NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



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Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

terça-feira, 31 de maio de 2011

Na bênção da vida

Mal você acorda pela manhã e muitas preocupações passam a ocupar a sua mente. São tantas as providências que tem a tomar que, muitas vezes, fica atordoado e nem vê o dia acabar.
As coisas mais comezinhas e as mais graves são alvos de sua atenção, ocupando-lhe as horas.
A noite chega e, quando você se dá conta está exausto, extremamente exausto.
Mastiga o jantar enquanto tenta digerir os problemas que ficaram pendentes. Bem, mas agora é só amanhã...
Um banho rápido e cama. Isto é tudo o que conseguirá fazer. Algumas horas de sono e novamente o dia o convida a agir... E lá vai você outra vez.
As horas se sucedem, os dias se vão, os meses se transformam em anos e você passa pela vida sem se dar conta das muitas bênçãos que ela lhe oferece, bem como a todas as criaturas que dividem com você o planeta.
Mas, apesar da indiferença, um novo dia se apresenta para ser vivido. E este dia talvez seja oportuno para você lançar um olhar mais atento ao mundo a sua volta, buscando interagir, de maneira consciente, com essas forças inteligentes.
Descubra o valor das concessões que o Senhor lhe faz pelas mãos da vida e distenda alegria e reconhecimento por toda a parte.
Observe a natureza, abençoando sem cessar, através das próprias forças em movimentos.
Nascem frutas saborosas em árvores cujas raízes se prendem à lama...
Correm brisas leves, entoando melodias suaves, em apertados vales onde cadáveres se decompõem.
Cai o orvalho da noite sobre o solo ressequido e misérrimo, crestado pelo sol.
Voejam borboletas delicadas nos rios de ar ligeiro qual festival de cor flutuante sobre campina pontilhada de flores miúdas.
Desabrocham, além, espécies variadas da flora que o pólen feliz fecunda em todo lugar.
Rutilam constelações no manto da noite salpicando a terra de diamantes preciosos.
Em cada madrugada renasce o sol dourado, purificando o charco, vitalizando o homem, atendendo à flor, sem indagar da aplicação que lhe façam dos raios beneficentes.
Não se detenha e recorde os tesouros com que o bem lhe enriquece o coração, através dos valiosos patrimônios da saúde e da fé, da alegria e da paciência e vá em frente.
Indiferença é enfermidade. Medo é veneno que mata lentamente.
Acenda a luz da coragem na alma, a fim de que você não se embarace nas dificuldades muito naturais que seguem ao lado dos seus compromissos em relação à vida.
Confiança em nossos atos é fortalecimento para a coragem alheia.
Otimismo nas realizações também é aliança de identificação com as esferas superiores.

* * *
Você não está no mundo em vão. Aproveite a oportunidade, valorize as bênçãos da vida, difunda gratidão e alegria por onde passar, com quem estiver, com as concessões que possuir, justificando em atos edificantes a sua passagem pela Terra.
Você não é figurante nos palcos da vida terrestre: é protagonista, é lição viva, é peça importante, nessa imensa engrenagem chamada sociedade.
Pense nisso e movimente-se em harmonia com essas forças poderosas e inteligentes que agem por toda parte.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 'Na bênção da vida', do livro 'Ementário Espírita', pelo Espírito Marco Prisco, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal

fonte:     Blog Espírita na Net   

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domingo, 29 de maio de 2011

O CUMPRIMENTO DAS LEIS

Não vim destruir a lei.” Jesus (Mt, 5:17)

Nos tempos atuais do mundo, a cada dia surgem numerosas leis que pretendem normatizar as relações sociais dos indivíduos, as relações empresariais ou as relações internacionais. Outras leis tombam, ao mesmo tempo, revogadas por não mais atender às necessidades das áreas para as quais foram criadas.
Leis que foram feitas para manter privilégios de famílias reais ou imperiais tiveram que tombar perante o insurgimento dos povos, face à ilegitimidade ou mesmo à imoralidade daqueles estatutos.
Leis que estabeleciam a cidadania, consignando direitos e deveres de todos e de cada um foram bem-vindas, dando melhor configuração às relações da sociedade.
Leis que conferiam poderes discricionários para determinadas categorias de homens contra outros homens tiveram que cair diante dos movimentos sociais que, desejosos de eliminar privilégios e abusos oligárquicos ou grupais, expuseram as próprias vidas em favor de uma vida melhor para o futuro.
Leis que aboliram sistemas escravistas, alevantando a pessoa para os degraus da dignificação onde devia estar, foram bem-vindas nas sociedades em que foram firmadas, anunciando tempos novos nas interações humanas.
Leis que propugnavam pela perseguição dos opositores dos mandatários, enquanto ofereciam premiações a bajuladores e fâmulos covardes, quanto oportunistas, foram derrotadas e substituídas tão logo se foi desenvolvendo o amadurecimento dos legisladores dotados de mais nítida visão dos fundamentos da vida social.
Leis que favoreciam qualquer cidadão a concorrer a cargos públicos, por concursos ou sufrágio popular, foram bem-vindas por significar o exercício da justiça que estabelece a igualdade de direito entre pessoas de uma sociedade.
É francamente perceptível que a verdadeira justiça ainda não é a virtude mais apreciada em todas as sociedades do mundo.
Reconhecem-se, em incontáveis países, a força do arbítrio de consciências dominadoras, governando pela força das armas ou pelo intelecto mal conduzido, ou, ainda, pela troca de favorecimentos imorais ao arrepio de quaisquer venerandas leis existentes.
Encontram-se povos que ainda suportam a fome de alimentos, num mundo onde triunfa o desperdício e o mau uso dos bens públicos, a despeito de qualquer legislação, por mais lúcida que seja.
Ainda se vê, nos dias da atualidade, o domínio de povos sobre povos por causa de criminosos interesses no seu subsolo, nas suas riquezas culturais ou em suas posições estratégicas para fins beligerantes ou comerciais.
Tudo isso, porém, terá que passar um dia conforme os ensinamentos de Jesus.
Todas as leis de exceção desaparecerão da Terra logo que tenham desaparecido os motivos que levaram indivíduos ou sociedades a se inscrever em difíceis processos de expiação.
Como a cada um será concedido conforme suas obras, o Cristo não veio para quebrar a ordem vigorante no Universo, e a lei de causa e efeito faz parte dessa ordem, respondendo pela Justiça Divina.
No entanto, para poupar os justos dos efeitos drásticos do desequilíbrio humano, os tempos serão abreviados, em atendimentos aos preceitos da Misericórdia do Alto, diminuindo as agruras, as asperidades desses dias difíceis.
As leis de Deus, que Jesus não veio descumprir, são de perfeita justiça mas, igualmente, de perfeito amor. Nelas nenhum privilégio, nenhuma concessão indevida.
Jesus Cristo é Aquele que não veio destruir as leis divinas. Veio, em verdade, dar-lhes execução, desarticulando as leis humanas que, em oposição aos preceitos do Criador, ainda semeiam sombras, ainda impõem brutalidade e apóiam a indignidade com que são tratadas tantas comunidades indefesas.

(De “Quem é o Cristo?”, de J. Raul Teixeira, pelo Espírito Francisco de Paula Vitor – Ed. Fráter)
fonte:   Não vim destruir a lei.” Jesus (Mt, 5:17)

fonte:   Carlos Eduardo Cennerelli     

           cennerelli@terra.com.br



   

Estás doente?

E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará.”
(Thiago, 5:15)

Todas as criaturas humanas adoecem, todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real.
Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente.
O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração.
A mente é fonte criadora.
A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas.
De que vale a medicação exterior, se prossegues triste, acabrunhado ou insubmisso?
De outras vezes, pedes socorro de médicos humanos ou de benfeitores espirituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras, abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram à enfermidade.
Como regenerar a saúde, se perdes longas horas na posição da cólera ou do desânimo? A indignação rara, quando justa e construtiva no interesse geral, é sempre um bem, quando sabemos orientá-la em serviço de elevação; contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de conseqüências imprevisíveis.
O desalento, por sua vez, é clima anestesiante, que entorpece e destrói.
E que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversação infrutífera, extinguindo as tuas forças?
Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico, se não sabes calar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens?
Por mais doente, meu amigo, acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para a Grande Mudança.
Desapega-te de bens transitórios que te foram emprestados pelo Poder Divino, de acordo com a Lei do Uso, e lembra-te de que serás, agora ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encontramos a própria consciência.
Foge à brutalidade.
Enriquece os teus fatores de simpatia pessoal pela prática do amor fraterno.
Busca a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e pela meditação.
Não manches teu caminho.
Serve sempre.
Trabalha na extensão do bem.
Guarda lealdade ao ideal superior que te ilumina o coração e permanece convicto de que se cultivas a oração da fé viva, em todos os teus passos, aqui ou além, o Senhor te levantará.

Emmanuel
extraído do livro “Fonte Viva”-Ítem 86. Médium: Francisco Cândido Xavier

fonte:    Carlos Eduardo Cennerelli     

             cennerelli@terra.com.br

ENCONTRO CONTIGO MESMO

Quantas vezes te encontras com teus amigos?
E nunca te encontras contigo mesmo?
Não com o teu ego externo - sim com o teu Eu interno...
O encontro com o teu centro resolveria
os problemas das tuas periferias.

O encontro com tua alma resolveria
os problemas da tua mente e do teu corpo.
Marca, cada manhã cedo, um encontro com tua alma.
Longe de todos os ruídos da tua mente e do teu corpo.
Isola-te em profundo silêncio e solidão.
Esvazia-te de tudo que tens
- e serás plenificado pelo que és.

Faze do teu ego uma total vacuidade
- e serás plenificado pelo Eu divino.
Onde há uma vacuidade acontece uma plenitude
- é esta a maravilhosa matemática do Universo.

Entra, cada manhã, num grande silêncio
- num silêncio pleniconsciente.
No silêncio da presença.
No silêncio da plenitude.

Abre os teus canais rumo à fonte cósmica
- e as águas vivas do Universo fluirão
através de teus canais.
E nunca mais te sentirás
frustrado, angustiado, infeliz.

Esse encontro com o teu centro de energia
beneficiará todas as periferias da tua vida diária.
Até os trabalhos mais prosaicos te parecerão poéticos.
E as pessoas antipáticas te serão simpáticas.

Nenhuma injustiça te fará injusto.
Nenhuma maldade te fará mau.
Nenhuma ingratidão te fará ingrato.
Nenhuma amargura te fará amargo.
Nenhuma ofensa te fará ofensor nem ofendido.

