NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes),, bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



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Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Semeando rosas

Uma Rainha de Portugal, de nome Isabel, ficou conhecida por sua bondade e abnegada prática da caridade.
Ocorre que seu marido, o Rei D. Diniz não gostava das excursões da Rainha, pelas ruas da miséria.
Muito menos das distribuições que ela fazia entre os pobres. Não podia admitir que uma mulher nobre deixasse o trono das honras humanas para se misturar a uma multidão de doentes, famintos e mal vestidos.
A bondosa Rainha, no entanto, burlava a vigilância de soldados e damas de companhia e buscava a dor nos casebres imundos, levando de si mesma e de tudo o mais que pudesse carregar do palácio.
Não levava servas consigo, pois isto seria pedir a elas que desobedecessem às ordens reais.
Era humilhante, segundo o seu marido, o que ela fazia. Como uma Rainha, nascida para ser servida, realizava o trabalho de criados, carregando sacolas de alimentos, roupas e remédios?
Certo dia, ele mesmo a foi espreitar. Resolveu surpreendê-la na sua desobediência. Viu quando ela adentrou a despensa do palácio e encheu o avental de alimentos.
Quando ela se dirigia para os jardins do palácio, no intuito de alcançar a estrada poeirenta, nos calcanhares da fome, ele saiu apressadamente do seu esconderijo e perguntou:
Aonde vai, senhora?
Ela parou, assustada no primeiro momento. E, porque demorasse para responder, ele alterou a voz e com ar acusador, indagou:
O que leva no avental?
Levemente ruborizada, mas com a voz firme, ela finalmente respondeu:
São flores, meu senhor!
Quero ver! Disse o rei, quase enraivecido, por sentir que estava sendo enganado.
Ela baixou o avental que sustentava entre as mãos e deixou que o seu conteúdo caísse ao chão, num gesto lento e delicado.
Num fenômeno maravilhoso, rosas de diferentes tonalidades e intensamente perfumadas coloriram o chão.
Consta que o Rei nunca mais tentou impedir a rainha da prática da caridade.

* * *
Para quem padece as agruras da fome, sentindo o estômago reclamar do vazio que o consome; para quem ouve, sofrido, as indagações dos filhos por um pedaço de pão, umas colheres de arroz, a cota de alimento que lhes acalme as necessidades é semelhante a um frasco de medicação poderosa.
Para quem esteja atravessando a noite da angústia junto ao leito de um filho delirando em febres, as gotas do medicamento são a condensação da esperança do retorno à saúde.
Para quem sente as garras afiadas do inverno cortar-lhe as carnes, receber uma manta que o proteja do vento gélido é uma ventura.
Por isso, quem leva pães, agasalho e conforto é portador de flores perfumadas de vários matizes.

* * *
Há muitos que afirmam que dar coisas é alimentar a preguiça e fomentar acomodação.
Contudo, bocas famintas e corpos enfermos não podem prescindir do alimento correto e da medicação adequada.
Se desejarmos os seres ativos, envolvidos com o trabalho, preciso é que se lhes dê as condições mínimas. Não se pode ensinar a pescar alguém que sequer tem forças para segurar a vara de pesca.

Redação do Momento Espírita.
Em 27.12.2010.

sábado, 25 de dezembro de 2010

EU TE COMPREENDO, MAS....NÃO TE APÓIO

Eu sei das tuas tensões, dos teus vazios e da tua inquietude.
Eu sei da luta que tens travado à procura de Paz. Sei também das tuas dificuldades para alcançá-la.
Sei das tuas quedas, dos teus propósitos não cumpridos, das tuas vacilações e dos teus desânimos.
Eu te compreendo…
Imagino o quanto tens tentado para resolver as tuas preocupações profissionais, familiares, afetivas, financeiras e sociais.
Imagino que o mundo, de vez em quando, parece-te um grande peso que te sentes obrigado a carregar.
E tantas vezes, sem medir esforços.
Eu conheço as tuas dúvidas, as dúvidas da natureza humana….
Percebo como te sentes pequeno quando teus sonhos acalentados vão por terra, quando tuas expectativas não são correspondidas.
E essas inseguranças com o amanhã? E aquela inquietação atroz em não saberes se amanhã as pessoas que hoje te rodeiam ainda estarão contigo?
De não saberes se reconhecerão o teu trabalho, se reconhecerão o teu esforço.
E, por tudo isto, sofres, e te sentes como um barco sozinho num mar imenso e agitado.
E não ignoro que, muitas vezes, sentes uma profunda carência de amor….
Quantas vezes pensaste em resolver definitivamente os teus conflitos no trabalho ou em casa.
E nem sempre encontraste a receptivamente esperada ou não tiveste força para encaminhar a tua proposta.
Eu sei o quanto te dói os teus limites humanos e o quanto às vezes te parece difícil uma harmonia íntima.
E não poucas vezes, a descrença toma conta do teu coração…
Eu te compreendo…
Compreendo até tuas mágoas, a tristeza pelo que te fizeram, a tristeza pela incompreensão que te dispensaram, pelas ingratidões, pelas ofensas, pela palavras rudes que recebeste.
Compreendo até as tuas saudades e lembranças. Saudade daqueles que se afastaram de ti, saudade dos teus tempos felizes, saudade daquilo que não volta nunca mais…
E os teus medos? Medo de perderes o que possuis, medo de não seres bom para aqueles que te cercam, medo de não agradares devidamente às pessoas, medo de não dares conta, medo de que descubram o teu íntimo, medo de que alguém descubra as tuas verdades e as tuas mentiras, medo de não conseguires realizar o que planejaste, medo de expressares os teus sentimentos, medo de que te interpretem mal.
Eu compreendo esses e todos os outros medos que tens dentro de ti…
Sou capaz de entender também os teus remorsos, as faltas que cometeste, o sentimento de culpa pelos pequenos ou grandes erros que praticaste na tua vida…
E sei que, por causa de tudo isso, às vezes te encontras num profundo sentimento de solidão.
É quando as coisas perdem a cor, perdem o gosto e te vês envolto numa fina camada de indiferença pela vida.
Refiro-me àquela tua sensação de isolamento, como se o mundo inteiro fosse indiferente às tuas necessidades e ao teu cansaço.
E nesse estado, és envolvido pelo tédio e cada ação ou obrigação exige de ti um grande esforço.
Sei até das tuas sensações de estares acorrentado, preso; preso às normas, aos padrões estabelecidos, às rotineiras obrigações: “Eu gostaria de… mas eu tenho que trabalhar, tenho que ajudar, tenho que cuidar de, tenho que resolver, tenho que!…”.
Eu te compreendo…
Compreendo os teus sacrifícios. E a quantas coisas tens renunciado, de quantos anseios tens aberto mão!… E sempre acham que é pouco…
Pouca coisa tens feito por ti e tua vida, quase toda ela, tem sido afinal dedicada a satisfazer outras pessoas. Sei do teu esforço em ajudar às outras pessoas e sei que isso é a semente de tuas decepções.
Sei que, nas tuas horas mais amargas, até a revolta aflora em teu coração. Revolta com a injustiça do mundo, revolta com a fome, as guerras, a competição entre os homens, com a loucura dos que detêm o poder, com a falsidade de muitos, com a repressão social e com a desonestidade.
Por tudo isso, carregas um grau excessivo de tensões, de angústia e de ansiedade. Sonhas com uma vida melhor, mais calma, mais significativa.
Sei também que tens belos planos para o amanhã. Sei que queres apenas um pouco de segurança, seja financeira ou emocional, e sei que lutas por ela.
Mas, mesmo assim, tuas tensões continuam presentes. E tu percebes estas tensões nas tuas insônias ou no sono excessivo, na ausência de fome ou na fome excessiva, na ausência de desejo para o sexo ou no desejo sexual excessivo.
O fato é que carregas e acumulas tensões sobre tensões: tensões no trabalho, nas exigências e autoritarismos de alguns, nas condições inadequadas de salário e na inexistência de motivação, nos ambientes tóxicos das empresas, na inveja dos colegas, no que dizem por trás.
Tensões na família, nas dependências devoradoras dos que habitam a mesma casa; nos conflitos e brigas constantes, onde todos querem ter razão; no desrespeito à tua individualidade, no controle e cobrança das tuas ações.
Eu te compreendo, e te compreendo mesmo…
E apesar de compreender-te totalmente, quero dizer-te algo muito importante. Escuta agora com o coração o que te vou dizer:
Eu te compreendo, mas não te apoio!…
Tu és o único responsável por todos estes sentimentos.
A vida te foi dada de graça e existem em ti remédios para todos os teus males.
Se, no entanto, preferes a autocomiseração ao invés de mobilizares as tuas energias interiores, então nada posso te oferecer.
Se preferes sonhar com um mundo perfeito, ao invés de te defrontares com os limites de um mundo falho e humano, nada posso te oferecer.
Se preferes lamentar o teu passado e encontrar nele desculpas para a tua falta de vontade de crescer;
Se optastes por tentar controlar o futuro, o que jamais controlarás com todas as suas incertezas;
Se resolveste responsabilizar as pessoas que te rodeiam pela tua incompetência em tratar com os aspectos negativos delas, em nada posso te ajudar.
Se trocaste o auto apoio pelo apoio e reconhecimento do teu ambiente, então nada posso te oferecer.
Se queres ter razão em tudo que pensas;
Se queres obter piedade pelo que sentes;
Se queres a aprovação integral em tudo que fazes;
Se escolhestes abrir mão de tua própria vida, em nome do falso amor, para comprares o reconhecimento dos outros, através de renúncias e sacrifícios, nada posso te oferecer.
Se entendeste mal a regra máxima “Amar ao próximo como a ti mesmo”, esquecendo-te de amar a ti mesmo, em nada posso te ajudar.
Se não tens um mínimo de coragem para estar com teus próprios sentimentos, sejam agradáveis ou dolorosos;
Se não tens um mínimo de humildade para te perdoares pelas tuas imperfeições;
Se desejas impressionar os outros e angariar a simpatia para teus sofrimentos;
Se não sabes pedir ajuda e aprender com os que sabem mais do que tu;
Se preferes sonhar, ao invés de viver, ignorando que a vida é feita de altos e baixos, nada posso te oferecer.
Se achas que pelo teu desespero as coisas acontecerão magicamente;
Se usas a imperfeição do mundo para justificar as tuas próprias imperfeições;
Se queres ser onipotente, quando de fato está experimentando ser simplesmente humano;
Se preferes proteção à tua própria liberdade;
Se interiorizaste em ti desejos torturadores;
Se deixaste imprimirem-se em tua mente venenosas ordens de: “Apressa-te!”, “Não erres nunca!”, “Agrade sempre!”;
Se escolheste atender às expectativas de todas as pessoas;
Se és incapaz de dar um não quando necessário, em nada posso te ajudar.
Se pensas ser possível controlar o que os outros pensam de ti;
Se pensas ser possível controlar o que os outros sentem a teu respeito;
Se pensas ser possível controlar o que os outros fazem;
Se queres acreditar que existe segurança fora de ti, repito:
Eu te compreendo mas, em nome do verdadeiro Amor, jamais poderia apoiar-te!
Se recusas buscar no âmago do teu ser respostas para os teus descaminhos,
Se dás pouca importância a teus sussurros interiores;
Se esqueceste a unidade intrínseca dos opostos em nossa vida terrena;
Se preferes o fácil e abandonaste a paciência para o Caminho;
Se fechaste teus ouvidos ao chamado de retorno;
Se perdeste a confiança a ponto de não poderes entregar tua vida à vontade onipotente de Deus;
Se não quiseste ver a Luz que vem do Leste;
Se não consegues encontrar no íntimo das coisas aquele ponto seguro de equilíbrio no meio de todas as tormentas e vicissitudes;
Se não aceitas a tua vocação de Viajante com todos os imprevistos e acidentes da Jornada;
Se não queres usar o tempo, o erro, a queda e a morte como teus aliados de crescimento, realmente nada posso fazer por ti.
Se aspiras obter proteção quando o que precisas é Liberdade;
Se não descobriste que a verdadeira Liberdade e a autêntica Segurança são interiores;
Se não sabes transformar a frase “Eu tenho que…” na frase “Eu quero!”;
Se queres que o fantasma do passado continue a fechar teus olhos para a infinidade do teu aqui e agora;
Se queres deixar que o fantasma do futuro te coloque em posição de luta com o que ainda não aconteceu e, provavelmente, não chegará a acontecer;
Se optaste por tratar a ti mesmo como a um inimigo;
Se te falta capacidade para ver a ti mesmo como alguém que merece da tua própria parte os maiores cuidados e a maior ternura;
Se não te tratas como sendo a semente do próprio Deus; se desejas usar teus belos planos de mudar, de crescer, de realizar, como instrumentos de auto-tortura;
Se achas que é amor o apego que cultivas pelos teus parentes e amigos; se queres ignorar, em nome da seriedade e da responsabilidade, a criança brincalhona que habita em ti;
Se alimentas a vergonha de te enternecer diante de uma flor ou de um por de sol;
Se através da lamentação recusas a vida como dádiva e como graça, não posso te apoiar.
Mas, se apesar de todo o sono, queres despertar;
Se apesar de todo o cansaço, queres caminhar;
Se apesar de todo o medo, queres tentar;
Se apesar de toda acomodação e descrença, queres mudar, aceita então esta proposta para a tua Felicidade:
A raiz de todas as tuas dificuldades são teus pensamentos negativos.
São eles que te levam para as dores das lembranças do passado e para a inquietação do futuro.
São esses pensamentos que te afastam da experiência de contato com teu próprio corpo, com o teu presente, com o teu aqui e agora e, portanto, distanciando-te de teu próprio coração.
Tens presentes agora as tuas emoções?
Tens presente agora o fluxo da tua respiração?
Tens presente agora a batida do teu coração?
Tens agora a consciência do teu próprio corpo?
Este é o passo primordial. Teu corpo é concreto, real, presente, e é nele que o sofrimento deságua e é a partir dele que se inicia a caminhada para a Alegria…
Somente através dele se encaminha o retorno à Paz…
Jamais resolverás os teus problemas somente pensando neles.
Começa do mais próximo, começa pelo corpo.
Através dele chegarás ao teu centro, ao teu vazio, àquele lugar onde a semente germina.
Através da consciência corporal, galgarás caminhos jamais vistos, entrarás em contato com os  teus sentimentos, perceberás o mundo tal como é e agirás de acordo com a naturalidade da vida.
Assume o teu corpo e os teus sentimentos, por mais dolorosos que sejam; assume e observa-os, simplesmente observa-os.
Não tentes mudar nada, sê apenas a tua dor.
Presta atenção, não negues a tua dor.
Para que fingir estar alegre se estás triste?
Para que fingir coragem se estás com medo?
Para que fingir amor se estás com ódio?
Para que fingir paz se estás angustiado?
Não lutes contra teus sentimentos, fica do teu próprio lado, deixa a dor acontecer, como deixas acontecer os bons momentos.
Para, deixa que as coisas sejam exatamente como são…
Entra nos teus sentimentos sem os julgar, não fujas deles, não os evites, não queira resolvê-los escapando deles – depois terás de te encontrar com eles novamente, é apenas um adiamento, uma prorrogação.
Torna-te presente, por mais que te doa.
E, se assim fizeres, algo de muito belo acontecerá!
Assim como a noite veio, ela também se irá e então testemunharás o nascer do dia, pois à noite o sol escurece até a meia-noite e, a partir daí, começa um novo dia.
Se assim fizeres, sentirás brotar de dentro de ti uma força que desconhecias e te sentirás renovado na esperança e a vida entrando em ti.
Se assim fizeres, entenderás com o coração que a semente morre mesmo, totalmente, antes de germinar e que a morte antecede a vida.
E, se assim fizeres, poderei dizer-te então que:
Eu te Compreendo e que, assim, tens todo o meu apoio!
E verás com muita alegria que, justamente agora, já não precisas mais do meu apoio, pois o foste buscar dentro de ti e o encontraste dentro da tua própria dor!
A CAUSA É INTERIOR…
O homem traz a semente de sua vida dentro de si mesmo.
O que quer que lhe aconteça, acontece por sua própria causa.
As causas externas são secundárias; as causas internas são as principais.
Existe a possibilidade de uma transformação…
E que só você pode conseguir, basta querer…

