados os pobres de Espírito porque deles é o Reino dos Céus (Mateus-5.3)

Pobreza de Espírito quer dizer humildade e Reino dos Céus quer dizer felicidade, a resolução de problemas do nosso mundo interno, que é  a integração perfeita ao Universo.

2. Bem-aventurados os que choram porque serão consolados. (Mateus-5.5)

O choro e a dor devem ser vistos como experiências positivas, remédios amargos, porém eficientes;  a vacina contra o veneno é extraída do próprio veneno; é o produto das nossas más ações do passado; quem chora com paciência e resignação  é bem-aventurado porque compreende  essa realidade; quem se revolta  está reprovado na “prova” e tem que recomeçar a lição.

3. Bem-aventurados os mansos porque eles herdarão a Terra. (Mateus-5.4)

A mansuetude não é a covardia, mas a superioridade sobre a violência; a violência é sinal de pouca inteligência, de brutalidade. Os radicais e egoístas pertencem ao mundo do passado, da inteligência inferior e instintiva, de uivos ranger de dentes; os mansos e caridosos pertencem ao mundo do futuro,  da inteligência superior e intuitiva. É a Terra  salva e renovada espiritualmente.

4. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão fartos (Mateus-5.6)

Os que esperam a justiça dos homens se decepcionam e se revoltam; os que conhecem a justiça divina sabem que nada ficará impune; é uma questão de tempo, não o tempo material, mas o espiritual; as aparências enganam e Deus escreve certo por linhas tortas.

5. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. (Mateus-5.7)

O perdão é fundamental para anular uma situação de desequilíbrio; não há limite para o perdão: perdoar setenta vezes sete  significa perdoar quantas vezes for necessário. Quando Jesus nos recomenda oferecer a outra face, não está recomendando a covardia ,mas fazendo uma crítica profunda à nossa incapacidade de perdoar.

6. Bem-aventurados os limpos de coração porque verão a Deus. (Mateus-5.8)

A pureza de coração é sinônimo de elevação; a malícia é degeneração; as crianças são puras de coração; mesmo os selvagens não possuem a malícia dos civilizados; os preconceitos nos afastam dos bons pensamentos e da pureza de coração. Deus está escondido nas coisas que geralmente não queremos enxergar.

7. Bem-aventurados os pacificadores porque serão chamados filhos de Deus. Mateus-5.9)

Os Brandos e pacíficos são aqueles que não aceitam nem compactuam de forma alguma com a violência; são filhos de Deus por que já foram oprimidos, conhecem suas leis e sabem das conseqüências negativas da lei do mais forte.

8. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos Céus. (Mateus-5.10) e ainda:

9. Bem - aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem, e mentindo, disserem todo o mal contra vós. Folgai  exultai porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim também perseguiram os profetas que viveram antes de vós. (Mateus –5.11.12)
A injustiça é apenas aparente. O destino arma ciladas que, aparentemente, são coincidências. Pela lei de ação e reação, de causa e efeito, os perseguidores de ontem geralmente tornam-se os perseguidos de hoje e sabem que os seus sofrimentos têm uma finalidade útil, para si e para os outros; para isso existem gradualmente as provas, as expiações e as reparações; provas são opcionais, expiações são compulsórias e as reparações são geralmente espontâneas. Os cristãos se multiplicaram por causa das injustiças que sofreram e isso serviu de exemplo de fé e esperança para as multidões que os viam sofrer sem nada poder fazer senão aguardar a Justiça Divina.