E estenderás o arco-íris da paz
sobre todos os dilúvios das tuas lágrimas.
Se te encontrares contigo mesmo...

Isola-te, numa hora de profundo silêncio e solidão.
Mais tarde, serás capaz de estar a sós contigo
em plena sociedade,
no meio da tua atividade profissional.

E então terás resolvido definitivamente
o problema da tua vida terrestre.
O mundo de Deus
não te afastará mais do Deus do mundo.
(Do livro “De Alma para Alma”, de Huberto Rohden)

fonte:  Carlos Eduardo Cennerelli      cennerelli@terra.com.br

sábado, 28 de maio de 2011

Você já ouviu, alguma vez, falar de livre-arbítrio?

Livre-arbítrio quer dizer livre escolha, livre opção.
Em todas as situações da vida, sempre temos duas ou mais possibilidades para escolher. 
E a cada momento a vida nos exige decisão. Sempre temos que optar entre uma ou outra atitude.
Desde que abrimos os olhos, pela manhã, estamos optando entre uma atitude ou outra. 
Ao ouvir o despertador podemos escolher entre abrir a boca para lamentar por não ser nosso dia de folga ou para agradecer a Deus por mais um dia de oportunidades no corpo físico.
Ao encontrar o nosso familiar que acaba de se levantar, podemos escolher entre resmungar qualquer coisa, ficar calado, ou desejar, do fundo da alma, um bom dia.
Quando chegamos ao local de trabalho, podemos optar entre ficar de bem com todos ou buscar o isolamento, ou, ainda, contaminar o ambiente com nosso mau humor. 
Um médico que trata de pacientes com câncer, conta que as atitudes das pessoas variam muito, mesmo em situações parecidas.
Diz ele que duas de suas pacientes, quase da mesma idade, tiveram que extirpar um seio por causa da doença. 
Uma delas ficou feliz por continuar viva e poder brincar com os netos, a outra optou por lamentar pelo seio que havia perdido, embora também tivesse os netos para curtir.
Assim também acontece conosco quando alguém nos ofende, por exemplo. Podemos escolher entre revidar, calar ou oferecer o tratamento oposto. A decisão sempre é nossa.
O que vale ressaltar é que nossas atitudes produzirão efeitos como consequência. E esses efeitos são de nossa total responsabilidade. 
Isso deve ser ensinado aos filhos desde cedo. Caso a criança escolha agredir seu colega e leve uns arranhões, deverá saber que isso é resultado da sua atitude e, por conseguinte, de sua inteira responsabilidade.
Tudo na vida está sujeito à lei de causa e efeito: para uma causa positiva, um efeito positivo, para uma atitude infeliz, o resultado correspondente.
Se você chega no trabalho bem humorado, alegre, radiante, e encontra seu colega de mau humor, você pode decidir entre sintonizar na faixa dele ou fazer com que ele sintonize na sua. 
Você tem ainda outra possibilidade de escolha: ficar na sua. 
Todavia, de sua escolha dependerá o resto do dia. E os resultados lhe pertencem. 
Jesus ensinou que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. 
Pois bem, nós estamos semeando e colhendo o tempo todo. Se plantamos sementes de flores, colheremos flores, se plantamos espinheiros, colheremos espinhos. Não há outra saída.
Mas o que importa, mesmo, é saber que a opção é nossa. Somos livres para escolher, antes de semear. Aí é que está a Justiça Divina. 
Mesmo as semeaduras que demoram bastante tempo para germinar, um dia darão seus frutos. 
São aqueles atos praticados no anonimato, na surdina, que aparentemente ficam impunes. Um dia, ainda que seja numa existência futura, eles aparecerão e reclamarão colheita. 
Igualmente os atos de renúncia, de tolerância, de benevolência, que tantas vezes parecem não dar resultados, um dia florescerão e darão bons frutos e perfume agradável. 
É só deixar nas mãos do Jardineiro Divino, a quem chamamos Deus.  

* * * 
A hora seguinte será o reflexo da hora atual. 
O dia de amanhã trará os resultados do dia de hoje. 
As existências futuras lhe devolverão a herança que hoje lhes entrega. 
É assim que vamos construindo nossa felicidade ou a nossa desdita, de acordo com a nossa livre escolha, com o nosso livre-arbítrio.
Pensemos nisso!
 

fonte:    http://www.ceecal.com/informativo.php

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ensinando a cooperar

Na nobre tarefa de educar os filhos, é muito comum vermos os pais pouparem as crianças e jovens de colaboração na manutenção da organização e limpeza do lar.
Não nos passará pela mente, em realidade, que os pequenos ou jovens devam, quando não houver necessidade, ser postos para que realizem trabalhos pesados, que lhes absorvam as horas de estudo e aprimoramento de si mesmos.
Invocamos as possibilidades de aprenderem a arte de auxiliar, de prestar colaboração, o que, a cada dia, se torna mais raro.
São muitas as mães que se transformam em serviçais de seus filhos, não para que cresçam, mas, para que se encharquem nos caldos de terrível egoísmo, sem que aprendam, nos dons do amor, a se fazerem úteis.
Onde o problema de ensinar-se aos pequenos a esticar a cama donde se levantaram?
Onde a dificuldade de fazer-lhes atender a essa ou àquela pequena higiene doméstica?
Onde a impossibilidade de que aprendam a pregar um botão ou costurar uma bainha?
Como ignorar que é importante para os jovens lavar ou passar uma peça do vestuário, para si ou para alguém que precise?
Por que tanto constrangimento em ensinar ao jovem, rapaz ou moça, a passar um café ou preparar um arroz, considerando-se a honra da cooperação fraterna?
Identificamos muitos filhos que se tornaram incapazes pelos caminhos, em razão da displicência ou descaso dos que lhes deviam educação.
Não os deveremos preparar para os tempos de facilidade e abastança, mas para os dias de necessidade e carência, de modo que a incapacidade não os mutile, desnecessariamente.
* * *
Pensemos na educação que estamos oferecendo aos nossos filhos, em como os devemos educar para o mundo.
O lar é a primeira escola. É onde serão aprendidos todos os valores.
Da mesma forma que nos esmeramos para oferecer a melhor educação escolar aos nossos filhos, lembremos de ofertar-lhes a educação cristã, plantando neles a semente da cooperação.
Os membros de uma família devem se sentir incentivados a se ajudarem mutuamente, sempre que necessário.
* * *
Evoquemos o Divino Mestre, na carpintaria do Pai, cooperando.
Coloquemos a luz do Evangelho em seus corações sem deixarmos, contudo, de lhes ocuparmos as mãos, ainda que seja nos pequenos afazeres domésticos ou da oficina, pois ajudar no trabalho do bem, onde quer que ele apareça, é também evangelização.

Redação do Momento Espírita, com base no cap.18, do livro Vereda familiar, pelo Espírito Thereza de Brito, psicografia de J. Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 27.05.2011.

DIVULGAÇÃO DA DOUTRÍNA ESPÍRITA

Recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação”. A frase é de autoria de Emmanuel e está inserida no capítulo 40 do livro “Estude e viva” (da FEB), de André Luiz através da psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira. extraído do boletim SEI nº 1945
Bastante conhecida entre os espíritas, esta mensagem serviu de inspiração à leitora do SEI Érika Ferraz Ueoka. Ela encontrou um jeito todo especial de divulgar o Espiritismo e compartilhou a sua experiência com outras pessoas através de mensagem que distribuiu pela internet.
Diz Érika que adquiriu, na Casa Espírita que freqüenta, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, um exemplar de “O Livro dos Espíritos”, o qual trazia, ao final, uma etiqueta com o nome, endereço, dias e horários das reuniões de estudo da instituição. De posse do livro, tomou a caneta e escreveu na publicação as seguintes palavras:
Este livro agora é seu! Ele tem me ajudado, há 12 anos, a compreender melhor os problemas e as aflições da vida. Com ele, posso refletir sobre como melhorar-me a cada dia, para que eu possa ajudar ao meu próximo. Receba este livro com todo o meu carinho e as bênçãos de Deus e de Jesus.
Muita paz!”
“Não assinei o meu nome, porque meu nome era o que menos importava” – afirma ela.
No dia seguinte, de manhã, saiu levando na bolsa o exemplar do livro, o qual depositou sobre a mureta de uma praça. Do outro lado da calçada, discretamente, ficou observando o que aconteceria. “Algumas pessoas passavam e olhavam para o livro, procurando ao redor por seu ‘dono’, todavia, passavam e não voltavam; contei umas seis pessoas. De repente, apareceu aquele que colocaria ‘O Livro dos Espíritos’ na bolsa e o levaria para casa.
Era um homem de aparência simples e tinha nas mãos o seu sustento: era vendedor ambulante de doces. O homem olhou à sua volta, como quem procura o ‘dono’ do livro. Não o encontrando, pegou a obra e abriu-a logo na primeira página, provavelmente procurando o nome do proprietário.
Parou por alguns instantes e logo pôde perceber que o ‘dono’ do livro era ele mesmo.
Colocou, assim, a primeira obra básica da Doutrina Espírita em sua humilde bolsa e saiu comércio afora” – conta Érica, que torce para que sua atitude possa ser repetida por muitas outras pessoas.
“Estou satisfeita e feliz com a minha experiência. Será a primeira de muitas, de certo. Não percamos tempo nem oportunidades em divulgar o Cristianismo Redivivo. Precisamos acreditar que somos divulgadores em potencial” – conclui.
A experiência de Érika em muito faz lembrar o episódio narrado por Hilário Silva no livro “O Espírito da Verdade”, “HÁ UM SÉCULO”, vide abaixo, (da FEB), psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira. Nele, Hilário conta que Kardec, numa triste manhã de abril de 1860, estava exausto e acabrunhado pelas inúmeras dificuldades que enfrentava para a execução da grandiosa tarefa que a Espiritualidade Superior lhe conferira, a de codificar a Doutrina da Terceira Revelação. Mas neste mesmo dia, quando mais desalentado se mostrava, sua gentil esposa, Amélie Boudet, como que providencialmente, lhe entregou um embrulho, recém-chegado, com uma singela carta, que ele logo se pôs a ler.
Na missiva, um homem dizia que após a morte de sua companheira, havia perdido todo o gosto pela vida, decidindo, em razão disso, pôr fim ao sofrimento projetando-se da Ponte Marie para as águas do rio Sena. Porém, na madrugada em que iria cometer o suicídio, ao colocar a mão direita no parapeito da ponte, esbarrou num livro, cuja capa estava umedecida pelo sereno e que lhe caiu aos pés.
Era um exemplar de “O Livro dos Espíritos”, que na página inicial trazia o seguinte recado: “Esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito – A. Laurent”. Estupefato, o homem, que segundos antes pensava em se atirar para a morte, começou a ler com atenção o livro, o qual lhe deu novo sentido à existência.
Assim, num ato de gratidão, devolvia aquela obra ao Codificador, com uma nova e bela capa, já que a original havia se estragado com o sereno. Aos dizeres que encontrou no livro, em seguida, acrescentou estas palavras: “Salvou-me também. Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação.
– Joseph Perrier”.
Hilário Silva encerra a história dizendo que após a leitura da carta, o Prof. Rivail ganhou novo ânimo.
“O notável obreiro da Grande Revelação respirou a longos haustos, e, antes de retomar a caneta para o serviço costumeiro, levou o lenço aos olhos e limpou uma lágrima...”.

