NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Grupo Espírita Mensageiros da Luz

CNPJ 13.117.936/0001-49

Fundada em 18 de junho de 1985 . Nossas atividades se iniciaram na sede do Clube Cultural dos Violeiros de Gravataí onde fomos recebidos com muito carinho e respeito. Ali desenvolvemos os trabalhos de estudo doutrinário e formação de grupos de trabalhos. Procedente do Grupo Espirita Nosso lar em Gravataí, onde participei por 4 anos como voluntário e palestrante, eu, Carlos Eduardo Muller, resolvi fundar nossa casa espírita no Parque dos Anjos . Foi uma tarefa executada com muita alegria e acompanhada de pessoas interessadas em desenvolver um grupo de estudos para que posteriormente a casa prestasse atendimento ao público. Nosso grupo contou inicialmente com a irmã Bernadete Antunes, irmã Kátia Pisoni, irmã Maria Guiomar, irmã Ieda R. Rosa, irmã Elisabete, irmão Miguel Cardoso, irmão Everton da Silva Cardoso, irmã Eni, e dirigindo as atividades eu, Carlos Eduardo Muller. Foram 13 anos de muito aprendizado neste local, e nenhuma dificuldade nos impediu de impulsionar cada vez mais a Doutrina Espírita, pois somente através de muito esforço conseguiríamos atingir nosso objetivo: Ter uma casa Espírita com irmãos preparados espiritualmente e conhecedores da doutrina ditada pelos espíritos a Allan Kardec. Só o fato de manter um grupo em plena atividade ja era uma vitória. Todos sabíamos das responsabilidades em conduzir um trabalho 100% filantrópico. Como em todas as casas espíritas, tambem a nossa sofria e sofre com a rotatividade de colaboradores, fato compreendido por todos nós espíritas. Foram muitos os colaborabores que passaram e contribuiram de alguma forma para o crescimento do grupo. Por opção, alguns foram em busca de outros grupos e outros não conseguiram acompanhar as atividades pelo tamanho da responsabilidade que nos é dada.

Neste período criamos o programa " UM DIA SÓ PRA MIM " normalmente promovido a cada ano. São encontros promovidos com intuito de reunir pessoas da comunidade e outros grupos espíritas durante um dia inteiro com palestras variadas e trocas de informações e sugestões pelos participantes. Neste dia todos se manifestam de alguma forma no sentido de fortalecer os laços que nos unem. O primeiro encontro foi realizado na casa da irmã Eni onde tivemos a participação de aproximadamente 60 pessoas da comunidade e outros grupos. A partir deste, passamos a executar o programa anualmente. Dentre os palestrantes que nos auxiliaram nestes encontros tivemos Nazareno Feitosa procedente de Brasília DF, que aproveitando nosso evento tambem promoveu palestras em casas espíritas de Porto Alegre . Tambem contamos com a participação do dr. José Carlos Pereira Jotz que nos brindou com esposições tendo como tema medicina e saúde .

Em 1998 surgiu a oportunidade de mudança de endereço. Foi só a partir deste ano que conseguimos então organizar melhor as atividades do grupo. Foi uma experiência valiosa. Promovemos a partir de então campanhas de arrecadação de roupas e alimentos para irmãos em dificuldades e quando possível fazíamos o Sopão Comunitário para famílias mais nescessitadas.

Mas foi somente em 31 de julho de 2007 que o Grupo Espírita Mensageiros da Luz foi definitivamente registrado , tendo então uma diretoria formada e um estatuto social . Nesta data em assembléia realizada com a participação de 30 pessoas foi dado posse após votação unânime a diretoria da Sociedade Espírita Mensageiros da Luz, tendo como Presidente a irmã Maira Kubaski de Arruda e como vice Carlos Eduardo Muller. Participaram desta Assembléia , votaram e foram considerados oficialmente Sócios Fundadores as seguintes pessoas: Alexandre Fabichak Junior, Iliani Fátima Weber Guerreiro, Maira Kubaski de Arruda, Alex Sander Albani da Silva, Alexsandra Siqueira da Rosa Silva, Xenia Espíndola de Freitas, Terezinha Richter, Valéria Correia Maciel, Richeri Souza, Carla Cristina de Souza, Miriam de Moura, Maria Guiomar Narciso, Neusa Marília Duarte, Elisabete Martins Fernandes, Leandro Siqueira, Paulo dos Santos, Carlos Eduardo Muller, Camila Guerreiro Bazotti , Sislaine Guerreiro de Jesus, Luiz Leandro Nascimento Demicol, Vera Lucia de Oliveira Nunes, Ieda Rocha da Rosa, Marlon Esteves Bartolomeu, Ricardo Antonio Vicente, Miguel Barbosa Cardoso, Everton da Silva Cardoso, Maria Celenita Duarte, Vera Regina da Silva, Rosangela Cristina Vicente, e Bernadete Antunes. Todos os atos foram devidamente registrados em cartório e constam no livro ata de fundação, sob o número 54822 do livro A-4 com endossamento jurídico do Dr. Carlos Frederico Basile da Silva, advogado inscrito na OAB/RS 39.851.

Durante os meses de maio e junho de 2011 nossa casa promoveu com apoio da Federação Espirita do Rio Grande do Sul e da Ume, um curso de desenvolvimento Mediúnico ministrado as quintas feiras das 19 as 21 horas. Tivemos em média 40 participantes por tema ministrado com a inclusão de mais 4 casas espíritas de Gravataí , alem dos trabalhadores da nossa casa, fortalecendo desta forma os laços de amizade, assim como , o aperfeiçoamento de dirigentes e o corpo mediúnico das Casas Espíritas.

Hoje, nossa Casa Espírita assume uma responsabilidade maior e conta com grupo de estudos, atendimentos de passes isolado e socorro espiritual, magnetismo, atendimento fraterno , evangelização infantil, palestras, Grupo de Apoio e encaminhamento para dependentes químicos e orientação familiar, Cirurgias Espirituais (sem incisões), prateleira comunitária (arrecadação de alimentos e roupas para famílias carentes), representa o DECOM (departamento de comunicação da UME de Gravataí) , bem como leva ao público em geral informações valiosas através do nosso blog:
www.carlosaconselhamento.blogspot.com

Departamentos

DIJ - Depto da Infância e Juventude
DAFA- Depto da Família
DEDO - Depto Doutrinário
DECOM- Depto de Comunicação Espírita
DAPSE - Depto de Assistência Social Espírita
DP -Departamento Patrimonial



QUEM SOU EU E O QUE APRENDÍ

QUEM SOU EU E O QUE APRENDI
Alguem que busca conquistar a confiança no ser humano para poder acreditar que o mundo pode ser melhor.Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.Mais cedo ou mais tarde,será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.Aprendi que, perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.Aprendi que, é necessário um dia de chuva,para darmos valor ao Sol. Mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Aprendi que , heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis. Mas os que fizeram o que foi necessário ,assumiram as consequências dos seus atos. Aprendi que, não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.Vale menos a pena, ainda,fazer coisas para conquistar migalhas de atenção. Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo. Aprendi que, ao invés de ficar esperando alguém me trazer flores,é melhor plantar um jardim.Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos. Aprendi que, o que faz diferença não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.E que, boa família são os amigos que escolhi.Aprendi que, as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria,o que não significa que não me amem muito,talvez seja o Maximo que conseguem.Isso é o mais importante. Aprendi que, toda mudança inicia um ciclo de construção,se você não esquecer de deixar a porta aberta. Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O meu futuro ainda está por vir.Foi então que aprendi que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.



CONSTRUÇAO DA SEDE PRÓPRIA

SOCIEDADE ESPÍRITA MENSAGEIROS DA LUZ

CAMPANHA PARA CONSTRUÇÃO DA NOSSA CASA ESPÍRITA. ESTAMOS EM OBRAS.

VOCE QUER SER UM CONTRIBUINTE PARA ESTE DESAFIO ??

DOAÇÕES VOLUNTÁRIAS DEVEM SER FEITAS ATRAVÉS DE DEPÓSITO BANCÁRIO:


CNPJ 13.117.936/0001-49

CAIXA ECONOMICA FEDERAL

AG: 3450

OPERAÇÃO: 013

CONTA: 7212.2

informações:

Fones:51-98425.0037

VOCE TAMBEM PODERÁ OPTAR POR DOAR MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO.



SENHOR JESUS
Não nos retires dos ombros o fardo das responsabilidades com o qual nos ensina a praticar entendimento e cooperação, mas auxilia-nos a tranportá-lo, sob os teus desígnios. Não nos afastes dos obstáculos com que nos impeles à aquisição da confiança e não avalias as dimensões da fé, no entanto, ampara-nos Senhor, para que possamos transpô-los. Não nos desligues dos problemas com que nos impulsionas para o caminho da elevação das nossas próprias experiências, contudo, dá-nos a tua bênção, a fim de que venhamos a resolvê-los com segurança. Não nos deixes sem o convívio com os irmãos irritadiços ou infelizes, que se nos fazem enigmas no cotidiano, junto dos quais nos convidas ao aprendizado da serenidade e da paciência, mas protege-nos os corações e ilumina-nos a estrada de modo a que nos transformemos para todos eles em refúgio de apoio e socorro de amor. Enfim, Senhor, dá-nos, a cada dia, o privilégio de servir, entretanto, infunde em nossas almas o poder da compreensão e da tolerância, do devotamento e da caridade para que possamos estar contigo, tanto quanto permaneces conosco, hoje e sempre. Psicografia: F. C. Xavier - Médium "Estradas e Destinos". ed. CEU

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Doutrina Espírita

Doutrina Espírita

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

O AMOR É CEGO?

A notícia, em determinado periódico eletrônico, apresentou um conhecimento muito interessante.

Dizia que cientistas britânicos concluíram que os sentimentos amorosos podem levar à supressão da atividade nas áreas do cérebro que controlam o pensamento crítico.

A investigação dos especialistas londrinos demonstra que, quando ficamos mais próximos de uma pessoa, o cérebro decide que a necessidade de avaliar o seu caráter e personalidade é menor.

Os sentimentos suprimem a atividade neurológica relacionada com a avaliação social crítica dos outros e as emoções negativas.

O fenômeno acontece não só no amor romântico, mas também no amor maternal.

A equipe de pesquisadores analisou a atividade cerebral de 20 jovens mães quando viam fotos de seus filhos, de crianças que conheciam e de amigos adultos.

Os padrões de atividade cerebral registrados foram muito parecidos aos já identificados no estudo relativo aos efeitos do amor romântico.

O que surpreendeu os estudiosos, em ambas análises, foi a revelação de que há redução dos níveis de atividade nos sistemas necessários para fazer julgamentos negativos.

Um fenômeno muito importante, indicam os especialistas, já que tanto o amor romântico como o amor maternal são vitais para a perpetuação da espécie humana.

* * *

Existe lente mais bela e segura para nossos olhos, do que a lente do amor?

Diz-se que o amor é cego... Eis um grande engano, pois vamos percebendo com o tempo que, em verdade, cegos somos nós com nossos rótulos, com nossos pré-julgamentos e preconceitos.

O amor sempre enxergou bem. Nós não sabíamos.

O amor enxerga com os olhos de Deus, através dos olhos da realidade espiritual da vida, e não com as lentes pobres do mundo.

Que importância tem as imagens exteriores, para quem ama?

Somente os materialistas – que se perdem seguidamente neste mundo – dão tanto valor às embalagens, às aparências.

Que direito temos nós de fazer comentários como: Não sei como ela, tão bela, se apaixonou por alguém assim, tão normal ou desajeitado – referindo-se à beleza exterior.

Se tais questões ainda nos surpreendem, ainda nos incomodam, é sinal que ainda não conhecemos o amor e sua visão pura.

Temos esta visão límpida quando nossos filhos nascem, enrugados, feinhos por vezes, e nós, os pais, só enxergamos beleza, encanto.

Que visão é essa senão a do amor?

Nesse momento, a explicação do sentir poderia ser:

Diante da beleza de uma nova vida, que veio através de mim, que tem a minha genética, como poderia encontrar algo feio ou desagradável aos olhos?

Se esse fosse sempre nosso ponto de partida, analisaríamos a vida de forma diversa.

Que importa se não temos os padrões de beleza atuais, se temos vida em abundância por dentro, se amamos, se somos pessoas de bem?

Que importância teria a beleza exterior de um Chico Xavier, de um Gandhi, de uma Madre Teresa?

Certamente são almas belíssimas, de uma beleza que fica, que não envelhece, que não adoece.

Dessa forma, pensemos na beleza de nosso coração, na alegria de viver, nos olhos acesos pelo amor.