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

MEDIUNIDADE E CONHECIMENTO ESPÍRITA

Uma relação necessária para os espíritas“acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes”. I Co, 12:1
“Diariamente a experiência confirma a nossa opinião de que as dificuldades e desilusões encontradas na prática espírita decorrem da ignorância dos princípios doutrinários” LM, introdução.
A despeito de se constituir um elemento estruturador da realidade humana, conforme decorre dos lúcidos ensinos do Espiritismo, que em seu discurso jamais abdicou da lógica e dos dados colhidos por uma experimentação segura, a mediunidade – traço de ligação entre o plano espiritual e a dimensão física – permanece desconsiderada, inexplicavelmente, seja pelo repúdio preconceituoso das academias científicas seja pelo fanatismo religioso de muitos.
Mesmo no meio espírita – entre os que deveriam lhe dominar todo alcance - observa-se a vigência de grande incompreensão em torno do tema, por sua vez, tratado com maestria nas inolvidáveis lições do Mestre de Lion.
Deveras, as contradições que se apresentam entre os ensinos de Kardec e a prática mediúnica, que se desenvolve em um sem-número de centros e reuniões espíritas, salvo raras exceções, apontam para a flagrante deficiência de um estudo específico e metódico que deveria sedimentar, previamente, toda e qualquer atividade neste sentido. De sorte que é fácil perceber o véu do sobrenatural e do maravilhoso a envolver médiuns, mediunidades e seus admiradores. Tudo em detrimento da vivência mediúnica saudável indicada por Allan Kardec.
A indispensabilidade de uma apreensão criteriosa dos pressupostos teóricos do Espiritismo se torna evidente, sob o risco de se impingir à prática espírita aquilo que o Codificador se esmerou em dela afastar.
Neste sentido, é preciso diferençar crença, noção intuitiva e simpatia para com as ideias espíritas da convicção metodologicamente alcançada pelo estudo sério. A questão do conhecimento, tocante qualquer área a que ele se refere, atrela-se ao esforço que se despende em adquiri-lo visto que o trabalho do aprendizado é requisito inarredável na compreensão de qualquer ciência. Bem assim com o Espiritismo que não foge à regra. Sobretudo por sua visão da realidade – que determina o espírito imortal como eixo de todas as cogitações - que tangencia todos os ramos da filosofia, da metafísica, da psicologia e da moral se constituindo em um campo imenso que não se pode percorrer em algumas horas, conforme afirmação do próprio Kardec.
Daí não se poder esquecer o caminho que se elege para a sedimentação do conhecimento espírita. Há pontos que devem, necessariamente, ser enfrentados antes de outros, por exigências didáticas, para que o ensino e o aprendizado se mostre prático e eficiente. De fato, não se inicia uma construção senão por seus alicerces sendo inapropriado desvalorizá-los em função do que lhe seja secundário. Portanto, os princípios fundamentais da ciência espírita, quando se desejar aprofundá-la, devem ser estudados previamente para que sua apreensão seja efetivada de forma consistente. E em assuntos que tocam a grandiosidade da vida espiritual e suas graves consequências, não se pode olvidar a clara advertência de Jesus quanto à necessidade da casa ser construída sobre a pedra e não sobre a areia. Pedra consubstanciada em um conhecimento que se lastreia na razão, na lógica, no bom-senso e na experimentação. Areia da fé cega, da crença ilógica, do lugar comum da acomodação intelectual que crê piamente sem a crítica necessária.
O relacionamento com a Doutrina Espírita não dispensa o apoio do conhecimento lúcido que Kardec denominou de fé raciocinada. É recorrente a preocupação do Codificador quanto à necessidade de se afastar as concepções espíritas daquelas místicas e míticas. Nesse sentido, de se notar seu zelo ao cuidar de desconstruir a ideia do sobrenatural e do maravilhoso, que amiúde a ignorância liga à ação dos espíritos, ao tratar o problema logo nos capítulos iniciais de “O Livro dos Médiuns”.
É que a falta de método no aprendizado da Doutrina, da qual resulta uma abordagem equivocada dos princípios doutrinários, enodoará a prática espírita de elementos conceituais também equivocados resultando daí a banalização dos magnos fundamentos do Espiritismo. E pior: por conta de seus próprios adeptos, conforme acentua Kardec em ensino de clara importância:
Há, por fim, os espíritas exaltados. A espécie humana seria perfeita, se preferisse sempre o lado bom das coisas. O exagero é prejudicial em tudo. No Espiritismo ele produz uma confiança cega e frequentemente pueril nas manifestações do mundo invisível, fazendo aceitar muito facilmente e sem controle aquilo que a reflexão e o exame demonstrariam ser absurdo ou impossível, pois o entusiasmo não esclarece, ofusca. Esta espécie de adeptos é mais nociva do que útil a causa do Espiritismo. São os menos capazes de convencer, porque se desconfia com razão do seu julgamento. São enganados facilmente por Espíritos mistificadores ou por pessoas que procuram explorar a sua credulidade. Se apenas eles tivessem de sofrer as consequências o mal seria menor, mas o pior é que oferecem, embora sem querer, motivos aos incrédulos que mais procuram zombar do que se convencer e não deixam de imputar a todos o ridículo de alguns. Isso não é justo nem racional, sem dúvida, mas os adversários do Espiritismo, como se sabe, só reconhecem como boa a sua razão e pouco se importam de conhecer a fundo aquilo de que falam. (O Livro dos Médiuns)
No que respeita à falta de estudo do Espiritismo e suas consequências na práxis espírita, vê-se que o ridículo de alguns espiritistas pode ser pedra de tropeço para todos. E o uso do pronome indefinido – alguns – não é excludente, antes permite a inclusão das mais variadas classes de trabalhadores espíritas quais sejam os presidentes de Centros, os expositores, os médiuns, os esclarecedores, os coordenadores de atividades, etc. Ainda no contexto, se poderia dar ao verbete “alguns” a conotação adjetiva. E não se estaria muito longe da realidade...
Lado outro, grafe-se em letras gigantes, pode-se concluir que decorre do estudo sério o entendimento de que a condução da mediunidade não prescindirá do adequado comportamento moral, nas linhas da ética Cristã, revivida a contento pela Doutrina. É que a moral espírita resulta da imponente cosmovisão oferecida pela filosofia Espírita.