                                HÁ UM SÉCULO
Hilário Silva
Cap. XXV - Item 2 - ESE
                                                  I
Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, naquela triste manhã de abril de 1860, estava exausto, acabrunhado.
Fazia frio.
Muito embora a consolidação da Sociedade Espírita de Paris e a promissora venda de livros, escasseava o dinheiro para a obra gigantesca que os Espíritos Superiores lhe haviam colocado nas mãos.
A pressão aumentava...
Missivas sarcásticas avolumavam-se à mesa.
Quando mais desalentado se mostrava, chega a paciente esposa, Madame Rivail - a doce Gaby -, a entregar-lhe certa encomenda, cuidadosamente apresentada.
                                         II
O professor abriu o embrulho, encontrando uma carta singela. E leu:
"SR. Allan Kardec:
Respeitoso abraço.
Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois tenho fortes razões para isso.
Sou encadernador desde a meninice, trabalhando em grande casa desta capital.
Há cerca de dois anos casei-me com aquela que se revelou minha companheira ideal. Nossa vida corria normalmente e tudo era alegria e esperança, quando, no início deste ano, de modo inesperado, minha Antoinette partiu desta vida, levada por sorrateira moléstia.
Meu desespero foi indescritível e julguei-me condenado ao desamparo extremo.
Sem confiança em Deus, sentindo as necessidades do homem do mundo e vivendo com as dúvidas aflitivas de nosso século, resolvera seguir o caminho de tantos outros, ante a fatalidade. ..
A prova da separação vencera-me, e eu não passava, agora, de trapo humano.
Faltava ao trabalho e meu chefe, reto e ríspido, ameaçava-me com a dispensa.
Minhas forças fugiam.Namorara diversas vezes o Sena e acabei planeando o suicídio. "Seria fácil, não sei nadar" — pensava.
Sucediam-se noites de insônia e dias de angústia. Em madrugada fria, quando as preocupações e o desânimo me dominaram mais fortemente, busquei a Ponte Marie.
Olhei em torno, contemplando a corrente.. .
E, ao fixar a mão direita para atirar-me, toquei um objeto algo molhado que se deslocou da amurada, caindo-me aos pés.
Surpreendido, distingui um livro que o orvalho umedecera.
Tomei o volume nas mãos e, procurando a luz mortiça de poste vizinho, pude ler, logo no frontispício, entre irritado e curioso:
"Esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito".
— A. Laurent."
Estupefato, li a obra — "O Livro dos Espíritos" — ao qual acrescentei breve mensagem, volume esse que passo às suas mãos abnegadas, autorizando o distinto amigo a fazer dele o que lhe aprouver."
Ainda constavam da mensagem agradecimentos finais, a assinatura, a data e o endereço do remetente.
O Codificador desempacotou, então, um exemplar de "O Livro dos Espíritos" ricamente encadernado, em cuja capa viu as iniciais do seu pseudônimo e na página do frontispício, levemente manchada, leu com emoção não somente a observação a que o missivista se referira, mas também outra, em letra firme:
"Salvou-me também. Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação. — Joseph Perrier."

                                           III
Após a leitura da carta providencial, o Professor Rivail experimentou nova luz a banhá-lo por dentro...
Conchegando o livro ao peito, raciocinava, não mais em termos de desânimo ou sofrimento, mas sim na pauta de radiosa esperança.
Era preciso continuar, desculpar as injúrias, abraçar o sacrifício e desconhecer as pedradas...
Diante de seu espírito turbilhonava o mundo necessitado de renovação e consolo. Allan Kardec levantou-se da velha poltrona, abriu a janela à sua frente, contemplando a via pública, onde passavam operários e mulheres do povo, crianças e velhinhos...
O notável obreiro da Grande Revelação respirou a longos haustos, e, antes de retomar a caneta para o serviço costumeiro, levou o lenço aos olhos e limpou uma lágrima...
Do livro O Espírito da Verdade. Psicografia de Waldo Vieira.
Vamos fazer o mesmo. Vamos “espalhar” por todas os locais, hospitais, escolas, penitenciárias, etc, respeitando a limpeza e locais públicos, a crença alheia, obras, mensagens, opúsculos e toda matéria espírita que nos cheguem às mãos. Vamos mudar o mundo através do esclarecimento pelas obras espíritas. Tenhamos a certeza de que grande parte da população ainda não teve contato com o Espiritismo e que terão a oportunidade de conhecê-lo e mudar as suas vidas e o mundo por meio de um gesto nosso.

fonte:  Carlos Eduardo Cennerelli     cennerelli@terra.com.br

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A Prece

A Prece
João Batista Armani

Ao iniciarmos uma doutrinária fazemos uma prece, ao encerrarmos fazemos uma prece, para os trabalhos de passe fazemos uma prece, ao deitarmos fazemos uma prece, ao levantarmos fazemos uma prece, fazemos uma prece nos momentos alegres; e oramos também nos momentos de aflição.
Muito se tem dito a respeito da prece, mas muito pouco ainda conhecemos do seu mecanismo de funcionamento, Por isso mesmo, pouco a valorizamos, e por vezes até a esquecemos.
Já o dissemos em outras ocasiões, que o Espiritismo é uma Doutrina de Tríplice aspecto, Ciência – Filosofia – Religião, mas é comum vermos trabalhos, palestras, cursos e etc, enfocarem quase que essencialmente as partes filosóficas e religiosas, deixando um pouco de lado o seu aspecto científico. É até um procedimento normal, uma vez que o Espiritismo é uma Doutrina relativamente jovem com aproximadamente 150 anos, e a análise de seus aspectos científicos requer conhecimentos básicos, sem os quais não entenderíamos as suas explicações, precisaríamos então ter noções de física, ciências, biologia, fluidos, magnetismo, electromagnetismo, electricidade, telecomunicações, etc. Mas nesse trabalho, passaremos uma pequena noção do seu aspecto científico.
Mas afinal, o que é a prece?
Poderíamos dizer que a prece é uma projecção do pensamento, a partir do qual irá se estabelecer uma corrente fluídica cuja intensidade dependerá do teor vibratório de quem ora, e nisto reside o seu poder e o seu alcance, pois nesta relação fluídica o homem atrai para si a ajuda dos Espíritos Superiores a lhe inspirar bons pensamentos. Por que pensamentos? Porque são a origem da quase totalidade de nossas acções.(Primeiro pensamos depois agimos).
Poderíamos dizer também que a prece é uma invocação e que por meio dela pomos o pensamento em contacto com o ente a quem nos dirigimos.
A prece é a expressão de um sentimento que sempre alcança a Deus, quando ditada pelo coração de quem ora.   Pode-se orar para si ou para outrem.
O Espiritismo faz compreender a acção da prece explicando o processo da transmissão do pensamento: quer o ser por quem se ora venha ao nosso chamado, quer o nosso pensamento chegue até ele.
Para compreender o que se passa nessa circunstância, convêm considerar todos os seres, encarnados e desencarnados, mergulhados no mesmo fluido universal que ocupa o espaço, como neste planeta estamos nós na atmosfera. O ar é o veículo do som com a diferença que as vibrações do ar são circunscritas ao planeta Terra, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito.
Então, logo que o pensamento é dirigido para um ser qualquer na Terra ou no espaço, de encarnado a desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece de um para o outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som. A energia da corrente está na razão da energia do pensamento e da vontade. É por esse meio que a prece é ouvida pelos espíritos onde quer que estejam; que eles se comunicam entre si; que nos transmitem as suas inspirações; que as relações se estabelecem a distância, etc.
Esta é sua visão científica.
Pela prece podemos fazer três coisas louvar, pedir e agradecer (LE, 659).

Mas o que isso significa exatamente?
Louvar é enaltecer os desígnios de Deus sobre todas as coisas, aceitando-o como Ser Supremo, causa primária de tudo o que existe, bendizendo-lhe o nome.
Pedir é recorrer ao Pai Todo-Poderoso em busca de luz, equilíbrio, forças, paciência, discernimento e coragem para lutar contra as forças do mal; enfim, tudo, desde que não se contrarie a lei de amor que rege e sustenta a Harmonia Universal.
Agradecer é reconhecer as inúmeras bênçãos recebidas, ainda que em diferentes graus de entendimento e aceitação: a alegria, a fé, a bênção do trabalho, a oportunidade de servir, a esperança, a família, os amigos, a dádiva da vida.
As preces devem ser feitas directamente ao Criador, mas também pode ser-lhe endereçada por intermédio dos bons Espíritos, que são os Seus mensageiros e executores da Sua vontade. Quando se ora a outros seres além de Deus, é simplesmente como a intermediários ou intercessores, pois nada se pode obter sem a vontade de Deus.
A prece torna o homem melhor porque aquele que faz preces com fervor e confiança se torna mais forte contra as tentações do mal, e Deus lhe envia bons Espíritos para o assistir (LE 660).
O essencial é orar com sinceridade e aceitar os próprios defeitos, porque a prece não redime as faltas cometidas; aqueles que pede a Deus perdão pelos seus erros, só o obtêm mudando sua conduta na prática do bem. Deste modo, as boas acções são a melhor prece, e por isso os actos valem mais do que as palavras.
Através da prece pode-se ainda fazer o bem aos semelhantes, porque o Espírito que ora, actuando pela vontade de praticar o bem, atrai a influência de Espíritos mais evoluídos que se associam ao bem que se deseja fazer.
Entretanto, a prece não pode mudar a natureza das provas pelas quais o homem tem que passar, ou até mesmo desviar-lhe seu curso, e isto porque elas (..) estão nas mãos de Deus e há as que devem ser suportadas até o fim, mas Deus leva sempre em conta a resignação.
Deve-se considerar, também, que nem sempre aquilo que o homem implora corresponde ao que realmente lhe convém, tendo em vista sua felicidade futura. Deus, em Sua omnisciência e suprema bondade, deixa de atender ao que lhe seria prejudicial.
Todavia, as súplicas justas são atendidas mais vezes do que supomos, podendo a resposta a uma prece vir por meios indirectos ou por meios de ideias com as quais saímos das dificuldades.
A prece em favor dos desencarnados não muda os desígnios de Deus a seu respeito; contudo, o Espírito pelo qual se ora experimenta alívio e conforto ao receber o influxo amoroso dos entes que compartilham de suas dores. Além do mais, o efeito benéfico da prece sobre o desencarnado é tal, que pode levá-lo à tomar consciência das faltas cometidas e ao desejo de fazer o bem:
É nesse sentido que se pode abreviar a sua pena, se do seu lado ele contribui com a sua boa vontade. Esse desejo de melhora, excitado pela prece, atrai para o Espírito sofredor os Espíritos melhores que vêm esclarecê-lo, consolá-lo e dar-lhe esperanças (LE, 664).
Qual a importância da prece?
Lembremo-nos de um exemplo prático. Se não limparmos periodicamente o nosso quintal, a sujeira se acumula, o mato cresce, e há a proliferação de bichos. No campo espiritual, se não limparmos o nosso psiquismo, os espíritos luminosos se afastam (mesmo que temporariamente), as trevas tomam conta favorecendo a acção de espíritos endurecidos.
Deus atende àqueles que oram com fé e fervor?
Deus envia-lhes sempre bons Espíritos para os auxiliarem. Não existem fórmulas especiais de orações. A bondade de Deus não está voltada para as fórmulas e o número de palavras, mas sim para as intenções de quem ora.