O amor enxerga, sim, muito bem...





Redação do Momento Espírita, com base em reportagem do jornal português Diário digital de 14.06.2004.
Em 31.12.2009.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

15 afirmações que irão melhorar sua vida

“Hoje é um dia marcante. Nele, você começará a criar uma vida mais plena. Nele, você começará a se libertar de suas limitações porque traz dentro de si ferramentas poderosas, que são seus pensamentos e suas crenças”.

Com base nessa declaração de Louise Hay, autora do livro O Poder das Afirmações Positivas, recolhi alguma expressões que, se ditas mentalmente, todos os dias, provocarão uma grande transformação – para melhor – na vida de cada um de nós.

Algumas expressões são da própria Louise Hay. Outras são do livro Um Dia de Cada Vez, do Al-Anon, associação de ajuda,ligada a Alcoólicos Anônimos.

Experimente. Não custa nada e, acredite, funciona. Vamos lá?

1. O dia é hoje.

2. Viva e deixe viver.

3. Devagar tembém é pressa.

4. Sou grato por estar vivo hoje. É uma alegria e um prazer viver outro dia maravilhoso.

5. Eu me concedo o dom de estar livre do passado e me volto com alegria para o presente.

6. Irradio sucesso e prosperidade onde quer que eu esteja.

7. Mereço o melhor e aceito o melhor agora.

8. Sei que sou capaz de criar milagres em minha vida.

9. Se estiver triste e descontente, cultivarei, deliberadamente, pensamentos felizes. Se me sentir inclinado a criticar, procurarei idéias boas e agradáveis e nelas fixarei meus pensamentos.

10. Que as fantasias do meu pensamento não me levem a antecipar problemas, uma vez que não posso saber aquilo que o futuro irá trazer.

11. Eu sou a imensa energia eletrônica que flui, que renova todas as células de minha mente e de meu corpo, já, neste exato momento.

12.Vivo num universo de abundância, amor e harmonia e agradeço por isso.

13. Ensine-me, Senhor, a respeitar o direito à dignidade e à independência de meus semelhantes, assim como desejo que eles respeitem o meu.

14. Estou descobrindo talentos que não sabia que possuía.

15. Meu potencial é ilimitado.

fonte: www.otimismoemrede.com

DESASTRES AMBIENTAIS....MÃO DO HOMEM OU CICLO NATURAL





A Gênese Segundo o Espiritismo (Resumo)

Capítulo IX
REVOLUÇÕES DO GLOBO

Revoluções gerais ou parciais
As revoluções gerais ocorreram durante as fases de consolidação da crosta terrestre; são os períodos geológicos que se sucederam de forma lenta e gradual, exceto o período diluviano que transcorreu de forma repentina.

Desde que atingida a solidificação da crosta, passaram a ocorrer somente modificações parciais da superfície, pela ação do fogo e das águas. O fogo produziu erupções vulcânicas ou terremotos, com todas as suas conseqüências, levantamentos ou afundamentos de regiões da crosta, dando origem a ilhas oceânicas e desaparecimento de outras tantas. Quanto às águas, inundaram ou ampliaram costas, formaram lagos, "aterros nas embocaduras dos rios que rechassando o mar, criaram novos territórios", como o delta do Nilo e delta do Ródano.

Idade das montanhas
A idade das montanhas não representa o nº de anos de sua existência mas sim o período geológico em que se formaram. Assim, constatou-se que são do período de transição as montanhas dos: Vosges da Bretanha, Côte-d' Or na França. São do período secundário: Jura, contemporâneo dos répteis gigantes. Terciário: Pirineus, Monte Branco, Alpes ocidentais, Alpes orientais(Tirol). Período Diluviano: algumas montanhas da Ásia.

Dilúvio bíblico
É conhecido como "grande dilúvio asiático". Mares interiores como o de Azof e o mar Cáspio, e águas salgadas e sem comunicação com outros mares, além de outros fatores, comprovam a tese de que foi causado por levantamento de parte de montanhas da Ásia, provocando inundações na Mesopotâmia e demais regiões em que vivia o povo hebreu. Foi portanto de efeitos locais e não universais como sugere o livro de Moisés, tanto que a chuva não teria condições de provocar a inundação de toda a Terra.

O dilúvio asiático conservou-se na memória dos povos, sendo, portanto, posterior ao surgimento do homem na Terra. "É igualmente posterior ao grande dilúvio universal que assinalou o início do atual período geológico".

Revoluções periódicas
Além dos movimentos de translação e rotação, a Terra executa um terceiro movimento sobre seu eixo como o de um "pião a morrer", movimento que se completa a cada 25.868 anos, produzindo o fenômeno chamado "precessão dos equinócios". O equinócio é o momento em que o sol, em seu movimento de um hemisfério a outro, se encontra perpendicular ao equador, o que ocorre em 21 de março e a 22 de setembro de cada ano. Como a cada ano o momento do equinócio avança alguns minutos, resulta que o equinócio da primavera (mês de março), ocorrerá futuramente em fev., depois, jan., dez., fazendo com que a temperatura do mês se altere, voltando gradativamente ao estágio original ao completar o período de 25.868 anos. A esse avanço do momento dos equinócios denominou-se "precessão dos equinócios".

As conseqüências desse movimento são:

O aquecimento com fusão dos gelos polares até à metade do período e posterior resfriamento gradativo até novamente congelarem-se, permitindo aos polos gozarem de fertilidade no período após o degelo.
O deslocamento do mar, inundando lenta e gradativamente algumas terras, fazendo com que as populações de geração para geração se desloquem para regiões mais altas, voltando as águas posteriormente ao leito anterior. Enquanto estão imersas, as terras recuperam os princípios vitais esgotados, através dos depósitos de matérias orgânicas, ressurgindo novamente férteis após o afastamento das águas.
Cataclismos futuros
Alcançada já a solidificação da crosta e extintos a maioria dos vulcões, não é de se esperar a ocorrência das grandes comoções telúricas. Erupções vulcânicas ainda ocorrem, causando perturbações locais, como inundações das áreas próximas.

A natureza fluídica dos cometas afasta qualquer receio de choque contra a Terra, pois, se ocorresse, a atravessaria sem causar dano. Por outro lado a "regularidade e a invariabilidade das leis que presidem aos movimentos dos corpos celestes" afasta qualquer hipótese de choque entre planetas.

A Terra terá logicamente um fim. Entretanto, atualmente acabou de sair da infância, entrando em um período de progresso pacífico com fenômenos regulares e com o concurso do homem. "Está, porém, ainda, em pleno trabalho de gestação do progresso moral. Aí residirá a causa das suas maiores comoções. Até que a Humanidade se haja avantajado suficientemente em perfeição, pela inteligência e pela observância das leis divinas, as maiores perturbações ainda serão causadas pelos homens, mais do que pela Natureza, isto é, serão antes morais e sociais do que físicas".

Aumento ou diminuição do volume da Terra
O espírito de Galileu manifestou em 1.868, opinião à respeito, esclarecendo que "os mundos se esgotam pelo envelhecimento e tendem a dissolver-se para servir de elementos de formação a outros universos". No período de formação, ocorre a condensação da matéria com redução do volume, porém conservando a mesma massa; no segundo período há a contração e solidificação da crosta, desenvolvimento da vida até a forma mais aperfeiçoada. À medida que os habitantes progridem espiritualmente, o mundo passa a um decrescimento material, sofrendo perdas e gradual desagregação de moléculas até chegar a completa dissolução. Ao diminuir a massa do globo, passa a ser dominado gravitalmente por planetas mais poderosos, alterando seus movimentos e conseqüentemente as condições de vida. É a terceira fase: decrepitude, após passar pela infância e virilidade. "Indestrutível, só o Espírito, que não é matéria".

FONTE: Portal do Espírito

Senhor da Vida,

Abençoa-nos o propósito

De penetrar o caminho da Luz!...



Somos Teus filhos,

Ainda escravos de círculos restritos,

Mas a sede do Infinito

Dilacera-nos os véus do ser.



Herdeiros da imortalidade,

Buscamos-Te as fontes eternas

Esperando, confiantes, em Tua misericórdia.



De nós mesmos, Senhor, nada podemos.

Sem Ti, somos frondes decepadas

Que o fogo da experiência

Tortura ou transforma...



Unidos, no entanto, ao Teu Amor,

Somos condicionadores gloriosos

De Tua Criação interminável.



Somos alguns milhares

Neste campo terrestre;

E, antes de tudo,

Louvamos-Te a grandeza

Que não nos oprime a pequenez...



Dilata-nos a percepção diante da vida,

Abre-nos os olhos

Enevoados pelo sono da ilusão

Para que divisemos Tua glória sem fim!...

Desperta-nos docemente o ouvido,

A fim de percebermos o cântico

De tua sublime eternidade.

Abençoa as sementes de sabedoria

Que os teus mensageiros esparziram

No campo de nossas almas;

Fecunda-nos o solo interior,

Para que os divinos germens não pereçam.



Sabemos, Pai,

Que o suor do trabalho

E a lágrima da redenção

Constituem adubo generoso

A floração de nossas sementeiras;

Todavia,

Sem Tua bênção,

O suor elanguesce

E a lágrima desespera...

Sem Tua mão compassiva,

Os vermes das paixões

E as tempestades de nossos vícios

Podem arruinar-nos a lavoura incipiente.



Acorda-nos, Senhor da Vida,

Para a luz das oportunidades presentes;

Para que os atritos da luta não as inutilizem,

Guia-nos os pés para o supremo bem;

Reveste-nos o coração

Com a Tua serenidade paternal,

Robustecendo-nos a resistência!

Poderoso Senhor,

Ampara-nos a fragilidade,

Corrige-nos os erros,

Esclarece-nos a ignorância,

Acolhe-nos em Teu amoroso regaço.



Cumpram-se, Pai Amado,

Os Teus desígnios soberanos,

Agora e sempre.

Assim seja.

Ascendente espiritual na Terra


Weimar Muniz de Oliveira

Weimar Muniz de Oliveira é presidente do Lar de Jesus, vice-presidente da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas e diretor da Feego
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Os tempos são chegados Não é difícil de perceber a ascendência do princípio espiritual sobre o princípio material. A Filosofia e a Religião, ao lado da pesquisa científica, demonstram que o mundo espiritual prevalece sobre o mundo material. E mais: o primeiro governa o segundo, ditando-lhe as normas, os fenômenos e os fatos históricos mais evidentes, que nem sempre são registrados com fidelidade pelos anais terrenos.



O homem, filho de Deus, é espírito, em essência. Enverga e tem envergado, ao longo se sua trajetória, um corpo carnal, com vistas à sua evolução espiritual e à sua integração com as leis da natureza: leis divinas.



Na sua caminhada infinita, rumo à perfeição, tem necessidade da luta ingente na matéria densa, a fim de aprender e experimentar, adquirindo, com o tempo, maior sensibilidade e saber, na continuidade de sua jornada, em demanda a planos cada vez mais sutis da vida, até atingir o estágio que o habilite a conhecer-se a si mesmo e impor-se sobre a matéria.



Para isso atingir, com o passar das eras, a partir do princípio de sua razão e livre-arbítrio bruxuleantes, tem ele que se submeter à dor e aos embates persistentes das formas mais grosseiras.

Filho de Deus que é, caminhará cada vez mais resoluto em busca do abstrato, através do intelecto e do sentimento, eis que nada é mais abstrato, nada é mais intelecto e amor do que Deus, o seu Criador e Pai, Causa das Causas. O homem, diamante ainda bruto, de tríplice aspecto, átimo de luz da Gema Central, errará por vales e montes, até que, um dia, brilhe em toda a sua capacidade e vigor, depois que o tempo, lapidário insubstituível, o devolver, garboso e ofuscante, ao seu "habitat", ao convívio do seu Divino Autor.



Enquanto persistir o seu transladar pelos ambientes densos da crosta, guiar-se-á com as forças intrínsecas de si mesmo, sem embargo da presença constante de seu guardião, que o acompanhará sempre, à conta do Altíssimo. Mas, em essência, é a luz, vacilante ainda, destacada do foco Central, com amor. Por isso mesmo, essa luz, ou ele próprio, o homem é o que pensa, ordena comanda, acionando a vontade. A luz, o EU, ordena, o perispírito transmite a ordem ao corpo e este a executa.



Nessa tríade – espírito, perispírito e corpo físico – consubstancia-se o homem, enquanto em experiência no corpo denso, até que, um dia, na sua plenitude espiritual, não mais terá de se sujeitar à roda trepidante e repetitiva das experiências planetárias.