Elerson Márcio dos Santos*
Responsável pelo departamento doutrinário do IESE – Instituto Espírita Semeador de Estrelas
http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/mediunidade-e-conhecimento-espirita/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29

ÓRGÃOS DO PERISPIRITO

Recentemente, publicamos a entrevista de Gilson Freire sobre Perispírito. Ao mencionar que o corpo fluídico possui os mesmos órgãos internos que o corpo físico, nosso convidado suscitou a seguinte dúvida, endereçada por uma internauta:
“Uma pessoa que desencarna e doa os seus órgãos, como fica seu perispírito? Ela chegará no Plano Espiritual com seu perispírito sem os órgãos doados? Ou, em outra situação, se teve um câncer em algum órgão, ele continua doente no Plano Espiritual?”
Solicitamos ao entrevistado um parecer a respeito e ele gentilmente explicou, em linhas gerais, o seguinte:
“Somente a lesão do corpo mental pode afetar o corpo perispirítico e seus respectivos órgãos. Em uma situação na qual uma pessoa perde seus órgãos físicos, por qualquer motivo, como doação, acidente ou enfermidade, o órgão correspondente continua íntegro no perispírito.
No entanto, se uma pessoa traz grave comprometimento de seu corpo mental, então o perispírito será afetado. Por exemplo, um caso que André Luiz nos conta: o sujeito estrangulou a própria mãe. No plano espiritual ele não conseguiu dar forma às mãos, por haver lesado o corpo mental.
Quanto à doação de órgãos, é exatamente o contrário, presta-se um imenso benefício para alguém. É claro que esse ato benéfico gera recursos espirituais para quem o faz de boa vontade e o desejo de fazer o bem. Não há, nesse caso, nenhuma lesão. Quem nos disse isso foi o Chico Xavier, em uma entrevista que concedeu para um jornal.”
Como podemos observar pela explanação de nosso caro amigo Gilson Freire, certas atitudes comprometem seriamente o campo mental, repercutindo conseqüências futuras danosas aos corpos fluídico e material. Outrossim, pensamentos negativos, desejos de vingança, indiferenças orgulhosas, ódio avassalante, bem como toda a sorte de vibrações inferiores, provocam danos no psicossoma e por conseguinte no organismo físico, que surgem quando do retorno à pátria espiritual ou em reencarnações subsequentes.A boa notícia é que, ao contrário disso, ações nobilitantes e pensamentos salutares mantém o perispírito saudável, evitando as penosas enfermidades do corpo físico. A doação intencional dos órgãos do próprio corpo, no advento da morte física, com intuito de ajudar pessoas com deficiências orgânicas a terem uma existência normal, é certamente recompensada de alguma forma pelos Planos Superiores da Vida.

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Rei diferente

Ser rei significava, no passado, ser superior aos demais. Em alguns casos, era a conquista de uma condição que se atribuía divina.
A personalidade real se conduzia como se tudo, à sua volta, lhe devesse obediência e bajulação. Eternos no poder, pensavam alguns.
Contudo, bastava uma alteração dos ventos políticos ou uma reviravolta no tonel das paixões dos adversários, e eram despidos de todo o poder.
Houve quem se acreditasse o mais belo, o mais inteligente, o mais perfeito. Houve quem se intitulasse o rei sol, em torno do qual deveriam estabelecer as suas órbitas os planetas das vaidades humanas.
Disfarçavam-se com roupas exóticas e ricas, sem que elas lhes pudessem ocultar as torpezas morais.
Em verdade, embora nem todos ostentem coroas de ouro e pedras preciosas, muitos dos que detêm o poder, ainda hoje apresentam algumas dessas expressões comportamentais.
E, contudo, as insígnias do poder continuam a se transferir de um para outro, ao sabor dos caprichos humanos.
* * *
Ele, no entanto, é um Rei diferente.
Seu reino não é deste mundo. Expande-se muito além das fronteiras físicas e é mais rico do que todos os reinos da Terra juntos.
Seu reinado abrange o território ilimitado da intimidade das criaturas. São as paisagens e regiões do sentimento, onde podem ser colocadas as balizas da fraternidade.
Os Seus interesses são os do Pai que O criou. Neste mundo de formas transitórias, Ele figura acima das disputas mesquinhas de teor material.
Sua coroa e Seu cetro são o amor. Indestrutível no tempo. Seus seguidores, ao longo dos séculos, foram queimados, torturados, sem que desistissem dos tesouros da alma de que eram depositários fiéis.
Esse Rei tão poderoso escreveu a legislação do Seu Reino, de forma indelével, nos corações e nas mentes.
Por isso, os anos se somaram e a verdade continua chegando aos ouvidos que desejam ouvir, no idioma de cada um, porque ditada com a força da verdade.
Rei solar, tomou de uma roupagem semelhante a de todos os Seus súditos e viveu entre eles, durante um pouco mais de três décadas.
Mas extrapolou as fronteiras da nação que O recebeu e atravessou as idades, sem ter empanado o brilho da Sua vitória.
Ele venceu a morte e o mundo. Os homens O desejaram destruir, matando-Lhe o corpo físico. Ele retornou, cheio de luz, conforme anunciara, em uma indumentária indestrutível.
Ao contrário de todos os que reinam e reinaram sobre homens, Ele informou que viera para servir.
E realizou tarefas consideradas humilhantes, à época, quais a de lavar os pés de todos os Seus apóstolos, em célebre noite de despedida.
Inteligência superior a todas as que já passaram por este planeta, soube falar às gentes, com doçura, ensinando a verdade que liberta e torna felizes as criaturas.
Senhor dos Espíritos, demonstrou por atos e manifestou por palavras de que estava na Terra para cumprir a vontade de Deus, Pai dos céus, Criador do Universo.
Este Rei se chama Jesus. E, embora tenha partido da Terra, há mais de dois mil anos, a gratidão e a esperança dos homens comemoram Seu aniversário todos os anos.
Rei solar. Senhor dos Espíritos. Pastor de almas. Servidor.
Jesus, o Cristo.

Redação do Momento Espírita.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A mãe de Jesus

Ela crescera, tendo o Espírito alimentado pelas profecias de Israel.
Desde a meninice, quando acompanhava a mãe à fonte de água, para apanhar o líquido precioso, ouvia os comentários.
Entre as mulheres, sempre que se falava a respeito, perguntavam-se umas às outras, qual seria o momento e quem seria a felizarda, a mãe do aguardado Messias.
Nas noites povoadas de sonhos, era visitada por Mensageiros que lhe falavam de quefazeres que ela guardava na intimidade d’alma.
Então, naquela madrugada, quase manhã do princípio da primavera, em Nazaré, uma voz a chamou: Miriam. Seu nome egípcio-hebraico, significa querida de Deus.
Ela despertou. Que estranha claridade era aquela em seu quarto? Não provinha da porta. Não era o sol, ainda envolto, àquela hora, no manto da noite quieta.
De quem era aquela silhueta? Que homem era aquele que ousava adentrar seu quarto?
Sou Gabriel, identifica-se, um dos Mensageiros de Yaweh. Venho confirmar-te o que teu coração aguarda, de há muito.
Teu seio abrigará a glória de Israel. Conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado filho do Altíssimo e o seu reino não terá fim.
Maria escuta. As palavras lhe chegam, repassadas de ternura e, pela sua mente, transitam os dizeres proféticos.
Sente-se tão pequena para tão grande mister. Ser a mãe do Senhor. Ela balbucia: Eis aqui a escrava do Senhor. Cumpra-se em mim segundo a tua palavra.
O Mensageiro se vai e ela aguarda. O Evangelista Lucas lhe registraria, anos mais tarde, o cântico de glória, denominado Magnificat:
A minha alma glorifica o Senhor! E o meu Espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador!
Porque, volvendo o olhar à baixeza da Terra, para a minha baixeza e humildade atentou.
E eis, pois, que, desde agora, e por todos os tempos, todas as gerações me chamarão bem-aventurada!
Porque me fez grandes coisas o Poderoso e santo é o seu nome!
E a sua misericórdia se estende de geração em geração, sobre os que o temem. Com seu braço valoroso, destruiu os soberbos, no pensamento de seus corações.
Depôs dos tronos os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos.
Cumpriu a palavra que deu a Abraão, recordando-se da promessa da sua misericórdia!
Ela gerou um corpo para o ser mais perfeito que a Terra já recebeu. Seus seios O alimentaram nos meses primeiros. Banhou-O, agasalhou-O, segurou-O fortemente contra o peito mais de uma vez. E mais de uma vez, deverá ter pensado:
Filho meu, ouve meu coração batendo junto ao teu. Dia chegará em que não Te poderei furtar à sanha dos homens. Por ora, amado meu, deixa-me guardar-Te e proteger-Te.
Ela Lhe acompanhou o crescimento. Viu-O iniciar o Seu período de aprendizado com o pai, que lhe ensinou os versículos iniciais da Torá, conforme as prescrições judaicas, embora guardasse a certeza de que o menino já sabia de tudo aquilo.
Na Sinagoga, O viu destacar-Se entre os outros meninos, e assombrar os doutores. O seu Jesus, seu Filho, seu Senhor. Angustiou-se mais de uma vez, enquanto O contemplava a dormir. Que seria feito dEle?
Maria, mãe de Jesus. Mãe de todos nós. Mãe da Humanidade. Agradecemos-te a dádiva que nos ofertaste e, ao ensejo do Natal, te dizemos: Obrigado, mãe.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. A mãe de Jesus, do livro Personagens da Boa Nova, de Maria Helena Marcon, ed. Fep.
Em 22.12.2010.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Oração Inversa!!