O que dizer das orações repetidas inúmeras vezes?
As intermináveis ladainhas e “PAI NOSSOS”, repetidos algumas vezes, as rezas pronunciadas com os lábios apenas, que o coração não sente e a inteligência não compreende, não têm valor perante Deus. Jesus disse: “Não vos assemelheis aos hipócritas que pensam que pelo muito falar serão ouvidos” (Mateus C6:V7).
O essencial é orar bem e não muito.

Por que existe então, mesmo no espiritismo, orações ditadas por espíritos e publicadas em livros?
Para ensinar aos homens a raciocinar quando se dirigem a Deus e fazê-lo não só por meio de palavras, como também pelo sentimento e com inteligência. Estas orações não constituem rituais, uma vez que, no espiritismo não existem rituais de nenhuma espécie, nem formalismo.

Por quem devemos orar?
Primeiramente por nós mesmos, por nossos parentes, pelos nossos amigos e inimigos, deste e do outro mundo; devemos orar pelos que sofrem e por aqueles por quem ninguém ora.

O que pedir?
Em Mateus C26:V39, há a passagem amarga do Cristo, que antecedia as suas dores supremas no calvário, onde Ele nos diz: “ Pai, se quiserdes, afasta de mim este cálice, mas acima de tudo faça-se a Tua vontade e não a minha”. Demonstrava-nos o Mestre que as Leis Naturais são sábias e justas e que são aplicadas indistintamente. Assim, não peçamos “milagres ou prodígios”, mas tão-somente forças para suportar aquilo que não está ao nosso alcance mudar, paciência, resignação, fé e coragem.

Formas da Prece
A prece deve ser curta e feita em segredo, no recôndito da consciência e em profunda meditação. Preces prolongadas ou repetidas, tornam-se cansativas, sonolentas e, muitas vezes, delas não participam o pensamento e o coração.
Assim, a condição da prece está no pensamento recto, podendo-se orar em qualquer lugar, a qualquer hora, a sós ou em conjunto, em pé, deitado, de luz acesa ou apagada, de olhos abertos ou fechado; desde que haja o recolhimento íntimo necessário para se estabelecer a sintonia harmoniosa. Por isto a importância do sentimento amoroso, humilde, piedoso, livre de qualquer ressentimento ou mágoa, dessa maneira o homem irá absorver a força moral necessária para vencer as dificuldades com seus próprios méritos.

Eficácia da Prece
Existem aqueles que contestam a eficácia da prece, alegando que, pelo fato de Deus conhecer as necessidades humanas, torna-se dispensável o ato de orar, pois sendo o Universo regido por leis sábias e eternas, as súplicas jamais poderão alterar os desígnios do Criador. No entanto, o ensinamento de Jesus vem esclarecer que a justiça divina não é inflexível a ponto de não atender os que lhe fazem súplicas. Ocorre que existem determinadas leis naturais e imutáveis que não se alteram segundo os caprichos de cada um. Porém, isso não deve levar à crença de que tudo esteja submetido à fatalidade. O homem desfruta do livre-arbítrio para compor a trajectória de sua encarnação, pois Deus não lhe concedeu a inteligência e o entendimento para que não os utilizasse.
Existem acontecimentos na vida actual aos quais o homem não pode furtar-se; são consequências de falhas e deslizes de passado que necessitam de reajustes; é a aplicação da Lei de Causa e Efeito e isto explica porque alguns alegam que pedem benefícios a Deus, mas que nunca são concedidos; o que parece, a princípio, contrariar o ensinamento de Jesus citado em Marcos C11:V24 “O que quer que seja que pedirdes na prece, crede que obtereis, e vos será concedido”.
Muitas coisas que na vida presente parecem úteis e essenciais para a felicidade do homem, poderão ser-lhe prejudiciais e esta é a razão por que elas não lhe são concedidas. Contudo, o egoísmo e o imediatismo não permitem que ele perceba com exactidão a eficácia da prece.
Porém, seus efeitos ocorrem segundo os desígnios divinos: A curto prazo na medida em que consola, alivia os sofrimentos, reanima e encoraja; a médio e longo prazo porque pelo pensamento edificante dá-se a aproximação das forças do bem a restaurar as energias de quem ora.
Àquele que pede, Deus está sempre pronto a conceder-lhe a coragem, a paciência, a resignação para enfrentar as dificuldades e os dissabores inerentes à natureza humana, com ideias que lhes são sugeridas pelos Espíritos benfeitores, deixando-nos contudo o mérito da acção, e isto porque não se deve ficar ocioso à espera de um milagre, pois a Providencia Divina sempre ampara os que se ajudam a si mesmos, como asseverou o Mestre: “Ajuda-te e o céu te ajudará” (ESE, Cap. 27, item 7).
Portanto, de tudo o que foi dito anteriormente, podemos concluir que a eficácia da prece está na dependência da renovação íntima do homem, em que deve prevalecer a linguagem do amor, do perdão e da humildade para que ele possa assim, de coração liberto de sentimentos negativos, agradecer a Deus a dádiva da vida.

“Vigiai e Orai” nos recomendou o Mestre (Mateus C26:V41).

Bibliografia:
Curso Básico do Espiritismo 1º Ano – FEESP.

Curso Básico do Espiritismo 2º Ano – FEESP.

O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec.

LIÇÃO DE VIDA PARA O OCIDENTE

A carta abaixo foi escrita por um imigrante vietnamita que é policial no Japão (Fukushima). Foi enviada a um jornal em Shangai que traduziu e publicou. Recebi essa tradução, com a nota de ter sido traduzida o mais fielmente possível ao texto original. *

Querido irmão,
Como estão você e sua família? Estes últimos dias têm sido um verdadeiro  caos. Quando fecho meus olhos, vejo cadáveres e quando os abro, também vejo cadáveres.
Cada um de nós está trabalhando umas 20 horas por dia e mesmo assim,  gostaria que houvesse 48 horas no dia para poder continuar ajudar e resgatar as  pessoas.
Estamos sem água e eletricidade e as porções de comida estão quase a zero.
 Mal conseguimos mudar os refugiados e logo há ordens para mudá-los para outros lugares.
Atualmente estou em Fukushima – a uns 25 quilômetros da usina nuclear.
 Tenho tanto a contar que se fosse contar tudo, essa carta se tornaria um  verdadeiro romance sobre relações humanas e comportamentos durante tempos de crise.
As pessoas aqui permanecem calmas – seu senso de dignidade e seu comportamento são muito bons – assim, as coisas não são tão ruins como  poderiam. Entretanto, mais uma semana,e não posso garantir que as coisas  não cheguem a um ponto onde não poderemos dar proteção e manter a ordem de forma apropriada.
Afinal de contas, eles são humanos e quando a fome e a sede se sobrepõem à dignidade, eles farão o que tiver que ser feito para conseguir comida e  água. O governo está tentando fornecer suprimentos pelo ar enviando comida e  medicamentos, mas é como jogar um pouco de sal no oceano.
Irmão querido, houve um incidente realmente tocante que envolveu um  garotinho japonês que ensinou a um adulto como eu uma lição de como se  comportar como verdadeiro ser humano.
Ontem à noite fui enviado para uma escola infantil para ajudar uma  organização de caridade a distribuir comida aos refugiados. Era uma fila  muito longa . Vi um garotinho de uns 9 anos. Ele estava usando uma camiseta  e um par de shorts.
Estava ficando muito frio e o garoto estava no final da fila. Fiquei  preocupado se, ao chegar sua vez, poderia não haver mais comida. Fui falar  com ele. Ele disse que estava na escola quando o terremoto ocorreu. Seu pai  trabalhava perto e estava se dirigindo para a escola. O garoto estava no  terraço do terceiro andar quando viu a tsunami levar o carro do seu pai.
Perguntei sobre sua mãe. Ele disse que sua casa era bem perto da praia e  que sua mãe e sua irmãzinha provavelmente não sobreviveram. Ele virou a  cabeça para limpar uma lágrima quando perguntei sobre sua família.
O garoto estava tremendo. Tirei minha jaqueta de policial e coloquei sobre  ele. Foi ai que a minha bolsa de comida caiu. Peguei-a e dei-a a ele.
 “Quando chegar a sua vez, a comida pode ter acabado. Assim, aqui está a  minha porção. Eu já comi. Por que você não come”?
Ele pegou a minha comida e fez uma reverência. Pensei que ele iria comer  imediatamente, mas ele não o fez. Pegou a bolsa de comida, foi até o início  da fila e colocou-a onde todas as outras comidas estavam esperando para serem distribuídas.
Fiquei chocado. Perguntei-lhe por que ele não havia comido ao invés de  colocar a comida na pilha de comida para distribuição. Ele respondeu:  “Porque vejo pessoas com mais fome que eu. Se eu colocar a comida lá, eles
 irão distribuir a comida mais igualmente”. 
Quando ouvi aquilo, me virei para que as pessoas não me vissem chorar.
Uma sociedade que pode produzir uma pessoa de 9 anos que compreende o  conceito de sacrifício para o bem maior deve ser uma grande sociedade, um  grande povo.
Envie minhas saudações a sua família. Tenho que ir, meu plantão já  começou.