Há, pois, uma ascendência natural do espírito sobre a matéria, submetendo-a e governando-a. Do mesmo modo, o mundo espiritual exerce irresistível influência e governo sobre os mundos físicos. Frise-se, aliás, que os mundos físicos existem em função do espírito, em razão da necessidade que tem o espírito de experimentar e evolver. O físico pressupõe a existência do espiritual, assim como a sombra reconfortante pressupõe a existência da árvore frondosa.



O governo do planeta Terra Não constitui novidade para os espiritistas que Jesus é o Governador de nosso planeta, um dos nove da família solar.

Conta-se, nos Anais da Espiritualidade Superior, segundo informações de Emmanuel ("A caminho da luz", psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, FEB, 18ª edição, Cap. I, Pág. 17) que a Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, da qual Jesus é um dos membros divinos, reuniu-se por duas vezes já, nas vizinhanças da Terra, para deliberar a respeito dos problemas relacionados com o planeta. A primeira dessas reuniões deu-se quando se decidiu da criação da Terra como mais um dos membros do sistema solar, o qual, na forma de nebulosa ignescente, destacou-se do foco central, há bilhões de anos, chegando ao que é atualmente, conforme deduções da própria ciência oficial.



Nessa augusta assembléia, Jesus fora escolhido o Governador do planeta nascente. Conta-se mais, que a segunda reunião da Colenda Comunidade acontecera quando se decidiu sobre a vinda do próprio Cordeiro Divino à Terra, pra trazer-nos, em pessoa, o seu Evangelho de Amor e Redenção, aqui vivendo a mais brilhante de todas as epopéias.



Foi assim que, sob a supervisão divina e amorável do Grande Mestre, lançaram-se os pródromos das sementes da Terra e sua futura humanidade.



Eis o que nos diz Emmanuel (obra citada, Cap. I, Pág, 21): "Sim, Ele havia vencido todos os pavores das energias desencadeadas; com as suas legiões de trabalhadores divinos, lançou o escopro da sua misericórdia sobre o bloco de matéria informe, que a Sabedoria do Pai deslocara do Sol para as suas mãos augustas e compassivas. Operou a escultura geológica do orbe terreno, talhando a escola abençoada e grandiosa, na qual o seu coração haveria de expandir-se em amor, claridade e justiça. Com os seus exércitos de trabalhadores devotados, estatuiu os regulamentos dos fenômenos físicos da Terra, organizando-lhes o equilíbrio futuro na base dos corpos simples de matéria, cuja unidade substancial os espectroscópios terrenos puderam identificar por toda a parte do universo galáxico. Organizou o cenário da vida, criando, sob as vistas de Deus, o indispensável à existência dos seres do porvir. Fez a pressão atmosférica adequada ao homem, antecipando-se ao seu nascimento no mundo, no curso dos milênios; estabeleceu os grandes centros de força da ionosfera e da estratosfera, onde se harmonizam os fenômenos elétricos da existência planetária, e edificou as usinas de ozone a 40 e a 60 quilômetros de altitude, para que filtrassem convenientemente os raios solares, manipulando-lhes a composição precisa à manutenção da vida organizada no orbe. Definiu todas as linhas de progresso da humanidade futura, engendrando a harmonia de todas as forças físicas que presidem ao ciclo das atividades planetárias."



Época de transição "Uma nuvem de fumo vem-se formando, há muito tempo, nos horizontes da Terra cheia de indústrias de morte e destruição (...)" expressa-se o mentor espiritual de Francisco Cândido Xavier (obra cit., Pág. 110).



É chegado o momento do acerto de contas.



Não resta dúvida de que o momento é de transição e nenhuma transição se opera sem muita dor e sofrimento. É o que tem ensinado a história de todas as civilizações que transitaram na face da Terra. Sobre o momentoso assunto, a profecia é fértil e repetitiva, desde João, no Apocalipse, a não se falar no Velho Testamento. Os vaticínios do que está para acontecer e que desde há algum tempo já vem acontecendo e que se intensificará dia a dia, até o ápice, constam de inúmeros relatos em diversas obras literárias.





Além do Apocalipse (Cap. I a XXII), de Mateus (Cap. 24 e 25), de Nostradamus ("As Centúrias"), de Allan Kardec ("A Gênese" – Cap. XVII e XVIII – "O Evangelho segundo o Espiritismo"), de André Luiz ("No mundo maior" – F. C. Xavier –Cap. 2 –A preleção de Eusébio), tais advertências e predições constam dos seguintes livros do respeitável Emmanuel (psicografia de Chico Xavier), pelo que nos foi dado apurar: 1- "Há dois mil anos"- Alvoradas do Reino do Senhor; 2- "A caminho da luz"- Introdução e contexto; 3- "Emmanuel"- Fim de um ciclo planetário; 4- "Justiça Divina"- Ante os Mundos Superiores; 5- "Servidores no além"- Onde o remédio; 6- "Sentinela da luz"- Nas convulsões do século XX. Em todas essas obras, os relatos proféticos são concordantes nos pontos fundamentais.



No entanto, dada a necessidade de síntese, cingimo-nos apenas às observações de Emmanuel na obra aqui tomada por base de nossas divagações ("A caminho da luz"), com subsídios de duas outras do mesmo autor. Falando sobre o Evangelho e o Futuro (Cap. XXV – Pág. 213, 214 e 215), escreve: "(...)



Se as dolorosas expiações coletivas preludiam a época dos últimos "ais" do Apocalipse, a espiritualidade tem de penetrar as realizações do homem físico, conduzindo-as para o bem de toda a Humanidade.



O Espiritismo, na sua missão de Consolador, é o amparo do mundo neste século de declives da sua História. (...)



São chegados os tempos em que as forças do mal serão compelidas a abandonar as suas derradeiras posições de domínio nos ambientes terrestres, e os seus últimos triunfos são bem o penhor de uma reação temerária e infeliz, apressando a realização dos vaticínios sombrios que pesam sobre o seu império perecível.



Ditadores, exércitos, hegemonias econômicas, massa versáteis e inconscientes, guerras inglórias, organizações seculares, passarão com a vertigem de um pesadelo. A vitória da força é uma claridade de fogos de artifício. Toda a realidade é do Espírito e toda a paz é a do entendimento do Reino de Deus e de sua Justiça. O século que passa efetuará a divisão das ovelhas do imenso rebanho. O cajado do pastor conduzirá o sofrimento na tarefa penosa da escolha e a dor se incumbirá do trabalho – que os homens não aceitaram por amor. Uma tempestade de amarguras varrerá toda a Terra.



Os filhos da Jerusalém de todos os séculos devem chorar, contemplando essas chuvas de lágrimas e de sangue que rebentarão das nuvens pesadas de suas consciências enegrecidas.



Condenada pelas sentenças irrevogáveis de seus erros sociais e políticos, a superioridade européia desaparecerá para sempre, como a do Império Romano, entregando à América o fruto das suas experiências, com vistas à civilização do porvir.



Vive-se agora, na Terra, um crepúsculo, ao qual sucederá profunda noite; e ao século XX compete a missão do desfecho desses acontecimentos espantosos." (Destacamos)

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E ainda agora, em recente advertência, através do livro "Sentinelas da luz", que veio a lume em 1990 (Ed. Cultura do Espírito União – 1ª edição –Pag. 46/55), sob o título Nas convulsões do século XX, Emmanuel perora (vide alguns fragmentos):



"(...) Amontoam-se pesadas nuvens nos céus do Oriente e do Ocidente (...) Quem impedirá a tempestade de suor e lágrimas?



Épocas de profundas aflições, dir-se-ia encontrarmos no século XX o fruto de sangue de dezesseis séculos de menosprezo à luz espiritual. (...)

Arraiga-se a injustiça, com a máscara da legalidade, nas organizações dos países mais nobres. (...)



A desconfiança e a discórdia regem as relações internacionais. Racismo tirânico perturba povos avançados. O domicílio dos homens sofrerá terríveis brechas, até que a razão se equilibre nas diretrizes do mundo. A inteligência bestial combaterá ainda a sabedoria divina por longo tempo. Não somos, pois, estranhos à tormenta de lágrimas que cobrirá a fronte dos continentes em dolorosos quadros apocalípticos.

(...) Buscando o Cristo nos templos exteriores e expulsando-O dos corações, fora temeridade espera-lo por salvador gratuito à última hora. (...)



A consciência identificada com o Mestre é o refúgio indispensável." (Destaque nosso)



E para os companheiros do Evangelho assevera: "Irmãos, entrelaçai os braços e uni corações, em torno do Caminho, da Verdade e da Vida!



Tormentas de dor rondam os castelos da vaidade humana e gênios escuros do morticínio acercam-se das moradias sem alicerces.



Os monstros que devoraram as civilizações dos persas e dos assírios, dos egípcios e dos gregos, dos romanos e dos fenícios espreitam a grandeza fantasiosa dos vossos palácios de ilusão! ...

Os oráculos que prognosticaram queda e ruína em Persépolis e Babilônia, Tebas e Atenas, Roma e Cartago prenunciam angustiados vaticínios em vossas cidades poderosas...



Polvos mortíferos do ódio e da ambição desregrada multiplicam-se no oxigênio terrestre, predizendo misérias e desolação. Trazem a fome e a peste em novos aspectos, desorganizando-vos a vida e desintegrando-vos os celeiros...



Todos vivemos tempos dramáticos de prece, espectação e vigília..."



Terceira reunião da Comunidade das Potências Angélicas do Sistema Solar Informa-nos, ainda, o amoroso mentor espiritual (obra cit.-Pag 189) que "Espíritos abnegados e esclarecidos falam-nos de uma nova reunião da Comunidade das Potências Angélicas do Sistema Solar, da qual Jesus é um dos membros divinos", a terceira que se realiza desde a formação do planeta, a fim de deliberar, mais uma vez, sobre os destinos da Terra, neste ocaso do segundo milênio.



Aproxima-se o instante em que se pode repetir, neste recanto do Universo, o que acontecera alhures, em Capela, ou Cabra, na longínqua constelação do Cocheiro, quando uma leva imensa de capelinos fora degredada para o orbe terráqueo, então quase primitivo, vindo a formar a base de toda a evolução planetária humana, impulsionando-a de alguns séculos ou milênios sob o olhar e proteção amorosos do Nazareno, formando as principais raças-mãe: a civilização egípcia, a Índia védica, a raça hebréia e a Indo-Européia, donde adviram os latinos, os celtas, os gregos, os germanos e os eslavos.



"Que resultará desse conclave de Anjos do Infinito?", pergunta Emmanuel; e responde: "Deus o sabe." "A dor há de vir realizar a obra que não foi possível ao amor edificar por si mesmo" ("Servidores do além"- IDE, 1ª edição, 1989-Pag 20)



O Cristo, porém, é o nosso consolo e o seu grande amor o nosso asilo; suas palavras, que ainda repercutem nos refolhos de nossa alma, a nossa esperança: "Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos, porque virão dias em que se dirá:- Bem-aventurados os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram! Clamareis, então, para os montes:- Caí sobre nós! E rogareis aos outeiros:- Cobri-nos! Porque se ao madeiro verde fazem isso, que não se fará ao lenho seco?"

("Sentinelas da luz", obra cit., Pág 55). Fonte: Vide texto do subtítulo Época de Transição.





NAS CONVULSÕES DO SÉCULO XX (INTEGRA)
Emmanuel



Não bastaram as torrentes do infortúnio que as grandes guerras do século lançaram sobre os vales do mundo.



Acordando, estremunhada, de horrível pesadelo, que perdurou por mais de dois mil dias, e embora os lares desertos, os campos talados, as arcas empobrecidas e as prisões repletas, arregimenta-se a coletividade planetária para novos embates de cegueira e destruição.



Amontoam-se pesadas nuvens nos céus do Oriente e do Ocidente...



Quem impedirá a tempestade de suor e lágrimas?!...



Época de profundas aflições, dir-se-ia encontrarmos no século XX o fruto de sangue de dezesseis séculos de menosprezo à luz espiritual.

Desde Constantino, o Cristianismo puro sofre a intromissão egoística de humanos interesses. Sempre a ofensiva das trevas contra a luz, as arremetidas do mal contra o bem.



É inegável que as instituições terrenas, não obstante constrangidas, revelam apreciáveis características de progresso. Regressando ao cenário atual, Aristóteles, o oráculo de filósofos e teólogos, não mais aplaudiria o cativeiro, declarando o escravo "propriedade viva"; Ignácio de Loiola, o santo, a pretexto de preservar a fé, não mobilizaria os tribunais da Inquisição.