Normalmente nós pedimos pelos que sofrem, pelos que choram,
Pelos que passam fome, oramos pelos doentes e rogamos pelos infelizes.


Hoje vamos inverter a ordem e vamos dizer:

"Senhor, não te suplicamos pelos desesperados,
Nós te pedimos por aqueles que promovem o desespero.
Não te rogamos pelos que choram,
Mas pelos infelizes que são responsáveis pelas lágrimas.
Não te rogamos ajuda aos que passam fome,
Mas pelos abastados que são fomentadores da miséria sócio-econômica.
Não pedimos em favor dos enfermos,
Mas nós intercedemos pelos que jogam fora a saúde
E os que são impiedosos para com os doentes.
Não estamos aqui pedindo pelos perseguidos,
Pelos caluniados,
Mas estamos interferindo pelos perseguidores,
Pelos caluniadores, pelos impiedosos.
Eles sim, são verdadeiramente os infelizes
Por que perderam o endereço de Deus e o contato com a consciência.
Apieda-te Senhor, dos fomentadores da discórdia
E consola os que estão chorando no teu regaço,
Procurando a Tua paz,
E em Teu próprio nome de Amor,
Abençoa esta casa e os que aqui habitam,
Os que aqui buscam auxilio,
Os que pretendem ir adiante,
Os que se entregam em regime de silêncio e abnegação,
Para que nas suas vozes caladas,
Possamos todos nós ouvir a Tua voz,
Ao, invés dos que fazem tumulto
Para apagar a mensagem da Tua palavra.
Senhor fica conosco e dá-nos a Tua paz."

****A Nossa Felicidade será Naturalmente proporcional em relação
à Felicidade que fizermos para os Outros*** (Allan Kardec)

Paz



A TODOS OS IRMÃOS E AMIGOS QUE NOS ACOMPANHARAM NO DECORRER DESTE ANO DE 2010 DEIXO O MEU ABRAÇO FRATERNO E OS VOTOS DE UM NATAL FELIZ E HARMONIOSO NA COMPANHIA DE JESUS.  QUE EM  2011 POSSAMOS ENCONTRAR UM MUNDO MAIS CONCIENTE DA NESCESSIDADE DE PAZ E HARMONIA .
FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO.
Carlos Muller
Grupo Espírita Mensageiros da Luz

Trégua de Natal

Era noite de Natal de 1944. O menino e a mãe moravam em uma cabana na Alsácia, perto da fronteira Franco-alemã. O pai fora convocado para o Corpo de Bombeiros da Defesa Civil da cidade, que distava seis quilômetros.
Enviar o filho e a esposa para a floresta lhe tinha parecido uma boa ideia. Acreditou que ambos estariam a salvo.
Então, bateram à porta. A senhora foi abrir. Do lado de fora, como fantasmas contra as árvores cobertas de neve, estavam dois homens de capacetes de aço.
Um deles falou em uma língua estranha. Apontou para um terceiro vulto que jazia na neve.
Rapidamente, a mulher entendeu. Eram soldados americanos. Difícil dizer se eram amigos ou inimigos.
Eles estavam armados e poderiam ter forçado a entrada. No entanto, estavam ali parados, suplicando com os olhos.
Nenhum deles compreendia o alemão. Mas um deles entendia o francês.
A um sinal da mulher, entraram na casa conduzindo o ferido. O filho foi buscar neve para esfregar nos pés azuis de frio de todos eles.
O ferido estava com uma bala na coxa. Havia perdido muito sangue.
Eram três meninos grandes, de barba crescida: Gary, Fred e Mell.
Ema pediu ao filho que fosse buscar Schultz, o galo. Ela o estava guardando para quando o marido voltasse para casa. Talvez no Ano Novo. Mas agora Schultz serviria a um objetivo imediato e urgente.
Dali a pouco o aroma tentador do galo assado invadia a sala.
O menino punha a mesa quando bateram de novo à porta. Esperando encontrar mais americanos, depressa ele foi abrir.
O sangue lhe gelou nas veias. Lá estavam quatro soldados usando fardas muito conhecidas, depois de cinco anos de guerra. Eram alemães.
A pena por abrigar soldados inimigos era crime de alta traição. O garoto ficou parado, gélido, sem reação.
Ema se aproximou. Com calma nascida do pânico, ela desejou Feliz Natal.
Podemos entrar? - Perguntou o cabo alemão. Era o mais velho deles: 23 anos. Os outros tinham somente 16 anos.
Sim. - Falou Ema. E também poderão comer até esvaziar a panela. Mas temos três convidados que vocês poderão não considerar amigos.
Hoje é dia de Natal e não vai haver tiroteio. Coloquem todas as armas sobre a pilha de lenha.
Os quatro ficaram olhando para ela, indecisos.
Nesta noite única, - ela continuou - nesta noite de Natal, vamos esquecer a matança. Afinal de contas, vocês todos poderiam ser meus filhos. Hoje à noite não há inimigos.
Os soldados obedeceram. Entraram.
Os americanos também entregaram as armas, que foram parar em cima da mesma pilha de lenha.
Alemães e americanos se aglomeraram, tensos, na sala apertada.
Sem deixar de sorrir, Ema providenciou lugar para todos se sentarem.
Ela aumentou a ceia com aveia e batatas, um pão de centeio.
Um dos alemães examinou o ferido. A calma foi substituindo a desconfiança.
Com os olhos cheios de lágrimas, Ema pronunciou a oração: Senhor Jesus, Amigo e Mestre, sê nosso hóspede.
Em volta da mesa, havia lágrimas também nos olhos cansados da luta daqueles soldados. Meninos outra vez, uns da América, outros da Alemanha, todos longe dos seus lares.
No dia seguinte, eles tomaram das armas e cada grupo partiu para um rumo diferente, depois de terem se apertado as mãos em despedida.
Então, Ema entrou. Abraçada ao filho, abriu o Evangelho e leu na página da história do Natal, o nascimento de Jesus, a chegada dos magos vindos de longe.
Com o dedo ela acompanhou a última linha: ... E partiram para sua terra por outro caminho.

* * *
Estamos vivendo as vésperas do Natal de Jesus.
Proponhamos nosso armistício particular. Isso mesmo. Pensemos em alguém com quem nos tenhamos desentendido, magoado, ferido.
Agora é a hora de estender a mão, de perdoar, de abraçar.
Em nome de um Menino que veio pregar a paz e o amor.

Pensemos nisso! Mas pensemos agora!

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Quatro horas, do livro Remotos cânticos de Belém, de Wallace Leal Rodrigues, ed. O clarim.
Em 21.12.2010.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Senhor e Mestre

Inigualável. Senhor das estrelas. Senhor dos Espíritos.
Iniciou Sua jornada, na Terra, num berço de palha, improvisado por Seu pai.
Fez-Se frágil, num corpo de criança, como todos os Seus irmãos, na Terra.
Demonstrando o valor do amor, confiou-Se à guarda de uma mulher. Sua mãe.
Em seu seio Se aninhou, alimentou-Se e recebeu carinho.
Sábio dentre todos os sábios, obedecendo ao costume de Israel, aprendeu de Seu pai o ofício da carpintaria, moldando a madeira com Suas mãos abençoadas.
Conhecedor da Lei, que Ele próprio viera ensinar, submeteu-Se à frequência à sinagoga local, como todos os meninos de Sua idade.
Mais de uma vez, apresentou questões de alta filosofia e ciência, numa demonstração do quanto sabia, bem como desejando assinalar, de forma clara, que muito mais saber havia para ser aprendido, não sendo os homens os detentores de toda a sabedoria.
Mestre o foi, sempre. Portador de entendimento pedagógico, como ninguém mais, conhecedor da alma das Suas ovelhas, lançou sementes aqui e acolá, de forma sutil, muito antes de iniciar o Seu Messianato.
Quando o tempo se fez, deixou a casa simples de Nazaré, onde crescera, olhou os campos e as colinas, e buscou as estradas do mundo.
A partir de então, condutor de um imenso rebanho de Espíritos, não teria uma pedra para repousar a cabeça.
Onde passou, fez amigos, lecionando que o homem foi feito para viver em sociedade. E viver bem com todos.
Granjeou amigos entre os pobres, os ricos, os doentes e os que esbanjavam saúde, moços e velhos.
Não deixou de buscar ovelhas desgarradas em terras estranhas, distribuindo Suas bênçãos, em nome do amor que representava.
Curou cegos, afirmando que é preciso ter olhos de ver.
Libertou ouvidos do silêncio, conclamando que era preciso ter ouvidos de ouvir.
Cada gesto, um ensino. Nada desperdiçado.
Devolveu movimentos a paralisados, lucidez a perturbados. E o convite era de, dali em diante, o agraciado fazer o melhor, para conquistar felicidade.
Não Se entristeceu por viver entre os homens. A nota melancólica que cantou foi somente pela dureza dos corações, pois prescrevia que a cada um seria dado segundo suas obras, antevendo as dores dos que semeavam espinhos em suas jornadas.
Iniciou Sua missão abençoando, com Sua presença, a união de dois seres, na constituição de uma nova família.
Como convidado, nos banquetes do mundo, serviu-Se das oportunidades para distribuir a Sua luz a todos os convivas.
Entregou-Se, no momento oportuno, ao martírio, como um cordeiro ao sacrifício.
Da mesma forma que o berço foi Lhe improvisado o túmulo, para o depósito do corpo, por um amigo conquistado para o Seu Reino.
Apresentando-Se glorioso aos discípulos, após a morte, num atestado da Imortalidade, despediu-Se num dia de luz, na mesma Galileia onde entoara o mais belo canto que a Humanidade jamais ouvira.
E nos aguarda, no Seu Reino de bênçãos, amando-nos ainda e sempre.
Jesus, Mestre e Senhor. Caminho, Verdade e Vida.

Sigamo-lO.
Redação do Momento Espírita.
Em 20.12.2010.

BRILHE A SUA LUZ

Uma campanha FEP/COPEL

Desde maio de 2010, a Federação Espírita do Paraná, responsável, há mais de 65 anos, por várias unidades de promoção social, lançou ampla campanha junto à comunidade espírita e à sociedade como um todo, para que essas obras sejam asseguradas, no futuro, sobretudo nestes tempos de mudanças na legislação, que podem afetar a continuidade dos serviços oferecidos.
Desse modo, apresenta-se como imperativa a necessidade de darmos a todos esses serviços, que atendem desde crianças até idosos carentes, a fundamental estabilidade e a excelência consoante com conceitos espíritas em torno de caridade, com vistas à promoção do ser humano.