Ha Minh Thanh

DEZ COISAS A SEREM APRENDIDAS COM O JAPÃO

1 – A CALMA
     Nenhuma imagem de gente se lamentando, gritando e reclamando que “havia  perdido tudo”. A tristeza por si só já bastava.

2 – A DIGNIDADE
     Filas disciplinadas para água e comida. Nenhuma palavra dura e nenhum gesto  de desagravo.
3 – A HABILIDADE
     Arquitetos fantásticos, por exemplo. Os prédios balançaram, mas não caíram.

4 – A SOLIDARIEDADE
     As pessoas compravam somente o que realmente necessitavam no momento. Assim  todos poderiam comprar alguma coisa.

5 – A ORDEM
     Nenhum saque a lojas. Sem buzinaço e tráfego pesado nas estradas. Apenas  compreensão.

6 – O SACRIFÍCIO
     Cinqüenta trabalhadores ficaram para bombear água do mar para os reatores  da usina de Fukushima. Como poderão ser recompensados?

7 – A TERNURA
     Os restaurantes cortaram pela metade seus preços. Caixas eletrônicos  deixados sem qualquer tipo de vigilância. Os fortes cuidavam dos fracos.

8 – O TREINAMENTO
      Velhos e jovens, todos sabiam o que fazer e fizeram exatamente o que lhes  foi ensinado.

9 – A IMPRENSA
      Mostraram enorme discrição nos boletins de notícias. Nada de reportagens  sensacionalistas com repórteres imbecis. Apenas reportagens calmas dos  fatos.


10 – A CONSCIÊNCIA
       Quando a energia acabava em uma loja, as pessoas recolocavam as mercadorias  nas prateleiras e saiam calmamente.

Psicografia - Bezerra Menezes

Brasília, 19 de abril de 2010. Reunião mediúnica no Centro Espírita Internacional

Comunicação psicografada por Divaldo Pereira Franco, de autoria espiritual de Bezerra de Menezes.

Irmãos amigos, devotados obreiros da seara de Jesus! Abraçando-os em nome dos trabalhadores do lado de cá, rogamos ao Mestre Amigo
bênçãos de paz para todos.
Os novos tempos em transcurso no plano físico anunciam uma era de transformações necessárias à implementação do processo evolutivo doser humano. Os dois planos da vida se irmanam e laços de solidariedade se estreitam, tendo em vista os acontecimentos previstos.
Em atendimento aos compromissos firmados por orientadores do Planeta, almas abnegadas se desdobram em atividades, definindo responsabilidades e tarefas a serem desenvolvidas em épocas específicas.
Não longe, porém, nas regiões purgatoriais de sofrimento que assinalam o perfil dos seus habitantes, no mundo espiritual, almas se agitam,movimentam-se, produzindo ruídos e clamores na expectativa de se beneficiarem, de alguma forma, com a programação que o Alto determina.
Desassossegados, temem as mudanças que já lhes foram anunciadas e, por não saberem ainda administrar emoções e desejos, dirigem-se às praças públicas e aos templos religiosos de diferentes interpretações para debaterem e opinarem: ora aceitam os ventos das mudanças, ora se rebelam, posicionando-se contra elas. Nesse processo, influenciam os encarnados que lhes acatam as opiniões vacilantes e, ao mesmo tempo, são por eles influenciados.
O certo é que a Humanidade chegou a um ponto de sua caminhada evolutiva que não mais se lhe permite retrocesso de qualquer natureza. Para os próximos cinqüenta anos já se delineia um planejamento destinado a ser cumprido por uma coletividade de Espíritos que irão conviver com grandes e penosos desafios.
Trata-se de uma população heterogênea constituída de almas esclarecidas e de outras em processo de reajuste espiritual. As primeiras revelam-se iluminadas pelo trabalho desenvolvido na fieira dos séculos, quando adquiriram recursos superiores de inteligência e de moralidade. Retornam à reencarnação para exercer influência positiva sobre as mentes que se encontram em processo de reparação, necessitadas de iluminação espiritual.
A atual Humanidade será pouco a pouco mesclada por esses dois grupos de Espíritos reencarnantes. Inicialmente na sua terça parte, abrangendo todo o Planeta, depois, dois e três terços. O trânsito entre os dois planos estará significativamente acelerado. Um trânsito de mão dupla, acrescentamos, pois coletividades de encarnados também retornarão à Pátria verdadeira.
Anunciam-se, então, o processo renovador de consciências por meio de provações, algumas acerbas.
Uma operação de decantação que visa selecionar os futuros habitantes do Planeta, aqueles que deverão viver os alvores da Era da Regeneração.
A massa humana de sofredores, de Espíritos empedernidos, repetentes de anteriores experiências, retornará à gleba terrestre em cerca de cinqüenta anos, mas os guardiões da Terra estarão a postos, ao lado de cada encarnado ou desencarnado convocando-os á transformação para o bem.
É a era do espírito, anunciada a clarinadas na manhã do dia de ontem, 18 de abril de 2010, no momento em que o sol lançava os seus primeiros raios à Terra. Em região muito próxima ao plano físico, habitantes do Além quase que se fundiram com a humanidade encarnada para, em reunião de luz e vibração amorosa, ouvir o mensageiro de Jesus que lhes traçou as diretrizes de uma nova ordem planetária, que ora começa a se estabelecer.
Ismael falou emocionado para os representantes de todas as nacionalidades, logo após a manifestação clamorosa dos seus patronos e guias.
Revelou planos de Jesus relacionados à cristianização dos homens.
Ao final da abençoada assembléia, Espíritos valorosos deram-se as mãos, envolvendo o Planeta em suas elevadas vibrações, transformadas em pérolas que caiam do alto sobre os seus habitantes, atingindo-lhes a fronte na forma de serafina luminosidade.
Estejam, pois, atentos para os acontecimentos, meus filhos. Reflitam a respeito do trabalho que se delineia e, do posto de serviço onde se encontrem, sejam, todos e cada um, foco de luz, ponto de apoio.
Ouçam as vozes do céu, pois estão marcados pela luz dos guardiões planetários. Façam a parte que lhes cabem. Sejam bons, honestos, laboriosos, fraternos.
Os dias futuros de lutas e dores assemelham-se aos “ais” apocalípticos. Surgirão aqui, acolá e mais além, implorando pela união, compaixão e misericórdia, individual e coletiva.
Assim, irmãos e amigos, não cometam o equívoco de olhar para trás, mas coloquem as mãos na charrua do Evangelho e sigam adiante.
Não repitam a experiência a mulher de Ló, o patriarca hebreu que, possuidora de fé frágil, olhou para trás em busca dos prazeres perdidos, transformando-se em estátua de sal, desiludida pela aridez das falsas ilusões.
Façam brilhar a própria luz, meus filhos! Este é o clamor do Evangelho, hoje e sempre!...

Bezerra

ANTE O MUNDO MELHOR

O trabalho será sempre o prodígio do Universo - a força que o entretém, a luz que o eleva.
Observemos junto de nós.
Tudo é trabalho para que a vida se nos transforme na bênção de cada dia.
Trabalha o sol e o mundo se equilibra. Trabalha o mundo e a natureza se renova para que os processos da evolução nos conduzam para o Mais Alto.
A fonte é bondade e a semente faz-se pão porque trabalha servindo.
Refutamos nisso para que o repouso inoportuno não se nos infiltre no espírito por ferrugem destruidora.
No trabalho é que surpreendemos todas as oportunidades de progresso e melhoria a que nos endereçamos.
Aquele a quem servimos é quem realmente nos servirá.
Damos e recebemos. Isso é tão natural quanto plantar e colher.
Por isso mesmo, seja qual seja a condição em que nos achemos, o trabalho é caminho para a ascensão à felicidade justa.
A hora de que dispomos, a pessoa da estrada, o companheiro em serviço, o amigo e o adversário, constituem talentos potenciais que é preciso aproveitar para o bem, a fim de que o bem nos enriqueça de paz.
Não vacileis.
Atendamos aos imperativos do servir e estaremos no clima do obter.
Não há outra via para alcançar os nossos objetivos de ordem superior, senão essa.
O descanso existe por pausa de refazimento e reformulação.
Nada mais.
Recordemos semelhante verdade para que não lhe desrespeitemos a fronteira, caindo na marginalização de nossas melhores forças.
Trabalhar, sim, e trabalhar sempre, porquanto, se tudo quanto existe agora de bom e de belo, aos nossos olhos na Terra, é fruto do esforço de quem agiu e construiu, o futuro, por reino de segurança e felicidade entre as criaturas, tão-somente surgirá por fruto de quem trabalha no presente, atendendo aos apelos do Cristo para que, em nos amando uns aos outros, nos façamos obreiros fiéis e devotados, no levantamento da Nova Era para um Mundo Melhor.

pelo Espírito Batuíra - Do Livro: Seguindo Juntos, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos.

fonte:   http://www.caminhosluz.com.br/

segunda-feira, 23 de maio de 2011

FILMES ESPÍRITAS

Que tal aproveitar para assistir um vídeo espírita, sem ter que fazer download?

Basta escolher uma das  sugestões abaixo e clicar no link correspondente.

Tenham uma semana com muita Paz!