A influência do Cristianismo determinou enormes transformações na cultura administrativa. Entretanto, a dignificação da personalidade permanece apenas esboçada.



Os aviltamentos do ódio campeiam em todos os climas. Arraiga-se a injustiça, com a máscara da legalidade, nas organizações dos países mais nobres.



Há desvarios do poder em toda parte.

Baraço e cutelo, metamorfoseados nos mais estranhos aparelhos de tortura e de morte, são ainda recursos da toga.



A desconfiança e a discórdia regem as relações internacionais.



Racismo tirânico perturba povos avançados. Conflitos ideológicos tremendos aguçam o raciocínio a soldo da ciência perversa.

E, coroando o sombrio edifício, instalou-se a guerra entre os homens, à maneira de sorvedouro infernal.



O conceito de civilização flutua ao sabor dos grupos dominantes. Para alguns, repousa na economia ou na força; para outros, no direito exclusivista ou na liberdade de praticar o mal. E, do que podemos presumir, não está próxima a equação do inquietante problema.



Há sempre volumosos contingentes para ganhar a demanda, mas raros homens se preocupam em ganhar a harmonia.



O domicílio dos homens sofrerá terríveis brechas, até que a razão se equilibre nas diretrizes do mundo.



A inteligência bestial combaterá ainda a sabedoria divina por longo tempo.



Não somos, pois, estranhos à tormenta de lágrimas, que cobrirá a fronte dos continentes em dolorosos quadros apocalípticos. Constituímos o fruto do que fomos, colhemos na pauta da semeadura.



Nisto não vai estima às predições de Cassandra, nem barateamento às profecias.



Buscando o Cristo nos templos exteriores e expulsando-O dos corações, fora temeridade esperá-lo por salvador gratuito à última hora.



Eis porque, à frente dos atritos formidandos dos dias que passam, apelamos para os seguidores do Evangelho, a fim de que se unam no culto à religião interior.



A consciência identificada com o Mestre é refúgio indispensável.



Se as doutrinas da força somente representam a decadência das nações, por libertarem o vandalismo, restituindo o homem à animalidade primária, é justo reconhecer que a democracia sem orientação cristã não pode conduzir-nos à concórdia desejada. Realmente, a Revolução Francesa, que inaugurou grandes movimentos libertários do Planeta, filiava-se, no fundo, às plataformas elevadas.



Objetivava o término das administrações inconscientes, o fim da ociosidade consagrada, a extinção de prerrogativas delituosas, o reajustamento do governo e do sacerdócio, em nome da liberdade, da igualdade e da fraternidade.



Muitos dos patrocinadores da renovação acreditaram-se movidos pelo messianismo evangélico; no entanto, esqueceram-se de que Jesus advogara a liberdade de obedecer a Deus contra o mal, a igualdade dos deveres para que o mérito marcasse a responsabilidade, e a fraternidade verdadeira, dentro da qual há mais alegria em dar que em receber.



Conspurcada nos fundamentos, a Revolução, desbordando nos instintos sanguinários, em breve degenerou-se nas lutas napoleônicas, estabelecendo, no mundo, as guerras odiosas de povo a povo.



Desde então, a Terra, em sua geografia política, é uma colméia desesperada, que só a cristianização da democracia poderá reajustar.



O angustioso enigma prende-se à ordem espiritual. Impraticável o erguimento do edifício sem bases. Impossível a organização de instituições respeitáveis sem sentimentos humanos dignificados.



O homem elevar-se-á com o Cristo para levantar a política até o plano do equilíbrio divino ou a política sem Cristo, seja qual for a bandeira a que se acolhe, precipitará o homem no caos.



Este - o dilema da atualidade, em que a ventania da destruição assopra de novo...



E, não obstante edificados na certeza de que tudo coopera em benefício dos que amam a Deus, das claridade de além-túmulo, repetimos para os companheiros do Evangelho:



- Irmãos, entrelaçai os braços e uni corações, em torno do Caminho, da Verdade e da Vida! Tormentas de dor rondam os castelos da vaidade humana e gênios escuros do morticínio acercam-se das moradias sem alicerces.



Os monstros que devoraram as civilizações dos persas e dos assírios, dos egípcios e dos gregos, dos romanos e dos fenícios espreitam a grandeza fantasiosa dos vossos palácios de ilusão!... Os oráculos que prognosticaram queda e ruína em Persépolis e Babilônia, Tebas e Atenas, Roma e Cartago pronunciam angustiados vaticínios em vossas cidades poderosas...



Polvos mortíferos do ódio e da ambição desregrada multiplicam-se no oxigênio terrestre, predizendo misérias e desolação. Trazem a fome e a peste em novos aspectos, desorganizando-vos a vida e desintegrando-vos os celeiros...



Todos vivemos tempos dramáticos de prece, expectação e vigília...



E, enquanto o aquilão da impiedade ruge destruidor, reunamo-nos na Jerusalém do íntimo santuário!...



Sigamos o Senhor na via dolorosa, como quem sabe que Ele prossegue à nossa frente, desvelando-nos o caminho da ressurreição eterna.



Vejamo-Lo, heróico e divino, em seu apostolado de sublime renúncia, vergado à cruz de nossas fraquezas milenárias...



É natural que nossos olhos espreside aos destinos, ouçamo-Lo a dirigir-se às mulheres piedosas que se lhe ajoelhavam aos pés, na cidade santa: "Filhas de Jerusalém, não chorais por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos, porque virão dias em se dirá:



- Bem aventurados os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram! Clamareis então para os montes: -Caí sobre nós! E rogareis aos outeiros:



- Cobri-nos! Porque se ao madeiro verde fazem isto, que se não fará ao lenho seco?"



(De "Sentinelas da Luz", de Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos)











Ante os mundos superiores


Reunião pública de 21-8-61
1ª Parte, cap. III, item 11
Quando nos referirmos aos mundos superiores, recordemos que a Terra, um dia, formará entre eles, por estância divina. Atualmente, no entanto, apesar das magnificências que laureiam a civilização em todos os continentes, não podemos alhear-nos do preço que pagará pela promoção.

Sem dúvida, os campos ideológicos da vida internacional entrarão em conflitos encarniçados pelo domínio. As nuvens de ódio que se avolumam, na psicosfera do Planeta, rebentarão em tormentas arrasadoras sobre as comunidades terrestres. Contudo, as vibrações do sofrimento coletivo funcionarão por radioterapia na esfera da alma, sanando a alienação mental dos povos que sustentam as chagas da miséria, em nome da idéia de Deus, e daqueles outros que pretendem extirpá-las, banindo a idéia de Deus das próprias cogitações. Engenhos de extermínio desintegrarão os quistos raciais e as cadeias que amordaçam o pensamento, remediando as agonias econômicas da Humanidade e dissipando as correntes envenenadas do materialismo, a estender-se por afrodisíaco da irresponsabilidade moral.
*
Enunciando, porém, semelhantes verdades, é forçoso dizer que não somos profetas do belicismo, nem Cassandras do terror.
Examinamos simplesmente o quadro escuro que as nações poderosas organizaram e que lhes atormenta, hoje, os gabinetes de governança, ainda mesmo quando se esforçam por disfarçá-lo nos banquetes políticos e nos votos de paz.
E, ao fazê-lo, desejamos apenas asseverar a nossa fé positiva no grande futuro, quando o homem, superior a todas as contingências, respirar, enfim, livre dos polvos da guerra que lhe sugam as energias e lhe entornam inutilmente o sangue em esgotos de lágrimas.
*
Abrindo as estradas do espírito para essa era de luz, abracemos a charrua do suor, pela vitória do bem, seja qual seja o nosso setor de ação.
Obreiros da imortalidade, contemplaremos os habitantes da Terra a emergirem de todos os escombros com que pretendam sepultar-lhes as esperanças, elevando-se em direitura de outras plagas do Universo! E enquanto nos empenhamos, cada vez mais, em largas dívidas para com a Ciência que nos rasga horizontes e traça caminhos novos, vivamos na retidão de consciência, fiéis ao Cristo, no serviço incessante de burilamento da alma, na certeza de que, se a glorificação chega por fora, a verdadeira felicidade é obra de dentro.



ONDE O REMÉDIO?

Emmanuel

Meus amigos, muita paz.
Se a noite é das crianças, eu também quero fazer-me pequenino, dentro da humildade da minha posição espiritual e, de coração genuflexo com o vosso, elevo o pensamento sincero ao Senhor do Trabalho e da Seara, suplicando-Lhe Bênçãos Divinas para o vosso esforço, Bênçãos essas que muito particularmente desejo aos nossos irmãos que vieram de longe, trazendo aos companheiros da causa da Verdade e da Luz, a palavra da fraternidade e do amor.
Enquanto as ruinarias vão povoando o planeta, vítima dos mais sérios desequilíbrios, dentro da crise ideológica e moral que há muito tempo, lhe trabalha o imenso organismo social e político, estais aqui no labor educativo, o caminho primário do reerguimento humano, a estrada primordial da regeneração da vida terrestre, ansiosa de atingir as elevadas finalidades do seu alto destino.
*
Os vossos tempos refletem amargamente a angústia coletiva de todos os povos, em face dessa aluvião de escombros que prenuncia terrível para os anos próximos, como corolário de desvios e de antagonismo irreconciliáveis, tão somente criados pela mentalidade humana, dentro de seu abuso de liberdade.
*
Dores amargas se anunciam nesse paiol de abundância e de super-produção, que a inteligência da humanidade criou para a sua vida. E a verdade é que as facilidades da civilização deveriam constituir um índice soberbo de aproveitamento espiritual, por parte das criaturas, detentoras dos mais notáveis progressos científicos nos tempos modernos.
*


Entretanto, os penosos acontecimentos que se verificam nestes dias de confusão, de angustiosa expectativa, bem demonstram o contrário.
O homem da estratosfera e das profundidades submarinas; o homem da mecânica e da eletricidade, da genética e da biologia, da física e da química, da filosofia e das religiões, em voltando para dentro de si, vem encontrando a sua mentalidade obscura de há dois milênios.
*
É esse fenômeno de antagonismo evidente entre o homem físico e o homem moral, a causa da subversão de todos os valores morais que vindes constatando.
Onde o remédio? Todos os pensadores se reúnem para comentar a necessidade dos tempos. Os políticos convocam ministérios e gabinetes; os filósofos aventam teorias novas em sociologia, mas a verdade é que os cataclismos caminham no ar, sem que os poderes humanos consigam determinar-lhes a marcha.
*
Todos os corações sentem que existe algo para acontecer; aguardam angustiados uma novidade nos ares, como se sombrios vaticínios pesassem sobre a sua vida de relação e a realidade é que nem os políticos e nem os filósofos, nem os economistas e nem os sociólogos podem dirimir as profecias singulares e dolorosas, impossibilitados de recurso, desconhecendo o remédio necessário à paz coletiva e à prosperidade mundial.
*
Mas uma corrente de lutadores batalha hoje na vanguarda dos tempos. Vive desprotegida de todo amparo oficial da política administrativa, não se veste com as penas de pavão do cientificismo do século.

O tóxico do intelectualismo com todo os seus excessos perniciosos não lhe é familiar.Os trabalhadores são humildes.