UNIDADES SOCIAIS DA FEP

- Hospital Espírita de Psiquiatria Bom Retiro - totalmente revitalizado, realizando mais de 2 mil atendimentos mensais a pacientes com transtornos psiquiátricos; Centros de Educação Mariinha, Josefina Rocha e Bezerra de Menezes - acolhendo mais de 600 crianças em período integral e facilitando o acesso de mães carentes ao trabalho que lhes faculta a digna manutenção de seus lares; Escola Profissional Maria Ruth Junqueira - instrumentalizando e capacitando tecnicamente cerca de17 mil alunos por ano, através de aproximadamente 30 cursos (pedreiro, azulejista, manicuro, pedicuro, cabeleireiro, confeiteiro, inglês, informática, entre outros) todos gratuitos.
Anualmente, a Escola incrementa a quantidade de vagas ofertadas, excedendo, inclusive, a sua própria capacidade financeira, a fim de atender a toda demanda de mercado.
Com isso, a Federação Espírita do Paraná cumpre um de seus importantes objetivos, traduzindo em ações práticas os postulados que difunde, auxiliando o ser humano a libertar-se das valas da ignorância, da dependência e da miséria, criando, assim, condições para que a sua autonomia seja resgatada, segundo os preceitos sobre os quais se assenta a base dessa convicção: “Brilhe a sua Luz” (Jesus).

A CAMPANHA

Trata-se de uma campanha onde você autorizará o débito de um valor mensal na sua fatura de energia elétrica. O valor é você quem escolhe.
É simples, todavia de vital importância para que continuemos nosso trabalho de promoção e ação social, em regime de segurança, liberando recursos, desse modo, para investimento em ações doutrinárias, que visem à difusão da mensagem consoladora e libertadora do Espiritismo, em dias de profundas carências.

COMO PARTICIPAR DA CAMPANHA?

Há duas maneiras de participar deste grande empreendimento:
Tenha a sua fatura de energia elétrica em mãos. Observe no canto superior direito o número do contrato, que deverá ser transcrito para o formulário.

1)    clique aqui:      http://www.feparana.com.br/copel_formulario.php                              e vá direto ao formulário eletrônico para preencher os dados; ou

2) Entre no site da FEP e clique no banner “Brilhe a sua luz”. Depois, preencha os dados do formulário.

Brilhe a sua luz !

Com profundo agradecimento,
Federação Espírita do Paraná

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Uma Figura Incomparável

A figura de Jesus não encontra equivalente em nenhuma outra.
Qualquer que seja a personalidade humana que se pretenda estudar, ela apresenta nuanças de luz e sombra.
Em algum aspecto de sua vida, titubeou e cometeu deslizes.
Com Jesus isso não se verifica.
Ele é o Modelo dado por Deus a todos os homens.
Ao surgir no cenário terreno, já havia atingido o ápice de Seu estado evolutivo.
Embora essencialmente humano, não portava nenhuma das mazelas comuns aos homens.
Justamente por isso, causou tanto impacto.
Como Ser perfeito, não Se deixou contaminar por desejos e preconceitos humanos.
Transcendeu a todos os vícios, embora cheio de compaixão pelos pobres viciados.
Sua Celestial Sabedoria confundiu os mais doutos da época.
Sempre pacífico, nem por isso deixou de combater a hipocrisia.
Sem desrespeitar as consciências alheias, tratou de demonstrar em que realmente consistia a essência das Leis Divinas.
Valorizou as mulheres, em uma época em que nenhum direito lhes era reconhecido.
Tratou de leprosos, quando todos fugiam deles.
Amparou e encaminhou prostitutas, as quais eram objeto de intenso desprezo.
Conviveu com pessoas de má vida, sem Se importar com as críticas.
Abriu os braços às crianças, encantado com sua fragilidade e com a pureza que simbolizam.
Gastou tempo com seres ignorantes e rudes, sempre paciente e benfazejo.
Ele viveu no mundo, sem ser do mundo.
Amparou, cuidou e esclareceu a toda a gente, sem jamais ser manchado pela impureza que O rodeava.
Qualquer que seja o ângulo pelo qual se observa, a grandeza de Jesus impressiona.
Não Se deixou tocar pelos preconceitos próprios da época.
Amou sem esperar ser amado.
Ensinou e viveu a compaixão em um período de sentimentos rudes e hábitos cruéis.
Movimentou recursos magnéticos e de cura até hoje desconhecidos.
Lançou a ideia da vida futura, como uma esperança para todos os homens.
Substituiu o conceito de um Deus vingativo e cruel pelo de um Pai amoroso.
Trata-Se de uma figura incomparável, superior a qualquer outra.
E é dEle o convite que ressoa, através dos séculos:
Quem quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me!

* * *
Em algum momento será necessário atender ao amoroso chamado, romper com o passado de equívocos e marchar para a luz.
O seu momento pode ser agora!
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 8 e no CD Momento Espírita Especial de Natal, v.15, ed. Fep.
Em 16.12.2010.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

VOTE

VOTE: Qual o melhor filme de 2010 - Chico Xavier e Nosso Lar estão na lista

O Portal G1, no caderno de cinema colocou no ar enquente para escolha

do melhor filme em 2010.
Chico Xavier e Nosso Lar estão na lista.

Acesse e vote :     http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/

Mensagem de Natal

Amigo do Momento Espírita

Esta é uma mensagem de gratidão.

Gratidão a você que nos ofertou a sua audiência durante todo o ano que se encontra em seu final.
Gratidão a você que nos leu, vibrou, enviou e.mails, opinou, sugeriu.
E, com nossa gratidão, seguem nossos votos de um Natal de Alegrias, com Jesus em seu coração.
Que o Natal lhe seja oportunidade de reflexão e de estabelecimento de diretrizes renovadas para o ano novo que se aproxima, anunciando oportunidades de crescimento.
Que haja paz em seu coração, em seu lar, entre os seus familiares, amigos, conhecidos.
Seja essa a chance de reformular conceitos, de pedir perdão, de ser perdoado, de reencetar planos de progresso, adormecidos.
Seja o seu momento de renascimento interior, lúcido e pleno.
Tudo porque é Natal e o Divino Aniversariante, pródigo em bênçãos, mais Se aproxima de nós, pois que nos permitimos abrir as janelas da alma e as portas do coração.

Feliz Natal! Ano Novo de paz e luz!

Coordenação do Momento Espírita

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A CRUZ

No trato diário ocorre, muitas vezes, de reclamarmos das dores que nos chegam.
Vida dura! Cruz pesada!
E, de uma forma muito particular, olhamos para as demais pessoas com olhos examinadores, concluindo que elas não sofrem tanto quanto nós.
Dia desses, ao comentarmos acerca do acidente que sofreu uma pessoa famosa, resultando em sérios danos físicos, ouvimos da boca de quem nos escutava:
- Ah, mas essa pessoa tem muito dinheiro. É rica. Não tem com que se preocupar. Tem quem lhe atenda. Médicos, enfermeiras, terapeutas.
Em nenhum momento, a pessoa a quem nos dirigíamos pensou que, mesmo com dinheiro e fama, o acidentado deveria estar sofrendo intensamente.
Sim, sempre acreditamos que a dificuldade dos outros é menor. As nossas é que são enormes.
Pelo fato de pensarmos dessa forma é que, no vocabulário popular, se fala da cruz para significar as dificuldades próprias.
Carregar a própria cruz. Cruz pesada.
Conta-se que, certa vez, um homem inconformado passou a clamar aos céus:
- Senhor Deus, a cruz que carrego é muito pesada. Não estou suportando o peso das dificuldades e problemas que venho enfrentando.
Tanto reclamou que um dia, um espírito do Senhor se apresentou e lhe disse que suas queixas tinham alcançado os céus.
Conduzido a um vasto campo, cheio de cruzes dos mais diversos e variados tamanhos, o amigo espiritual lhe disse que poderia escolher, dentre todas elas, a que melhor se lhe ajustasse.
Animado, o homem examinou as cruzes. Finalmente, depois de muitas examinar, avaliar, testar, apanhou aquela que lhe pareceu ideal.
- Você tem certeza que é esta mesma a que quer? Perguntou-lhe o mensageiro.
- Sim. Disse ele. Esta é a que melhor se ajusta aos meus ombros. Aquela cujo peso posso suportar.
Para seu espanto, o amigo lhe pediu que olhasse mais atentamente e então, o homem descobriu que a cruz que escolhera era exatamente a sua, aquela de cujo peso reclamara tanto.
Deus é justo. Infinitamente bom e misericordioso. Jamais concede à criatura fardo maior do que possa suportar.
As nossas queixas simplesmente demonstram que não estamos sabendo levar com dignidade a problemática.
Às vezes, por sermos muito rebeldes e não nos ajustarmos às disciplinas que nos são impostas, de outras porque gostaríamos muito de viver no amolentamento, na preguiça, não no trabalho e na luta.
A vida nos situa exatamente onde devemos estar. Todas as condições necessárias ao nosso aprendizado nos são apresentadas.
O que nos compete é colocar uma almofada entre a cruz e os ombros.
Uma almofada feita de virtudes cristãs.
Quando nos dispomos a servir, amar, perdoar, compreender, o peso das nossas dificuldades diminuirá tanto que até nos esquecemos que estamos sobre a terra carregando o fardo das dificuldades.
***
A dificuldade é teste de resistência. É oportunidade de combate.
Aprendamos a transformar as dificuldades que se acumulam em nossos dias em oportunidades de trabalho e serviço.
Quando tudo estiver difícil e escuro, recordemos que além das nuvens pesadas, o sol está sempre a brilhar.

( com base nos livros Viver em plenitude - cap. 2 e Repositório de sabedoria - vol. 2 dificuldades.)