Em tempo: Sugiro usar a opção "tela cheia"

1 - O Pássaro Azul - Filme Completo - (Vídeo)
      http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/172

2 - Em Nome de Deus - Filme Completo - (Vídeo)
     http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/171

3- O Último Espírito - Filme Completo - (Vídeo)
     http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/170

4 - Chico Xavier - Brilha Uma Luz no Horizonte - (Vídeo)
     http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/169

5- Ressurreição - RARIDADE! - INÉDITO! - (Filme)
     http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/168

Salários

Em certa passagem do Evangelho, narra-se uma pregação de João Batista.
A multidão interage com o profeta e lhe pede orientações.
Em dado momento, alguns soldados perguntam o que devem fazer.
João lhes responde que devem contentar-se com o seu soldo e não tratar mal ou defraudar a ninguém.
Essa frase tão concisa mostra grande sabedoria.
Muita gente se perde em tortuosos labirintos por não entender os problemas da remuneração na vida comum.
A busca de ganhos cada vez maiores pode fazer com que a pessoa esqueça os deveres que justificam seu salário atual.
Por se sentir injustiçada, arde em inveja de quem ganha mais.
Há operários que reclamam a remuneração devida a altos executivos.
A ganância costuma lançar um véu sobre a realidade e o ganancioso tudo vê sob uma ótica particular.
Ele sempre encontra uma forma de comparar sua situação com a dos outros, em seu favor.
Entretanto, não examina seriamente as graves responsabilidades que repousam sobre os ombros dos homens altamente colocados.
Muitas vezes, estes se convertem em vítimas da inquietação e da insônia.
Suas decisões e ações afetam a vida de incontáveis seres humanos e eles sentem o peso que isso representa.
Frequentemente, têm de gastar as horas destinadas ao descanso e à vida familiar em representações sociais.
De outro lado, há homens que vendem a paz do lar em troca de maiores ganhos.
Abdicam da convivência com os filhos enquanto se entregam a atividades desnecessárias.
Muitas vezes, justificam seu proceder com o propósito de dar conforto à família.
Contudo, olvidam que o afeto e a educação são os tesouros mais preciosos que podem proporcionar aos seus rebentos.
Ao eleger os bens materiais como o objetivo superior da existência, dão exemplos perniciosos.
Inúmeras pessoas seguem, da mocidade à velhice, descontentes com seus salários.
Apresentam-se ansiosas e descrentes, enfermas e aflitas, por não entenderem as circunstâncias do caminho humano, no que tange ao dinheiro.
Não é por demasia de remuneração que a criatura se integrará nos quadros Divinos.
Segundo a sabedoria popular, para a grande nau surgirá a grande tormenta.
Valorizar cada servidor o seu próprio salário é prova de elevada compreensão, ante a justiça do Todo Poderoso.
Para alcançar a paz, o relevante é estar muito atento aos próprios deveres.
Trabalhar com honestidade e desenvolver o próprio potencial.
Buscar melhoria, progresso e bem-estar, mas sem a angústia da ganância material e sem cobiçar o que é do próximo.
Antes de analisar o pagamento da Terra, é preciso se habituar a valorizar as concessões do Céu.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 5 do livro Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 23.05.2011.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Código Internacional de Doenças (OMS) inclui influência dos Espíritos.

Medicina reconhece obsessão espiritual
Dr. Sérgio Felipe de Oliveira com a palavra:

Ouvir vozes e ver espíritos não é motivo para tomar remédio de faixa preta pelo resto da vida... Até que enfim as mentes materialistas estão se abrindo para a Nova Era; para aqueles que queiram acordar, boa viagem, para os que preferem ainda não mudar de opinião, boa viagem também...
Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade.
Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP:

A obsessão espiritual como doença_da_alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito. No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade:   mente, corpo e espírito.
Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral:      biológico, psicológico e espiritual.
Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado_de_transe, que é um item do CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.
O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.
Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual..
Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.
O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.
Na Faculdade de Medicina DA USP, Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade.
Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.

Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.
Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).
Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.

Texto de Osvaldo Shimoda

Colaboração de CEECAL - Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz.

Sérgio Felipe de Oliveira é um psiquiatra brasileiro, doutor em Neurociências, mestre em Ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e destacado pesquisador na área da Psicobiofísica. A sua pesquisa reúne conceitos de Psicologia, de Física, de Biologia e de Espiritismo.

Desenvolve estudos sobre a glândula pineal, estabelecendo relações com atividades psíquicas e recepção de sinais do mundo espiritual por meio de ondas eletromagnéticas. Realiza um trabalho junto à Associação Médico-Espírita de São Paulo AMESP e possui a clínica Pineal Mind, onde faz seus atendimentos e aplica suas pesquisas.

Segundo o mesmo, a pineal forma os cristais de apatite que, em indivíduos adultos, facilita a captura do campo magnético que chega e repele outros cristais. Esses cristais são apontados através de exames de tomografia em pacientes com facilidade no fenómeno da incorporação. Já em outros pacientes, em que os exames não apontam tais cristais, foi observado que o desdobramento fora facilmente apontado.

Segundo a revista Espiritismo & Ciência,[1] "o mistério não é recente. Há mais de dois mil anos, a glândula pineal é tida como a sede da alma. Para os praticantes da ioga, a pineal é o ajna chakra, ou o “terceiro olho”, que leva ao autoconhecimento. O filósofo e matemático francês René Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirma que “existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente”.

Sérgio Felipe de Oliveira tem feito palestras sobre o tema em várias universidades do Brasil e do exterior, inclusive na Universidade de Londres. Numa apresentação na Universidade de Caxias do Sul, o pesquisador afirmou ter recebido vários estímulos para estudar a glândula pineal quando ainda estava concentrado em pesquisas na área de física e matemática. Um desses estímulos foi uma visão em que lhe apareceu o professor Zerbini, renomado médico cardiologista e pioneiro dos transplantes de coração no Brasil. Zerbini, a quem Sérgio teria substituído em seus dois últimos compromissos acadêmicos, sugeriu a Sérgio insistentemente (durante a visão) que estudasse a glândula pineal, conforme o relato do pesquisador.

Atenção ao idoso

Dona Marlene era uma senhora alegre, ativa, independente e muito lúcida. Aos oitenta anos, apresentava algumas limitações físicas compatíveis com a idade.
As dores articulares, provocadas pelo desgaste natural e consequente artrose, a incomodavam diariamente, mas nada que lhe diminuísse o entusiasmo.
Vibrava com cada conquista pessoal e profissional dos filhos e netos. Novos empreendimentos, cursos, especializações, casamentos, uma nova gravidez na família. Tudo era motivo para seus olhos brilharem de alegria.
Morava com uma das filhas e sua casa era muito bem cuidada. Sempre limpa, arrumada, arejada e repleta de porta-retratos, onde cada fotografia contava uma história.
Certo dia, durante uma caminhada de rotina, a senhora sofreu uma queda que resultou em uma fratura articular, necessitando ser submetida a cirurgia
Após a alta hospitalar, por recomendação médica, ela precisaria ficar um período em repouso, pois levaria algum tempo para voltar a caminhar com independência.
Os filhos acharam que a melhor solução seria encaminhá-la a uma Casa de Apoio para Idosos. A justificativa era de que ela necessitava de cuidados especiais, para os quais a família não estava devidamente preparada.
Já instalada na Casa de Apoio, dona Marlene recebeu a visita de uma jovem amiga, que a encontrou acamada, totalmente dependente.
Durante a conversa, ela dizia que sentia falta da sua casa, dos objetos pessoais, da presença da família, enfim, do seu alegre cantinho.
Com o tempo, ela voltou a caminhar. Aos poucos, apesar da fragilidade física, foi se tornando novamente independente. Uma das filhas a visitava semanalmente, mas não falava em levá-la de volta ao seu lar.
Nas visitas periódicas, a amiga foi percebendo que a senhora deixara de falar em voltar para casa. Percebeu também a tristeza que lhe ia na alma.
Tinha certeza que dona Marlene não falava no assunto porque no fundo se envergonhava da situação de abandono.
Nas poucas vezes em que se referia à amada família, justificava de várias formas a dificuldade que seria se ela voltasse para casa. Dizia que a família não poderia assisti-la, pois todos tinham seus compromissos pessoais.
Em verdade, seus lábios diziam palavras que seu coração não compreendia. No lugar daquele olhar alegre e doce, antes cheio de brilho, surgiu um olhar triste, sem vida, que refletia solidão e abandono.
Não era necessário ter muita sensibilidade para perceber que, por dentro, ela morria a cada dia. Que a esperança de voltar para o seio da família ia embora e junto ia também a vontade de viver.
Passado algum tempo, devido a uma determinada complicação de saúde, tornou a ser hospitalizada. Seu organismo cansado, enfraquecido pela dor maior da solidão, não resistiu. Ela havia desistido de viver.

* * *
Algumas famílias necessitam contar com o apoio das instituições especializadas para cuidar dos seus idosos.
É uma difícil decisão e se justifica, em muitos casos.
É compreensível então, contar com tal recurso, enquanto se necessita cumprir nossos deveres profissionais e familiares.
Essa atitude não significa abandoná-los.
O importante é se fazer presente, levando amor e carinho, pois nada justifica a desatenção e o desamparo.
Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 19.05.2011.