Assemelham-se àqueles homens desprezados que construíram com os seus martírios e com as suas lágrimas as bases augustas do Cristianismo na civilização do Ocidente.
*
Não tem títulos, nem prerrogativas e nem sinais particularizados, mas de seus corações e de suas palavras, dimana a lição preciosa d’Aquele que reenvia ao mundo os seus verbos luminosos.
*
São os trabalhadores do Espiritismo que, de fato, começam pelo princípio, isto é, pela educação, único meio eficaz e seguro da realização almejada.
Educação no Evangelho Redivivo, na disseminação de verdades santas que as igrejas sectaristas abafam por mais de um milênio, no silêncio frio de seus calabouços, calando interesses inconfessáveis.
*
É verdade que essa falange de operários não poderá modificar a face do mundo de um dia para o outro. Não poderão esses servos da ultima hora, afastar do espírito coletivo das multidões delinqüentes, o quadro nefasto da guerra e do extermínio, criado pela sua ambição e pelo seu despotismo, longe daquele Reino de Deus que se constitui de Sua Justiça.
*
A dor há de vir realizar a obra que não foi possível ao amor edificar por si mesmo Todavia, o futuro está cheio daquela luz misericordiosa que promana do Alto para todos os corações da nova geração, dentro desse generoso labor do Espiritismo Cristão, na pedagogia renovada à luz do Evangelho do Senhor e dentro dessas edificações novas e sublimes, poder-se-á esperar o homem de amanhã, que, consciente do seu dever e da sua obrigação divina, possuirá a Terra e o Céu com os seus Infinitos Tesouros.

fonte:Carlos Eduardo Cennerelli < cennerelli@gmail.com >

domingo, 27 de dezembro de 2009

UM ANO QUE SE VAI...OU OUTRO QUE VEM

ESTAMOS NO MOMENTO DERRADEIRO DE MAIS UM ANO. A REFLEXÃO QUE PRECISAMOS FAZER MERECE TODO O CUIDADO POSSÍVEL. A MAIORIA DAS PESSOAS REFLETEM SOBRE PERDAS. IMPORTANTE TERMOS CONCIENCIA DE QUE JAMAIS PERDEMOS O QUE NÃO É NOSSO DE DIREITO E DE FATO OU POR DIREITO DE CONCIENCIA. ANTES DE MAIS NADA PRECISAMOS ADMITIR NOSSAS INCAPACIDADES E CRER QUE REALMENTE RECEBEMOS MUITO MAIS DO QUE PRECISAMOS. DEUS NOS DEU A VIDA E COM ELA O DIREITO DE OPTAR PELO CERTO E O ERRADO (LIVRE ARBÍTRIO) POR ISSO NÃO ACUMULE PERDAS INFUNDADAS, MAIS REFLITA SOBRE OS ACERTOS E TENTE MELHORAR AINDA MAIS. QUE TODOS TENHAM UM 2010 REPLETO DE PAZ, SAÚDE E HARMONIA.
QUE DEUS ABENÇÕE A TODA A HUMANIDADE.

Carlos Muller


sábado, 26 de dezembro de 2009

SELEÇÃO CÁRMICA

INDALÍCIO MENDES

(1901-1988)





Talvez jamais a Humanidade haja sofrido tantas desilusões quanto agora. Talvez nunca tenha sido tão incisiva a ação de falsos líderes e pregadores de idéias novas e doutrinas exóti­cas, que dão aos homens sem discernimento, mas pejados de ambições inferiores, a impressão de que ouvem e seguem legíti­mos arautos da Verdade, da Jus­tiça e do Bem.



Infelizmente, certa parte da Humanidade é imediatista e interesseira, não se inclinando a examinar serena­mente as promessas enganadoras ocultas sob o floreado atraente dos discursos insinceros.



Cansados de desilusões e fartos de sofrimentos, os homens volú­veis e superficiais, na ânsia de al­cançar benefícios fáceis, dei­xam-se embebedar com palavras sedutoras e seguem doutrinas que não resistem a um confronto segu­ro com os princípios puros do Cristo. E assim se entregam, sem resistência, mas cegamente, aos entorpecedores efeitos da maco­nha demagógica.



Tudo isso, compreendamos, so­brecarrega o quadro cármico de indivíduos e coletividades ainda em fase de desenvolvimento pri­mário e secundário e serve para reafIrmar categoricamente as pro­fecias de elevados Espíritos, acer­ca das provações excepcionais, já iniciadas, que estão assinalando, passo a passo, o advento do Ter­ceiro Milênio.



Essas perturbações políticas profundas, de grande influência e repercussão na vida íntima dos povos, parece terem inicia­do um novo ciclo com a defla­gração da guerra franco-prus­siana, em 1870.



O processo evolutivo não cessou jamais e em 1914 se verificou novo avanço cíclico, que adquiriu maior expressão com a guerra iniciada 25 anos depois, isto é, em 1939.



Portanto, três guerras que abalaram profundamente o cora­ção da Europa - interessando as duas últimas os países americanos e o mundo inteiro -, estabelece­ram novos rumos da vida social e política da Terra.



Houve quedas de governos autocráticos, liberta­ção de nações secularmente escra­vizadas, perda de poderio bélico de uns países outrora fortes e sur­gimento de novas potências mun­diais.



Como nunca, o Mate­rialismo estendeu seus tentáculos de ferro, constringindo a Huma­nidade e, por estranha "coinci­dência", justamente agora é que as coisas do Espírito mais se am­pliam no seio das massas humil­des, que vão adquirindo maior compreensão de certos deveres capazes de impedir a desnatura­ção completa da vida humana, embora andem pelas praças pú­blicas reivindicações de natureza popular um tanto exaltada.





Toda essa confusão, entre­tanto, está dentro das previsões espíritas. Emmanuel, no livro que traz o seu nome, edição de 1938, predisse a eclosão do conflito de 1939, que durou até 1945.



Os próprios homens, por seu afastamento do Cristo, tra­çam as dores que vão sofrer e as tribulações impostas aos paí­ses a que pertencem. Nada é feito por acaso, porque o acaso não existe.



A rebeldia dos ho­mens gera a balbúrdia e o de­sentendimento, a dor e a desi­lusão, porque as guerras têm uma função retificadora, uma função cármica. "De cada vez que os homens querem impor-se, arbitrários e despóticos, diante das leis divinas, há uma força misteriosa que os faz cair, den­tro dos seus enganos e de suas próprias fraquezas.



A impeni­tência da civilização moderna, corrompida de vícios e mantida nos seus maiores centros à cus­ta das indústrias bélicas, não é diferente do império babilônico que caiu, apesar do seu fastígio e da sua grandeza.



No banquete dos povos ilustres da atualidade terrestre, lêem-se as três pala­vras fatídicas do festi", de Balta­sar. Uma força invisível gravou novamente o 'Mane - Thecel ­Phares' na festa do mundo. Que Deus, na sua misericórdia, am­pare os humildes e os justos. " ("Emmanuel", de Emmanuel -Ed.1938.)





Ora, a corrupção da civilização atual se agravou imensa­mente depois da última guerra. A Humanidade está vivendo o ciclo preparatório do advento do Terceiro Milênio, já à porta, que marca o começo das dores e tribulações redentoras, para que o Terceiro Milênio seja, então, segundo as profecias, o da Redenção da Terra. O mundo está no crivo da evolução moral. Todas as imundícies e torpezas estão sendo reveladas e a confusão se torna progressivamente maior. Tomem por exemplo o nosso país e o que nele se passa, se quisermos ter uma idéia aproximada dessa grande verdade.



Já vaticinava Allan Kardec, ao referir-se à "marcha gradativa do Espiritismo":

"A Humanidade, entretanto, chegou a um dos pe­ríodos de sua transformação e o mundo terreno vai elevar-se na hierarquia dos mundos. O que se prepara não é, pois, o fim do mundo material (. . .) E o velho mundo, o mundo dos preconceitos, do orgulho. do egoísmo e do fanatismo que se esboroa. Cada dia leva consigo alguns destroços. Tudo dele acabará com a geração que se vai e a geração nova erguerá o novo edifício que as gerações seguinte con­solidarão e completarão ."

1. "Obras Póstumas



Três grandes passos deu a Hu­manidade para organizar o seu Mapa de provações coletivas de origens políticas, em 1870, 1914-18 e 1939-45, sem contar as transformações profundas de natureza social, verificadas na Rússia, primeiramente, e depois em outros países. Depois de 1945, os povos até então sub­metidos à servidão começaram a ser ouvidos e hoje seus repre­sentantes se sentam ao lado dos representantes de antigos países opressores, que se julgavam to­cados de uma superioridade in­contestável.



E as reformas sociais continuam, muitas ve­zes dando ensanchas a que es­pertos especuladores se apro­veitem da situação confusa para se beneficiarem.



Mas tudo acabará nos lugares exa­tos, pois "o mundo não mar­cha à revelia das leis mise­ricordiosas do Alto, e estas, no momento oportuno, saberão opor um dique à chacina e ao arrasamento; confiemos nelas, porque os códigos humanos se­rão sempre documentos transi­tórios, como o papel em que são registados, enquanto não se associarem, parágrafo por parágrafo, ao Evangelho de Je­sus". ("Emmanuel".)





Não se julgue sejamos pessi­mistas. Apenas observamos e analisamos fatos ligados por circunstâncias políticas e so­ciais. Não padece dúvida de que nos achamos já no período da seleção cármica que se de­senvolverá muito mais no curso do Terceiro Milênio, que se ini­ciará dentro de ( ... ) anos.





Revo­luções, greves, terremotos, ma­remotos, enfim, toda uma sorte de perturbações graves e de na­tureza diversa, afetarão a vida humana, mais do que até hoje tem afetado.



À proporção que o ciclo for crescendo para fechar-se, mais fortes serão as dores do mundo. Vivemos numa fase apocalíptica. Os homens desde­nham dos deveres espirituais e se entregam, desarvorados, ao despotismo dos sentidos.



A mu­dança de Espíritos rebeldes se faz metodicamente. "Para que na Terra sejam felizes os ho­mens, preciso se faz que so­mente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que unicamente ao bem aspirem.



Como já chegou esse tempo, uma grande emigração neste momento se opera entre os que o habitam. Os que praticam o mal pelo mal, ALHEIOS ao sentimento do bem, dela se verão excluídos, porque lhe acarretariam novamente per­turbações e confusões que consti­tuiriam obstáculo ao progresso.



Irão expiar o seu endurecimento em mundos inferiores, aos quais levarão os conhecimentos que ad­quiriram, tendo por missão fazê-los adiantar-se. Substitui-los-ão na Terra Espíritos melhores. que fa­rão reinem entre si a justiça a paz, a fraternidade.



A Terra não será transformada por um cata­clismo que aniquile de súbito uma geração.



A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança na ordem natural das coisas.





É o que vem acontecendo. Hoje as mudanças já são perceptivas. Essa possibilidade de observação constitui uma advertência do Alto, uma oportunidade a mais concedi­da aos homens que são responsáveis pela desarmonia ambiente. Empolgados por suas ambições políticas, a nada eles atendem. De tal maneira, estimulam o peneira­mento indispensável à limpeza que precederá o Terceiro Milênio. Já Kardec, em sua época, sentira e dissera já ser o tempo em que vi­via "a época da transição".



Os próprios cientistas ex­perimentam o acúleo da tran­sição por que está passando a Humanidade. Em "La Nueva visión dei mundo ", se lê, ao falar Jean Gebser da quarta dimensão:



"Do que acabamos de dizer surge um caráter que brevemente poderíamos quali­ficar de ambigüidade de nos­sa época, a qual como tal se nos apresenta cheia de incer­tezas. Vivemos numa época ambivalente e isto em muitos aspectos. Com efeito. ela repre­senta um final e ao mesmo tempo um começo. Toda des­pedida supõe por isso mesmo uma partida. Pois bem: mui­tos não vêem senão o fim da nossa época. E mais: muitos nem sequer vêem isso porque simplesmente não desejam ter co­nhecimento deste incômodo fato. E daí resulta que não podem tão-pouco reconhecer o outro as­pecto da nossa época, isto é, que ela representa um começo. se bem que difícil. cheio de felizes espe­ranças" (pág. 291). Essa obra tem como subtítulo: "Conferencia In­ternacional sobre el nacimiento de una nueva era, de la perspecti­va".



2. Ob. cit., id., id., pág. 291



Citamos esse trecho, escolhido acidentalmente, para que o leitor observe que, mesmo àqueles que não se encontram familiarizados com os proble­mas espíritas, a situação anor­mal e angustiosa da Terra, vivendo um período de transi­ção, não passou despercebida. Se os cientistas do "Instituto de Altos Estudos Econômicos de Sankt Gallen", que "aban­donaram os pontos de vista do determinismo materialista, do estreito pensamento do mecâni­co e causal", estivessem mais apurados espiritualmente, te­riam chegado a conclusões ain­da mais positivas, numa lingua­gem que se assemelharia ainda mais à dos espíritas.



É bem verdade que eles partiram de idéias puramente científicas, dia­metralmente opostas às que mar­cam o texto do presente artigo. Mas as suas conclusões, "mutatis mu­tandis", são idênticas.



Disseram com acerto que a transição representa ao mesmo tempo um fim e um começo. A idéia se casa perfeitamente com o ponto de vista espírita. A épo­ca de transição marca o fim de urna geração desvairada, mas também assinala o início de uma geração nova, em que todas as esperanças são depositadas.



Além disto, a geração desvairada não inclui aqueles que, esclareci­dos, compreendem os desígnios do Alto e sabem guardá-los. A Doutrina do Cristo está estereo­tipada na Doutrina pregada pelo Espiritismo. É essencial e funda­mentalmente humana, porque prepara cada indivíduo e cada coletividade para cultivar a feli­cidade na Terra e no Espaço, por meio da exemplificação do bem, da paz, do amor, da justiça e da fraternidade.