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Símbolos do Natal

O Natal, que logo estaremos a comemorar, apresenta alguns aspectos pouco conhecidos. Em especial no que diz respeito aos seus símbolos.
Por exemplo, a árvore de Natal. Alguns acreditam que ela se originou no século oitavo. Teria sido o missionário São Bonifácio que a idealizou, em substituição ao culto realizado nas florestas ao deus Odin.
Outros afirmam que foi Martinho Lutero o seu idealizador, no século dezesseis.
Registra a História que, na noite de Natal, Lutero caminhava por uma floresta de pinheiros. Olhando para o céu, viu as estrelas brilhando ainda mais belas, através dos galhos cobertos de neve.
Encantado com a beleza do quadro, cortou um galho, levou-o para casa e usou velas acesas para imitar o brilho dos astros que presenciara.
A árvore de Natal veio para a América, na época colonial, trazida pelos alemães.
O presépio, por sua vez, teve origem no século treze. Foi na Itália. Na noite de vinte e quatro para vinte e cinco de dezembro de mil duzentos e vinte e quatro, Francisco de Assis teve a ideia de representar o nascimento de Cristo.
Preparou uma encenação, num estábulo verdadeiro, da manjedoura, do boi e do jumento. A tempos regulares ele mesmo aparecia em cena e falava a respeito do nascimento de Jesus.
Ainda no século treze, a representação idealizada pelo fundador das Ordens Franciscanas ficou conhecida em toda a Europa.
Os cartões de Natal surgiram na Inglaterra por volta de mil oitocentos e quarenta e três. A iniciativa foi do diretor do Museu Britânico de Londres, Sir Henry Cole. Foram popularizados e começaram a ser impressos em mil oitocentos e cincoenta e um.
Dar presentes é uma tradição que tem origem em tempos recuados. Fazia parte das saturnálias, festas orgíacas de Roma, como também de festividades nórdicas.
Entre os cristãos, o costume iniciou no século sete, com o Papa Bonifácio, que presenteava os necessitados, em nome do Divino aniversariante.
As velas acesas no Natal para enfeitar as árvores e outros arranjos têm origem comum: o culto ao fogo.
Só o tempo fez desaparecer as orgias pagãs e ajudou a apagar as recordações sobre a origem do fogo, que era o velho culto ao sol.
Desde que os símbolos não remontam à época do Cristo, conclui-se que ele, em essência, nada tem a ver com nenhum deles.
Assim, comemorar o Natal nos permite ornamentar o lar com luzes, cores, enfeites. Mas importante não esquecer de preparar o coração.
Preparar a ceia de Natal para parentes e amigos, mas não esquecer de, em nome do Divino aniversariante, saciar a fome de quem a sofre.

* * *
Em mil oitocentos e setenta, durante a guerra entre a Alemanha e a França, um oficial prussiano idealizou cartões de Natal a partir de capas de alguns cadernos de colégio.
Distribuiu aos seus soldados para que eles pudessem escrever aos seus parentes.
Foi assim que nasceram os primeiros cartões postais, que depois sofreram várias modificações.
Pode-se imaginar a emoção de uma mãe, uma esposa, a namorada, irmãos recebendo uma mensagem de Natal, escrita de próprio punho, por seu amor, de uma frente de batalha.

Redação do Momento Espírita.
Em 14.12.2010.

domingo, 12 de dezembro de 2010

O Maior...

Ainda e sempre, a vaidade humana prossegue na caça incessante aos títulos máximos na Terra.
Cartazes da imprensa e programas teleradiofônicos na atualidade cogitam de campeões variados que brilham, passageiros, na ribalta do mundo.
O maior pensador...
O maior cientista...
O maior industrial...
O artista maior...
E o campo de realizações terrestres, copiando-lhes o impulso, apresenta com garbo os seus expoentes mais altos...
O maior arranha-céu...
O maior transatlântico...
O maior espetáculo...
A fortuna maior...
Todavia, semelhantes pruridos de evidência terrestre não são novos.
Há quase vinte séculos, surgiam eles igualmente no colégio dos seguidores humildes do Senhor.
Nem mesmo os aprendizes do Evangelho, despretensiosos e simples conseguiram fugir à tentação do destaque pessoal.
Eles próprios, na antevisão do paraíso, indagaram do Mestre, com desassombro inconsciente:
- Quem seria o maior no Reino dos Céus?
E a resposta do Cristo, ainda hoje, é um desafio à nossa fé.
O maior no Reino do Amor será sempre aquele que se fizer o servo infatigável de todos, aquele que, em se esquecendo, oferece aos outros a própria alegria que não possui, e que, em se ajustando à máquina do bem, possa apagar-se, contente e anônimo, atendendo, no lugar que lhe é próprio, a tarefa que o Senhor lhe determina...
Se procuras a comunhão com Jesus, onde estiverdes, olvida a ti mesmo pela glória de ser útil.
Ajuda, aprende, ampara, compreende, crê e espera cada dia...
E, servindo sempre, encontrarás com o Mestre Divino a felicidade perfeita, penetrando com Ele o segredo sublime da cruz, pelo qual, em se rendendo à suprema renúncia, fez-se a luz das nações e a esperança da Humanidade inteira.
Por: Emmanuel
Livro: Taça de Luz
Psicografia: Chico Xavier

fonte:    Blog Espírita na Net 

Decretos de Natal

Frei Betto

Fica decretado que, neste Natal, em vez de dar presentes, nos faremos presentes junto aos famintos, carentes e excluídos. Papai Noel será malhado como Judas e, lacradas as chaminés, abriremos corações e portas à chegada salvífica do Menino Jesus.
Por trazer a muitos mais constrangimentos que alegrias, fica decretado que o Natal não mais nos travestirá no que não somos: neste verão escaldante, arrancaremos da árvore de Natal todos os algodões de falsas neves; trocaremos nozes e castanhas por frutas tropicais; renas e trenós por carroças repletas de alimentos não perecíveis; e se algum Papai Noel sobrar por aí, que apareça de bermuda e chinelos.
Fica decretado que cartas de crianças só as endereçadas ao Menino Jesus, como a do Lucas, que escreveu convencido de que Caim e Abel não teriam brigado se dormissem em quartos separados; propôs ao Criador ninguém mais nascer nem morrer, e todos nós vivermos para sempre; e, ao ver o presépio, prometeu enviar seu agasalho ao filho desnudo de Maria e José.
Fica decretado que as crianças, em vez de brinquedos e bolas, pedirão bênçãos e graças, abrindo seus corações para destinar aos pobres todo o supérfluo que entulha armários e gavetas. A sobra de um é a necessidade de outro, e quem reparte bens partilha Deus.
Fica decretado que, pelo menos um dia, desligaremos toda a parafernália eletrônica, inclusive o telefone e, recolhidos à solidão, faremos uma viagem ao interior de nosso espírito, lá onde habita Aquele que, distinto de nós, funda a nossa verdadeira identidade. Entregues à meditação, fecharemos os olhos para ver melhor.
Fica decretado que, despidas de pudores, as famílias farão ao menos um momento de oração, lerão um texto bíblico, agradecendo ao Pai de Amor o dom da vida, as alegrias do ano que finda, e até dores que exacerbam a emoção sem que se possa entender com a razão. Finita, a vida é um rio que sabe ter o mar como destino, mas jamais quantas curvas, cachoeiras e pedras haverá de encontrar em seu percurso.
Fica decretado que arrancaremos a espada das mãos de Herodes e nenhuma criança será mais condenada ao trabalho precoce, violentada, surrada ou humilhada. Todas terão direito à ternura e à alegria, à saúde e à escola, ao pão e à paz, ao sonho e à beleza.
Fica decretado que, nos locais de trabalho, as festas de fim de ano terão o dobro de seus custos convertido em cestas básicas a famílias carentes. E será considerado grave pecado abrir uma bebida de valor superior ao salário mensal do empregado que a serve.
Como Deus não tem religião, fica decretado que nenhum fiel considerará a sua mais perfeita que a do outro, nem fará rastejar a sua língua, qual serpente venenosa, nas trilhas da injúria e da perfídia. O Menino do presépio veio para todos, indistintamente, e não há como professar o “Pai Nosso” se o pão também não for nosso, mas privilégio da minoria abastada.
Fica decretado que toda dieta se reverterá em benefício do prato vazio de quem tem fome, e que ninguém dará ao outro um presente embrulhado em bajulação ou escusas intenções. O tempo gasto em fazer laços seja muito inferior ao dedicado a dar abraços.
Fica decretado que as mesas de Natal estarão cobertas de afeto e, dispostos a renascer com o Menino, trataremos de sepultar iras e invejas, amarguras e ambições desmedidas, para que o nosso coração seja acolhedor como a manjedoura de Belém.
Fica decretado que, como os reis magos, todos daremos um voto de confiança à estrela, para que ela conduza este país a dias melhores. Não buscaremos o nosso próprio interesse, mas o da maioria, sobretudo dos que, à semelhança de José e Maria, foram excluídos da cidade e, como uma família sem-terra, obrigados a ocupar um pasto, onde brilhou a esperança.

fonte:   Carlos Eduardo Cennerelli 

SITE AUTORES ESPÍRITAS CLÁSSICOS

No Eixo do Site do Projeto Chico Xavier
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O Pai Te Fortalecerá

Quando se encontrar nas trincheiras da dor e sua salvação parecer improvável...
Quando sentir que a sua volta a alegria se perdeu, existindo apenas desolação...
Quando os minutos da sua existência só refletirem preocupação...
Quando não souber por qual motivo o sofrimento se instalou em sua vida...
Quando parecer que seu pedido de auxílio sequer é ouvido...
Quando a luz que tanto almeja encontrar parece ter desaparecido de seu caminho...
Quando os problemas minarem a sua resistência e prosseguir se tornar tão difícil...
Quando a escuridão se aproximar e instalar o medo e o receio em sua estrada...
Quando a ferida causada por uma profunda perda demonstrar-se longe de cicatrizar...
Quando a ofensa ainda produzir mazelas em seu coração...
Quando passar a ser constantemente testado em sua paciência e perseverança em seguir o caminho do bem...
Quando entes queridos escolherem outro caminho e a separação lhe levar às lágrimas...
Quando os momentos atuais forem marcados por inesperadas dificuldades que buscam tirar-lhe o ânimo...
Quando os seus passos tornarem-se tão vacilantes a ponto de começar a pensar que talvez não consiga seguir adiante...
Quando sua face for marcada pelas adversidades que encontrou...
Quando os espinhos forem tantos que dificultam a sua coragem de continuar...
Quando a paz se perder e em seu íntimo brotar o desespero...
E quando a sua existência estiver mergulhada em inúmeras dificuldades, recorda hoje e sempre que o Pai te fortalecerá!
Não importa a gravidade da situação que venha a enfrentar, não estará sozinho!
Se o caminho é de incerteza, saiba que o Pai guiará seus passos.
Quando se sentir fraco, benfeitores espirituais a serviço do Pai, lhe envolverão em proteção, amparo e restituirão suas forças para que possa prosseguir adiante.
Nas manhãs em que se sentir demasiadamente angustiado ou desanimado para despertar para o novo dia que nasce, mantenha a sua fé, mesmo que ela pareça tão pequenina, mantenha-a, porque o auxílio virá ao seu encontro.
O Pai te fortalecerá!
Ele jamais deixará que caminhe em direção ao abismo ou seja envolto pelas trevas.
O Pai te fortalecerá!
Será Ele que virá enxugar as lágrimas de desespero e será o Seu abraço que lhe devolverá a esperança.
Confia, confia mesmo diante da maior prova que surgir em sua vida.
Confia, o Pai te fortalecerá!
Se as respostas que busca demorarem para surgir, se as portas ainda não são encontradas, persevera na caminhada.
Persevera e acredita, não está só nessa batalha.
O Pai te fortalecerá!
Vai adiante e mesmo que no agora esteja no meio da mais terrível tempestade, caminha com fé, porque em seguida encontrará um novo amanhecer.
Não ficará perdido na escuridão.
Jamais!
O Pai te fortalecerá.
E juntos não há o que temer, porque as investidas do mal não conseguirão lhe atingir.
Segue e confia sempre!
O Pai te fortalecerá.