PURITANISMO NA CASA ESPÍRITA

Pouco nos adianta o tempo de trabalho, na Seara,
 se não aproveitarmos as oportunidades para   nos
 tranformarmos”
Na busca pelas razões das dificuldades atuais de muitos, nos deparamos com hábitos do passado. A contradição, entre o que realmente somos e o que tentamos mostrar que somos, é antiga batalha interior.  Não se trata, necessariamente, de hipocrisia;  é, muitas vezes, a insegurança,  seguida pela necessidade de aceitação nos grupos de trabalho das respectivas casas espíritas, que nos faz agir de forma diferente ao que realmente somos, “vendendo” uma imagem de pureza e aceitando um conjunto de idéias que realmente não é nossa.  É um círculo vicioso que necessita ser quebrado. No velho testamento, temos, em Samuel 22:27, “Com o puro te mostras puro;  mas com o perverso te mostras rígido.” Entendamos perversão como dificuldade moral.
      A rigidez do puritano daquele que fantasia, no próximo e em si mesmo, a pureza que não tem, cria regras, estabelece limites, dita comportamentos baseado na  pseudovirtude na qual acredita que os longos anos de trabalho na casa ou a função exercida lhe conferem. Sem querer ser cruel, mas é interessante a semelhança com as atitudes dos fariseus.  Será que realmente achamos que “tempo de casa” é  termômetro de virtude?  O livro “Os Mensageiros”, de André Luiz, e “Mereça ser Feliz”, de Ermance  Dufaux, nos garantem que não, pois é só observar a quantidade de “espírititos-espíritas” desencarnados sob o desequilíbrio causado pela contradição do que são e daquilo que pensavam que eram. Pouco nos adianta o tempo de trabalho, na seara, se não aproveitamos as oportunidades para nos transformarmos.  É  muito fácil e cômodo ditar conceitos e pensamentos espíritas, em palestras e aulas, e imaginar que, pelo simples fato de  temo-las  decorado, a tenhamos igualmente praticado.  Devemos buscar nos questionar sempre, especialmente para  habitantes de um planeta de provas e expiações, a idéia de que “já evoluiu o suficiente para esta vida”, tendo a falsa sensação do dever cumprido, bem antes do tempo previsto.   É interessante cmo aceitamos com facilidade as sugestões do orgulho...
      O puritanismo começa a perder terreno, em nossas atitudes, quando deixamos de nos preocupar com o que os outros vão pensar de nós, como fala um companheiro de jornada, “devemos jogar a nossa partida, com dedicação,sem nos preocuparmos com a torcida”.   Existe, nos puritanos, uma cobrança interior, boba e sem sentido, no entanto angustiante, acerca  da visão do próximo sobre eles.  Não seria essa cobrança uma necessidade, um desejo disfarçado de alcançar, mais rapidamente , as posições desejadas na casa?  Uma vez que temos a aprovação do grupo, através da imagem nem sempre verdadeira a  qual tentamos vender, a “carreira”,  na seara de trabalho, dentro das expectativas desejadas, torna-se mais fácil.  Naturalmente, devemos ponderar toda crítica recebida, verdadeira ou não.  Declarar total independência da opinião alheia não é o ponto de equilíbrio adequado, uma vez que não somos ilhas e devemos ponderar e refletir acerca de cada crítica recebida, se for verdadeira, cabe-nos a mudança na ação;  se for falsa, fruto de sentimentos menos nobres ou ainda da maledicência, façamos como o nosso Chico, simplesmente não liguemos para tal.  O importante é não termos, como objetivo, em nosso trabalho ou ações na casa espírita, impressionar os outros, e que tal impressionarmos o Cristo, com os frutos do nosso trabalho e renovação moral?
        Preocupar-se com a aprovação da respectiva consciência apenas, eis o primeiro passo para a libertação do puritanismo e tanto quanto para a libertação da consciência, necessitada de ampliação, de evolução.  Os que convivem e exercem, constantemente, sobre si, as cobranças da própria consciência, sem necessitarem provar nada a ninguém, apenas a si mesmo, eis os “pole-positions”,  na corrida interior contra o puritanismo.  O que busca a renovação sincera traz consigo um incômodo consciencial, em forma de cobrança.  Tal cobrança é a marca dos que ainda não se conformam com os  respectivos vícios.  Conforme as conquistas interiores acontecem, naturalmente, de forma lenta, a cobrança íntima diminui, trazendo, paulatinamente, a paz e a saciedade ao espírito.
         Muitas são as formas para demonstrarmos o que não somos.  Analisemos, se alguma destas cabe em nos:  postura forçadamente elegante e clara, incompatível com a real conduta;  saudações excessivamente formais e rebuscada, usadas exclusivamente no ambiente ou em companhia de espíritas; fala mansa e desnecessariamente erudita, com o posicionamento da voz em tom sempre ameno, apesar da linguagem nem sempre saudável, adotada no cotidiano;  sorrisos aos montes e frases feitas.  Deveríamos destacar um artigo, simplesmente, para abordar as frases feitas, o “código de conduta dos puritanos”,  recheados de termos do tipo:  “Espírita não faz isso, espírita não faz aquilo”,  será que o Cristo terá de voltar à Terra, para reiterar que veio para os doentes e não para os sãos?  Teria Kardec que redefinir o conceito do verdadeiro espírita?  Segundo o mesmo, recordemos, conhece-se o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações.  Ou seja, as más inclinações ainda não foram totalmente domadas.  Interessante como transportamos para dentro da casa espírita, apesar da mensagem de renovação tgrazida pela mesma, os velhos hábitos, cultivados em experiências religiosas anteriores, levando-nos à conclusão de que os erros e os vícios estão impregnados em nós.          Prestemos atenção a tudo que é forçado, artificial e diferente da maneira como realmente agimos;  são formas de mostrar o que não somos, de praticar o puritanismo.
         No entanto, o puritanismo mais prejudicial não é o que vigora entre os trabalhadores, e, sim, o que afeta a principal atividade da casa espírita:  o assistir e apascentar corações encarnados e desencarnados.  Busquemos alguns exemplos:
          1- Palestrante:  A fala do palestrante ou expositor tem o objetivo de apascentar corações. Divulgando a doutrina, jamais apontar dedos. Muitas das pessoas presentes têm as mentes já devidamente oprimidas pela culpa;  estão, na casa espírita, para receber o alento e não a condenação.  Portanto, muito cuidado quando falarmos de divórcio, vícios, erros no amor, convivência no lar.  A grande arte do expositor é saber condenar o vício e não o viciado. É ter habilidade de mostrar o caminho à frente, fazendo-os olhar para trás, apenas nos momentos em que a fantasia delituosa do vício bater-lhes, novamente, à porta.  O Expositor deve apontar a melhora individual, destacar o que já conseguimos. Deve proceder como um “vendedor de esperança”,  sendo a atenção e a força de vontade as moedas de aquisição do produto.
          2 -  Dialogador  mediúnico:  O puritanista  que se aventura no diálogo mediúnico, cedo ou tarde, receberá a lição vinda do alto, em forma de um  espírito pronto a jogar-lhe às faces as antíteses da respectiva fala, e o interessante, nesse momento, é ver o assistido tomar o lugar do dialogador.  O diálogo é ferramenta de amparo; usemo-la, pois, para levantar os caídos e não para rebaixar aqueles que já se encontram culpados.
          3 – Coordenador de estudos:  Muita responsabilidade habita na tarefa de receber os futuros trabalhadores e dar a base doutrinária na qual as novas lideranças da casa se apoiarão.  Percebemos a responsabilidade e a importância da tarefa para a nossa própria casa espírita?  O coordenador tem que ter, acima de tudo, sensibilidade. Muito mais que os postulados espíritas, deve ter o hábito de trabalhar o ser, pois a melhora íntima de cada um deverá sempre ser trabalhada. O coordenador não é um juiz, não é o dono da verdade, jamais dita o certo e o errado, e a proposta é sempre aprender junto com o grupo, fazer-se um deles, por mais que já tenha aprendido a lição.  Saber não se impor pela opinião, mas pelo exemplo.
         O puritanismo afasta pessoas e cria grupos internos.  Façamos uma análise individual de como lidamos com e erro alheio, se trabalhamos a melhora das pessoas ou, simplesmente, condenamos atitudes. Analisemos as formalidades e a atitude individual.  Reavaliar e discutir preconceitos, em forma de idéias, assumir-se como doente e igualmente necessitado, conhecendo ae assumindo as próprias mazelas, esis o melhor remédio contra o puritanismo.
 Fonte:
Pedro Valiat
Artigo da Revista - RIE - Novembro 2010

"Queridos Irmãos Façamos Uma Reflexão
Sobre Este Artigo e principalmente Possamos
Colocar Em Prática."
 
Fonte: 
http://www.ceecal.com/


terça-feira, 17 de maio de 2011

SERVIÇOS QUE O ESPIRITISMO FAZ POR VOCÊ

1 – Integra você no conhecimento de sua posição de criatura eterna e responsável, diante da vida.


2 – Expõe o sentido real das lições do CRISTO e de todos os outros mentores Espirituais da humanidade, nas diversas regiões do planeta.

3 – Suprime-lhe as preocupações originárias do medo da morte, provando que “ela” não existe!

4 – Revela-lhe o princípio da reencarnação, determinando o porquê da dor e das aparentes desigualdades sociais.

5 – Confere-lhe forças para suportar as maiores vicissitudes do corpo, mostrando a você que o instrumento físico nos reflete as condições ou necessidades do espírito.

6 – Tranquiliza você com respeito aos desajustes da parentela, esclarecendo que o lar recebe não somente afetos, mas também os desafetos de existências passadas, para a necessária regeneração.

7 – Demonstra-lhe que o seu principal templo para o culto da presença Divina é a consciência.

8 – Liberta-lhe a mente de todos os tabus em matéria de crença religiosa.

9 – Elimina a maior parte das preocupações acerca do futuro além da “morte”.

10 – Dá-lhe o conforto do intercâmbio com os entes queridos, depois de desencarnados.

11 – Entrega-lhe o conhecimento da Mediunidade.

12 – Traça-lhe providência para o combate ou para a cura da obsessão.

13 – Concede-lhe o direito à fé raciocinada.

14 – Destaca-lhe o imperativo da caridade por dever.

15- Auxilia você a revisar e revalorizar os seus conceitos de trabalho e tempo.

16 – Concede-lhe a certeza natural de que se beneficiamos ou prejudicamos alguém, estamos beneficiando ou prejudicando a nós próprios.

18 – Ensina você a considerar adversários por instrutores.

17 – Garante-lhe serenidade e paz diante das calúnias ou das críticas.

18 – Explica-lhe que, por maiores que sejam as dificuldades exteriores, intimamente você é livre para melhorar ou agravar a própria situação.

19 – Patenteia-lhe que a fé ilumina o caminho, mas ninguém fugirá da lei que manda atribuir a cada qual segundo suas obras pessoais.

André Luiz/Francisco Cândido Xavier

Luz e Paz !

“A maior caridade que podemos fazer em relação à DOUTRINA ESPÍRITA é a sua divulgação”. – Emmanuel/Francisco Cândido Xavier

ALIMENTAR A ALMA

Por várias vezes, Chico declinou convite para uma pescaria.
Como houvesse insistência de amigos, acabou por aceitar, a fim de não sustentar uma recusa que poderia magoá-los.
Em bela manhã, reuniu-se o grupo à beira de um barranco no rio. Horas depois, o pessoal havia pescado boa quantidade de peixes.
Quanto ao médium, nem um mísero lambari!
Os peixes passavam junto ao seu anzol sem nenhum interesse, e logo eram fisgados pelos demais pescadores.
Estranho!
Seria um fenômeno mediúnico?
Instado a responder sobre o assunto, Chico explicou:
– É que não coloquei a isca.
– Ora essa, por quê?
– Não queria incomodar os peixes.