Enquanto o homem se utilizar da violência e da mentira, não será feliz. O atual desregramento de costumes, dentro e fora dos lares, a perversão de hábitos, o descaso à autoridade e à hierarquia, a idolatria do sexo, o cinismo, o despu­dor, o crime multiforme e a impunidade que os acoberta, a de cadência moral da dança, do can­to, do cinema, do teatro, da literatura e de outras mais ativida­des outrora colaboradoras da cul­tura universal do homem são reflexos impressionantes da verda­de profética que anunciou a im­prescindibilidade do saneamento espiritual da Terra, já em ação, como preparação fatal e irrecorrível do selecionamento do Segundo Milênio para o Terceiro Milênio.



Ou a Humanidade realiza um esforço para melhorar daqui por diante, renunciando à vio­lência, ao egocentrismo, muito pior do que o egoísmo, à menti­ra, buscando proteger-se à som­bra do Evangelho do Cristo, ou mergulhará no desespero sem remédio e no sofrimento sem lenitivo, até que" satisfaça as exigências cármicas.



"Infelizmente, a maioria, des­conhecendo a voz de Deus, per­sistirá na sua cegueira e a resistência que virá a opor mar­cará, por meio de terríveis lutas, o fim do reinado dos que a cons­tituem. Desvairados, correrão à sua própria perda, provocarão destruições que darão origem a um sem número de flagelos e de calamidades, de sorte que, sem o quererem, apressarão o advento da era de renovação3. "



Concluindo, e para orientar o leitor, lembraremos que tudo quanto de Kardec aqui transcreve­mos foi escrito muito antes da guerra de 1870, entre a França e a Alemanha, a qual constituiu, ao que tudo indica, o início da grande seleção cármica destinada, repeti­mos, à preparação de uma Huma­nidade melhor para o Terceiro Milênio. Kardec desencamou a 31 de março de 1869, de modo que suas palavras possuem uma signifi­cação extraordinária.

3. Ob. ciL id., id., pág. 293.



(Transcrito de REFORMADOR, de setembro de 1963.)



Obs. Escrito em 1963 mas parece que foi hoje.



fonte: Carlos Eduardo Cennerelli

cennerelli@terra.com.br

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

MOVIMENTO VOCÊ E A PAZ 2009

Com a proposta de "conclamar as pessoas a reflexionar sobre a paz pessoal, a paz no lar, no trabalho, no grupo social, na comunidade, sobre a paz que tomará conta da Terra" , Divaldo Franco lançou em 1998 o Movimento Você e a Paz.



O resultado pode ser constatado a partir do crescente número de adeptos, no Brasil e no exterior.

O Movimento propõe uma ação através da não-violência e em nome da caridade, do perdão, do amor ensinados por Jesus, porque "a paz é a condição natural do ser humano", embora nos demoremos em ser violentos.

No ano de 2000 foi instituído o Troféu Você e a Paz, criado por Divaldo Pereira Franco, que tem por objetivo premiar pessoas físicas e jurídicas que se destacam no cenário nacional e internacional, por promoverem ações em favor da não-violência e do bem estar comum à sociedade.

Atualmente o Movimento Você e a Paz é realizado em 20 cidades do país e 10 no exterior.




Abraço-Jorge Moehlecke

jorgejhm@terra.com.br

O OUTRO LADO DO TRABALHO MEDIÚNICO DE CHICO XAVIER

Fomos a Uberaba em fins de julho p.p.,(1984) em companhia dos amigos Kátia e Armando Falconi Filho. Já havíamos contactado, através de cartas, com o nosso querido irmão Chico Xavier. Marcamos uma entrevista com ele, a fim de tratarmos do nosso novo livro.
As reuniões no Grupo Espírita da Prece transcorreram com os habituais trabalhos, mas a cada semana revestem-se de especial emoção sob as injunções dos dramas que envolvem muitos dos presentes.
No sábado, a presença do orador e médium Divaldo Franco, também um amigo muito querido, e a chegada de alguns confrades, companheiros nossos da Federação Espírita Brasileira (que juntamente com Divaldo regressavam do Curso Internacional de Preparação de Evangelizadores Espíritas da Infância e da Juventude, realizado em Brasília nos dias 22 a 26 de julho), entre os quais o nosso estimado amigo Nestor João Masotti (Vice-Presidente da USE de São Paulo), trouxeram à reunião um clima de verdadeira festa espiritual.
Chico Xavier psicografou durante mais de três horas e recebeu oito cartas de Espíritos recém-desencarnados para os familiares presentes. Psicografou também cerca de doze quadrinhas de poetas diferentes. Entre essas, uma assinada por antigo militante espírita •de Salvador, conhecido por Tio Juca, e dedicada a Divaldo. O médium baiano psicografou duas cartas de jovens e uma mensagem de Amélia Rodrigues.
Após a entrevista com Chico Xavier, realizada no domingo, retornamos a Juiz de Fora plenamente felizes pelos resultados alcançados, acima de nossas expectativas.
Dois dias depois, comparecemos à nossa habitual sessão mediúnica no C. E. «Ivon Costa».
Já quase ao final da reunião notamos a aproximação de uma entidade cuja presença captamos por diversas vezes antes de nossa ida a Uberaba. E preciso esclarecer que por quase três meses estivemos preparando o material que levaríamos para a apreciação de Chico Xavier. Durante esse tempo, vez por outra nos sentimos assediados por alguns Espíritos, que tentavam de todas as maneiras afastar-nos dos objetivos programados. Nas últimas semanas o assédio intensificou-se e várias foram as situações difíceis que tivemos de contornar e superar.
Alertados pelos Amigos Espirituais, esforçamo-nos por nos manter vigilantes e equilibrados, escorando-nos principalmente no trabalho da Doutrina e na oração.
Identificamos o Espírito como sendo o líder da equipe que nos vigiava atentamente. Mas o notamos transformado. Já não era o mesmo. Ele e seus quatro companheiros nos rodeavam, denotando, porém, que algo inusitado acontecera.
- Estou aqui, disse ele; com voz emocionada, para narrar-lhes o que nos sucedeu. Fomos designados para impedir a viagem destes três (com um gesto designou-nos).

A ordem era: «Eles não devem viajar. Pretendem levar com eles alguma coisa que não deve chegar ao seu destino. Perturbem. Atrapalhem. Impeçam.» Foi o que tentamos fazer, preparando ciladas e ocasionando confusões.
Contudo, o nosso aborrecimento era grande, pois apesar das tentativas alguma coisa mais forte os ajudava a vencer os obstáculos que criávamos.
Contrariados e até revoltados éramos obrigados a acompanhá-los a reuniões durante toda a semana, parecendo-nos que não faziam outra coisa a não ser cuidar «desse tal» de Espiritismo.
Hoje, digo isto envergonhado. Temos vergonha do mal que desejamos a todos os que estão aqui nesta sala. Não fossem aqueles que os protegem - que reconhecemos mais fortes que nós, e muita coisa poderia ter acontecido.
- Chegou finalmente o dia da viagem. Fomos com eles. Ficaram num lugar que nos pareceu muito esquisito (1). Era reunião, prece e as tais leituras todo o dia. Também escreviam muito; entretanto, só os víamos de longe, na maioria das vezes, porque as cercas elétricas (2) nos impediam maior aproximação. As coisas começaram a mudar para nós. Estávamos desanimados e não víamos mais finalidade alguma no nosso trabalho. Forças estranhas nos imantavam às preces que faziam e a eles próprios. No dia marcado, eles• foram à cidade e nós os acompanhamos, ansiosos por saber, afinal de contas, o que é que eles tanto esperavam.
- Para eles o trânsito por lá estava livre. Para nós houve sérias dificuldades. Ao chegarmos ao local havia grande multidão de «vivos», mas uma outra bem maior de «mortos».
No nosso plano, muitos guardas cercavam a casa que irradiava uma luz muito forte. Tudo era profusamente iluminado.
A claridade era tanta que o alarido entre os nossos cessou por completo. O ambiente dava-nos uma sensação de grandiosidade que não sei explicar, embora o local humilde e simples na esfera física, o que nos tornou respeitosos.
Em meio à multidão espiritual que se acotovelava, em largo trecho nas cercanias 'da casa, numa distância equivalente à da claridade projetada, aos poucos sentimos que havia um lugar para nós, para onde fomos conduzidos.
Eu me esquecera de tudo: dos chefes e dos objetivos. Outras preocupações me dominavam.

Nos últimos dias, inexplicavelmente, passei a me lembrar de casa, principalmente do meu filho, que havia morrido há quase 40 anos, quando contava apenas 9 anos de idade. Foi um desastre de caminhão. Eu dirigia, e meu filho quis ir comigo.
Fiz-lhe a vontade, sem saber que seria a última. Em certo trecho da estrada o caminhão desgovernado caiu numa ribanceira. Eu me salvei, mas meu menino morreu na hora. O desespero tomou conta de mim. Julgava-me culpado. Revoltado, passei a odiar o mundo, no qual me perdi. Nunca soube dele do lado de cá. Tornei-me descrente de Deus e da vida.
O movimento no plano físico cresceu - prosseguiu ele - e me interessei em acompanhar os fatos. Coisas estranhas estavam acontecendo. Vi um homem sentado, escrevendo .• Escrevia, escrevia muito. Reparei que em torno dele as luzes eram bem mais fortes e que atrás de sua cadeira havia uma espécie de fila, formada em sua maioria por jovens. Fui compreendendo que eles escreviam cartas para os parentes da Terra, pelas mãos daquele homem que vocês chamam de médium, que eram recebidas pelos parentes emocionados.
- Meu Deus, pensei, o que é isto! E o nome de Deus surgiu em meus lábios como um grito brotado do coração. Eu também perdi meu filho e não sei onde ele está, embora esteja no mesmo plano que ele. Por quê! Por que ele morreu assim!
Olhei meus companheiros. Como eu, observavam emocionados as cenas. Cada um de nós havia perdido alguém muito amado.
Um deles me falara da filha, doente desde pequena e que morrera na primeira infância. O tempo passava. Sei que amanheceu e anoiteceu de novo (3). Já era outro dia e aquele homem escrevia ainda. Eu também queria uma carta.
Uma notícia: Sem saber como me vi igualmente numa fila, formada ao lado. Fui atendido por um dos que protegem aquele homem. Contei a minha história. Pedi notícias do filho querido. Para minha surpresa recebi uma folha de papel. Era uma carta dele! Indescritível foi a minha emoção.

Falava de nós, de nossa casa e da nossa vida. E me disse em certo trecho:
«Papai, eu estou ao seu lado. O senhor não me vê porque escolheu o lado errado. Mude de vida, papai, e o senhor me encontrará!»
E havia tal ternura em suas palavras que ao lê-las tive a impressão de ouvir a sua voz e de que ele estava próximo a mim. Não pensei em mais nada. Segurei a folha junto ao coração e ela era como um pedaço de luz em minhas mãos.
Juntei-me aos companheiros que, como eu, foram contemplados com notícias e orientações sobre como proceder dali em diante.
Compreendemos então a imperiosa necessidade de vir até aqui narrar-lhes essas ocorrências. E dizer-lhes que estamos enfraquecidos agora, mas felizes, e desejosos de encontrar esse novo caminho que nos leve mais depressa para junto dos entes queridos.
Calou-se a entidade. Sua emoção contagiara a todos. O doutrinador, comovido, dirigiu-lhe palavras de estímulo e conforto. Antes de se retirar o Espírito ainda disse:

- Hoje eu agradeço a vocês por nos terem levado até aquele homem - aquele homem-luz que todos chamam por Chico. Era este o nome repetido por quantos estavam ali, num plano e no outro, e lhe pediam vez para escrever. Graças a ele, ao trabalho dele, nós cinco recebemos essas notícias e compreendemos o erro em que vivemos até agora. Ainda não sei da minha vida daqui pra frente, mas meu filho disse que rogasse a Jesus para recebermos ajuda. Peço-lhes que façam isso por nós, que nos ensinem a orar.
O doutrinador fez sentida prece e a entidade retirou-se.