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A Vinda de Jesus

"A manjedoura assinalava o ponto inicial da lição salvadora do Cristo, como a dizer que a humildade representa a chave de todas as virtudes.
Começava a era definitiva da maioridade espiritual da Humanidade terrestre, de vez que Jesus, com sua exemplificação Divina, entregaria o código da fraternidade e do amor a todos os corações.
Debalde os escritores materialistas de todos os tempos vulgarizaram o grande acontecimento, ironizando os altos fenômenos mediúnicos que o precederam. As figuras de Simeão, Ana, Isabel, João Batista, José, bem como a personalidade sublimada de Maria, têm sido muitas vezes objeto de observações injustas e maliciosas; mas a realidade é que somente com o concurso daqueles mensageiros da Boa - Nova, portadores da contribuição de fervor, crença e vida, poderia Jesus lançar na Terra os fundamentos da verdade inabalável.
Muitos séculos depois da sua exemplificação incompreendida, há quem o veja entre os essênios, aprendendo as suas doutrinas, antes do seu messianismo de amor e de redenção. As próprias esferas mais próximas da Terra, que pela força das circunstâncias se acercam mais das controvérsias dos homens que do sincero aprendizado dos espíritos estudiosos e desprendidos do orbe, refletem as opiniões contraditórias da Humanidade, a respeito do Salvador de todas as criaturas.
O Mestre, porém, não obstante a elevada cultura das escolas essênias, não necessitou da sua contribuição. Desde os seus primeiros dias na Terra, mostrou-se tal qual era, com a superioridade que o planeta lhe conheceu desde os tempos longínquos do princípio.
Do seu divino apostolado nada nos compete dizer em acréscimo das tradições que a cultura evangélica apresentou em todos os séculos posteriores à sua vinda à Terra, reafirmando, todavia, que a sua lição de amor e de humildade foi única em todos os tempos da Humanidade.
Dele asseveraram os profetas de Israel, muito antes da manjedoura e do Calvário: - ''Levantar-se-á como um arbusto verde, vivendo na ingratidão de um solo árido, onde não haverá graça nem beleza. Carregado de opróbrios e desprezado dos homens, todos lhe voltarão o rosto. Coberto de ignomínias, não merecerá consideração. É que Ele carregará o fardo pesado de nossas culpas e de nossos sofrimentos, tomando sobre si todas as nossas dores. Presumireis na sua figura um homem vergando ao peso da cólera de Deus, mas serão os nossos pecados que o cobrirão de chagas sanguinolentas e as suas feridas hão de ser a nossa redenção. Somos um imenso rebanho desgarrado, mas, para nos reunir no caminho de Deus, Ele sofrerá o peso das nossas iniqüidades. Humilhado e ferido, não soltará o mais leve queixume, deixando-se conduzir como um cordeiro ao sacrifício. O seu túmulo passará como o de um malvado e a sua morte como a de um ímpio. Mas desde o momento em que oferecer a sua vida, verá nascer uma posteridade e os interesses de Deus hão de prosperar nas suas mãos''

Emmanuel
Página recebida pelo Médium Francisco Cândido Xavier
Livro: A Caminho da Luz

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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Os que estão com Jesus

O Evangelho de Marcos lhe dedica dois versículos, sem mencionar seu nome.
Ele era um personagem constante nas pregações de Jesus. Ninguém sabia ao certo de onde vinha.
Mas, toda vez que o Mestre Jesus tomava da palavra, lá estava ele a postos.
Pegava seus estiletes, suas tintas e seus rolos de papiro e anotava os ensinamentos.
Se Jesus falasse na praça, à margem do lago, na planície ou na montanha, ele O seguia.
Estava bem próximo quando Jesus foi até a casa do chefe da sinagoga e retirou do sono profundo a filhinha, tida como morta.
Presenciou bem de perto o episódio da mulher enferma há anos e que se curou, ao simples toque das vestes do Galileu.
Ninguém o ouvia falar. Talvez temesse ser identificado como um estrangeiro por aquele povo. Mas ele ouvia. Com muita atenção, anotando e anotando.
Certo dia, em que a multidão sempre faminta de consolo e de milagres se comprimia na praça, à espera do Nazareno, foi que tudo aconteceu.
O sol estava especialmente quente e à medida que as horas se foram arrastando, o povo começou a ficar inquieto.
Doentes mais graves passaram a se lamentar, crianças se movimentavam, perturbados demonstravam todo seu desequilíbrio.
Em determinado momento, o jovem que sempre seguia Jesus sentiu-se compadecido. Ele também estava aguardando a presença do doce Rabi.
Olhando aqueles semblantes sofridos, para quem a espera parecia uma eternidade, sentiu-se compadecido.
Aproximou-se de um homem tido por endemoninhado, estendeu as mãos e recordando Jesus, exortou ao Espírito perturbador que o abandonasse.
O doente ainda rolou pelo chão, gritou roucamente. Finalmente, surpreso, parecendo acordar de um pesadelo, se ergueu, um tanto envergonhado, limpou a poeira da túnica e se foi. Estava curado.
O restante daquele dia foi dedicado todo a curas de obsedados. Parecia ser a especialidade daquele moço. Nos dias seguintes, ele continuou.
Discípulos que se aproximavam, em vendo a cena lhe falaram que ele não devia curar ninguém, muito menos usando o nome de Jesus. Ele não fazia parte do círculo dos Apóstolos do Mestre de Nazaré.
Ao final do dia, quando eufóricos informaram a Jesus sobre a sua atitude, o Mestre lhes ordenou que retornassem até o jovem com a ordem para que prosseguisse no seu apostolado. E concluiu: Quem não é contra vós, é por vós.
Nunca ninguém lhe registrou o nome. Na juventude, chamavam-no moço. Na velhice, avozinho.
Personagem grandiosa, trabalhador da seara de Jesus, a ele se refere o Evangelho com rapidez. No entanto, seu nome está escrito no livro dos céus, pelo desempenho da grande tarefa: amar a Deus, ao próximo e ao Evangelho do Mestre de Nazaré.
* * *
Todo aquele que segue as orientações do Cristo está a Seu favor, é alguém que contribui com o Mestre na Sua seara.
Por conseguinte, todo aquele que diz Senhor, Senhor, mas não vive os Seus ensinamentos, está apartado Dele, mesmo que se diga cristão.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 5, do livro Ressurreição e vida, pelo Espírito Léon Tolstoi, psicografia de Yvonne do Amaral Pereira, ed. Feb.
Em 10.12.2010.

Relaxamento, Oração, Harmonia

Oração de São Francisco de Assis (um lindo mantra)

PRECE DE CÁRITAS

pai nosso

pai nosso

musica espirita

musica espirita

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O Cristo de Deus

Ele já houvera sido cantado por inúmeros profetas de Seu povo, que O designavam como o Messias, o Salvador.
Em torno de Sua figura, as mais variadas expectativas se construíam. As esperanças de uma nação, firme e sincera em sua fé monoteísta, aguardavam a Sua vinda.
Àquela época, longe se faziam os tempos dos profetas, e as bocas, desde há muito haviam se calado para as vozes dos céus. A águia romana, que dominava a tudo e a todos, fazia subjugados e servos.
Assim, não eram poucos aqueles que tinham na figura do Messias a concretização dos sonhos de libertação, de retomada da Terra Prometida a Moisés, a Canaã.
As expectativas em torno do Messias eram inúmeras, porém, todas de caráter temporal e passageiro, vinculadas às coisas do mundo.
Ele chegou, anunciando que Seu reino não era deste mundo. Embora não negando Sua realeza, desprezava os tesouros do mundo, alertando que esses a ferrugem corrói, a traça come e os ladrões roubam.
Afirmava ser a Luz do mundo, mas evitava o brilho vazio das coisas do mundo. Com a mesma naturalidade que travava reflexões profundas com sábios e estudiosos, falava à multidão iletrada e ignorante.
Era capaz de explicar as coisas de Deus ao Doutor da Lei que O interpelava, assim como aos simples pescadores que O escutavam.
Em uma didática perfeita, soube utilizar das coisas do cotidiano, como o grão de mostarda, a pedra do moinho, a figueira seca, para explicar profundos conceitos de vida.
Analisava as leis do Seu povo não com os olhos, que veem as letras, mas com o coração, que enxerga a alma, dando novo alento às dores e às provações da vida.
Dava pouca ou nenhuma importância à externalidade da fé, das ações e dos sentimentos, se esses não tinham sua nascente no coração, chegando a comparar alguns seres a sepulcros, caiados por fora, e cheios de podridão por dentro.
Alertava acerca dos perigos e desafios da vida, colocando-Se sempre como o Bom Pastor, a cuidar de cada uma das Suas ovelhas que o Senhor da Vida Lhe confiou aos cuidados.
Incitava ao progresso, comparando as criaturas ao precioso sal da terra e convocando-as à responsabilidade, a fim de que o sal não viesse se tornar insosso.
Ofereceu roteiro de felicidade e paz, ao cantar o poema das bem-aventuranças, oferecendo caminho seguro para seguir. Não mais a guerra, a vingança, a revolta, pois bem-aventurados serão os mansos, os pacíficos, os aflitos.
Disponibilizou-Se como servidor de todos, ao convidar a que a Ele se achegassem os cansados e aflitos, pois Ele lhes aliviaria as pesadas cargas e dores.
E, ainda hoje, Ele aguarda a decisão de cada um de nós, a segui-lO, tomar do Seu fardo que é leve e do Seu jugo que é suave.
Já se vão séculos desde que Sua voz cantou as Leis de Deus em perfeição, pelos caminhos da Palestina, encontrando eco em muitos corações que, ao longo da História, se deixaram imolar por amor do Seu nome.
Ele ainda aguarda pacientemente que o Seu verbo encontre ressonância em nossa intimidade, e definitivamente O aceitemos como Modelo e Guia para nosso agir.