***
A atitude de Chico é típica dos Espíritos evoluídos que vêm à Terra para grandiosas missões em favor da Humanidade.
Eles cultivam o que Albert Schweitzer chamava de Reverência pela Vida.
O notável médico alemão, uma das figuras humanas mais ilustres do século passado, era incapaz de matar uma mosca.
Dirá o prezado leitor que, levada às últimas consequências, esse princípio, seria o fim da vida animal na Terra, já que, vertebrados e invertebrados, não nos alimentamos de minérios.
Somos todos heterótrofos.
Fique tranquilo. É uma palavra grande, não um palavrão.
Heterótrofos são os seres que não conseguem acumular energia diretamente, via luz solar, como os autótrofos (outra palavrona), os seres do reino vegetal.
Heterótrofos, estamos integrados na famosa cadeia alimentar, em que seres vivos alimentam-se de outros tantos.
Os Espíritos superiores vivem em planos mais altos do Infinito, onde não existem os hábitos alimentares que fazem a matança na Terra.
Quando aportam em nosso planeta para gloriosas missões, repugna-lhes a ideia de que devem se alimentar matando seus irmãos inferiores.
Daí essa reverência pela vida, exercitada por figuras inesquecíveis como Chico Xavier e Albert Schweitzer.
***
Mas, afinal, perguntará você, do que se nutrem os Espíritos que vivem em planos mais altos do Infinito?
Creio que a resposta está com Jesus (João, 4:32-34):
Meu alimento é fazer a vontade de meu Pai que está nos Céus!
A vontade de Deus é que nos amemos uns aos outros, conforme ensinava o Mestre, o que significa que o Amor é o alimento das almas.
E, quanto mais se aproxima o Espírito da perfeição, superando os liames da matéria, maior a sua capacidade de amar, nutrindo-se de amor, em planos onde inexistem as necessidades biológicas, em corpos de densa matéria.

***
Considerando que somos Espíritos encarnados, obviamente necessitamos de dois tipos de alimento:
Para o corpo, exercitando a heterotrofia...
Para a alma, exercitando o amor.
Quanto a este último, há um detalhe marcante.
Para alimentar a alma, não vale o amor que recebemos. Este apenas alimenta o ego. Só vale o amor que damos, exercitando o empenho de fazer ao próximo o bem que gostaríamos nos fosse feito, como ensinava Jesus.
Assim como é preciso alimentar o corpo, diariamente, é fundamental atender a alma. Pessoas que não o fazem, são subnutridas espiritualmente, habilitando-se a tristezas e angústias, em crônica infelicidade, a anemia da alma.
Por falar nisso, leitor amigo, você já alimentou sua alma hoje?
Richard Simonetti
Do livro ‘’Rindo e Refletindo com Chico Xavier’

fonte:  Carlos Eduardo Cennerelli   cennerelli@terra.com.br



Por que se atrasa?

Era uma tarde de domingo e o parque estava repleto de pessoas que aproveitavam o dia ensolarado para passear e levar seus filhos para brincar.
O vendedor de balões havia chegado cedo, aproveitando a clientela infantil para oferecer seu produto e defender o pão de cada dia.
Como bom comerciante, chamava atenção da garotada soltando balões para que se elevassem no ar, anunciando que o produto estava à venda.
Não muito longe do carrinho, um garoto negro observava com atenção. Acompanhou um balão vermelho soltar-se das mãos do vendedor e elevar-se lentamente pelos ares.
Alguns minutos depois, um azul, logo mais um amarelo, e finalmente um balão de cor branca.
Intrigado, o menino notou que havia um balão de cor preta que o vendedor não soltava.
Aproximou-se meio sem jeito e perguntou:
Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?
O vendedor sorriu, como quem compreendia a preocupação do garoto, arrebentou a linha que prendia o balão preto e, enquanto ele se elevava no ar, disse-lhe:
Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir.
O menino deu um sorriso de satisfação, agradeceu ao vendedor e saiu saltitando, para confundir-se com a garotada que coloria o parque naquela tarde ensolarada.

* * *
O preconceito é uma praga que se alastra nas sociedades e vai deixando um rastro de prejuízos, tanto físicos como morais.
O preconceito de raça tem feito suas vítimas, ao longo da História da Humanidade.
Mas não é somente o preconceito racial que tem sido causa de infelicidade. Esse malfeitor também aparece disfarçado sob outras formas para ferir e infelicitar.
Por vezes, surge como defensor da religião, espalhando a discórdia e a maldade, o sectarismo e os ódios sem precedentes.
Outras vezes apresenta-se em nome da preservação da raça, gerando abismos intransponíveis entre os filhos de Deus.
Também costuma travestir-se de muro entre as classes sociais, fortalecendo o egoísmo, o orgulho, a inveja e o despeito.
Podemos percebê-lo, ainda, agindo como barreira entre a inteligência e a ignorância, disfarçado de sabedoria, impedindo que o mais esclarecido estenda a mão ao menos instruído.
O preconceito também costuma aparecer travestido de patriotismo, criando a falsa expectativa de supremacia nas mentes contaminadas pela soberba.
Ele também pode ser percebido com aparência de idealismo político, explorando mentes juvenis inexperientes e sonhadoras, que são usadas como massa de manobra.
Como se pode perceber, o preconceito é um inimigo público que deveria ser combatido como se combate uma epidemia.
Essa chaga social tem emperrado as rodas do progresso e da paz.
Por essa razão, vale empreender esforços para detectar sua ação, sob disfarces variados, e impedir sua investida infeliz.
Começando por nós mesmos, vamos fazer uma autoanálise para verificar se o preconceito não está instalado em nosso modo de ver, de sentir, comandando nossas atitudes diárias.
Depois, extirpar de vez por todas esse mal que teima em nos impedir de viver a solidariedade e a fraternidade sem limites, como propôs o Mestre de Nazaré.
* * *
A fraternidade é a chave que rompe as amarras que nos retém nas baixadas, quais balões cativos, e nos permite ganhar as alturas, elevando-nos acima das misérias humanas.
Para isso, lembremo-nos do vendedor de balões e ouçamos a sábia advertência da nossa própria consciência:
Não é a cor, nem a raça, nem a posição social, nem a religião, nem as aparências externas, filho, é o que está dentro de você que o faz subir.
Pense nisso!

Redação do Momento Espírita com base no conto, O vendedor de balões, do livro As 100 mais belas parábolas de todo os tempos, de Alexandre Rangel, ed. Leitura.
Em 25.04.2011.

domingo, 15 de maio de 2011

A Contribuição da Obra de Chico Xavier na Compreensão do Evangelho - Haroldo Dutra Dias



fonte; contato@ceecal.com

BIN LADEN ESTÁ VIVO

O telemóvel tocou. Mais um SMS. Pachorrentamente, num gesto mecânico, lá fui ver a mensagem. Ao ler, não pude deixar de sentir um espanto pelo inesperado da notícia: “Mataram o Bin Laden, finalmente”.
O texto era de alegria e de alívio! Puxando dos conhecimentos que a Doutrina Espírita me deu, fiquei a pensar com os meus botões: será que o mataram mesmo?
Não é nosso propósito fazer algum tipo de análise acerca do ataque às torres gémeas nos EUA, aos 10 anos de guerra no Afeganistão, à captura e morte do líder da Al-Qaeda, nem opinar acerca da justiça ou não justiça de tais atos.
Bin Laden atacou os EUA em 2001, utilizando aviões comerciais, matando cerca de 3 mil pessoas.
Os EUA ripostaram, juntamente com os seus aliados, contabilizando nestes últimos 10 anos de guerra, vários milhares de mortos e feridos entre militares e civis.
“Fez-se justiça”, ouve-se um pouco por todo o mundo quando se fala da morte de Bin Laden. “Resolveu-se um problema maior”, dizem uns, enquanto outros já antevêem o princípio do fim do terrorismo da Al-Qaeda.
Ora, tal seria verdade se a vida terminasse com a morte do corpo de carne, mas, desde que Allan Kardec (o pesquisador que deu origem à doutrina espírita ou espiritismo) em meados do século XIX, comprovou a imortalidade da alma, tão apregoada pelas religiões tradicionais (factos estes corroborados por inúmeras pesquisas até aos dias de hoje por outros tantos cientistas), que teremos de reger a vida por esse novo paradigma: somos seres imortais, temporariamente num corpo de carne, onde temos uma oportunidade evolutiva durante certo tempo, até que regressemos de novo ao mundo dos espíritos, voltando mais tarde ao planeta Terra (reencarnação), e assim sucessivamente, até que um dia sejamos espíritos puros e não mais necessitemos de reencarnar neste ou em outros planetas.
                           Demonstrada a imortalidade do Espírito,
                           a guerra, a morte, a pena de morte deixam
                           de fazer sentido, na visão holística da Vida.
Temos assim, dois tipos de justiça: a dos homens e a de Deus.
Bin Laden foi morto pelos homens, mas, sendo espírito imortal, como todos nós, continua vivo no mundo espiritual, onde, se lhe for permitido, dentro das leis espirituais de causa e efeito, poderá ainda continuar nas suas atividades, interferindo e influenciando na Terra aqueles que sintonizam com o tipo de pensamentos que ele tinha aquando dentro do corpo de carne.
Bin Laden, ser humano, eterno como todos nós, é pois mais digno de pena do que qualquer outro sentimento que possamos nutrir, imaginando os séculos de resgate que terá pela frente até que a sua consciência se sinta ilibada de todos os crimes cometidos. Quantas reencarnações dolorosas terá de enfrentar? Quantas doenças, limitações, dificuldades, sofrimentos, terá de encarar dentro da lei de causa e efeito que rege todo o Universo?
É caso para acuradas meditações, o fato de nunca poderemos iludir a nossa consciência nem escudarmo-nos em falsos conceitos de poder, no mundo espiritual, onde cada um se desnudará de acordo com as atitudes tomadas neste mundo terreno.
Os que tiveram vida digna e honesta estarão num ambiente vibratório de tranquilidade, compatível com o seu estado de alma, calmo e sereno, e aqueles que viveram prejudicando o próximo, herdarão de si próprios a intranquilidade, intrínseca às pessoas que não estão em paz consigo próprias, fruto dos desatinos cometidos na Terra.
Assim sendo, Bin Laden não morreu, mas, isso sim, mudou de plano existencial, forçado pelas circunstâncias, continuando a viver no mais além, desconhecendo nós quantas dezenas ou até centenas de anos demorará o julgamento dentro de si próprio, colhendo o sofrimento gerado nos compatriotas torturados e mortos.
«A cada de acordo com as suas obras», já nos advertira Jesus de Nazaré, deixando-nos uma ética e uma moral que são o único caminho para a nossa felicidade.
Que possamos todos nós, tirar profundas ilações deste ser, que mais do que ser odiado, é digno de compaixão, na certeza de que sendo imortais, o nosso amanhã será mais radioso e feliz de acordo com as nossas atitudes de agora.
É, pois, tempo de semeadura… no bem!

Bibliografia:
Kardec, Allan – “O Livro dos Espíritos”
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Publicada por José Lucas em ARTIGOS ESPÍRITAS a 5/10/2011 02:24:00 PM

FONTE:     Carlos Eduardo Cennerelli   cennerelli@terra.com.br