A COMUNICAÇÃO deixou-nos pensativos. Ela nos desvendou uma pequena parte do imenso labor espiritual que se desenvolve tendo como figura central o nosso querido Chico Xavier.
Ficamos imaginando a grandeza e complexidade dessas atividades, que na nossa acanhada percepção mal conseguimos entrever ou adivinhar.
Pensamos em Chico Xavier e nos seus mais de 50 anos de trabalho constante no campo da mediunidade com Jesus, a serviço da Doutrina Espírita.
Quantas almas, quantos corações foram tocados pela sua bondade e abnegação!
Quantas criaturas foram orientadas e se renovaram interiormente graças ao seu exemplo, aos livros e páginas por ele psicografados!
Quantos Espíritos desorientados, sofredores, cristalizados no erro, receberam amparo, ajuda, consolo e esclarecimento em função de sua atividade constante !
A grandeza desse trabalho é imensurável.
No silêncio da reunião que se findava, agradeci a Jesus por termos entre nós alguém como Chico Xavier e roguei ao Mestre que o envolva em bênçãos e o sustente na sua edificante caminhada.

(1) Peirópolls - Na "VIla Cantinho Espírita". como hóspedes do bom amigo Langerton Neves da Cunha.



(2) Refere-se à protecão espiritual que cerca a VIla Espírita de PeIrópolls.



(3) ReferêncIa aos doIs dIas de reunIões públicas no Grupo Espírita da Prece, sexta-feira e sábado.





Fonte: REFORMADOR, NOVEMBRO, 1984



Carlos Eduardo Cennerelli

cennerelli@terra.com.br

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

AUXÍLIO MÚTUO

Em zona montanhosa, através de região deserta, caminhavam dois velhos amigos, ambos enfermos, cada qual a defender-se quanto possível contra os golpes do ar gelado, quando foram surpreendidos por uma criança passando mal na estrada, ao sabor da ventania de inverno.

Um deles fixou o singular achado e exclamou, irritadiço: Não perderei tempo! A hora exige cuidado para comigo mesmo. Sigamos à frente.

O outro, porém, mais piedoso, considerou: Amigo, salvemos o pequenino. É nosso irmão em humanidade.

Não posso - disse o companheiro endurecido. Sinto-me cansado e doente. Este desconhecido seria um peso insuportável. Temos frio e tempestade. Precisamos chegar a aldeia próxima sem perda de minutos. E avançou para adiante em largas passadas.

O viajor de bom sentimento, contudo, inclinou-se para o menino estendido, demorou-se alguns minutos colando-o paternalmente ao próprio peito, e aconchegando-o ainda mais, marchou adiante, embora menos rápido.

A chuva gelada caiu metódica pela noite adentro, mas ele, amparando o valioso fardo, depois de muito tempo, atingiu a hospedaria do povoado que buscava.

Com enorme surpresa, porém, não encontrou aí o colega que havia seguido na frente.

Somente no dia imediato, depois de minuciosa procura, foi o infeliz viajante encontrado sem vida numa vala do caminho alagado.

Seguindo a pressa e a sós, com a idéia egoísta de preservar-se, não resistiu a onda de frio que se fizera violenta, e tombou encharcado, sem recursos com que pudesse fazer face ao congelamento.

Enquanto que o companheiro, recebendo em troca o suave calor da criança que sustentava junto do próprio coração, superou os obstáculos da noite frígida, salvando-se de semelhante desastre.

Descobrira a sublimidade do auxílio mútuo. Ajudando o menino abandonado, ajudara a si mesmo.

Avançando com sacrifício para ser útil a outrem, conseguira triunfar dos percalços do caminho, alcançando as bênçãos da salvação recíproca.

.....................................

As mais eloqüentes e exatas testemunhas de um homem perante o Pai Supremo são as suas próprias obras.

Aqueles que amparamos constituem nosso sustentáculo.

O coração que amparamos constitui-se agora ou mais tarde, em recurso a nosso favor.

Ninguém duvide!

Aquele que coopera em benefício do próximo é credor do auxílio comum.

Ajudando, seremos ajudados. Dando, receberemos.

Esta é a Lei Divina.

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Visite: www.otimismoemrede.com

Meditar não é viver no aqui e agora e nem buscar o nada,o vazio,isso é impossível

Parte 1










Parece simples:ENXERGAR AS COISAS COMO ELAS SÃO.








A conclusão final é que cada ser, cada habitante deverá buscar individualmente essa felicidade.Mas até esse click,criou vários métodos,auto-flagelos,recolhimentos,ou seja inundou o mundo de regras e dogmas.




Através da observação sem pena,sem medo, sem raiva podemos aumentar o nível de consciência individual e atrair ,com a erradicação das negatividades, um estado de êxtase em qualquer lugar que estivermos ou a qualquer momento que estivermos vivenciando.




Concluindo:Não adianta meditar no aqui e agora,enquanto não limparmos o passado,as preocupações,os sofrimentos corporais,mentais,as sensações de fracasso,de impotência.

Jesus foi muito claro e verdadeiro quanto citou:ANTES DE ENTREGAR A OFERENDA AO ALTAR,FAÇA DE SEU ÚLTIMO INIMIGO UM AMIGO.




Agoras devemos enxergar as coisas como elas são e buscar somentes atividades e lugares onde teremos prazer.

Que adianta visitarmos pessoas que não nos aceitam a nossa forma de ser,de conversar,de se divertir.Que adianta passar a noite num bar com pessoas que não permitem que falemos a nossa linguagem, a nossa filosofia. Que adianta discutir relacionamento com pessoas que não vão nunca aceitar nossa forma de pensar,nunca vão se trabalhar para nos fazer felizes e se afinizarmos.







Parte 2

Meditação não é viver o aqui e agora é algo muito mais profundo.




Já trabalhamos em muitos grupos nestes anos centrando nossa mente,corpo,idéias,objetivos etc no dia que estamos vivendo, depois avançamos e começamos a centrar na atividade e no que estamos enxergando.

Muitos mestres e religiões acreditam que isso é meditação.Hoje vamos aprofundar o nosso estado de meditação eliminando o aqui e agora,pois ele também nos distrai,também faz com que a mente saia do estado de consciência do todo.De que adianta estarmos em nosso quarto no aqui e agora,temos que estar evoluindo sempre,tornando aquele momento inesquecível.

As atividades esquecíveis são uma perda de tempo,somente as atividades inesquecíveis é que nos torna especiais,nos levam a evolução espiritual,nos enche de bagagem para a vida eterna.

Então a partir de agora vamos viajar ao estado não materialidade,especificando que não é um estado Zen, onde o “nada é incentivado” que também não leva a meditação pura,pois ficar ligado no nada,logo aparece a fome,a sede,o desconforto, o frio ou calor e nos traz para o mundo da dualidade.




Vamos entrar no mundo da essência, no mundo da verdade de cada objeto, espaço,pessoa,desejo etc,pois não podemos eliminar essa materialidade enquanto estivermos no plano terrestre encarnado e desencarnado,tanto faz.Enquanto estivermos na roda das reencarnações precisamos da materialidade.

O Ego nos faz buscar o nada,que na realidade não nos leva ao “vazio”Estado de êxtase.

Os meditadores do Himalaia,não ficam sem pensar um segundo,sabem que isso é uma utopia,uma ilusão e assim criam um mundo material no pensamento e ficam simulando comportamentos,relações,conquistas,aliviando carmas etc,somente nestas projeções simuladas.




Vamos então viajar a não materialidade,ter a consciência pessoal de cada espaço e momento que estivermos vivendo.Nos preparar para viver a não materialidade combustível para manternos longe das reencarnações,vivermos no estado de luz(iluminação)




O espaço não tem existência,mas contém toda a essência individual e coletiva do universo.

A existência é tudo que enxergamos,tudo aquilo que se destaca,que aparece..

\essência é aquilo que nos dá o verdadeiro caminho, o rumo de nossa vida.É a meditação pura.




Quando estamos numa sala,nos distraímos prestando atenção nos quadros,tapetes,televisão,objetos,decoração etc, esses materiais definem a sala,mas nos limita o potencial que podemos obter dela.




Sentir o espaço seria ter a conciência do porque temos que ter a sala,do porque estamos naquele momento na sala, ou o quê pode nos beneficiar na sala.




Podemos tirar os móveis,os objetos e continua sendo a sala,mas o que determina termos aquela sala,para podermos decorar,ajustar ao seu objetivo isso é enxergar a essência.




Assim, deveremos fazer com todos espaços que frequentarmos,primeiro com reflexões sobre a necessidade de estasr nos espaços,depois ficará tão automático que se estivermos num espaço que não nos interessa sairemos,abandonaremos(essa é a verdadeira renúncia) e se o espaço nos for interessante nos entregaremos total (essa é a verdadeira entrega). E a observância desses estados nos levará a verdadeira compreensão do universo, de Deus, do todo.




Assim deveremos levar a vida,ter a consciência da essência e não da existência,que pode envelhecer,adoecer,trocar,empobrecer,cair na rotina etc.

Se quisermos ter ou manter um companheiro(a),não devemos nos preocupar com o tamanho de seus músculos,das medidas de sua cintura,do estilo de roupa que usa,mas sim do porque temos que ter um companheiro(a), o que nos beneficiará ter alguém neste momento. Assim é com os perfumes,estudos,emprego,hobbyes,carros,casa férias etc.

Tudo deve ficar bem nitido do porque devemos investir em todas essas coisas.

Tranquilamente mais de 90% de nossos objetivos são influenciados pela sociedade que frequentamos,as vezes só para ficarmos iguais aos outros,esquecendo nossa individualidade.

Assim nossas preocupações,desejos,ambições normalmente estão fora do verdadeiro rumo de nossas vidas.




Existia um quadro num programa humorístico que pregava o seguinte: Tudo aquilo que lemos,aprendemos na escola etc, quase nada nos servirá para nossa vida.




Meditar na essência é ultrapassar os limites da materialidade,ou seja preparar-se para ir para a não materialidade.




Quem sabe algum dia não chegaremos a compreenção do porque o planeta não fala,não se preocupa,ele só age por sua natureza. Ai compreenderemos um pouco mais de Deus.

sábado, 19 de dezembro de 2009

RESSONÂNCIAS DO NATAL



Na paisagem fria e sem melhor acolhimento, a única hospedaria à disposição era a gruta modesta onde se guardavam os animais.

Não havia outro lugar que O pudesse receber.

O mundo, repleto de problemas e de vidas inquietas, preocupava-se com os poderosos do momento e reservava distinções apenas para os que se refestelavam no luxo, bem como no prazer.

Aos simples e desataviados sempre se dedicavam a indiferença, o desrespeito, fechando-lhes as portas, dificultando-lhes os passos.

Mas hoje, tudo permanece quase que da mesma forma.

Não obstante, durante aquela noite de céu transparente e estrelado, entre os animais domésticos, em uma pequena baia, usada como berço acolhedor, nasceu Jesus, que transformou a estrebaria num cenário de luzes inapagáveis que prosseguem projetando claridade na noite demorada dos séculos, em quase dois mil anos...

Inaugurando a era da humildade e da renúncia, Jesus elegeu a simplicidade, a fim de ensinar engrandecimento íntimo como condição única para a felicidade real.

O Seu reino, que então se instalou naquela noite de harmonias cósmicas, permanece ensejando oportunidades de redenção a todos quantos se resolvam abrigar nas suas dependências.

E o Seu nascimento modesto continua produzindo ressonâncias históricas, antes jamais previstas.

Homens e mulheres, que tomaram contato com Sua notícia e mensagem, transformaram-se, mudando-se-lhes o roteiro de vida e o comportamento, convertendo-se, a partir de então, em luzeiros que apontam rumos felizes para a Humanidade.

* * *

Guerreiros triunfadores passaram pelo mundo desde aquela época, inumeráveis.

Governantes poderosos estabeleceram reinos e impérios, que pareciam preparados para a eternidade, e ruíram dolorosamente.

Artistas e técnicos, de rara beleza e profundo conhecimento, criaram formas e aparelhagens sofisticadas para tornarem a Terra melhor, e desapareceram.

Ditadores indomáveis e aristocratas incomuns surgiram no proscênio terrestre, envergando posição, orgulho e superioridade, que o túmulo silenciou.

...Estiveram, por algum tempo, deixando suas pegadas fortes, que tornaram alguns odiados, outros rechaçados e sob o desprezo das gerações posteriores.

Jesus, porém, foi diferente.

Incompreendido, o Cantor do Amor aceitou a cruz, para não anuir com o crime, e abraçou a morte para não se mancomunar com os mortos.

Por isso, ressurgiu, em triunfo e grandeza, permanecendo o Ser mais perfeito que jamais esteve na Terra, como modelo que Deus nos ofereceu para Guia.



* * *
Quando a Humanidade experimenta dores superlativas, quando a miséria sócio-econômica assassina milhões de vidas que estertoram ao abandono; quando enfermidades cruéis demonstram a fragilidade orgânica das criaturas; quando a violência enlouquece e mata; quando os tóxicos arruinam largas faixas da juventude mundial, ao lado de outros males que atestam a falência do materialismo, ressurge a figura impoluta de Jesus, convidando à reflexão, ao amor e à paz, enquanto as ressonâncias do Seu Natal falam em silêncio: Ele, que tem salvo vidas incontáveis, pede para que tentes fazer algo, amando e libertando do erro pelo menos uma pessoa.