Redação do Momento Espírita.
Em 09.12.2010.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O homem e o tempo

No mundo moderno, parece que o tempo é um artigo de luxo.
São constantes as reclamações a respeito de sua falta.
Muitos se dizem atarefados em excesso.
Incontáveis afirmam que o tempo parece passar cada vez mais rápido.
Envoltos em inúmeros afazeres, sentem-se autênticos reféns da vida.
Essa dificuldade humana para bem administrar o tempo não constitui algo novo.
O Espírito Emmanuel, mentor de Francisco Cândido Xavier, já tratou dela.
Certa feita, ele afirmou que o tempo não passa pelo homem, mas que o homem, sim, passa pelo tempo.
A diferença pode parecer sutil, mas é muito importante.
Quando se está parado e algo passa, surge uma certa sensação de lerdeza ou imobilidade, pois não se consegue acompanhar o que vai adiante.
O fenômeno apresenta-se diferente quando é o homem que passa e segue em frente.
Segundo o dizer de Emmanuel, é justamente isso que ocorre em relação ao tempo.
O homem é que se movimenta e direciona o seu viver, ao longo do tempo que lhe é dado.
Sendo assim, ele é quem dita o ritmo de sua vida.
Essa imagem feliz procura desvincular o ser humano de um sentir deletério em relação ao fenômeno temporal.
Ela busca capacitá-lo para viver em plenitude o momento presente.
Sem remorsos pelo que já foi.
Se erros foram cometidos, é necessário corrigi-los, mas de nada adianta escravizar-se ao passado.
Também evita ansiedades pelo que ainda será.
O importante é fazer o melhor no tempo presente.
Desfrutá-lo, em suas inúmeras possibilidades.
Ter ciência de que cabe ao homem disciplinar o próprio viver.
A mídia por vezes trabalha contra isso.
Ela passa a impressão de que o relevante é comprar muitas coisas, frequentar certos locais, distrair-se até a exaustão.
Habitualmente se afirma que o tempo é de ouro, ou que tempo é dinheiro.
Dependendo do enfoque, as assertivas são verdadeiras.
É preciso mesmo dar destinação útil ao próprio tempo.
Mas de forma equilibrada, sem se converter em escravo de atividades que se multiplicam de modo desnecessário.
E também sem se permitir torturar pelo que já foi ou pelo que virá.
Desfrutar o momento que se vive.
Se é horário de trabalho, trabalhar com serenidade, sem se angustiar pelo que ocorre em outros ambientes.
Em casa, desfrutar em paz da companhia da família.
Em momentos de estudo, apenas estudar.
Para viver em paz em meio às tormentas do mundo, é preciso tornar-se senhor do próprio tempo.
Eleger o que merece dedicação em dado instante e fazê-lo com serenidade.
Como disse Jesus, o dia de amanhã cuidará de si mesmo.
Se o hoje for bem vivido e aproveitado, certamente o amanhã será pacífico.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 07.12.2010.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Um Espírito Endurecido

XUMÈNE


(Bordéus, 1862)
p { margin-bottom: 0.21cm; }

Sob este nome, um Espírito se apresenta espontaneamente à médium, habituada a este gênero de manifestações, pois sua missão parece ser a de assistir os Espíritos atrasados que o seu guia espiritual lhe conduz, no duplo propósito de adiantar a um e instruir a outro.
P. Quem sois? Este nome é de homem ou de mulher?
R. De homem, e tão infeliz quanto possível. Sofro todos os tormentos do inferno.
P. Mas se o inferno não existe, como podeis sofrer-lhe as torturas?
R. Pergunta inútil.
P. Compreendo, mas outros precisam de explicações...
R. Isso pouco me importa.
P. O egoísmo não será uma das causas do vosso sofrimento?
R. Pode ser.
P. Se quiserdes ser aliviado, começai repudiando as más tendências…
R. Não te incomodes com o que não é da tua conta; principia orando por mim, como praticas com os outros, e depois veremos.
P. A não me auxiliardes com o vosso arrependimento, a prece pouco valor poderá ter.
R. Mas falando, em vez de orares, menos ainda me adiantarás.
P. Então desejais adiantar-vos?
R. Talvez... não sei. Vejamos o essencial, isto é, se a prece alivia os sofrimentos.
P. Unamos então os nossos pensamentos com a firme vontade de obter o vosso alívio.
R. Vá lá.
P. (Depois da prece) Estais satisfeito?
R. Não como fora para desejar.
P. Mas o remédio, aplicado pela primeira vez, não pode curar imediatamente um mal antigo...
R. É possível...
P. Quereis voltar?
R. Se me chamares...
O guia da médium - Filha, terás muito trabalho com este Espírito endurecido, mas o maior mérito não advém de salvar os não perdidos. Coragem, perseverança, e triunfarás afinal. Não há culpados que se não possam regenerar por meio da persuasão e do exemplo, visto como os Espíritos, por mais perversos, acabam por corrigir-se com o tempo. O fato de muitas vezes ser impossível regenerá-los prontamente, não importa na inutilidade de tais esforços. Mesmo a contragosto, as ideias sugeridas a tais Espíritos fazem-nos refletir. São como sementes que, cedo ou tarde, tivessem de frutificar. Não se arrebenta a pedra com a primeira marretada.
Isto que te digo pode aplicar-se também aos encarnados e tu deves compreender a razão por que o Espiritismo não faz imediatamente homens perfeitos, mesmo entre os adeptos mais crentes.
A crença é o primeiro passo; vindo em seguida a fé e a transformação a seu turno; mas, além disso, força é que muitos venham revigorar-se no mundo espiritual.
Entre os Espíritos endurecidos, não há só perversos e maus. Grande é o número dos que, sem fazer o mal, estacionam por orgulho, indiferença ou apatia. Estes, nem por isso, são menos infelizes, pois tanto mais os aflige a inércia tanto mais se vêem privados das mundanas compensações.
Intolerável, por certo, se lhes torna a perspectiva do infinito, porém eles não têm nem a força nem a vontade para romper com essa situação. Referimo-nos a esses indivíduos que levam uma existência ociosa, inútil a si como ao próximo, acabando muita vez no suicídio, sem motivos sérios, por aborrecimento da vida.
Em regra, tais Espíritos são menos passíveis de imediata regeneração, do que os positivamente maus, visto como estes ao menos dispõem de energia, e, uma vez doutrinados, votam-se ao bem com o mesmo ardor que lhes inspirava o mal.
Aos outros, muitas encarnações se fazem necessárias para que progridam, e isto pouco a pouco, domados pelo tédio, procurando, para se distraírem, qualquer ocupação que mais tarde venha a transformar-se em necessidade.

Do livro “O Céu e o Inferno” - Allan Kardec / 2ª Parte - Cap. VII

fonte:  Blog Espírita na Net 

domingo, 5 de dezembro de 2010

DEUS SABE TUDO

Há momentos muito difíceis, que parecem insuperáveis, enriquecidos de problemas e dores que se prolongam, intermináveis, ignorados pelos mais próximos afetos, mas que Deus sabe.
Muitas vezes te sentirás à borda de precipícios profundos, em desespero, e por todos abandonado. No entanto, não te encontrarás a sós, porque, no teu suplício, Deus sabe o que te acontece.
Injustiçado, e sob o estigma de calúnias destruidoras, quando, experimentando incomum angústia, estás a ponto de desertar da luta, confia mais um pouco, e espera, porque Deus sabe a razão do que te ocorre.
Vitimado por cruel surpresa do destino, que te impossibilita levar adiante os planos bem formulados, não te rebeles, entregando-te à desesperação, porque Deus sabe que assim é melhor para ti.
Crucificado nas traves ocultas de enfermidade pertinaz, cuja causa ninguém detecta, a fim de minimizar-lhe as conseqüências, ora e aguarda ainda um pouco, porque Deus sabe que ela vem para tua felicidade.
Deus sabe tudo!
Basta que te deixes conduzir por Ele, e sintonizado com a Sua misericórdia e sabedoria, busca realizar o melhor, assinalando o teu caminho com as pegadas de luz, características de quem se entregou a Deus e em Deus progride.


* * *
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Filho de Deus.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

fonte:
Ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/existencia-de-deus/deus-sabe-31991/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#ixzz17HxB2QkX

O desafio da aceitação

:: Elisabeth Cavalcante ::

Um dos maiores equívocos que cometemos no que se refere aos relacionamentos, especialmente aos afetivos, é acreditar plenamente que vamos conseguir mudar o outro.
No começo, quando estamos tomados pela paixão, ele nos parece o ser mais perfeito e encantador do mundo. Entretanto, conforme o tempo passa e passamos a conhecê-lo melhor, vamos percebendo seus defeitos e suas limitações.
Mas, esta constatação, por ser contrária ao sonho e à fantasia que acalentamos, se torna difícil de ser aceita. Então, criamos em nós uma ilusão, a de que nosso amor será capaz de transformá-lo de maneira definitiva.
Agarramo-nos a esta crença porque ela nos é muito confortável. E, ainda que o outro nos envie sinais suficientes para percebermos que a mudança não acontecerá, insistimos em permanecer cegos, até que finalmente se torne impossível para nós suportar a realidade da desilusão.
Aí, passamos a culpá-lo por nos ter decepcionado e traído nossas esperanças. Ocorre que não podemos nem devemos esperar que alguém mude, simplesmente motivado pelo nosso desejo.
Querer que o outro se amolde ao modelo que criamos em nossa imaginação, é uma atitude irreal, que acaba sempre gerando sofrimento. Enquanto permanecemos nessa tentativa, o tempo passa e um dia percebemos quanta energia gastamos nessa tentativa vã.
Aceitar nossa própria imperfeição é o primeiro passo para que abandonemos o sonho de encontrá-la no outro. Sem isto, continuaremos presas fáceis da decepção, pois nenhum relacionamento será capaz de preencher nossas expectativas.
" .... Pequenas coisas são suficientes para criar barreiras, e estamos todos vivendo com as nossas defesas, de modo que os outros não podem saber exatamente o que nós somos. Nós lhes permitimos conhecer apenas aquela parte do nosso ser que é aceitável a eles. Esse é um dos fundamentos da nossa miséria.
As pessoas são diferentes e nós deveríamos nos alegrar e regozijar em suas diferenças, em suas variedades. Seu julgamento não vai mudar ninguém; talvez seu julgamento possa criar uma teimosia na outra pessoa em não mudar. Quem é você para mudar a pessoa?
Esses são os segredos da vida. Se você aceita alguém com totalidade, ele começa a mudar, porque você lhe dá total liberdade de ele ser ele mesmo. E a pessoa que lhe dá total liberdade de você ser você mesmo... - você gostaria que aquela pessoa fosse feliz; no que lhe diz respeito, ele lhe deu a dignidade e a honra de aceitá-lo.
É muito natural que, se você vê algo em você que não está certo - embora a outra pessoa o aceite como você é - você deseje ser até melhor, por causa dela; ser mais meigo, mais amoroso, mais delicado por causa dela.
Eu o aceito como você é. Eu não tenho nenhuma expectativa sobre você - eu não quero que você seja modelado dentro de uma certa idéia, dentro de um certo ideal. Não quero fazer de você uma estátua morta. Quero que você fique vivo, mais vivo... e você pode ser vivo somente se a sua totalidade for aceita - não apenas aceita, mas respeitada....".


OSHO - O Esplendor Oculto.

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