Lembrando-te d'Ele, na noite de Natal, reparte bondade, insculpe-O no coração e na mente, a fim de que jamais te separes d'Ele.



Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis

Da obra: 'Momentos Enriquecedores' - Divaldo Pereira Franco

fonte: http://espiritananet.blogspot.com/

SENSSAÇÕES HUMANAS



Pergunta – Como devemos conceituar o sonho?

Emmanuel - Na maioria das vezes, o sonho constitui atividade reflexa das situações psicológicas do homem no mecanismo das lutas de cada dia; quando as forças orgânicas dormitam em repouso indispensável.

Em determinadas circunstâncias, contudo, como nos fenômenos premonitórios, ou nos de sonambulismo, em que a alma encarnada alcança elevada porcentagem de desprendimento parcial, o sonho representa a liberdade relativa do espírito prisioneiro da Terra, quando, então, se poderá verificar a comunicação inter vivos, e, quanto possível, as visões proféticas, fatos esses sempre organizados pelos mentores espirituais de elevada hierarquia, obedecendo a fins superiores, e quando o encarnado em temporária liberdade pode receber a palavra e a influência diretas de seus amigos e orientadores do plano invisível.




Pergunta – A vocação é uma lembrança das existências passadas?

Emmanuel - A vocação é o impulso natural oriundo da repetição de análogas experiências, através de muitas vidas. Suas características, nas disposições infantis, são o testemunho mais eloquente da verdade reencarnacionista.




Pergunta – A loucura é sempre uma prova?

Emmanuel - O desequilíbrio mental é sempre uma provação difícil e dolorosa. Essa realidade, contudo, podendo representar o resgate de uma dívida do pretérito escabroso e desconhecido pode, igualmente, constituir uma resultante da imprevidência de hoje, no presente que passa, fazendo necessária, acima de todas as exortações, aquela que recomenda a oração e a vigilância.




Pergunta – A alucinação é fenômeno do cérebro ou do espírito?

Emmanuel - A alucinação é sempre um fenômeno intrinsecamente espiritual, mas pode nascer de perturbações estritamente orgânicas, que se façam reflexas no aparelho sensorial, viciando o instrumento dos sentidos, por onde o espírito se manifesta.




Pergunta – Os bons ou maus pensamentos do ser encarnado afetam a organização psíquica de seus irmãos na Terra, aos quais sejam dirigidos?

Emmanuel - Os corações que oram e vigiam, realmente, de acordo com as lições evangélicas, constroem a sua própria fortaleza, para todos os movimentos de defesa espontânea.

Os bons pensamentos produzem sempre o máximo bem sobre aqueles que representam os seus objetivos, por se enquadrarem na essência da Lei Única, que é o Amor em todas as suas divinas manifestações; os de natureza inferior podem afetar o seu objeto, em identidade de circunstâncias, quando a criatura se faz credora desses choques dolorosos, na justiça das compensações.

Sobre todos os feitos dessa natureza, todavia, prevalece a Providência Divina, que opera a execução de seus desígnios de equidade, com misericórdia e sabedoria.




Da obra “O Consolador” (Parte I)

Pelo Espírito Emmanuel

Psicografia de Francisco Cândido Xavier

fonte http://espiritananet.blogspot.com/

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

ESPIRITISMO E LAR

O Capítulo "Em serviço espiritual", apresentando-nos as figuras de Celina e Abelardo, sugeriu-nos, inicialmente, o estudo do problema do lar.

O fato de o esposo desencarnado continuar ao lado da médium, confirmando, assim, alguns casos em que o matrimônio constitui alguma coisa além da união dos corpos, levou-nos à tentativa de classificá-lo em cinco tipos principais, assim compreendidos.

CLASSIFICAÇÃO DOS CASAMENTOS:


Acidentais
Provacionais
Sacrificiais
Afins (Afinidades Superior)
Transcendentes
Acidentais: Encontro de almas inferiorizadas, por efeito de atração momentânea, sem qualquer ascendente espiritual.

Provacionais: Reencontro de almas, para reajustes necessários à evolução de ambos.

Sacrificiais: Reencontro de alma iluminada com alma inferiorizada, com o objetivo de redimi-la.

Afins: Reencontro de corações amigos, para consolidação de afetos.

Transcendentes: Almas engrandecidas no Bem e que se buscam para realizações imortais.

Evidentemente, o instituto do matrimônio, sagrado em suas origens, tem reunido no mesmo teto os mais variados tipos evolutivos, o que vem demonstrar que a união, na Terra, funciona, às vezes como meio de consolidação de laços de pura afinidade espiritual, e, noutros casos, em sua maioria, como instrumento de reajuste.

Algumas vezes o lar é um santuário, um templo, onde almas engrandecidas pela legítima compreensão exaltam a glória suprema do amor sublimado.

Em sua maioria, porém, os lares são cadinhos purificadores, onde, sob o calor de rudes provas e dolorosos testemunhos, Espíritos frágeis caminham, vagarosamente, na direção do Mais Alto.

Nos casamentos acidentais teremos aquelas pessoas que, defrontando-se um dia, se vêem, se conhecem, se aproximam, surgindo, daí, o enlace acidental, sem qualquer ascendente espiritual.

Num mundo como o nosso, tais casamentos são comuns.

Nem laços de simpatia, nem de desagrado.

Simplesmente almas que se encontraram, na confluência do caminho, e que, perante as leis humanas, uniram apenas os corpos.

Esses casamentos podem determinar o início de futuros encontros, noutras reencarnações.

Quanto aos casamentos provacionais, em que duas almas se reencontram em processo de reajustamento, necessário ao crescimento espiritual, esses são os mais freqüentes.

A maioria dos casamentos obedece, sem nenhuma dúvida, a esse desiderato.

Por isso existem tantos lares onde reina a desarmonia, onde impera a desconfiança, onde os conflitos morais se transformam, tantas vezes, em dolorosas tragédias.

Deus uniu-os, através das leis do Mundo, a fim de que, pelo convívio diário, a Lei Maior, da fraternidade, fosse por eles exercida nas lutas comuns.

A compreensão evangélica, a boa vontade, a tolerância e a humildade são virtudes que funcionam à maneira de suaves amortecedores.

O Espiritismo, pela soma de conhecimentos que espalha, tem sido meio eficiente para que muitos lares, construídos na base da provação, se reajustem e se consolidem, dando, assim, os primeiros passos na direção do Infinito Bem.

O Espírita esclarecido sabe que somente ele pagará as suas próprias dívidas.

Nenhum amigo espiritual modificará o curso das leis divinas, embora lhe seja possível estender os braços generosos aos que se curvam ante o peso de duras provas, entre as quatro silenciosas paredes de um lar.

O Espírita esclarecido, homem ou mulher, aprende a renunciar, a benefício de sua paz e do seu reajuste.

E o faz, ainda, porque tem a inabalável certeza de que, se fugir hoje ao resgate, voltará, amanhã, na companhia daquele ou daquela de quem procura, agora, afastar-se.

A humildade, especialmente, tem um poder extraordinário de harmonização dos lares, convertendo-os, dentro da relatividade que assinala todas as manifestações da vida humana, em legítimos santuários onde o destino dos filhos possa plasmar-se nas exemplificações edificantes.

Agora os casamentos sacrificiais.

Esses reúnem almas possuidoras de virtude e sentimentos opostos.

É uma alma esclarecida, ou iluminada, que se propõe ajudar a que se atrasou na jornada ascensional.

Como a própria palavra indica, é casamento de sacrifício, para um dos cônjuges.

E o sacrificado tanto pode ser a mulher como o homem.

Não há regra para isso.

Temos visto senhoras delicadíssimas, ternas e virtuosas, que se casam com homens ásperos e grosseirões, de sentimentos abjetos, do mesmo modo que existem homens, que são verdadeiras jóias de bondade e compreensão, consorciados com mulheres de sentimentos inferiorizados.

A isso se dá, com inteira propriedade, denominação de casamentos sacrificiais.

Quem ama não pode ser feliz se deixou na retaguarda, torturado e sofrendo, o objeto de sua afeição.

Volta, então, e, na qualidade de esposo ou esposa, recebe o viajor retardado, a fim de, com o seu carinho e com a sua luz, estimular-lhe a caminhada.

É o vanguardeiro, compassivo, que renuncia aos júbilos cabíveis ao vencedor, e retorna à retaguarda de sofrimento para ajudar e servir.

O casamento sacrificial é, pois, em resumo, aquele em que um dos cônjuges se caracteriza pela elevação espiritual, e o outro pela condição evolutiva deficitária.

O mais elevado concorda sempre em amparar o desajustado.

Assim sendo, a mulher ou o homem que escolhe companhia menos elevada deve “levar a cruz ao calvário”, como se diz geralmente, porque, sem dúvida, se comprometeu na Espiritualidade a ser o cireneu de todas as horas.

O recuo, no caso, seria deserção a compromisso assumido.

Mais uma vez se evidencia o valor do Evangelho nos lares, como em toda a parte, funcionando à maneira de estimulante da harmonia e construtor do entendimento.

Os casamentos denominados afins, no sentido superior, são os que reúnem almas esclarecidas e que muito se amam.

São Espíritos que, pelo matrimônio, no doce reduto do lar, consolidam velhos laços de afeição.

Por fim, temos os casamentos que denominamos de transcendentes.

São constituídos por almas engrandecidas no amor fraterno e que se reencontram, no plano físico, para as grandes realizações de interesse geral.

A vida desses casais encerra uma finalidade superior.

O ideal do Bem enche-lhes as horas e os minutos.

O anseio de Belo repleta-lhes as almas de doce ventura, pairando, acima de quaisquer vulgaridades terrestres, acima do campo das emoções inferiores, o amor puro e santo.

Todos nós passamos, ou passaremos ainda, segundo for o caso, por toda essa seqüência de casamentos: acidentais, provacionais e sacrificiais, até alcançarmos no futuro, sob o sol de um novo dia, a condição de construirmos um lar terreno na base do idealismo transcendental ou da afinidade superior.

Enquanto não atingirmos tal situação, o Senhor, pelo seu Evangelho, irá enchendo de paz a nossa vida. E o Espiritismo, abençoada Doutrina, repletará os nossos dias das mais sacrossantas esperanças...


Autor: Martins Peralva
Livro: Estudando a Mediunidade – cap. XVIII - pág. 101.

COMENTANDO

Entendendo que os Espíritos do homem e da mulher, no plano espiritual, traçam o seu resgate juntos, fazem os seus projetos e seus planos e logo após reencarnam. Reencarnados, encontram-se, namoram, são felizes, vão viver juntos e o filho nasce possivelmente fazendo parte de projetos traçados na espiritualidade. Então se divorciam. Rescindem o “contrato”.

Se os planos que traçaram foram interrompidos com o divórcio, como se desenrolam suas histórias daí em diante? Se houver novo casamento significa que já estava planejado? E os novos filhos? Ou a espiritualidade se encarrega de dar novo rumo às suas trajetórias pós-divórcio, um plano “B”?

Se o Espiritismo não recomenda o divórcio (salvo em casos que podem resultar um mal maior), pode este divórcio ter sido planejado antes de reencarnar, como prova de expiação?

Se o culpado pelo divórcio foi o homem, que se afastou e desejou a separação, que faltou com o carinho, amor e atenção e assim perdeu o amor da esposa que muito o amava e ele reconheceu seus erros, arrependeu-se e quando quis retomar o amor perdido e reconquistar a ex-mulher e a família não foi correspondido pela companheira que não lhe propiciou outra chance, que pensar disto? Qual a “culpa” dos dois? Se houve nesta história um obsessor, que por motivos pessoais, talvez tendo sido cônjuge da citada mulher em outra encarnação, influenciou mentalmente desentendimentos, desconforto e ira entre o casal que se separou, que pensar desse caso?

Sandro...

“Mundo Espírita” responde:

Prezada irmão Sandro,

Perdoe-nos pela demora da resposta. É grande o nosso volume de correspondências, trazendo indagações. Mas jamais deixaremos quem quer que seja sem resposta.

A questão por você exposta é de extrema complexidade e de caráter muito especial. Sugerimos a leitura do capítulo XXII, de “O Evangelho segundo o Espiritismo” e o capítulo 8 do livro “Vida e Sexo”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier.